sexta-feira, 30 de julho de 2010

ECONOMIA FRÁGIL

O presidente da Reserva Federal Americana Ben Bernanke disse que as perspectivas económicas permanecem excepcionalmente incertas, e que o banco central está pronto para tomar novas medidas para manter a recuperação viva se a economia agravar-se.
Testemunhando na presença do Comité Bancário do Senado, afirmou que a continuação recorde das taxas de juros baixas ainda são necessárias para fortalecer a economia, repetindo a promessa de mantê-las por um período prolongado.Minimizou a possibilidade de a economia deslizar para trás num duplo mergulho de recessão,mas reconheceu que a economia está frágil.
Se a recuperação parece ter esmorecido, temos de, pelo menos, rever as nossas opções, disse Bernanke aos congressistas.Contudo, acrescentou depois: Nós não estamos preparados para tomar quaisquer medidas específicas a curto prazo, porque o Fed ainda está a avaliar a força da recuperação.
A recuperação, que tinha dado sinais intermitentes de reforço no início deste ano, está a perder impulso, e os medos estão a crescer o que a pode parar.
Os consumidores cortaram gastos. As empresas, sobre dúvidas da força das suas próprias vendas ou da recuperação económica, estão sentadas no dinheiro, relutantes em contratar e reforçar as operações de expansão.O mercado imobiliário estagnou, o desemprego perto de dois dígitos e uma nervosa Wall Street abalada pela crise da dívida da Europa são outros factores em jogo na desaceleração económica.
Bernanke disse que a crise da dívida na Europa, que sacudiu Wall Street, jogou um papel na perspectiva do Fed um pouco mais fraca. Embora os mercados financeiros consideravelmente melhorarem-se desde a crise financeira no Outono de 2008, as condições de crescimento económico tornaram-se menos favoráveis nos últimos três meses.Igualmente pronunciou-se que levaria uma quantidade significativa de tempo para recuperar os cerca de 8,5 milhões de empregos eliminados em 2008 e 2009. Dada a fraca recuperação, a inflação não é um problema. No entanto, Bernanke não falou sobre a deflação, uma queda prolongada e desestabilização dos preços dos bens, os valores das acções das casas e dos salários. Embora a maioria dos economistas ache que as perspectivas de deflação são remotas, algumas autoridades do Fed expressaram preocupação sobre o assunto. Para fortalecer a economia, muitos economistas prevêem que o Fed mantenha a taxa de empréstimo num registo bem baixo perto de zero em 2011, e possivelmente em 2012. Por sua vez, congratulou-se com a nova reformulação da lei de regulamentação financeira assinada no Congresso pelo presidente Barack Obama e comentou que a nova lei, vai colocar o sistema financeiro americano numa base mais sólida e minimizar o risco de uma repetição dos acontecimentos devastadores dos últimos três anos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

ESTE ANO 922 VIATURAS - 7,2 MILHÕES DE EUROS

AS DESIGUALDADES E ABSURDOS ESTÃO A CRESCER NO MUNDO

Os homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres. Nas cidades, vilas e aldeias são afixados convites e as mulheres apresentam-se no local da selecção. Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil. A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga. São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol. É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles. Os homens são os empregadores.
Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos. As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação. Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido. Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas. Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos? Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos.
Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas? Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão. Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão. Esta Europa que presume de humana e humanista com o Sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo. Dá que pensar sobre o rumo que a sociedade vem tomando, fique sabendo que estes seres humanos moram aqui, do lado de lá deste "rio" mediterrâneo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

