O financiamento actual do País, em particular o problema da divida soberana ou do Estado, tem estado no centro do debate económico e político actual.
No entanto, existe uma questão que tem sido sistematicamente omitida pelos comentadores oficiais que é o facto da especulação que se tem verificado em relação à divida soberana estar a ser financiada pelo Banco Central Europeu, o que é inaceitável.
Se esta questão não for resolvida rapidamente, e isso só se conseguirá com a eliminação da banca do circuito Estados-BCE, então colocar-se-á a países como Portugal, para não cair numa espiral de regressão económica e social sair da Zona do Euro. É o dilema que poderão enfrentar muito rapidamente .
O chamado Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), com as condições que estão associadas, não impedirá a continuação da especulação como provam já os casos da Grécia e da Irlanda, e a sua entrada em Portugal, em ligação com o FMI, só contribuiria para tornar mais prolongada e profunda a recessão económica agravando ainda mais a situação social.
Não deixa de ser chocante a forma ligeira e mesmo irresponsável como alguns dos economistas que têm acesso fácil aos media defendem a entrada em Portugal do FEEF/FMI como fosse isso a solução para os problemas nacionais. É a fuga para a frente quando não se tem uma visão de futuro ou quando nada de novo se tem para dizer .
No estudo que envio analiso, com base em dados oficiais, as consequências para Portugal do caminho que se persiste em continuar, e a necessidade de enveredar por um outro .
Espero que este estudo possa ser um contributo para o debate nacional que é tão necessário para que Portugal possa sair do beco que o pensamento económico neoliberal e politico dominantes o levou.
Para visualizarem o estudo cliquem aqui
Eugénio Rosa - Economista
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