segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

GEORGE SOROS - UM POUCO DE INFLAÇÃO É BOM PARA A ECONOMIA GLOBAL

O aumento dos preços das commodities e o aumento da inflação na China estão a colocar a economia mundial numa situação melhor, cortando a possibilidade de deflação, George Soros, presidente da Soros Fund Management.
A combinação de um receio de inflação com a realidade de uma deflação possível "Foi uma situação muito má ", mas a economia parece estar a resolvê-la, disse Soros, em discurso no Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça.
"Devido à pressão [inflacionista] de commodities e da inflação na China, onde os salários estão aumentando numa escala muito rápida, o custo das mercadorias está a subir".
“O mercado tem sido pouco afectado, devido à flexibilização quantitativa, o que levou as taxas de juro reais para território negativo o que é um estímulo adicional enorme, particularmente para o mercado accionista".
A Europa é a história de vencedores e perdedores
A crise da dívida Europeia criou uma zona de euros de "vencedores e vencidos", mas sobre a balança da Europa "não está a ir tão mal".
"Os vencedores estão a correr à frente dos perdedores" e uma economia relativamente sólida da Alemanha está a puxar para cima algumas economias da Europa de Leste como a Polónia e a República Checa. Mas a Alemanha também está a ser beneficiada da crise, com o euro deprimido a ajudar as exportações, acrescentou.
Ainda assim, a "diferença entre os vencedores e os perdedores vai ter consequências muito negativas".

domingo, 30 de janeiro de 2011

O NOSSO PAÍS E A EMIGRAÇÃO



Se és um jovem português
Atravessa a fronteira do teu País
E parte destemido
Na procura de um futuro com Futuro

Porque no teu País
A Educação é como uma licenciatura
Tirada sem mérito e sem trabalho
Arquitectada por amigos docentes
E abençoada numa manhã dominical

Porque no teu País
É mais importante a estatística dos números
Que a competência científica dos alunos
O que interessa é encher as universidades
Nem que seja de burros

Porque no teu País
A corrupção faz parte do jogo
Onde os jogadores e os árbitros
São carne do mesmo osso
E partilham o mesmo tempero

Porque no teu País
A justiça é ela própria uma injustiça
Porque serve quem é rico e influente
Com leis democraticamente pobres

Porque no teu País
As prisões não são para os ladrões ricos
Porque os ricos não são ladrões
Já que um desvio é diferente de um roubo

Porque no teu País
A Saúde é uma doença crónica
Onde, quem pouco tem
É sempre colocado na coluna da despesa

Porque no teu País
Se paga a quem nada faz
E se taxa a quem pouco aufere

Porque no teu País
A incompetência política
é definida como coragem patriótica

Porque no teu País
Um submarino é mais importante que tu
E o mar apenas serve para tomar banho
E pescar sardinhas

Porque no teu País
Um autarca condenado à prisão pela justiça
Pode continuar em funções em liberdade
Passeando e assobiando de mãos nos bolsos
Porque no teu País
Os manuais escolares são pagos
Enquanto a frota automóvel dos políticos
É topo de gama

Porque no teu País
Há reformas de duzentos euros
E acumulação de reformas de milhares deles

Porque no teu País
A universidade pública deixou cair a exigência
E as licenciaturas na privada
Tiram-se ao ritmo das chorudas mensalidades

Porque no teu País
Os governantes, na sua esmagadora maioria
Apenas possuem experiência partidária
Que os conduz pelas veredas do “sim ao chefe”
Porque no teu País
O que é falso, dito como verdade,
Sob Palavra de Honra !
São votos ganhos numa eleição

Porque no teu País
As falências são uma normalidade
O desemprego é galopante
A criminalidade assusta
O limiar da pobreza é gritante
E a venda de Porsches … aumenta

Porque no teu País
Há esquadras da polícia em tal estado
Que os agentes se servem da casa de banho
Dos cafés mais próximos

Porque no teu País
Se oferecem computadores nas escolas
Apenas para compor as estatísticas
Do saber “faz de conta” em banda larga

Porque no teu País
Se os teus pais não forem ricos
Por mais que faças e labutes
Pouco vales sem um cartão partidário

Porque no teu País
Os governantes não taxam os bancos
Porque, quando saírem do governo
Serão eles que os empregam

Porque no teu País
És apenas mais um número
Onde o Primeiro-Ministro se chama Alice
Que vive no País das Maravilhas
Mesmo ao lado do teu.

Foge!
E não olhes para trás!
Um panfleto anónimo que corre na RTP. A televisão de todos os portugueses tem um passivo de cerca de 800 milhões de euros, mas continua a pagar ordenados milionários.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

JIM ROGERS - COMMODITIES IRÃO FAZER UMA FORTUNA

Apesar da volatilidade recente dos preços e o aperto das medidas da China e da Índia, o conhecido investidor global Jim Rogers diz que as commodities são o lugar onde se deve colocar dinheiro. "Se a economia mundial melhorar, as commodities vão fazer uma fortuna. Se a economia mundial não vier a ficar melhor, as commodities são o lugar para se estar, porque eles vão imprimir mais dinheiro, e é assim que nos deve-mos proteger. Não espera que o petróleo atinja a marca psicológica dos 150 dólares no curto prazo, mas diz que os preços permanecerão elevados. "Estamos a correr para fora da reserva conhecida de petróleo e isto são factos simples " comentou. "Nós não temos descoberto um campo de petróleo enorme ao longo de mais 40 anos." Admite que haverá volatilidade no mercado de commodities, mas está optimista sobre a sua tendência de alta a longo prazo. "Nada vai directo para cima ou para baixo". "Mas essas correcções serão nada mais do que correcções num mercado de subida, que tem um grande ano para ir." Avisa que agora não é hora de possuir acções e títulos, e diz que é um mito quando os corretores dizem que acções são uma protecção contra a inflação. "Ao longo da história, recue para trás e veja, sabe que nós tivemos inflação enorme nos anos 70, as acções não eram um bom lugar para se estar". "Este é o momento em que você deve possuir activos reais, e não acções e obrigações."





quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DONALD TRUMP - É NECESSÁRIO PROTECCIONISMO CONTRA A CHINA! SÓ VEJO CONVERSA DOS POLITÍCOS (EUA)












BANCA SUIÇA

O banco central da Suíça (BNS) diz que perdeu 21 biliões de francos suíços (US $ 22 bilhões) em 2010 com a moeda, considerada pelos investidores como um refúgio seguro, e subiu fortemente em relação ao dólar e ao euro. O Banco Nacional Suíço, que tem repetidamente intervindo para parar o franco suíço de continuar a subir em relação ao euro, disse que as perdas decorrentes das suas transacções em moeda estrangeira totalizaram 26 biliões de francos, uma perda recorde apenas parcialmente compensada pelos ganhos das suas reservas de ouro.
A perda do banco central, segundo o seu relatório referente a 2010, acontece depois de um ano de 2009 com sucesso, quando o banco registou um lucro anual de 10 biliões de francos.
Para este banco a dívida de Portugal deixou de servir de garantia de financiamento.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