PRESIDENTE DO BCE SOLICITA APERTO FISCAL

Os países industrializados devem instigar os planos para cortarem gastos públicos e aumentarem os impostos imediatamente, a fim de consolidar a presente recuperação disse, o presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet.
Os responsáveis políticos de todo o mundo devem corrigir a situação de fragilidade fiscal, reconhecendo que o tempo permanece convertido imediatamente a empurrar fortemente para o início de apertar o cinto. Há pouca dúvida de a necessidade de implementar uma estratégia credível de consolidação orçamental a médio prazo válida agora para todos os países.
A estabilidade económica e o crescimento sustentável basearam-se na capacidade das finanças públicas intervirem em crises.
Esperamos que os governos confirmem a sua determinação em consolidar as suas finanças públicas.
Agora é a hora de restaurar a sustentabilidade fiscal. A deterioração fiscal que estávamos vivendo era sem precedentes na magnitude e extensão geográfica.
Enfrentar agora os medos de um aperto levaria a uma recessão repetida, e a história sugere que os custos para a economia a curto prazo seriam pequenos.
Desde que a consolidação é perseguida como parte de uma estratégia de reforma global, os custos a curto prazo para o crescimento económico tendem a ser constantes ou muito limitados. Acrescentou que os cortes no orçamento foram mais eficazes do que os aumentos de impostos. Criticou igualmente a pressão global do ano passado para estímulo orçamental.
Com o benefício da retrospectiva, vemos quanto lamentável foi a mensagem simplista de estímulo fiscal dado a todas as economias industriais, sob o lema:" estimular "," activar "," gastar ".

Parte de entrevista dada no Financial Times

A AJUDA ECONÓMICA Á GRÉCIA

terça-feira, 20 de julho de 2010

OS BANCOS SÃO GRANDES DEMAIS PARA FALIREM E GRANDES DEMAIS PARA SEREM RESGATADOS

Os governos europeus enfrentam o dilema de não poderem ter recursos para socorrerem os bancos que ainda são considerados grandes demais para falir, enquanto a economia global está caminhando para uma desaceleração no segundo semestre do ano.
Os governos estão a correr caminho fora para combaterem a desaceleração maciça ou o risco de uma recessão de duplo mergulho.
À um ano atrás, tivemos todas essas políticas de bala. Nós pudemos reduzir as taxas a zero, tivemos uma flexibilização quantitativa e pudemos fazer um défice orçamental de 10% do PIB (ou) recuo do sistema financeiro.
Os bancos neste momento são grandes demais para falirem, mas também muito grandes para serem socorridos, especialmente na Europa, onde as soberanias estão em apuros e, portanto, a possibilidade de recuo no sistema financeiro não está lá.
Tudo indica uma desaceleração dos E.U., um abrandamento da Europa, um abrandamento do Japão e uma desaceleração da China.
A economia dos E.U vai crescer a uma taxa de 1,5 por cento, enquanto a zona do euro e o Japão vão ter um crescimento perto do zero e a China vai crescer a uma taxa de 7%.
Apesar de não prever uma recessão de mergulho duplo, com um crescimento económico a uma taxa de 1,5 por cento, afirmou que tudo se torna pior.A taxa de desemprego sobe, o défice orçamental é maior, os preços internos não se estabilizam, indo cair ainda mais e as tensões comerciais com a China serão maiores.
Não precisamos de ter uma dupla recessão para uma situação que é triste.
A economia era forte no primeiro semestre por causa do estímulo e acumulação de inventário, mas uma vez que todas estas coisas se tornaram um obstáculo para a economia, as restrições de balanço implicam desalavancagem de casas, desalavancagem do sistema financeiro e a desalavancagem por parte dos governos.
Vamos ter uma desaceleração global.

Em 2006 Roubini previu o rebentamento iminente da bolha imobiliária e a consequente crise financeira. Suas previsões e comentários são amplamente seguidos em círculos financeiros.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A CONTIGÊNCIA DO EURO MORRER SOBE 50%

