sábado, 22 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PORTUGUESES QUEREM MAIS DO ESTADO DO QUE OS IMPOSTOS QUE PAGAM


O ministro das finanças Sr Vítor Gaspar diz que não há milagres. Ou mais impostos ou menos Estado. Não há volta a dar, nem gorduras a cortar. E, na sua perspectiva, os portugueses ainda não perceberam bem a questão. O que os portugueses começam a perceber é que o senhor começou a gozar com quem começa a perder a paciência. Há 17 meses no governo ainda não sabe quem deu a palmada nos cofres do estado? Já deveria saber que foram os democratas “políticos” que roubaram e deixaram roubar o País!!!! se ainda não entendeu pode ir embora. Não está a ser sério com os portugueses!

domingo, 16 de dezembro de 2012

MAURO SAMPAIO - PORTUGAL FALIU POR CORRUPÇÃO DO ESTADO


No programa prós e contras da RTP o empresário luso-brasileiro Mauro Sampaio teceu duras críticas à classe política portuguesa acusando-a de corrupção a todos os níveis. “Em Portugal, não há um processo contra esta classe que chegue ao fim ou alguém que seja preso”. Para o empresário Mauro Sampaio é fundamental confiança e esta só nasce de uma gestão responsável e honesta. “Temos um presidente da República que é economista e sabia muito bem que o BPN servia para lavar dinheiro”. A concluir, afirma: “sou empresário desde os 22 anos e nunca precisei de Miguel Relvas para buscar cunhas para meter dinheiro na minha empresa”.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

REFORMAS MILIONÁRIAS CUSTAM MAIS DE 21 MILHÕES DE EUROS POR MÊS AO ESTADO


O fosso entre as reformas milionárias e as outras é enorme: os pensionistas que recebem mais de quatro mil euros por mês custam 21 milhões de euros por mês aos cofres do Estado, quatro vezes mais do que os 23.331 beneficiários de pensão mínima a quem são pagos no total 5 milhões de euros mensais. Existem pensionistas a receber reformas milionárias. Se por mês representam 21,39 milhões de euros, segundo as contas do «Diário de Noticias», por ano são 300 milhões, contando com as 12 remunerações, subsídios de férias e de natal. A quantidade de reformas milionárias tem vindo a ganhar terreno a uma velocidade imparável: no arranque da década passada, as pensões com essas características eram 1.002; sempre a subir, chegaram aos 4075 em 2008 e ultrapassam as 4500 no ano seguinte. Contas feitas o número mais do que quadruplicou em apenas dez anos. Os gastos do estado com as subvenções vitalícias destinadas aos políticos também não têm parado de aumentar. Numa década, estas despesas dispararam 33% para 80 milhões de euros, contando já com o valor mais alto de sempre que se espera atingir este ano, de 9,1 milhões. Para se ter uma ideia, enquanto um funcionário público precisa de trabalhar, em média 30 anos para alcançar a reforma, um político que desempenhou funções entre oito a doze anos até 2005 ganhou logo direito a uma pensão para toda a vida, que passa para o dobro aos 60 anos.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PARA QUE SERVEM AS LEIS


Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - Gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados, porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém... respondam a esta pergunta: - agi correctamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito?
Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.
Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
"O PREÇO A PAGAR PELA TUA NÃO PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA É SERES GOVERNADO POR QUEM É INFERIOR".- PLATÃO (C. 428 - 347 A.C.)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

DOM ANTÓNIO VITALINO (BISPO DE BEJA) – O PAÍS PRECISA DE CONVERSÃO EM VEZ DE REFUNDAÇÃO E CONTESTA INTERESSES INSTALADOS NA VIDA POLÍTICA


O bispo de Beja considera que a polémica em torno da expressão “refundação”, utilizada pelo primeiro-ministro português, deve levar a uma reflexão sobre a necessidade de uma organização mais “transparente, participada e responsável” no país.“Queremos mais Estado ou mais iniciativa particular, mais impostos para alimentar um Estado absorvente e omnipresente ou menos carga fiscal com cidadãos mais intervenientes e cor-responsáveis pelo bem comum?
Segundo o bispo de Beja, “o povo só voltará a confiar nos políticos e na justiça quando os seus procedimentos se tornarem mais transparentes”.D. António Vitalino critica ainda a falta de separação entre os poderes legislativo, judicial e executivo, advertindo para a irrupção de um “poder financeiro, muitas vezes anónimo, sem atenção pela dignidade das pessoas e corrosivo dos valores morais”.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A INGRATIDÃO DA ALEMANHA PERANTE A GRÉCIA


Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a
 Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.
As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.
 Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida  (!).
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava. Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota. "Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que
 a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante. "No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.
O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória.