BCE AVISA SOBRE ABASTECIMENTO ALIMENTAR

A subida dos preços de alimentos, energia e outras commodities pode aumentar os preços ao consumidor na zona euro e existe a "incerteza considerável" quanto ao facto da oferta de alimentos ser capaz de satisfazer a procura no longo prazo, advertiu o Banco Central Europeu .
A confiança dos consumidores separadamente nos 17 países que usam o euro continuou a enfraquecer em Janeiro, reflectindo preocupações sobre as perspectivas económicas e também do mercado de trabalho.
O BCE disse no seu relatório mensal que é "essencial" acompanhar o desenrolar dos preços dos alimentos referentes a commodities, que aumentaram significativamente. Os preços do trigo foram 91% superiores no final de 2010 do que no início do ano, enquanto os preços do milho, soja e açúcar também foram acentuadamente mais elevados.
" a pressão nos preços dos alimentos no longo prazo irá aumentar, devido ao robusto crescimento da procura mundial", disse o BCE em um artigo de investigação sobre os preços dos alimentos das commodities. "Embora haja possibilidade de medição dos efeitos do lado da oferta para atender o aumento da procura, ainda há uma significativa incerteza sobre a extensão e o ritmo da capacidade de fornecimento para satisfazer o aumento esperado na procura e, assim, ajudar a limitar o aumento dos preços dos alimentos."
O BCE observa que "os recentes cortes nas estimativas de produção e o registo de sinais de importações ascendentes pela China criaram pressões sobre os preços do [milho], que foram 57% maiores no final de 2010 do que no início. Os preços do petróleo subiram cerca de 20% nos últimos 12 meses, o BCE relatou que a resposta da oferta aos preços mais elevados silenciou a procura. "Num levantamento do substancial inventário poder indicar as condições de mercado mais apertadas no futuro próximo".
Também avisou que nos "indicadores de pesquisa até Dezembro verificaram um sinal de aumento das pressões de preços" dos preços na produção industrial. "Os aumentos nos índices de preços da produção industrial indicam que os aumentos de custo dos consumos de maior matéria-prima e dos preços das commodities são, em certa medida, a ser passados para os clientes."
O aviso vem depois dos crescentes preços de energia empurrando a zona do euro, e a inflação acima do tecto de 2% do BCE em Dezembro de 2010, quando os preços ao consumidor subiram 2,2%.
O BCE relatou que a taxa de inflação da região poderia aumentar ainda mais nos próximos meses, antes de se moderar novamente em direcção ao final do ano. A médio prazo, os preços devem-se mover em linha com o objectivo do BCE de manter a taxa de inflação anual abaixo de 2%
"O aumento da ansiedade no momento do BCE sobre os riscos ascendentes para a inflação é mais evidente", disse Kenneth Wattret, economista-chefe do mercado da zona do euro do BNP Paribas. "Crucial para a avaliação do BCE será se o problema actual de curto prazo da inflação acima da meta se transforma num problema mais persistente através de efeitos" de segunda ordem sobre os custos do trabalho, e em seguida, empurre para cima a inflação. " O BCE disse num relatório mais recente que os indicadores dos custos do trabalho mostram que "venceram as pressões salariais."
"É provável que o aumento da inflação e o aumento da carga fiscal em muitos países está cada vez mais a pesar na confiança dos consumidores", disse Howard Archer, economista do IHS Global Insight.
O contínuo declínio da confiança sugere que os consumidores não são susceptíveis de aumentar as suas despesas em breve, o que por sua vez irá limitar o ritmo da recuperação económica.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O QUE DIZ QUE QUER AJUDAR O POVO


DESCOBRE-SE CADA COISA .... ! !
Mas como perguntar não ofende cá vai a pergunta :
Com que intenção um cidadão se inscrevia na execrável PIDE, sabendo-se o que ela representava para o comum cidadão português, que não podia votar livremente nas eleições de então, para escolher um candidato preferido ?
Sim, porque aquilo que está neste anexo é uma ficha de inscrição.
clique em FICHA DE INSCRIÇÃO.

É caso para dizer... No Comments !

PORTUGAL PAECE UM QUEIJO SUIÇO! MAIS UM TEMA FUNDAÇÕES!

Desde que rebentou a crise em 2008, já foram criadas 88 fundações em Portugal, num total de 639. Especialista acredita que algumas não são criadas pelas razões "mais idóneas" e chama-lhes 'Fundações, SA'.
Em três anos, foram criadas 88 fundações, o que significa que, em média, a cada 12 dias nasce um destes organismos. Ao todo, são 639. O aumento do número de fundações torna ainda mais complicada a fiscalização destes organismos, cujos dinheiros públicos que recebem já são difíceis de controlar por não serem visíveis no Orçamento do Estado. Isto porque a distribuição deste bolo fica a cargo de organismos públicos que - com grande autonomia - definem a quem dar o quê.
Mesmo em plena crise, o Estado mantém as contribuições para estas entidades. Ainda a 5 de Agosto de 2010, um despacho do Ministério dos Negócios Estrangeiros registava 850 mil euros que o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) enviou para fundações. Esta soma foi para apenas sete projectos de seis fundações, sendo a maior parte aplicados em países de língua oficial portuguesa (CPLP).
Cerca de 220 mil euros para a Fundação das Universidades Portuguesas, 160 mil para a Fundação Aga Khan ou 150 mil para a Fundação Mário Soares são exemplos dos valores transferidos daquele instituto público para fundações nos primeiros seis meses de 2010. Estas quantias são comuns e há semestres em que atingem valores superiores. De Janeiro a Junho de 2009, só com dois projectos (um de apoio ao Instituto de Ciências da Saúde e outro à criação de um centro de investigação em saúde em Angola), a Fundação Calouste Gulbenkian arrecadou 629 696 euros.
No entanto, não são organismos como este que preocupam o especialista João Cantiga Esteves, que critica a política de criação de fundações nos últimos anos. O investigador do ISEG mostra-se perplexo com as entidades que intitula de "Fundações, SA", ou seja, aquelas que não tinham à priori qualquer tipo de património.
Cantiga Esteves diz recear que "as razões para a criação de fundações não sejam as mais genuínas ou idóneas, porque muitas das vezes o que está em causa é fugir às regras normais, das boas práticas públicas, nomeadamente na contratação, na adjudicação de serviços, etc." Apesar de não querer personalizar, Cantiga Esteves aponta como maus exemplos a "Fundação para a Prevenção Rodoviária, há uns anos, ou outras, mais recentes, como a das Comunicações Móveis, já para não falar das criadas por figuras emblemáticas da área desportiva".
A Fundação para as Comunicações Móveis gerou polémica ao ponto de a oposição forçar uma comissão de inquérito parlamentar. Mais recentemente, a Fundação Cidade de Guimarães - que prepara a capital europeia da cultura - foi notícia devido aos salários milionários dos administradores (ver caixa).
Porém, este ano, o Governo foi obrigado a cortar no dinheiro enviado às fundações. De acordo com uma nova lei, que impõe medidas extraordinárias, as transferências para "fundações de direito privado cujo financiamento depende em mais de 50% do Orçamento do Estado são reduzidas em 15 % do valor orçamentado".
Artigo retirado do Diário de Notícias

