quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS EM CASO DE FIM DO EURO

A saída do euro pode ocorrer de forma muito caótica, podendo levar ao colapso temporário do sistema de pagamentos e de distribuição O risco de saída de Portugal do euro tem associados múltiplos riscos, dos quais gostaria de salientar três: o risco do colapso temporário do sistema de pagamentos, o risco do colapso temporário do sistema de distribuição de produtos e o risco de perda – definitiva – de valor de inúmeros ativos (depósitos à ordem e a prazo, obrigações, ações e imobiliário, entre outros).
Considero que todos os portugueses devem “subscrever” seguros contra estes riscos, tal como fazem um seguro contra o incêndio da sua própria casa. Quando se compra este seguro, o que nos move não é a expectativa de que a nossa casa sofra um incêndio nos meses seguintes, um acontecimento com uma probabilidade muito baixa, mas sim a perda gigantesca que sofreríamos se a nossa habitação ardesse.
Quais são as consequências imediatas de Portugal sair do euro? A nova moeda portuguesa (o luso?) sofreria uma desvalorização face ao euro de, pelo menos, 20%. Todos os depósitos bancários seriam imediatamente transformados em lusos, perdendo, pelo menos, 20% em valor. Todos os depósitos ficariam imediatamente indisponíveis durante algum tempo (dias? semanas?) e não haveria notas e moedas de lusos, porque o nosso governo e o Banco de Portugal não consideram necessário estarmos preparados para essa eventualidade.
O mais provável é que a saída do euro fosse anunciada numa sexta-feira à tarde, havendo apenas o fim de semana para tratar da mudança de moeda. Logo, na sexta-feira os bancos retirariam todas as notas de euros das máquinas de Multibanco e quem não tivesse euros em casa ou na carteira ficaria sem qualquer meio de pagamento.
Durante algumas semanas (ou mais tempo) teríamos um colapso do sistema de pagamentos e, provavelmente, também um corte nos fornecimentos. As mercearias e os supermercados ficariam incapazes de se reabastecer, devido às dificuldades associadas à troca de moeda.
Estes “seguros” de que falo, contra este cenário catastrófico, não podem ser comprados em nenhuma companhia de seguros, mas podem ser construídos por todos os portugueses, estando ao alcance de todos, adaptados à sua realidade pessoal.
O que recomendo é algo muito simples que – todos – podem fazer. Ter em casa dinheiro vivo num montante da ordem de um mês de rendimento e a despensa cheia para um mês. Esta ideia de um mês de prevenção é indicativa e pode ser adaptada à realidade de cada família.
Não recomendo que façam isso de forma abrupta, mas lentamente e também em função das notícias que forem saindo. De cada vez que levantarem dinheiro, levantem um pouco mais que de costume e guardem a diferença. De cada vez que fizerem compras tragam mais alguns produtos para a despensa de reserva. Aconselho que procurem produtos com fim de validade em 2013 ou posterior, mas, nos casos em que isso não seja possível, vão gastando os produtos de reserva e trocando-os por outros com validade mais tardia. Desta forma, sem qualquer rutura, vão construindo calmamente os vossos seguros contra o fim do euro.
Quanto custará este seguro? Pouquíssimo. Em relação ao dinheiro de reserva, o custo é deixarem de receber os juros de depósito à ordem, que ou são nulos ou são baixíssimos. Em relação aos produtos na despensa de reserva, é dinheiro empatado, que também deixa de render juros insignificantes.
Quais são os benefícios deste seguro? Se o euro acabar em 2012, como prevejo, o dinheiro em casa não se desvaloriza, mas o dinheiro no banco perderá, no mínimo, 20% do seu valor. Além disso terá o benefício de poder fazer pagamentos no período de transição, que se prevê extremamente caótico. A despensa também pode prevenir contra qualquer provável rutura de fornecimentos, garantindo a alimentação essencial no período terrível de transição entre moedas. Parece-me que o benefício de não passar fome é significativo.
E se, por um inverosímil acaso, a crise do euro se resolver em 2012 e chegarmos a 2013 com o euro mais seguro do que nunca? Nesse caso – altamente improvável – a resposta não podia ser mais simples: basta depositar no banco o dinheiro que tem em casa e ir gastando os produtos na despensa à medida das suas necessidades.

Pedro Braz Teixeira - Investigador do NECEP da Universidade Católica

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

MEDINA CARREIRA – CHEGAM COM MALA DE CARTÃO E VOLTAM RICOS!