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A FOME JÁ EXISTE NAS ESCOLAS PORTUGUESAS


Não há que duvidar, o objectivo central do governo PSD/CDS é o desmantelamento do Estado Social consagrado na Constituição da República. Destruir a maior parte da oferta interna, mediante a limitação drástica da procura, provocar desemprego, cortar salários e pensões, reduzir funções sociais do estado e aumentar os impostos são consequências minuciosamente calculadas para produzir os efeitos nefastos pretendidos. Noticias sobre os efeitos terríficos não param de chegar, vejamos. De acordo com a revelação do secretário de Estado do ensino e Administração Escolar, em Portugal existem 10800 alunos com carências alimentares graves e destes mais de metade (5547) estão abrangidos pelo Programa da reforma Escolar. Números da Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública. A informação foi passada ao Banco Alimentar Contra a Fome para que as famílias possam receber comida, já que as carências alimentares atingiram os núcleos familiares. Diz-se que um levantamento do número mais preciso pode aumentar os necessitados, dada a delicadeza e a dificuldade que a detecção destes casos envolvem. O programa de pequenos-almoços na escola avançou em Maio como projeto piloto em 120 escolas e alargado no início do ano lectivo à generalidade das escolas. Como se sabe o salário médio em Portugal está em queda permanente. Existem vários valores do ordenado médio nacional 777 euros813 euros mas como sempre não se chegam a valores precisos. Dados do Banco de Portugal indicam que o salário médio sofreu uma redução de 4,5% nos primeiros nove meses deste ano. Entre Janeiro e Setembro o salário médio mensal (incluindo subsidio de fériasdistribuído pelos 9 meses) ficou reduzido a 1014 euros. Em 2010, o saláriomédio desceu 3,6% em relação ao ano anterior, em que a quebra foi de 0,4%.Segundo o BDP os actuais salários estão ao nível de 1997, e o último ano comsubida de salário foi em 2009. A Comissão Europeia confirmou uma quebra dasremunerações reais nos últimos três anos, prevendo que este ano atinja os 5,1%. Também o bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, Domingos Azevedo, acusa os órgãos do estado de falta de “transparência e organização das contas públicas. A Ordem, que recomenda uma alteração ao actual modelo, afirma que o Governo não fez nenhum estudo sobre “a sua estrutura de custos, onde pode cortar e quais os seus efeitos sociais”. Como é possível avançar para corte sem estudos? Por outro lado reitores das 16 universidades públicas portuguesas leram uma declaração conjunta, intitulada “Portugal e as Universidades”, onde repudiam o corte de 9,4% nas dotações do Orçamento do Estado. A redução traduz-se em menos 56 milhões de euros em 2013, agravando a redução em 144 milhões de euros registada entre 2005 e 2012. Salientam que o corte “terá efeitos imprevisíveis em todo o sistema universitário, inviabilizando o desenvolvimento de atividades essenciais para o seu funcionamento. Para provar a demagogia do mapa cor de rosa que o Governo faz da sua governação, ai temos o banco de Portugal sem contemplações a prever para o próximo ano a destruição de mais de 82 mil postos de trabalho a somar aos 180 mil estimados para 2012, sem que hajam prespectivas de melhorias próximas. Também o INE divulgou que o desemprego subiu no terceiro trimestre para 15,8%, quase um milhão e 400 mil desempregados e ainda não chegámos ao fim do ano. Finalmente, é o próprio FMI (como se não soubesse veja-se o que aconteceu na Argentina e Equador) a admitir que as políticas de austeridade aplicadas a vários governos podem tornar-se insustentáveis face á crescente contestação social sentida nos países do sul da Europa. Como é que as políticas do Governo podem surtir efeito se os problemas aumentam dia após dia? Com é que se pode resolver o que quer que seja, se todas as entidades acima mencionadas não acreditam que resultem? Depois lá para os lados de Belém sopram ventos cúmplices e mortais…Um fiasco!

Artigo de Carlos Vale do Jornal Povo da Beira

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MISÉRIAS ENGRAVATADAS


A visita da Sra. Ângela Merkel a Lisboa (invasão) afinal passou despercebida; não se deu pela sua presença, qual a importância em relação ao que tanto se falava e esperava. Das poucas horas, ou melhor das muitas horas que esteve em solo Português (salvo seja porque neste momento somos governados pela TROIKA não existindo soberania nacional), não teve coragem nem vergonha de enfrentar os Portugueses olhos nos olhos. Foi uma chegada envolta em artimanhas e rodeada de precauções de segurança, como se Portugal estivesse em estado de guerra, ou se o Povo Português fosse um Povo desordeiro, arruaceiro ou malfeitor. Como é evidente a sua permanência como chanceler não era nem será do agrado do povo Português, com exepção, como é evidente, do Governo Português, submisso à vassalagem que tem de lhe prestar. Poderá porventura perguntar-se: Para quê tanto secretismo e tanta cautela! Mas qual foi o interesse que a visita da Sra Merkel trouxe a Portugal? Vem-nos comunicar a imposição de mais sacrifícios? Não merece a pena cansar-se na viagem a não ser para desculpar o actual governo nas medidas que está a implementar e que são muito duras para o Povo Português. Basta tão-somente dar instruções aos seus feitores cá da “quinta”. Estamos fartos cada vez mais do mesmo. Não obstante da sua visita não ter contribuído para quaisquer resultados positivos para Portugal, deixou-nos como pano de fundo, bem escuro, a inevitável situação e cita-se: “a Alemanha ganha 1,9 milhões de euros por dia com Portugal e ainda como Portugal está a cumprir o programa de forma excelente foi um grande feito”. Certamente que sim Sra Merkel enquanto estiver a encher os cofres da Alemanha. Os Portugueses têm a sua sina e o seu caminho marcado. Porém não se pode nem se deve deixar de responsabilizar este governo e outros governos anteriores pela má e danosa governação que praticaram, não só pelo autoritarismo exacerbado, mas acima de tudo pelo desprezo social, falta de sensibilidade, e mesmo falta de honestidade pela forma como penalizou a maioria do Povo Português, com a imposição das suas formas de austeridade. Não haverá melhor teste de avaliação, para ter a noção do que é o sofrimento da austeridade, se todos aqueles com altos vencimentos não experimentarem governar as suas casas com cerca de 1500 euros mês no melhor cenário, e terem de contribuir com as mesmas exigências. Só por essa forma poderão avaliar as dificuldades e a miséria porque milhares e milhares de Portugueses estão a passar e vão passar nos próximos anos (não será como nos tentam transmitir com melhorias a partir de 2014). Não basta que os Governantes digam que estão preocupados com os problemas dos Portugueses. É preciso muito mais do que isso provando-o na realidade.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SAIR DO EURO É PRECISO?