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

POR ONDE ANDAMOS A PEDIR E O QUE VAMOS DAR COMO CONTRAPARTIDA

O primeiro-ministro de Portugal, na sua primeira visita ao Golfo Pérsico, disse que o objectivo da viagem foi o de desenvolver relações comerciais com o Qatar e não para discutir o interesse do Catar na compra de dívida soberana de Portugal.
"Nós não viemos aqui com esta intenção [de Portugal para debater dívida soberana], nós viemos aqui para lançar uma" relação comercial com o Qatar, disse José Sócrates depois de os seus ministros da economia e turismo ministros assinarem acordos bilaterais com os seus homólogos do Catar.
Observou que a dívida de Portugal já está "no mercado", e acrescentou que as discussões entre o seu gabinete e os ministros do Catar se concentraram sobre as relações comerciais e nada mais. No entanto, reconhece que o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos se reuniu com seu colega do Catar, mas não forneceu mais detalhes.
Separadamente, o Sr. Sócrates disse que o Qatar "também está atento a oportunidades de investimento" em Portugal. Portugal tem um programa de privatização visando a venda da participação do governo em várias empresas, como a rede de energia eléctrica do operador Português REN, empresa de energia Galp Energia, SGPS, SA e da concessionária de energia Energias de Portugal SA. Os recursos deverão ser usados para ajudar a diminuir o deficit orçamentado do governo. Sócrates não forneceu detalhes sobre o tipo de investimento que estava interessado no Qatar
A UE está actualmente a enfrentar uma crise de dívida soberana, que já reivindicou a Grécia e a Irlanda como vítimas. Os dois países aceitaram salvamentos da UE e do Fundo Monetário Internacional no ano passado. Os investidores de obrigações estão agora preocupados que Portugal possa ser o próximo dadas as suas tentativas de consolidar o seu défice orçamental elevado em meio de previsões de uma recessão este ano e os custos do país elevados como devedor.
O Governo de Portugal, já colocou em prática medidas de austeridade que estão a começar a desenrolar-se e agora está focado em ampliar as suas exportações e diversificar a sua base de titulares de investidores de títulos.
Até agora este ano, Portugal arrecadou mais de € 3,3 biliões (4,41 biliões dólares) em dívida, dos quais € 1,1 bilião através de uma colocação privada do Medium Term Notes com a China, que o The Wall Street Journal informou na semana passada citando uma fonte familiarizada com a matéria. Observadores esperam poder Santos também chegar a um acordo similar com o Qatar, que tem um fundo soberano de US $ 100 biliões.
Sócrates não revelou o tipo de oportunidades de investimento que o Qatar pode estar procurando para fazer em Portugal, mas observou que o propósito de sua viagem era para reforçar as relações comerciais entre os dois países, como evidenciado nos acordos bilaterais assinados no passado domingo e o plano de Portugal abrir uma embaixada lá.
"A razão mais forte que eu vim aqui foi com o objetivo de promover a economia nacional. Isto é o que devemos fazer colocar [Portugal] em contacto com as regiões que são mais interessantes, mais activas e financeiramente fortes”.
Os dois países assinaram acordos que incluíram um memorando de entendimento em matéria de energias renováveis e eficiência energética, bem como do turismo. Portugal na sua participação das importações do Catar já subiu para 0,06% em 2010.
Sócrates acredita que Portugal pode reforçar laços comerciais com o Qatar, não só no que diz respeito às energias renováveis, mas também no financiamento e construção. Qatar disse há um ano que planeava gastar sozinho US $ 20 biliões em estradas ao longo dos próximos cinco anos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PORTUGAL TEM DE DÍVIDA EXTERNA CERCA DE 400 MIL MILHÕES DE EUROS O QUE REPRESENTA 300% DO PIB

ÁLVARO SANTOS PEREIRA PROFESSOR UNIVERSITÁRIO (ECONOMISTA) NO CANADÁ
EM ENTREVISTA NA SIC NOTÍCIAS

CHINA DIVERSIFICA ACTIVOS EM EUROS

A China está a seguir uma boa política de diversificação de activos em euros, mas também pode estar a ajudar a sua posição no mercado fazendo subir o valor do euro, disse Herman Van Rompuy Presidente do Conselho Europeu. As recentes promessas chinesas para comprarem títulos de Espanha e Portugueses têm ajudado a impulsionar os mercados de dívida na periferia da zona do euro como moeda. "Eu acho que é uma boa política de diversificarem os seus investimentos, não só colocá-los no dólar dos EUA... mas também no euro". "Eles (China) investiram mesmo em alguns países fracos, por isso estão muito confiantes na solvabilidade de alguns países". Havia também "efeitos colaterais" das compras chinesas em activos denominados em euros, "Porque quando (eles) comprarem euros, para nós o euro torna-se mais forte e na relação com a sua moeda (moeda chinesa torna-se) um pouco mais fraca, o que também não é neutro em relação à sua posição competitiva. Mas eu não vou mais longe neste tópico. Poderia ser muito delicado ", disse ele. Van Rompuy parece estar a dizer que as compras chinesas de bens em euros elevaram o valor do euro, tornando as exportações chinesas mais atraentes. Os EUA reclamam regularmente acusando Pequim em manter a sua moeda o yuan muito baixa, dando-lhe uma vantagem comercial injusta. O Vice-governador do banco central da China Yi Gang, fazendo parte de uma delegação chinesa que visitou a Europa este mês, disse em Londres que a China estava disposta a participar em futuras medidas de estabilização da zona euro. A China está empenhada em diversificar as suas reservas em moeda oficial agora num registo de 2.850.000.000.000 dólares com o euro em principal alternativa ao dólar, sendo 25 por cento o estimado, ou cerca de 710 biliões de dólares. Van Rompuy disse aos agentes de mercado que não se deve subestimar a determinação política da União Europeia para lidar com a crise da dívida na zona do euro. Ele considerou "absurdo" o que se espalha na união ao mostrarem um maior risco de padrão para alguns países da zona do euro do que para os mercados emergentes como a Ucrânia ou a Argentina, acrescentando que os fundamentos do euro são sólidos. Não quis dizer se ele pensava que no fundo a zona do euro devido à crise da dívida precisava de mais poder de fogo. "Mas você pode ter certeza que se for necessário nós faremos tudo o que possa garantir a estabilidade financeira". Van Rompuy disse que os países da zona do euro "podem e devem desenvolver uma convergência das suas políticas económicas." Se necessário, os líderes da zona do euro devem reunir-se separadamente dos outros dirigentes da UE.