Os receios sobre o futuro da zona euro diminuíram um pouco nas últimas semanas.
Na quinta-feira, o presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet bateu-se contra os pessimistas do euro que está num valor superior ao início das baixas verificadas em Junho em relação ao dólar.Mas os economistas da Capital Economics prevêm que o mais provável é a zona euro partir do que sobreviver. Chegamos à conclusão de que o equilíbrio de probabilidades de sobreviver voltaram-se contra a zona do euro na sua forma actual disse a Capital Economics a semana passada, numa nota aos seus clientes.
A equipa está muito preocupada com o endividamento, a competitividade e a fraqueza económica estrutural na zona do euro, combinada com as recentes ansiedades do mercado sobre a dívida soberana e a fragilidade persistente da economia mundial.
Uma mudança significativa para o euro pode acontecer na forma de um único país, o mais provável Grécia, optar por deixar, ou sendo convidada a sair, ou uma série de países sairem, deixando a Alemanha, ou de uma separação entre um euro a norte e um euro a sul, escreveu numa nota Julian Jessop, economista-chefe internacional.
As probabilidades de um desses cenários acontecer realmente aumentaram 50%.
O momento permanece altamente incerto. Existem boas razões que tal mudança drástica não acontecerá em breve, pela obrigação da política contínua para o euro em praticamente toda a zona.
A pressão parece mais provável subir ao ponto de ruptura em cerca de dois ou três anos, mas não podemos descartar o acontecimento ocorrer mais cedo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A DÍVIDA PORTUGUESA

Em Abril de 2010 num relatório elaborado na Suíça pelo Bank International Settlements (http://www.bis.org/) relativo aos sistemas bancários dos países mais expostos à nossa divida expressa em dólares verificou-se o seguinte por ordem decrescente:
Espanha – $86,08 biliões
Alemanha – $47,38 biliões
França – $44,74 biliões
Inglaterra – $24,26 biliões
Holanda – $12.41 biliões
Itália – $6,74 biliões
Irlanda – $5,43 biliões
Estados Unidos – $4,99 biliões
Japão – $4,22 biliões
Suiça – $3,86 biliões
Bélgica $3,12 biliões
Brasil – $1,13 biliões
E outros países que no global possuem $1,01 biliões da nossa divida.
O Instituto de Gestão do Crédito Público prevê este ano a emissão de mais divida no valor de 24 mil milhões de Euros um aumento de 50% comparativamente com o ano passado que foi de 16 mil milhões de Euros. Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional) um País está à beira de enfrentar problemas sérios quando a sua divida externa atinge 60% do PIB ora no nosso caso ela representa 85,4%, um valor muito acima do aceitável.
Neste momento o que o País deveria estar a fazer era tentar reduzir a divida em vez de aumentá-la, porque uma corda esticada ao limite irá partir com certeza. Os Portugueses nos próximos anos vindouros não esperem por boas notícias, porque os credores irão mais tarde ou mais cedo pedir-nos contas, a perda da nossa soberania está em causa e rezemos para que não nos cortem o financiamento nos mercados financeiros internacionais.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A EUROPA TEM QUE VIVER COM O SEU MAIOR ERRO