Parece haver quem pense que a saída de Portugal do euro é uma opção política entre várias alternativas. Não o é. A saída do euro é uma necessidade objectiva para a viabilização do País.
A evolução da economia portuguesa, das contas externas e do desemprego desde a integração na zona euro é elucidativa: a partir de 2003, a partir do momento em que o euro entrou numa linha de revalorização face ao dólar, os resultados para nós foram desastrosos.
Nos últimos dez anos, a sobrevalorização do euro face ao que seria a taxa de equilíbrio para a economia portuguesa tem variado permanentemente entre os 30 e os 40%. Nenhum país do mundo aguenta uma situação destas. Por isso o que está em jogo com a necessidade de saída do euro, e subsequente desvalorização do «novo escudo», não é uma mera e conjuntural melhoria da competitividade da produção nacional. É a reposição de equilíbrios estruturais da economia, a adequação do preço da moeda à realidade e estrutura económicas do País.
O aumento da produção nacional é a única forma de resolver os problemas económicos, sociais e financeiros do País, ninguém duvida. Tal como a renegociação da dívida é essencial para reduzir os desequilíbrios orçamentais e da conta de rendimentos com o exterior. Mas isso implica criar condições objectivas para que o aumento da produção possa ocorrer e para que os efeitos da renegociação da dívida não sejam meramente conjunturais. O que só será conseguido com a desvalorização estrutural da moeda, o que implica a saída do euro e a recuperação da soberania monetária.
A desvalorização da moeda é uma condição (absolutamente) necessária mas não é uma condição suficiente. Os seus efeitos positivos terão de ser complementados com uma estratégia de reindustrialização do País e de uma política mais justa e adequada de distribuição do rendimento. E a desvalorização é ela própria um elemento essencial para desenvolver essa estratégia, porque o aumento da produção e a reindustrialização não se conseguem por decreto.
É certo que a desvalorização tem custos, que o espaço não me permite desenvolver. Mas muito menores do que alguns pensam, ou dizem. Nomeadamente no que respeita aos salários: uma desvalorização de 30% geraria uma inflação da ordem dos 8/9% (reflectindo o efeito do peso das importações na produção e no consumo) o que significaria, embora não necessariamente, idêntica quebra nos salários reais. Mas a redução real dos salários este ano e no próximo é já superior a esse custo. Com a desvantagem de não acender nenhuma luz ao fundo do túnel, antes pelo contrário.
E a competitividade pelos preços da produção nacional aumentaria cerca de 24%, já descontado o efeito do aumento do preço dos inputs importados incorporados na produção nacional. E é evidente que o aumento da competitividade por esta via, quer a nível das exportações como da substituição de importações, é praticamente imediato com rápidos efeitos positivos no emprego. E é a partir daí que se pode avançar para a reindustrialização e para o aumento da produção. (Para que não haja dúvidas, todos estes cálculos se suportam nas matrizes input-output divulgadas pelo INE, não são meros palpites ou ilusões).
Importa ainda sublinhar que a saída do euro é politicamente mais viável que qualquer proteccionismo selectivo ou a saída da UEM, porque isso significaria sair da União Europeia e não apenas da zona euro. E na União existem dez países que não pertencem à zona (e parece que não se dão muito mal).
Mantendo-se no euro, Portugal e os portugueses não terão futuro. E é melhor sairmos a tempo pelo nosso pé, do que mais tarde sermos escorraçados.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A CARIDADE EM PORTUGAL PAGA IVA E DÁ LUCROS AOS TUBARÕES DA DISTRIBUIÇÃO!


Em Inglaterra, a cadeia de supermercados Waitrose, oferece uma moeda (uma chapa) a cada cliente que faz compras acima dum determinado valor. O cliente, à saída, tem, normalmente, três caixas, cada uma em nome duma instituição social sediada no município, para receber as referidas moedas, de acordo com a opção do cliente.
Periódicamente, são contadas as moedas de cada caixa e a empresa entrega em dinheiro, à respectiva instituição, o valor correspondente, donativo esse que diminui os seus lucros mas, também, tem o devido benefício em termos de fiscalidade.
Em Portugal, as campanhas de solidariedade custam ao doador uma parte para a instituição, outra parte para o Estado e mais uma boa parte para a empresa que está a “operacionalizar” (?!...) a acção. Um país de espertos... até na ajuda aos mais necessitados. Mas nós ficamos quietos e calados, ou então, estupidificamos porque queremos...
Muito triste, muito triste, mas é bom saber...
Programa de luta contra a fome.
Nada é o que parece. Vejamos:
Decorreu num destes fim de semana mais uma acção, louvável, do programa da luta contra a fome mas....façam o vosso juízo! A recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas, ou seja 2.644.000 Kilos.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 kg x 0,50 € dá 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.
Quanto ganharam???:
- O Estado: 304.000,00 € (23% iva)
- O Hipermercado: 396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.
MAIS....
É triste, mas é bom saber...
- Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 €?
A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 € + IVA. São 0,72 € no total.
O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 €.
Assim oferecemos 0,50 € a quem carece, mas cobram-nos 0,72 €, mais 0,22 € ou seja 30%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 € (17%) isto é a diferença dos 50 para os 60.
2º - o Estado com 0,12 € (20%) referente ao IVA sobre 0,60 €.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado atingiu os 2.000.000,00 €.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 € divididos entre a PT (400.000,00 € para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 € para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).
A PT cobra comissão de quase 20% num acto de solidariedade!!!
O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!
ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS.
ISTO É UM TRISTE APROVEITAMENTO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS E UM APROVEITAMENTO ILÍCITO DA DESGRAÇA ALHEIA!
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PORTUGAL NOVO RUMO