domingo, 16 de janeiro de 2011

JEAN CLAUDE TRICHET - LUTA CONTRA O DÉFICE DEVE CONTINUAR

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet no seu primeiro discurso importante do ano novo apelou aos governos para "virarem a página" de um 2010 marcado pela crise e redobrarem seus esforços para controlarem os orçamentos e aplicar penas severas para os infractores do défice.
Presidente do BCE, Jean-Claude Trichet disse que era hora de 'virar a página "sobre a crise desfigurada de 2010. Trichet assegurou aos parlamentares alemães numa conferência do partido no sul da Alemanha que não iria desviar-se do mandato do BCE no combate à inflação, mesmo com os mais altos preços dos alimentos e da energia a levaram a inflação da zona do euro para um máximo de dois anos, e voltou a defender a última decisão polémica do ano ao comprar títulos do governo dos membros do euro vulneráveis.
"Após um dos anos mais difíceis para a nossa comum moeda ainda é jovem, é hora de virar a página," o Sr. Trichet disse da decisão aos membros do conservador alemão União Social Cristã, ou CSU, a ala bávara dos democratas-cristãos.
"A responsabilidade política monetária não pode substituir a irresponsabilidade dos governos".
Os investidores continuam cépticos de que os líderes europeus serão capazes de resolver rapidamente uma crise fiscal que já levou a Grécia e a Irlanda a serem resgatadas e agora ameaça Portugal e Espanha. Os custos dos empréstimos Portugueses, no prazo de 10 anos subiram acima dos 7%.
Os dados da zona do euro divulgados na passada sexta-feira mostraram que o crescimento foi ligeiramente mais fraco do que previamente estimado no terceiro trimestre do ano passado e a taxa de desemprego permanece na sua taxa mais elevada por mais de 12 anos.
Além disso, os dados abaixo do esperado para as vendas a retalho, produção industrial e do superávit comercial da Alemanha, que tem impulsionado a valorização da zona da moeda também decepcionou os economistas, embora a maioria continuem confiantes na economia crescer mais este ano.
O Sr. Trichet passou grande parte de 2010 que justificam a sua resposta à crise da dívida a um público cépico alemão que está preocupado com os efeitos inflacionários da política monetária excessivamente estimulante e compras de títulos públicos, os quais contrariam a filosofia conservadora do antecessor do BCE na Alemanha, o Bundesbank. As relações entre o BCE com base em Frankfurt e o respectivo país de acolhimento foram severamente tensas depois de os funcionários decidirem, em Maio, de comprarem títulos dos governos de países com déficit alto tais como ,Grécia, Portugal e Irlanda. Tal situação colocou o Sr. Trichet contra o chefe do poderoso Bundesbank, Axel Weber, que denunciou publicamente a decisão como uma ameaça à estabilidade.
Trichet ainda está a defender a mudança depois de oito meses, dizendo na sexta-feira que a compra de títulos não interfere com o mandato do BCE do combate à inflação. "A razão para a decisão [de compra de bônus] não foi certamente para financiar os Estados membros sobre a dívida, mas para resolver alguns disfuncionamentos graves dos mercados", disse ele.
O BCE adquiriu 74.000.000.000 € ($ 95 biliões) de títulos irlandeses, gregos e Portugueses até à data. Embora as compras desacelerassem acentuadamente no final do mês passado, o Sr. Trichet, afirmou hoje que o programa está em andamento. Muitos economistas acreditam que o Sr. Trichet irá ter novamente a necessidade de comprar grandes quantidades de títulos nas próximas semanas devido a preocupações de que os custos dos empréstimos vão aumentar empurrando Portugal para um pacote de salvamento da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. A Grécia e Irlanda foram forçados a aceitar ajuda no ano passado.
Trichet assegurou à sua platéia alemã que ele está "solenemente" empenhado em manter a inflação baixa, lembrando-lhes, como ele fez, muitas vezes, em 2010, que a inflação no maior país da Europa tem sido muito mais baixa desde a criação do euro, à uma dúzia de anos atrás, do que foi nas décadas anteriores. "Assim, o BCE efectuou o seu dever".
No entanto, estão surgindo sinais de que as taxas de juro historicamente baixas, que o Sr. Trichet deverá manter quando o BCE reúne quinta-feira, e de grande liquidez a ser fornecida para os bancos comerciais estar a começar a dar origem a preços mais elevados na Alemanha e em todo o bloco da moeda dos 17 membros. Em 2,2%, a inflação anual da zona do euro é acima da meta sub-2% do BCE pela primeira vez em mais de dois anos, e a inflação alemã acelerou nos últimos meses no meio de a uma forte recuperação económica e do desemprego em queda.
"Isso pode se tornar o tópico número um do ano", diz o economista do Banco ING Carsten Brzeski. Se a inflação continuar a subir ", será mais difícil para [o BCE] manter a actual gestão de crises" políticas.
Apesar de seu apelo a "virar a página," o Sr. Trichet continuou a insistir, talvez, na sua maior derrota política relacionada de 2010: a rejeição por parte dos governos da sua necessidade de rigorosas sanções automáticas sobre os países que excedam os limites europeus do défice orçamental.
"Nós devemos ser inflexíveis na aplicação de sanções, se as regras forem violadas", disse Trichet, disse, e as sanções devem incluir "multas, diminuição do acesso aos fundos comunitários, e outras consequências pecuniárias."