Medina Carreira defendeu que a maioria dos políticos não é corrupta, mas reconheceu que existem casos de «negociatas» em que os políticos chegam com «malas de Linda de Suza e voltam ricos».
O programa Olhos nos Olhos da TVI 24 entrevistou Paulo Morais que considerou que o que aconteceu no caso de Duarte Lima não é raro. O vice-presidente da organização Transparência Integridade, afirma que é até bastante comum e conta com a cumplicidade dos próprios bancos.
“Compram um terreno por dez, conseguem com um despacho administrativo valorizá-lo para mil. Ganham de uma de duas formas, ou os empreendimentos imobiliários se fazem e eles ganham através da operação imobiliária ou então mesmo que não se façam vão à banca buscar financiamento sobre os mil para um terreno que efetivamente valia 100”, acusou Paulo Morais. No programa Medina carreira e Paulo Morais traçaram um cenário negro da corrupção em Portugal. Para o ex-vice- presidente da Câmara do Porto, tudo o que tem a ver com o BPN deve ser investigado. A começar pela sua fundação por políticos.
Paulo Morais e Medina Carreira afirmam que a corrupção existe na política e não sendo maioritária consegue vencer.” Os políticos maioritariamente não são corruptos, não tenho dúvida nenhuma disso e é por isso que me surpreende que não façam nada. A maioria não consegue dominar a minoria. (…) Muitos são Lindas de Suza, chegaram aqui com uma mala de cartão, meteram-se num partido, ocuparam lá um cargo qualquer que dava para fazer negociatas e de repente enriqueceram”, defendeu Medina Carreira. «A organização Transparência e Integridade alertou a troika para os riscos de corrupção nas privatizações. Paulo Morais avisa que é preciso que tudo decorra com concursos de regras bem transparentes.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ESPANHA PERSEGUIRÁ PENALMENTE POLÍTICOS QUE NÃO CUMPRAM ORÇAMENTOS (E POR CÁ?)

O ministro da Fazenda Espanhol Cristóbal Montoro, afirmou que o governo avançará com mudanças na lei para exigir responsabilidades penais a gestores públicos, políticos ou não, que não cumpram os orçamentos.
“Vamos fazer uma mudança que chamamos lei de Transparência de Governo. Vamos exigir responsabilidades penais para os gestores públicos”, sejam políticos ou pessoas nomeadas por políticos, afirmou em declarações à Cadena Ser. Um gestor público, insistiu Montoro, “não pode gastar além dos limites que tenha no seu orçamento” porque se o fizer estará a “falsificar a contabilidade pública e a guardar facturas numa gaveta que depois se tornam impagáveis”.
O anúncio foi feito pelo governante espanhol, depois de se ter reunido com os responsáveis de fazenda e economia dos Governos Regionais, no âmbito do Conselho de Política Fiscal e Financeira (CPFF) para analisar a futura lei de estabilidade orçamental.
Segundo explicou o próprio Montoro depois dessa reunião, os Governos central e regionais alcançaram um “compromisso de Estado” pelo equilíbrio orçamental, acordando medidas para garantir a liquidez e cumprir os pagamentos a fornecedores. Os representantes dos Governos Regionais deram o seu apoio à futura lei de estabilidade orçamental que está a ser finalizada pelo Governo Nacional e que, entre outros aspectos, prevê sanções para as regiões espanholas que não cumpram os objectivos de défice.



Comentário: E por cá o que se passa? Absolutamente nada! O que existe é ISTO e mais ISTO! Como sugestão deviam-se punir os gestores públicos que nos últimos 20 anos lesaram o Estado Português (diga-se nós todos).

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

BYRON WIEN DA BLACKSTONE - LISTA DE SURPRESAS QUE PODEM ACONTECER EM 2012

Byron Wien, vice-presidente da Blackstone Advisory Partners, publicou uma lista de surpresas para 2012 - seguindo uma tradição de 25 anos enquanto começou ainda estratega chefe dos EUA na casa de investimento Morgan Stanley. Byron define uma "surpresa" como um acontecimento que o investidor médio atribui apenas uma em cada três possibilidades de ocorrerem, mas que acredita que é "provável", sendo uma probabilidade superior a 50% de acontecer:
As surpresas de 2012

1. A extração de petróleo e gás a partir da rocha do xisto começa a ser um divisor de águas. O preço do petróleo regressa de volta a US $ 85 dólares o barril e os Estados Unidos torna-se menos dependente da oferta do Médio Oriente. Depósitos na Polônia, Ucrânia e em outros lugares prometem ser provados. Aumento da produção da Líbia e do Iraque e a redução da procura resultante da desaceleração atividade econômica mundial contribuem para a queda dos preços.