A verdadeira Democracia é a que promove a justiça social, com igualdade de direitos e deveres para todos. Assim sendo, acabar já com as mordomias dos políticos (o salário é suficiente), proibição de acumular outros cargos, reduzir os deputados, assessores, secretários, motoristas etc., bem como nas Camaras Municipais (gigantescas cozinhas repletas de tachos), institutos públicos, fundações, PPP, fazer a reforma da justiça e autárquica já. Não há dinheiro para parasitas, ou não convém mexer com amigos, familiares, compadres, afilhados, etc. Só tiram a quem trabalha e sustenta esta mer** toda. Quanto à equidade entre funcionários públicos e privados, o fim das regalias e privilégios na função pública, por a P.J. a fiscalizar os organismos do estado (autênticos ninhos de corrupção). Direitos sociais,  (Saúde e Educação) iguais para todos aqueles que cumprem e pagam impostos. O fim da imoralidade politiqueira, com leis feitas por medida, como o acumular de reformas milionárias por tachos de sorna. Escumalha que nada fez, para além da lata de dormirem no Parlamento,enquanto outros trabalham e descontam até aos 65 anos, pela reforma. É tempo de os funcionários públicos, terem direitos iguais aos privados e vice versa, não ser permitido receber mais que uma reforma, com um teto máximo adequado à nossa realidade, e em condições iguais às dos restantes trabalhadores, (reforma só aos 65 anos para todos) políticos incluídos, nas situações já existentes serem imediatamente suspensas e enquadradas no novo sistema. Porque será que o Tribunal constitucional não vê estas desigualdades?
Com o envelhecimento da população activa, sem natalidade e com tantos chulos, quem vai sustentar as reformas dos atuais e futuros pensionistas? Se a situação não se inverter, de onde virá o dinheiro que sustenta estes mamões? Será que vamos continuar a ir pedir emprestado lá fora, para os escravos aqui pagarem? Vira e toca o mesmo disco. (MAIS DE 6 MESES DO MEU SALARIO ANUAL SÃO PARA IMPOSTOS), o meu País obriga-me a sustentar estes parasitas de mer**. Um dia destes quando acordarmos, Portugal só terá políticos, chulos, incompetentes e 600.000 funcionários públicos, sem contar com as carraças, que são outras tantas e claro os desgraçados deste sistema, desempregados e reformados, a maioria com reformas de 250 euros, e os parasitas das REFORMAS DOURADAS de milhares de euros, que nada fizeram para as merecer, a não ser leis que lhes deram este direito. É inacreditável como esta gentinha não tem um pingo de decência e vergonha na cara, ainda têm tempo de antena para criticam quem tenta mudar o rumo deste País. (ACORDEM NÃO HÁ DINHEIRO PARA TANTOS CHULOS). Falta credibilidade nos organismos do Estado, todos os dias somos confrontados com escândalos, que envolvem a classe política e seus comparsas, a teia alastra-se cada vez mais e não tem fim. Investiguem, julguem e prendam quem se têm apropriado e gerido mal o dinheiro público (corruptos, ladrões, assim como os políticos incompetentes) com responsabilidade nesta situação e recuperem o dinheiro roubado, esteja ele onde estiver. Acabem com a corrupção, pouco nos diz se são da direita, do centro, ou da esquerda, se são criminosos devem ser julgados e condenados. Temos o País com a maior desigualdade na Europa, a economia assenta toda na classe média e não é provocando a sua destruição que esta se desenvolve e muito menos o País recupera. Sem poder de compra, as empresas e o comércio não vendem, por isso acabam por falir.

sábado, 10 de novembro de 2012

FÁBRICA DA EMPRESA ALEMÃ STEIFF LOCALIZADA EM OLEIROS (CASTELO BRANCO) VAI PARA A TUNÍSIA (Á PROCURA DE MÃO DE OBRA BARATA) APESAR DE TER LUCRO