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

EUROPA PARECE FICAR COM A MESMA ESTRATÉGIA ECONÓMICA

Com grande parte da Europa mergulhada numa crise de dívida externa e orçamentos rodeados pela austeridade, alguém poderia pensar que os líderes europeus da União estavam ocupados analisando os modelos económicos, e a procurar maneiras de promover o crescimento num meio à intensificação da concorrência global. Se assim for, eles estão a manter um pensamento novo e radical bem escondido. Numa estratégia de crescimento recentemente anunciada para a próxima década, os decisores políticos em Bruxelas, estão a oferecer mais do mesmo, embora o último conjunto de objectivos , visando tornar a Europa a região mais dinâmica do mundo até 2010, não ter atingindo a marca.
Assim durante a última década, a Comissão Europeia , e a política da União Europeia, tem favorecido o modelo de mercados anglo saxónicos regulamentados livremente em cima de mais impulsos estatais da França, Itália e, em menor medida, da Alemanha.
Isto não mudou muito, apesar dos dois anos de turbulência financeira e económica que destacaram alguns dos defeitos desse modelo. A Grã-Bretanha e Irlanda, que sintetizaram a ortodoxia do livre mercado, que tanto prosperou durante algum tempo, mas que depois foi destruída pela explosão do crédito e da bolha imobiliária obrigando a nacionalizar bancos enfraquecidos.
No entanto, o modelo clássico continental com estados com grande e caro bem-estar, com mercados de trabalho mais bem regulamentados e governos que têm menos escrúpulos em intervir para continuarem a manter indústrias à superfície, quase não saiu ilesa: Testemunhado por países como Grécia, Portugal e Itália, onde montanhas de dívidas ameaçam a zona euro.
"Um monte de gente ficaria feliz em dançar sobre o túmulo do modelo anglo-saxão", disse um embaixador na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico em Paris, que não estava autorizada a falar publicamente. "Mas não é assim tão simples." Enquanto a França e a Itália passaram por uma recessão mais fraca do que muitas outras na União Europeia, que foram também dificultadas por um crescimento mais lento durante os anos de crescimento explosivo. Isto torna mais difícil corrigir os problemas de hoje do orçamento, bem como os desafios do futuro em manterem os seus sistemas de pensões à superfície.
A recente luta na França, pela criação de pequenas alterações às regras de reforma sugere que novas medidas serão dolorosas. No entanto, com os investidores internacionais cada vez menos dispostos a fornecerem financiamento barato para tapar os buracos orçamentais, as opções estão a tornar-se limitadas.
Alguns estão olhando agora para o modelo alemão mais controlado do capitalismo social, em que o consenso sobre prémios e confronto com o Estado tendo este um papel de apoio quando necessário. Anos com ganhos de produtividade, mudanças no mercado de trabalho e contenção salarial parecem ter valido a pena, pois a Alemanha é a economia na região de mais forte realização.
"O modelo anglo-saxonico era mais sexy, e um monte de orientações anglo-saxónicas, foram introduzidas na Europa Continental", Jan Peter Balkenende, afirmou o ex primeiro-ministro holandês, numa entrevista recente. "Agora você pode ver que as pessoas estão a repensar o que aconteceu."
Para o Sr. Jan Peter Balkenende, a diferença que define que existe entre os modelos foi o grau de regulação financeira e do controlo de crédito.
"A supervisão deve ser organizada no caminho certo". "Você precisa de mais transparência e integridade." Mas de forma mais ampla, se for para competir, a Europa tem de seguir as suas crenças fundamentais de trabalho e mercados abertos de produtos, e "repensar o conceito de estado social".
Desde 2000, a Comissão Europeia levou atentamente o seu mandato para abrir mercados, empurrando um conjunto ambicioso de objectivos políticos estabelecidos pelos governos em uma iniciativa conhecida como a Estratégia de Lisboa.
Eles definiram metas de atingirem uma média de 3% de crescimento económico ao ano, bem como o "pleno emprego", ocupando cerca de 70% da população, em 2010. Não foi alcançado.
Ainda assim, um punhado de metas foi alcançado, como a melhoria da disponibilidade de banda larga e redução dos efeitos dos gases de estufa em alguns países. Os Países da União Europeia também deveriam fazer mais para apoiarem a economia digital e as pequenas empresas, bem como reduzirem a regulação e melhorarem a concorrência no gás natural, electricidade, e nos mercados de telecomunicações.
Os governos nacionais têm comissões e agora um plano, estendendo a sua vida útil com um novo nome, a Europa de 2020. Numa conferência recente da OCDE, José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, descreveu o pacote como "um novo modelo de crescimento para a Europa." Mas, tal como antes, as expectativas são silenciadas.
Para a maioria, o novo pacote de aparência é um pouco diferente. Tem sete iniciativas emblemáticas em torno de uma "agenda digital", a inovação e a eficiência dos recursos.
A direcção predominante ainda subjacente parece ser a de livre mercado, com ênfase no carácter obsoleto de sectores e indústrias nacionais. É mais uma vez pressionada por "reformas estruturais" – uma montra para menores défices orçamentais, menos regulação nos mercados de trabalho e a eliminação dos impedimentos para o crescimento percebido sem o auxílio estatal para os sectores.
A redução dos défices orçamentais continua no topo dessa lista. "Sem a consolidação orçamental", disse Barroso, "não teremos crescimento por uma razão muito simples: não haverá confiança. Sem confiança, não há investimento. Sem investimento, não há crescimento "
O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, instou os membros para "irem estruturalmente", ao mesmo tempo, mesmo quando muitos países estavam atolados em programas de austeridade. Estas profundas mudanças estruturais foram "postas de lado em prol de lidar com a situação de emergência", disse ele. "Agora é a hora de pegar nessas coisas e colocá-las na linha de frente."
Um grande motivo para a mudança desta vez é garantir o futuro do euro. É difícil dizer, porém, se seguir a regra do livro da União Europeia será suficiente.
Os irlandeses, em particular, realizaram um bom casamento para se sentirem maltratados. Durante a última década, Dublin foi regularmente louvado como um bom aluno, abrindo os seus bens, e serviços aos mercados de capitais. Numa pesquisa de 2008 da OCDE sobre Portugal, escrita um pouco antes da recessão, concluiu que a economia teve "muitos proveitos na última década" e que "os fundamentos da economia continuavam fortes." O relatório apontou pontos fracos, nomeadamente em infra-estruturas e na capacidade das finanças públicas para lidarem com uma população envelhecida. Mas elogiou a política de imigração e disse que os bancos irlandeses estavam "altamente lucrativos e bem capitalizados e então eles deviam ter a capacidade de absorção de choque considerável." Na semana passada, o governo irlandês nacionalizou praticamente o seu maior quarto banco, e pediu ajuda internacional no valor de 67,5 bilhões de euros, ou 89,1 bilhões dólares, aos seus aliados.