O que antes era apenas uma hipótese entre um círculo de economistas agora é citado por vários especialistas como um dos principais motivos para o nervosismo do mercado: a possivel ruptura do euro, a moeda única que levou anos de negociação e diplomacia para nascer.
E não sem razão, alguns analistas acreditam que o desmantelamento da zona euro ou a saída de um mesmo país teria consequências incalculáveis para os mercados.
A ruptura completa teria efeitos semelhantes seguintes ao colapso do anão Lehman Brothers, comentaram analistas do ING ao escreverem numa pesquisa de mercado.
Alguns especialistas acham que o processo está prestes a acontecer, porque a união monetária não é sustentável devido aos diferentes níveis de desenvolvimento económico entre os seus membros.
Na minha opinião, o euro vai entrar em colapso dentro dos próximos meses e é completamente insustentável disse Max King estratega de investimentos, da Investec Asset Management.
O Banco Central Europeu deixou a taxa de juros inalterada num nível baixo recorde de 1% permanecendo assim à 14 meses.
O famoso investidor Jim Rogers previa o colapso do euro passados 15-20 anos, mas encontrou uma boa oportunidade de compra da moeda única uma vez que a maioria dos investidores nos mercados tornaram-se pessimistas sobre ele.
Se sair apenas da zona do euro a Grécia, o prejuízo económico inicial será sentido principalmente por este país, com uma queda na produção de 7,5%, de acordo com a pesquisa do ING. O resto das economias da zona do euro podem ver a sua produção diminuir até 1 por cento.
Mas se vier a ocorrer uma dissolução completa o impacto seria dramático e traumático.
No primeiro ano, as economias dos vários países da zona do euro poderiam encolher entre 5 e 9 por cento e os preços dos activos poderiam cair. As novas moedas das economias periféricas, provavelmente cairiam 50 por cento ou mais, e poderiam ver as taxas de inflação subir para dois dígitos.
Enquanto isso, a Alemanha e os países mais fortes, bem como os E.U., poderiam sofrer deflação à medida que as suas moedas deviam encarecer porque seriam vistas como seguras, de acordo com o cenário descrito pelo ING.
Amartya Sem vencedor do Prémio Nobel de Ciências Económicas em 1998 considera que foi um grande erro a integração monetária, dizendo que:
A Europa está presa e quebrar agora o erro com a ruptura do euro seria a segunda maior estupidez, o que iria gerar uma enorme quantidade de pânico e preocupação.
Em grande medida o mercado e política económica é refém de forças que são movidas pelo comportamento de manada e os decisores políticos têm de levar isso em conta ao abordarem a questão.
A união monetária pode ser salva e terá que ser salva.Mas para que isso aconteça os governos precisam encontrar o caminho certo para acalmar os mercados.
A Europa tem que pensar realmente como domesticar as forças do mercado de títulos
A crise grega foi mal gerida, e agora têm de demonstrar união monetária para a defenderem. Os políticos terão de convencer os eleitores de que é aceitável usar dinheiro público para ajudar os membros mais fracos da zona euro.
Se existe dinheiro para a integração tem que haver alguma política de apoio por parte dos diferentes governos europeus.
Estimular o crescimento económico será o principal meio para o país superar o seu problema de endividamento

sexta-feira, 2 de julho de 2010

GRÉCIA ACABARÁ POR SAIR DO EURO

O resgate do BCE pode, temporariamente, lubrificar o sistema bancário europeu, mas está longe de ser salvo, disse Philippe Malmgren, presidente da Asset Management Principalis.
Malmgren que serviu como conselheiro económico de George W. Bush e mais tarde ingressou na Casa Branca como conselheiro especial do presidente, acredita que a Grécia vai sair da zona do euro, porque os gregos não aceitam as medidas de austeridade rigorosa impostas pela UE.
As pessoas não aceitaram os termos como ultimato nós agora vamos ver incumprimentos da divida soberana na Europa Ocidental.
Enquanto a maioria das pessoas acredita que a adesão ao clube euro é muito difícil, senão impossível renunciar, finalmente vão ter um governo grego, que vai dizer que o que eram tentações oferecidas para ficar, não vale a pena, termos de as suportar.
O BCE pode ser capaz de acalmar os mercados no curto prazo, mas o que eles não podem fazer é dizer ao público grego e pedir-lhes para suportarem três anos de uma depressão, seguidos por dez anos de recessão.
Os spreads já voltaram aos valores donde estavam antes do resgate ter sido anunciado. O resgate do BCE é como o velho jogo infantil do pontapé na lata. Ele empurra o problema um pouco estrada abaixo, mas não o resolve.
A ajuda de $1 trilião de dólares não foi destinada à Grécia,visava o sistema bancário da Europa Ocidental, quando a liquidez no sistema absolutamente entrou em colapso.De acordo com Malmgren, os contratos sociais da Grécia e da Alemanha estão a colidir frontalmente.O problema está no sistema bancário. O que se está realmente a apostar é numa construção política, de que os responsáveis políticos serão sempre capazes de socorrer nações em dificuldades.
Essa construção pode revelar-se falsa, na medida em que o mercado vai chamar pelo seu bluff.