A empresa alemã Steiff poderá vir a transferir a fábrica instalada em Oleiros para a Tunísia, deixando no desemprego 103 pessoas, na sua maioria mulheres. O alerta foi dado, na passada terça-feira, pelo presidente da Câmara, José Marques, no exterior da fábrica cujas instalações são cedidas gratuitamente pela autarquia à empresa alemã.O autarca não compreende a intenção da nova administração da empresa em deslocalizar a fábrica de Oleiros para a Tunísia. "Esta posição da nova administração da Steiff é inadmissível, sobretudo numa altura em que a própria Alemanha diz aos portugueses que está pronta para nos ajudar. A chanceler alemã vem segunda-feira a Portugal e o apelo que lhe fazemos é de que chame a atenção da administração desta empresa, para que esta marca de renome mundial continue a laborar em Oleiros".Na fábrica de Oleiros são produzidos por ano mais de 100 mil bonecos de peluche, os quais constituem o topo de gama da marca alemã e este ano registou-se um aumento na produção. "Todas as administrações anteriores me têm dito que a fábrica de Oleiros é aquela, das três que a empresa possui, que produz com melhor qualidade e em tempo recorde. Os trabalhadores da empresa estão sempre disponíveis para trabalhar quando for necessário para que a empresa cumpra os compromissos que tem para com os seus clientes", diz.Há 22 anos em Oleiros, a fábrica Steiff instalada numa das zonas industriais da vila tem sido responsável pela produção das coleções mais importantes da marca. Recentemente produziu uma coleção para o aniversário da Rainha de Inglaterra, e o peluche que Angela Merkel ofereceu ao filho do ex-presidente francês Nicolas Sarcozy foi produzido em Oleiros.
José Marques recorda que já foi feita uma reunião com o ministro da Economia português, a autarquia de Oleiros, a administração alemã e o gerente da Steiff que está em Portugal. "O próprio Ministério da Economia já disponibilizou uma verba para apoiar a empresa através do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Mas apesar destes apoios, aquilo a que assistimos é que é vontade desta administração alemã de até Fevereiro ou Março do próximo ano encerrar esta unidade", diz o autarca.
 O presidente da Câmara lembra que já "informou o administrador alemão da Steiff que a autarquia não permitirá que máquina nenhuma saia das instalações da empresa em Oleiros". José Marques sublinha o facto da empresa ter muitas encomendas e não estar em situação de falência."Esta é uma fábrica de renome mundial. A palavra-chave desta empresa é qualidade. Só a ganância de ganhar mais dinheiro é que pode levar a que a fábrica se deslocalize para a Tunísia. As administrações alemãs anteriores sempre nos disseram que esta era uma fábrica viável e para continuar, e que seria a última do grupo a encerrar se algo de mal acontecesse. E o que verificamos é que esta nova administração tem uma enorme vontade para deslocalizar a fábrica para a Tunísia".José Marques voltou a reafirmar que a autarquia está disponível para apoiar a empresa na manutenção da empresa em Oleiros, recordando que as instalações da empresa são da autarquia (estão cedidas gratuitamente) e que as empresas do concelho não pagam derrama.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

GEORGE SOROS - O EURO CRIOU DIVERGÊNCIA EM VEZ DE CONVERGÊNCIA


A crise do euro é vista geralmente como uma crise da moeda, mas também é uma crise de dívida soberana e, mais ainda, uma crise bancária. A situação é complexa. Os vários estados membros europeus formaram pontos de vista muito diferentes e as suas políticas refletem os seus pontos de vista mais do que os seus verdadeiros interesses nacionais. A solução que está a ser implementada será, realmente ditada pela Alemanha, uma vez que sem o seu crédito soberano nenhuma solução é possível. A Alemanha culpa pela crise os países que perderam competitividade e aumentaram as suas dívidas e, por isso, coloca todo o peso do reajustamento nos países endividados. Este é um ponto de vista enviesado, que ignora não apenas o facto de que esta não é apenas uma crise de dívida soberana, mas também uma crise monetária e bancária – e a Alemanha é a maior responsável por essas crises. Quando o euro foi introduzido, esperava-se que ele criasse convergência, mas em vez disso criou divergência. O BCE tratou as dívidas soberanas de todos os Estados membros como isentas de risco e aceitou-as na sua janela de desconto (Facilidades de crédito em que as instituições financeiras vão receber fundos de um banco central, com taxa de juro igual à taxa de desconto do banco, geralmente em troca de garantias, para aliviar a pressão dos mercados. Ajuda a resolver o problema de liquidez dos bancos e contribui para assegurar a estabilidade dos mercados financeiros) com condições iguais. Os bancos que foram obrigados a possuir ativos isentos de risco para preencher os seus requisitos de liquidez foram induzidos a encher-se de dívida dos países mais fracos para ganhar uns pontos base extra. Isto baixou as taxas de juro em Portugal, na Irlanda, na Grécia, em Itália e em Espanha e gerou bolhas imobiliárias- ao mesmo tempo que a Alemanha tinha de apertar o cinto para lidar com os custos da reunificação. O resultado foi uma divergência na competitividade e uma crise bancária que afetou os bancos alemães mais fortemente que os outros bancos. Verdade seja dita que a Alemanha tem vindo a resgatar os países altamente endividados para proteger o seu próprio sistema bancário. Estas medidas fazem lembrar as da crise bancária internacional de 1982, quando as instituições financeiras emprestaram aos países endividados dinheiro suficiente para o serviço das suas dívidas até que os bancos conseguissem reunir reservas suficientes para trocarem as suas «dívidas más» por títulos (Brady Bonds) em 1989. Isto gerou uma década perdida para a América Latina. Efetivamente as medidas atuais penalizam os países endividados ainda mais do que nos anos 80, porque estes terão que pagar prémios de risco significativos depois de 2013. Como resultado a União Europeia vai sofrer algo pior do que uma década perdida; vai enfrentar uma divergência crónica na qual os países com excedentes avançam enquanto os países com défice são arrastados para o fundo com o fardo das dívidas acumuladas, Os requisitos de competitividade serão impostos num campo de jogo desequilibrado, colocando os países com défice numa posição insustentável.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O ROUBO DO BPN ONDE CABERIAM DOIS ORÇAMENTOS DE ESTADO DE 2013 OS TAIS 4 MIL MILHÕES EUROS QUE A TROIKA "PRECISA"

Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como 9.710.539.940,09 €uros!!! Paga por todos nós, contribuintes, que não podemos reclamar e sem que nenhum dos conhecidos criminosos tenha sido responsabilizado…
"É o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”. - João Marcelino (DN)
O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo "é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”
O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas.
O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando “colocações” para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco. O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros. Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.
Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores. O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar. Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PAUL KRUGMAN - ALTO RISCO DE DEFLAÇÃO ( O QUE OS PAÍSES PERIFÉRICOS DO EURO NO QUAL ESTAMOS INSERIDOS JÁ COMEÇARAM A SENTIR, O RESTO É MÚSICA DE POLÍTICOS)

DEFLAÇÃO - DESCIDA GENERALIZADA DOS PREÇOS(MERCADORIAS, IMOBILIÁRIO),SUBIDA DO DESEMPREGO DEVIDO À FALÊNCIA DE EMPRESAS, NÃO EXISTÊNCIA DE PROCURA DE BENS E SERVIÇOS POR MEDO DE SE GASTAR DINHEIRO, NÃO EXISTÊNCIA DE INVESTIMENTOS, NÃO EXISTÊNCIA DE CRÉDITO.



domingo, 4 de novembro de 2012

AS MENTIRAS DESTE GOVERNO EM NOME DA TROIKA


Já leram o memorando da troika?
Sim, é a minha pergunta de hoje: já leram o memorando de entendimento com a troika, assinado por Portugal em Maio de 2011? Eu li, e em pé de página deixo o link para quem o quiser consultar, na sua tradução oficial. São 35 páginas, escritas num português desagradável e tecnocrático, que têm servido a este governo para justificar tudo.
Ainda ontem, com descaramento, um dirigente do PSD dizia que "este não era o Orçamento do PSD, mas sim da troika"! Ai sim? Então eu proponho a todos um breve exercício de leitura. Tentem descobrir, lendo o memorando, onde é que lá estão escritas as 4 medidas fundamentais pelas quais este governo vai entrar para história de Portugal!
Sim, tentem descobrir onde é que lá está escrito que se deve lançar uma sobretaxa no subsídio de Natal de todos os portugueses (decidida e executada em 2011); cortar os subsídios aos funcionários públicos e pensionistas (decidido e executado em 2012); alterar as contribuições para a TSU (anunciada e depois retirada em Setembro); ou mexer nas taxas e nos escalões do IRS, incluindo nova sobretaxa (anunciados no Orçamento para 2013), e definidos pelo próprio ministro das Finanças como "um aumento enorme de impostos"?
Sim, tentem descobrir onde estão escritas estas 4 nefastas medidas e verão que não estão lá, em lado nenhum. Ao contrário do que este Governo proclama, estas 4 medidas, as mais graves que o Governo tomou, não estão escritas no "memorando com a troika"! Portugal nunca se comprometeu com os seus credores a tomar estas 4 medidas! Elas foram, única e exclusivamente, "iniciativas" do Governo de Passos Coelho, que julgava atingir com elas certos objectivos, esses sim acordados com a "troika".
Porém, com as suas disparatadas soluções em 2011 e 2012, o Governo em vez de melhorar a situação piorou-a. Além de subir o IVA para vários sectores chave, ao lançar a sobretaxa e ao retirar os subsídios, o Governo expandiu a crise económica, e acabou com menos receita fiscal e um deficit maior do que tinha. Isto foi pura incompetência, e não o corolário de um "memorando de entendimento" onde não havia uma única linha que impusesse estes caminhos específicos! 
Mais grave ainda, o Governo de Passos e Gaspar, sem querer admitir a sua incúria, quer agora obrigar o país a engolir goela abaixo "um enorme aumento de impostos", dizendo que ele foi imposto pela "troika".
Importa-se de repetir, senhor Gaspar? É capaz de me dizer onde é que está escrito no "memorando de entendimento" que em 2013 o IRS tem de subir 30 por cento, em média, para pagar a sua inépcia e a sua incompetência? 
Era bom que os portugueses aprendessem a não se deixar manipular desta forma primária. Foram as decisões erradas deste Governo que, por mais bem intencionadas que fossem, cavaram ainda mais o buraco onde já estávamos metidos. E estes senhores agora, para 2013, ainda querem cavar mais fundo o buraco, tentando de caminho deitar as culpas para a "troika"?
Só me lembro da célebre frase de Luís Filipe Scolari: "e o burro sou eu?"