Este artigo foi retirado do The New York Times

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

JOSEPH STIGLIZ - CLARAMENTE ERRADA A ABORDAGEM DE AUSTERIDADE NA EUROPA

A estratégia da zona Euro de cortar despesas para reduzir a dívida na sequência da crise de crédito é "claramente errada" e é provável que seja contraproducente para o crescimento económico da região, disse o prémio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.
"O que está claramente errado é o ênfase na austeridade". "Para a Europa, as economias ainda estão fracas, o desemprego ainda é cerca de 10 por cento e as medidas tomadas até agora são susceptíveis de ser contraproducentes".
A Espanha,um dos países da zona do euro mais afectados pelos problemas da dívida em curso, teve um superávit orçamentário, antes da crise.
"A questão aqui não é que os países têm sido perdulários. A questão é que o quadro não é o adequado e não inclui o tipo de medidas de solidariedade que são necessárias para fazer uma espécie de acordo de cooperação para o euro ter sucesso".
Os governos da Europa têm procurado reduzir drasticamente as despesas, numa tentativa para diminuírem os níveis de dívida, causando inquietação pública generalizada com a perda de empregos e serviços. Enquanto isso, as agências de notação cortaram a classificação da dívida das nações da periferia da zona do euro numerosas, tornando a venda dos títulos do governo mais difícil e agravando os problemas da dívida.
Como alternativa à austeridade, Stiglitz sugere um programa baseado na solidariedade para estabilizar o euro e um programa baseado nos investimentos que iria promover o crescimento. A introdução de um nível de vínculo de euros seria um dos elementos necessários para criar o tipo de solidariedade para o euro para ter sucesso.
Os problemas enfrentados na zona do euro foram semeados na criação da união monetária.
"Quando o euro foi criado, muitos de nós estavam cientes, os economistas em geral, de que era um projecto que não foi terminado". "O que havia levado dois dos importantes instrumentos de regulação... Os mecanismos de taxas de câmbio e de taxa de juro, não tinham nada colocado no seu lugar."
Stiglitz disse que uma recuperação completa da zona do euro vai levar anos, mas o quão rápido isso vá acontecer vai depender do que os governos fizerem.
O mau estado da economia dos EUA também se vai arrastar para a região. A probabilidade de que o emprego nos EUA vá voltar ao normal antes de qualquer coisa perto do meio da década é fraca.

VIVA JOSÉ MOURINHO ELEITO O MELHOR TREINADOR DO MUNDO

Os politícos deste País deviam reunir-se com o Special One podia ser que este lhes ensina-se alguma coisa sobre liderança, espirito de conquista, planeamento, estratégia. Tal aprendizagem poderia traduzir-se num rumo traçado para o desenvolvimento de Portugal.
Não existe neste momento mais patriota conhecido do que este SR, ao contrário dos muitos candidatos ao cargo de Presidente da República.
PARABÉNS PELO FEITO ALCANÇADO

domingo, 9 de janeiro de 2011

AS NOMEAÇÕES EM PORTUGAL


António Pinto Barbosa foi nomeado para presidente de um grupo que vai fiscalizar as contas públicas e reavaliar as parcerias público-privadas(PPP). O grupo em questão foi escolhido pelo PSD e actual governo.

Mas perguntam vocês quem é o Sr?
Este Sr presidiu durante dez anos ao conselho fiscal do banco BPP considerado insolvente em 2008. Certificou as contas deste até ao seu encerramento ocorrido nesta data onde se verificaram que ficaram fora do balanço do banco cerca de 1,2 mil milhões de euros o que levou o BP, a CMVM, e o Ministério Público a iniciarem as investigações em curso.( Sem comentários).
Joaquim Reis presidente da metro de Lisboa desde Novembro de 2006 vai liderar a Parpública a entidade financeira do Estado que detém as 17 privatizações do mesmo. O metro de Lisboa viu o seu passivo agravado para 4 mil milhões de euros.(Pelos vistos merece o cargo que vai ocupar.)

sábado, 8 de janeiro de 2011

PORTUGAL OCUPA A QUARTA POSIÇÃO DE PAÍS NO MUNDO COM MAIOR RISCO DE DIVÍDA

A Grécia tornou-se o devedor de maior risco do mundo no quarto trimestre de 2010, superando a Venezuela, enquanto Portugal, Espanha e Irlanda foram mais arriscados do que o Iraque, de acordo com dados compilados pela CMA, um provedor de dados sobre os preços dos Credit Default Swaps (CDS). Os quatro países da zona euro, apelidados pelos economistas de porcos, após terem sido envolvidos numa crise da dívida provocada por receios no início do ano passado de que a Grécia cheia de dívida pública, terá que reestruturar a sua dívida em algum ponto. Mais de metade das 10 posições mais arriscadas pelos preços CDS - que mostram o custo do seguro contra o incumprimento negociados no mercado a maioria é da Europa, de acordo com dados divulgados pela CMA.
No quarto trimestre do ano passado o CDS grego aumentou tanto que o país superou a Venezuela no mundo como a mais arriscada soberana, enquanto o custo da Espanha de CDS aumentou 50%, empurrando o país para o top 10 mais arriscado, disse um comunicado da CMA.
Na parte superior com menos risco estão os países nórdicos, da Noruega, Finlândia e Suécia, enquanto os EUA conseguiram saltar quatro posições para a quinta posição. Os cinco melhores soberanos desempenho - países cujo custo de protecção contra o incrumpimento reforçou a maioria - foram a Argentina, a Letónia, Abu Dhabi, a Roménia e os EUA, que foi ajudado pela promessa da Reserva Federal em injectar mais 600 biliões de dólares na economia. Os cinco países com piores resultados vieram todos da Europa Ocidental, no quarto trimestre, com a Bélgica no topo da lista em que os CDS aumentaram em 70% por causa das preocupações continuadas durante a crise política associada a elevados níveis de endividamento.
Classificação dos dez primeiros:
1º Grécia
2º Venezuela
3º Irlanda
4º Portugal
5º Argentina
6º Ucrânia
7º Espanha
8º Dubai
9º Hungria
10º Iraque
É por isso que o Ministério das Finanças confirma venda directa de divida soberana. Como ninguém nos quer emprestar dinheiro qualquer dia o Ministério vai vender divída para a feira com uma barraca montada. Enfim é uma tristeza.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A EUROLÂNDIA DESLOCA-SE DA TRAGÉDIA À FARSA