PARA LER O MEMORANDO CLIQUE AQUI

terça-feira, 30 de outubro de 2012

(UM DOCUMENTÁRIO FABULOSO QUE MERECE A PENA VER NA TOTALIDADE) - MAX KEISER - BANCOS EUROPEUS ESTÃO TECNICAMENTE EM BANCARROTA. AS DIVÍDAS DOS BANCOS FORAM TRANSFERIDAS PELOS GOVERNOS PARA OS CIDADÃOS COM MEDIDAS DE AUSTERIDADE


Quando se trata de a crise da dívida da zona do euro: há uma questão fundamental: Podem os países em dificuldades implementar todos os programas de austeridade necessárias e ainda assim a sua economia crescer o suficiente para pagar a dívida restante? Tome Espanha, por exemplo: 100.000.000.000 € recentemente numa operação de resgate financeiro, ou de reestruturação como chamam, acompanhado por um pacote de austeridade 60.000.000.000 euros, num país com uma taxa de desemprego de 25%. Grécia: 360 biliões de euros em dívida, novamente acompanhada por duros cortes de austeridade: desemprego em 22,5%. A França tem a sua crise de dívida própria, investiu pesadamente em empréstimos da Grécia. E na Itália: a economia vai contrair 2,4 por cento ou mais neste ano, dobrando a previsão oficial do governo de uma contracção de 1,2 por cento. O mundo está inundado de tanta dívida que, segundo alguns economistas, nunca pode ser pago de volta, sem a impressão de dinheiro, como é o caso com os EUA.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O POVO VOTARÁ CADA VEZ MENOS ENQUANTO NÃO ACABAREM COM ESTA FALSA DEMOCRACIA


Em Portugal não há verdadeira democracia, mas sim uma verdadeira ditadura dos partidos políticos que são instrumentalizados por todo o tipo de grupos de interesses, desde a maçonaria, caciques locais, interesses económicos, corrupção,etc.
Porque é que para se eleger um deputado em 15.º lugar de uma lista às legislativas temos de aceitar ser CHANTAGEADOS para eleger em primeiro lugar todos os que estão acima nessa lista? Isso faz com que os mesmos pesos pesados, que viciam o sistema e têm todo o tipo de interesses promíscuos e agendas escondidas continuem a contribuir para que se sugue o Estado em benefício próprio e de seus apaniguados. Depois, esta influência partidária é usada por aqueles que sustentam esses mesmos partidos na província e afins, com má gestão de Câmaras, hospitais públicos, etc, começando pelas nomeações que não são por mérito, permitindo-se a negócios ruinosos para o erário público, em benefício de influências locais, dando até migalhas a alguns (entrada de trabalhadores não qualificados e técnicos de baixo nível sem concursos públicos) para se calarem e assim se aguentarem sistemas podres em que os tais que decidem levam a fatia de leão. A prova disto é que toda a gente (incluindo os que andam aí pelas manifestações) sabem o que lá se passa e não o denunciam, porque muitos desses ditos trabalhadores sabem como entraram nesses sítios, que foi pela porta do cavalo, assassinando o princípio da igualdade de oportunidades, que é exactamente o mesmo espírito de quem com a corrupção rouba milhões aos contribuintes.
Este País só se levanta se acontecerem duas condições.
1. Se o sistema político for verdadeiramente alterado para que se elejam cidadãos, se elimine o poder e a chantagem dos partidos políticos, chamando assim os cidadãos de maior valor para a política, não se permitindo promiscuidades entre público e privado. Com um sistema decente, desapareceria a via das “jotas” para se subir na vida e ganhar-se poder de decisão sobre a vida de todo um povo e a custo deste, com base em troca de favores, promovendo-se a mediocridade e expulsando-se do País os melhores valores.
 2. Se fizermos funcionar a justiça e criarmos um espírito anti-corrupção e má gestão, perseguindo-se sem dó nem piedade os corruptos e os que lesam o País e as comunidades que deveriam servir com dignidade, o contrário do que acontece actualmente. Grande parte dos problemas orçamentais do País estão na má qualidade da gestão e na corrupção, que decorre do sistema político que temos, que não é uma verdadeira democracia, mas sim um sistema que permite que o País seja capturado por bandos de interesses criminosos.

domingo, 28 de outubro de 2012

OLIVIER BLANCHARD - CHEFE ECONOMISTA DO FMI DIZ QUE A CRISE DURARÁ UMA DÉCADA


A economia mundial vai demorar pelo menos 10 anos para sair da crise financeira que começou em 2008, disse o economista chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard, numa entrevista.
Blanchard falou no site húngaro Portfolio.hu, numa entrevista realizada em 18 de Setembro, que a Alemanha teria de aceitar uma inflação mais elevada e um reforço real do seu poder de compra como parte da solução para os problemas da Europa.
Mas apesar de o foco estar agora nos problemas da Europa, disse ele, os Estados Unidos também tinha um problema fiscal que tinha de resolver.
"Não é ainda uma década perdida... Mas vai certamente demorar pelo menos uma década, desde o início da crise para a economia mundial voltar à boa forma".
"O Japão está a enfrentar também um ajuste fiscal muito difícil, que vai levar décadas para resolver. China provavelmente tem tomado cuidado do seu boom de ativos, mas tem um crescimento mais lento do que anteriormente, mas nós não prevemos qualquer aterragem realmente difícil", acrescentou.
Blanchard disse que o ajuste na zona do euro requer a diminuição em metade dos preços do bloco sul endividados e um aumento nos países centrais. Para o Banco Central Europeu manter a inflação de 2% para todo o bloco como um buraco, os estados do núcleo tem que ter maior inflação que 2% - algo de forte resistência na Alemanha, onde a hiperinflação nos anos de 1920 ainda assombra o debate popular sobre as taxas de juros.
"Um pouco da taxa de inflação mais elevada na Alemanha deve ser simplesmente visto como um necessário e desejável ajuste de preços, relativo". "Dadas as condições da procura global e forte ordem do BCE para garantir a estabilidade de preços, este não é o início de hiperinflação”. Sobre a crise da dívida, Blanchard disse que a redução da dívida eram inevitáveis, mas isso deve ser feito sem sufocar o crescimento, caminhando sobre um "caminho meio estreito."
"Se você faz isso muito lento, o mercado acha que você não está a falar sério, se você fizer isso muito rápido, você mata a economia. Para cada país você tem de encontrar o caminho certo da consolidação".
"Você pode ter uma economia em que a inflação é estável e baixa, mas nos bastidores a composição da saída é errada, e o sistema financeiro acumula riscos."
"A maneira de pensar sobre a política monetária no futuro é que o banco central tem em vigor dois conjuntos de ferramentas".