Que ano do euro tem sido. O espectáculo abriu com uma tragédia grega, e está a fechar bem, como uma euro farsa. A Grécia descobriu que não pode pagar os seus credores, Irlanda pensou que poderia, mas não podia, Portugal e Espanha pensam que podem, mas não podem. E a eurocracia respondeu com uma alegre promessa absurda de criar uma estrutura não especificada para levantar uma quantia não especificada para pagar uma parcela indeterminada das contas. Alemanha permitiu. A coisa interessante sobre o ano que agora está a chegar ao fim é que a turbulência no mercado de moedas provou a certeza dos eurocépticos que união monetária sem união fiscal não é sustentável no longo prazo e, no entanto, foi uma vitória para aqueles que sempre viram a criação do euro como um mero primeiro passo essencial no caminho para a união política. O ano viu os mercados despertarem para o facto de que existem diferenças duradouras entre a Europa do sul e do norte. Não mais países com enormes deficits orçamentários podem pedir, nas mesmas condições que a Alemanha. Não mais as transferências de rendimento para a Espanha poderem ser capazes do seu papel sobre a dependência do país numa explosão imobiliária insustentável,alimentada por "cajas" prontas a dar a pele como prova de que os empréstimos seriam pagos. E não mais já poderia ser Portugal capaz de convencer os credores a disponibilizarem crédito em condições razoáveis, apesar da incapacidade da sua economia para ganhar qualquer crescimento discernível. Em suma, a festa acabou.
Mas um dado novo foi lançado, desta vez com a eurocracia e a Alemanha, actuando na qualidade de co-anfitriões, o primeiro fornecendo sala da reunião, o último o dinheiro. Primeiro vieram os hors d'oeuvres, ajuda financeira para a Grécia e Irlanda, quando os mercados internacionais se tornaram efectivamente fechados para eles. Depois veio o prato principal: criação de um mecanismo de ajuda financeira para assegurar aos credores que não precisam temer qualquer incumprimento por qualquer nação que tenha sido convidada para a festa do euro. Por fim, a sobremesa, um delicioso doce que prometeu a todos que nunca mais uma crise como esta surja porque todos os membros do clube estão agora preparados para seguir o caminho conquistado pelos Estados Unidos passados 200 anos. Quando os Pais Fundadores assinaram a Declaração da Independência, "Nós prometemos mutuamente uns aos outros nossas vidas, nossas fortunas e a nossa sagrada honra" com o ênfase no presente caso, em "Fortunas".
Tudo o mais que aconteceu na "Eurolândia" em 2010, desmaia na insignificância quando comparada com a decisão de criar mecanismos para a substituição, alguns dizem que completa, fazer a decisão nacional da politica fiscal com o controle base fiscal da eurocracia, que altera o Tratado de Lisboa para tornar isso possível. Este é o passo que todos os fundadores do euro sempre souberam que algum dia seria necessário. Esse dia chegou agora, e estão encantados.
Ou quase. Para o preço desta "união mais perfeita" (para usar novamente a partir da experiência americana, neste caso, a linguagem da Constituição) é que permitem à Alemanha para se tornar muito mais primeira que os pares. A Alemanha é o tesoureiro, e o preço para o uso do seu crédito estrelar de rating, e pela força da sua economia ainda em expansão, é consideração aos desejos da chanceler Angela Merkel. Afinal, cerca de metade do eleitorado anseia para o retorno do marco alemão, e ainda uma parcela maior infeliz por pagar o cheque dos gregos para a festa, ela não tem alternativa senão exigindo controle pelo retorno do dinheiro. Como Peter Zeihan da Stratfor Global Intelligence coloca, "A Alemanha está a tentar negociar benefícios para o direito de fazer ajustes políticos, que normalmente seriam feitos por uma união política. É um plano bastante escorregadio..."
Então aqui está como o ano do euro termina. Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha terão que reestruturar as suas obrigações soberanas, com os investidores sobre a observação da Alemanha de que eles terão de enfrentar cortes de cabelo, como parte do processo de limpeza dos balanços nacionais. Quando estes países endividados se reestruturarem, não apenas os seus próprios bancos, a Alemanha e outros países terão de escrever uma parte da dívida soberana e companhia nos seus balanços, mas apenas num momento em que eles terão que levantar capital para atender ao novo marco de requisitos nos relatórios. Isto vai reduzir a sua capacidade de pedirem emprestado para financiarem o crescimento quando a austeridade é atingida por causa das condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a burocracia de Bruxelas, o último a falar em nome da senhora Merkel. Enquanto isso, o BCE está a fazer a sua parte, a comparar dívida.
Aqui está a farsa. Tudo isto com a absorção de assuntos internos tem reduzido a importância da UE na cena internacional. Uma nota do relatório interno da UE, "A Europa já não é a principal preocupação estratégica da política estrangeira dos EUA... Os EUA estão a buscar cada vez mais novos parceiros para enfrentar os velhos e novos problemas.
A China tem sido despejar dinheiro em África e outras nações em desenvolvimento, a fim do mais importante comprar recursos.
Agora, diz Wang Qishan, um vice-primeiro-ministro chinês, o seu país vai usar a sua nova riqueza para apoiar a zona euro. "Agradecemos o apoio da China..." respondeu Olli Rehn, comissário europeu para os assuntos económicos e monetários.

Irwin Stelzer, é director de estudos de política económica no Instituto Hudson.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PORTUGAL DEBAIXO DE FOGO À MEDIDA QUE O MEDO SOBE DE AJUDA FINANCEIRA

Portugal está sob pressão crescente para se tornar o terceiro membro da zona euro, a procurar ajuda financeira da UE e do Fundo Monetário Internacional. Nos novos sinais de stress sobre o país, os custos a curto prazo a Portugal de contrair empréstimos subiu acentuadamente a partir de uma venda de duas semanas atrás, com a Standard & Poor's a colocar o seu rating de longo prazo sob vigilância, embora a procura para o papel tenha sido mais forte do que o esperado.
Os investidores na Europa rejeitaram novas tentativas para restabelecerem a calma e as dúvidas aumentaram sobre a capacidade da Europa para reforçar o euro e novos sinais de que a crise da dívida está se espalhando para as nações como a Itália e a Bélgica.
Grécia e Irlanda tiveram de pedir ajuda para a UE e o FMI em 2010, e os investidores estão a manter um olho próximo em Portugal, com a espiral de dívida pública e as perspectivas de pouco ou nenhum crescimento nos próximos anos. O governo está no meio da imposição de medidas severas para reduzir o deficit, incluindo corte de salários de funcionários públicos e aumentar os impostos, mas os economistas dizem que as medidas podem não ser suficientes para acalmar os investidores internacionais. "Em nossa opinião, continua a ser provável que Portugal terá acesso ao europeu [Fundo de Estabilização Financeira] em breve", disse Willem Buiter economista-chefe do Citigroup num relatório.
Segundo os analistas da Execution Noble, Portugal, uma nação com pouco mais de 10 milhões de pessoas, poderia precisar 54.000.000.000 € (70.090 milhões dólares) em ajuda para resolver os seus problemas, em comparação com o pacote de € 85.000.000.000 para a Irlanda.
Outro ponto fraco é o sistema bancário do país. O banco de Portugal alertou que os bancos estão confiando pesadamente no financiamento de emergência por parte do BCE, uma situação que "insustentável", já que o BCE deverá fechar o mecanismo em algum ponto. No total, o sistema bancário pediu emprestado em 2010 cerca de € 40 biliões do BCE em cada um dos últimos dois meses, em comparação com tão pouco como € 15.000.000.000 no início do ano. Portugal insiste que não é como a Grécia, que teve tempo para começar a implementar medidas para reduzir o seu défice, ou como a Irlanda, cujos bancos sofreram pesadas perdas a partir de um colapso no sector imobiliário. O governo prometeu cortar seu deficit orçamentário no próximo ano para 4,6% do produto interno bruto de 7,3% em 2010, um movimento que provavelmente aumentará o desemprego e reduzirá o crescimento. De acordo com estimativas da União Europeia, a economia Português vai encolher 1% em 2011, após uma expansão de 1,3% este ano. O governo espera crescimento de 0,2% no próximo ano.
"O crescimento em Portugal tem sido lento por muitos anos. O elevado nível de dívida privada [a dívida do sector privado não financeiro está perto de 250% do produto interno bruto], as dificuldades de financiamento dos bancos Portugueses e da austeridade fiscal adicional anunciada implicam que o crescimento é pouco provável de começar ", disse Buiter.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

EXISTE O RISCO DE UMA NOVA RECESSÃO EM 2011

Há o risco de uma nova recessão no próximo ano, o proteccionismo poderá causar grandes problemas em 2011 e a força no mercado recente das acções poderia ser reduzido, disse Roger Nightingale estrategista da Pointon York. "Se o ciclo económico mundial descer no segundo semestre de 2011 e se o dinheiro que se recebe tornar-se apertado, nós poderemos ter uma desaceleração bastante acentuada. Podíamos ter outra recessão". Muitas partes do mundo estão a começar a apertar a liquidez numa tentativa de combater a inflação, a China aumentou a sua taxa básica de juro. "Aquilo que tem vindo a alimentar o mercado vai ser retirado... a capacidade para o mercado subir será diminuída". A dinâmica positiva do mercado de acções deverá permanecer para a primeira parte do ano, mas os problemas podem tornar-se evidentes à medida que o ano avança ", acrescentou. Um dos principais riscos enfrentados pelos investidores no ano novo é o proteccionismo. "Se os países começarem a ser proteccionistas quase tudo dá errado". Quando alguns países são mais competitivos que outros, "a tentação de enveredar pelo caminho proteccionista é realmente muito alto". Quando ocorre o proteccionismo, as melhores economias tendem a sofrer mais, acrescentando que a China poderá sofrer medidas proteccionistas provenientes dos governos ocidentais na Europa.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

AS CHEIAS NA AUSTRÁLIA COBREM UMA ÁREA IGUAL À DA FRANÇA E DA ALEMANHA JUNTAS

A inundação da água aumentou em todo o nordeste da Austrália na passada sexta-feira, cobrindo uma área maior que a França e a Alemanha, inundando 22 cidades e afectou cerca de 200.000 pessoas, fechando uma das portas do país, ao principal produto de exportação o açúcar. As inundações já fecharam as maiores minas de carvão no Grande Estado Queensland e o seu maior porto de exportação de carvão. As piores inundações em 50 anos terão sido causadas pelo padrão de tempo “La Nina” resultando em chuvas torrenciais nas últimas duas semanas atravessando o nordeste da Austrália.
"Este desastre está longe de terminar" disse Anna Blight responsável do estado de Queensland. "Nós temos agora 22 vilas ou cidades que estão substancialmente inundadas ou isoladas. Isso representa cerca de 200.000 pessoas abrangendo uma área que é maior do que o tamanho da França e da Alemanha juntas. "Isto é um desastre natural em toda a Queensland", disse a primeira-ministra Gillard, ao anunciar uma contribuição do governo no valor de um milhão de dólares de um total de 6 milhões de dólares de prejuízo. Os embarques de açúcar da Austrália, um dos principais exportadores do mundo, foram interrompidos por causa do fecho do porto de Bundaberg. O porto de navios recebe normalmente cerca de 400.000 toneladas de açúcar bruto por ano, e três navios de 30 mil toneladas, devem chegar nos próximos dias.
"Se a porta está fechada por apenas alguns dias não vai ser um grande problema, mas qualquer atraso prolongado poderá causar alguma preocupação", disse Brian Mahoney, um administrador da fábrica de açúcar Marybrough que é abastecida através de Bundaberg.

Vaga do interior do país provoca cortes de carvão e exportações de açúcar
O mar interior que agora se estende através de Queensland é pautada com os telhados das casas inundadas, ilhas de terra seca cheia de animais isolados e pequenos barcos a transportarem pessoas e alimentos de emergência. A Austrália tem registado a mais húmida Primavera desde que há registos meteorológicos, causando a inundação dos seis principais sistemas fluviais no estado de Queensland. Vários rios do estado de Nova Gales do Sul também têm causado inundações prejudiciais para cultura de trigo do país. Possivelmente, tanto quanto metade da colheita de trigo na Austrália ou cerca de 10 milhões de toneladas foi baixa por causa dos danos da chuva, provocando uma quebra da oferta global e ajudou a enviar os preços do grão para um aumento até cerca de 45 por cento este ano, o maior registado desde 2007. As enchentes também pressionaram os preços do coque de carvão térmico elevando-o. Os portos de Queensland têm uma capacidade anual de exportação de carvão de 225 milhões de toneladas. A Austrália é o maior exportador mundial de coque de carvão usado para o fabrico de aço e é responsável por cerca de dois terços do comércio mundial. É igualmente também o segundo maior exportador de carvão térmico utilizado para geração de energia.

sábado, 1 de janeiro de 2011

ANO NOVO VIDA VELHA

Como não podia deixar de ser ai estão novos aumentos na transição de ano, se não existissem até estranhavamos,infelizmente é assim todos os anos pelo que vamos ter que trabalhar mais ficando mais velhos para conseguirmos aguentá-los.Então aqui vão:
IVA - 2%
Pão - 12%
Vestuário e calçado - 10% (coisa pouca)
Electricidade - Particulares - 3,8%
Empresas - Entre 4% e 10% (assim se desenvolve o PAÍS)
Gás natural - Entre 2,5% e 4%.
Passes Sociais - 3,5%
Transportes - 4,5%
Automovéis - O ISV (Imposto sobre veiculos)-2,2%
Saúde - Taxas moderadoras para consultas nos hospitais 10 cêntimos e para as urgências 20 cêntimos.
Telecomunicações - 2,2%, no entanto para alguns tarifários aumento entre 15% a 25% (outra coisa pouca).
Portagens - 2,3% (já são baratas)
E por fim como não podia deixar de ser combustivéis com gasóleo a + 4,4% e gasolina a + 2,3%.A justificação fica a dever-se ao aumento de IVA e ao fim da isenção do imposto sobre os biocombustivéis.O peso do imposto sobre produtos petroliferos sobre a gasolina é de 64% e 53% no gasóleo.Os aumentos dos combustivéis é sempre em beneficio do estado com o cobrado sobre o imposto e ainda com o beneficio de ser accionista da Galp que é dona das refinarias portuguesas. Deve ser para pagar o vencimento dos seis administradores da galp no valor 4,148 milhões de euros anuais.Cada um recebe cerca de 515 mil euros por mês (coisa pouca).Os adiministradores não executivos recebem anualmente cerca de 2,14 milhões de euros.