Comentário – E andam aqui os nossos papagaios políticos a dizer que daqui a um ano vamos estar melhores. Com uma deflação prevista de 3%,défice corrente das contas públicas e dívida a subir em percentagem do PIB já vai nos 123% o abismo é já ali. Nunca na vida vamos sair da situação em que estamos com as políticas actuais é preciso muito mais do que isso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VLADIMIR BUKOVSKY (DISSENTE SOVIÉTICO, ESCRITOR, MÉDICO, POLÍTICO) - EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO!

Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa
"É surpreendente que, após ter-se enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabe-lo examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é exactamente a URSS?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE. Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de diminuir os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade. Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (...) Eu já vivi o vosso «futuro»..."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ASSIM VAI O MEU PAÍS - CARTA DE UM JOVEM LICENCIADO ENFERMEIRO DIRIGIDA AO SR PRESIDENTE DA REPÚBLICA

“Quero despedir-me de si”, lê-se na missiva do enfermeiro portuense, enviada hoje a Cavaco Silva e que tem como título “Carta de despedida à Presidência da República”. O enfermeiro Pedro Marques, que diz sentir-se “expulso” do seu próprio país, implora a Cavaco Silva para que não crie um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e apela ao Presidente da República para que permita poder regressar um dia a Portugal. “Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia”, lê-se. Em entrevista à Lusa, Pedro Marques conta que vai ser enfermeiro num hospital público de Northampton, a 100 quilómetros de Londres, que vai ganhar cerca de 2000 euros por mês com condições de progressão na carreira, mas diz também que parte triste por “abandonar Portugal” e a “família”. Na mala, Pedro vai levar a bandeira de Portugal, ao pescoço leva um cachecol de Portugal e como companhia leva mais 24 amigos que emigram no mesmo dia Mónica Ascensão, enfermeira de 21 anos, é uma das companheiras de Pedro na diáspora. “Adoro o meu país, mas tenho de emigrar, porque não tenho outra hipótese, porque quero a minha independência, quero voar sozinha”, conta Mónica, emocionada, pedindo ao Presidente da República e aos governantes de Portugal para que “se preocupem um pouco mais com a geração que está agora a começar a trabalhar”. “Adoraria retribuir ao meu país tudo aquilo que o país deu de bom”, diz, acrescentando que está “zangada” com os governantes, porque o “país não a quer mais”. Pedro Marques não pretende que o Presidente da República lhe responda. “Sei que ser político obriga a ser politicamente correcto, que me desejará boa sorte, felicidades. Prefiro ouvir isso de quem o diz com uma lágrima no coração, com o desejo ardente de que de facto essa sorte exista no meu caminho”, lê-se na carta de despedida do filho de uma família de emigrantes que se quis despedir de Cavaco Silva.

Este artigo saiu no Público

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SEGUNDO O "THE ECONOMIST" A NOMENCLATURA DE PORTUGAL VAI PASSAR A SER POORTUGAL

Menos ganho, mais dor.
 Agora outro orçamento de austeridade aumenta preocupações sobre o crescimento futuro.
 Em dias mais felizes antes da crise do euro, um governo em Lisboa rebatizou o Algarve como o Allgarve, esperando apelar aos turistas de lingua inglesa . Agora um estado de espirito Português sugere mudar de marca todo o país como Poortugal. No meio de protestos furiosos e editoriais tempestuosos, tal humor mordaz foi como uma resposta para o projeto comedido do orçamento de 2013 que Vítor Gaspar, o ministro das Finanças, apresentou no dia 15 de outubro. Para cumprir os objetivos acordados pela "troika" (União Europeia, Banco Central Europeu e do FMI), que quer "enormes" aumentos de impostos, incluindo o aumento da média de taxas de imposto sobre o rendimento em até um terço. Raramente manifestantes, economistas e políticos foram tão unidos na descrição dos planos: "brutal", "um crime contra a classe média", uma "bomba atómica fiscal". Poucos concordam com o pedido de J. Gaspar, de que "este é o orçamento só possível" e que questioná-lo é correr o risco de ser submetido a uma "ditadura da dívida" com Portugal condenado a depender dos seus credores oficiais indefinidamente. No entanto, a maioria dos eleitores concorda com o Sr. Gaspar que o incumprimento sobre a dívida do país, como os defensores de esquerda radicais, seria "catastrófico". Mesmo assim, os recentes protestos por dezenas de milhares de eleitores tradicionais que acreditam que apertando as famílias dos trabalhadores não é apenas desnecessário, mas também doloroso sufocando o crescimento. Ao contrário da Grécia, Portugal ganhou elogios tanto em Bruxelas e Berlim por ser um aluno modelo para a zona euro. Isso pode ajudá-lo quando o Governo espanhol pede ajuda financeira e começa a discutir com a troika sobre se cada vez mais austeridade fiscal é realmente sensível.

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