2.O lucro para empresas americanas continua a mover-se superior ao índice Standard & Poor’s 500 acima de 1400.Os preços das matérias-primas continuam ligeiras e os lideres de negócios com sucesso ajustam para um crescimento económico mais lento usando a tecnologia para reduzir o trabalho e a componente logística de bens e serviços vendidos; margens de lucro permanecem altas.

3. A economia dos EUA recebe o seu segundo fôlego. O crescimento real é superior a 3% e a taxa de desemprego cai abaixo dos 8%. Os receios de recessão e até mesmo a "novidade normal" de visão de crescimento lento e prolongado são postas em causa. Os gastos de capital, exportações e o consumidor impulsionam a economia, a superar o arrasto fiscal. A queda no preço do petróleo e a ascensão no mercado de ações melhoram a confiança dos consumidores e parceiros de gastos.

4. A recuperação da economia e o declínio da taxa de desemprego ajudam o Presidente Obama a convencer os eleitores de que ele não fez um trabalho tão mau no seu primeiro mandato, apesar de tudo. Ele é visto como um bom orador, mas um líder fraco que está a concorrer contra Mitt Romney, visto como sem inspiração e cujas posições em muitas questões não são claras. Os democratas retornam à Casa dos Representantes, mas perdem o Senado numa onda anti-histórica
.
5. Europa finalmente desenvolve um plano abrangente para lidar com seu problema da dívida soberana e aproxima-se para a coesão fiscal. O Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e a União Europeia reúnem um conjunto para manter todos os países da União e para continuarem o euro como moeda do continente. A Grécia tem uma grande reestruturação da sua dívida; Espanha e Irlanda fortalecem as suas finanças durante o ano, mas a Itália sofre uma reestruturação "voluntária". A crise dos bancos é evitada, mas a austeridade imposta faz com que a Europa sofra uma recessão.

6. O computador substitui armamentos convencionais como a principal arma dos terroristas e adversários geopolíticos. Piratas informáticos do Leste Europeu e da Ásia invadem os bancos de dados das principais instituições financeiras internacionais, causando o encerramento de bancos temporariamente. Um alarmado G-20 reúne-se para resolver o problema.

7. Preocupados com o rápido crescimento da oferta monetária no mundo desenvolvido, os investidores compram as moedas dos países que parecem fazer gestão das suas economias de forma sensata. Moedas escandinavas, o dólar australiano e de Singapura e o benefício do won coreano.

8. O Congresso decide suas disfuncionalidades se é prejudicial para ambas as partes e os atos antes da eleição de Novembro para lidar com o fracasso do Super Comité a desenvolver um programa para reduzir o deficit orçamentado dos EUA em US $ 1,2 trilião dólares em dez anos. Tanto a defesa e Medicare (assistência à doença nos EUA) são significativamente reduzidas; subsídios para agricultura são reduzidos e deduções fiscais para petróleo, gás e parcerias imobiliárias são modificadas. Obama compromete-se a deixar de continuar alguns aspetos do programa de corte de impostos de Bush se ele for reeleito.

9. A Primavera árabe vence, finalmente, e Bashar al-Assad e as regras da sua família sobre a Síria termina. Enquanto queda de Assad poderia ter sido inevitável, acontecem importantes efeitos em cascata em toda a região enfraquecendo o Hamas, a Hezbollah isolando o Irão ainda mais.

10. Após dois anos de fraco desempenho do mercado acionista, enquanto as suas economias ainda que com o crescimento real de um dígito, os mercados emergentes, finalmente, têm um bom ano. O crescimento desacelera um pouco, mas as avaliações favoráveis permitem os índices na China, Índia e Brasil para apreciarem uns 15-20%.

Com uma probabilidade de não achar com mais de 50% de acontecerem e serem menos importantes par os investidores:

11. A habitação começa a pegar significativamente. A força da economia juntamente com subida da acessibilidade incentiva o consumidor a voltar para o mercado e fazer compromissos a longo prazo. O excesso de casas vazias começa a ser absorvido.

12. O rendimento na nota do Tesouro dos EUA nos 10 anos sobe para 4% enquanto a China continua a investir fortemente em ativos tangíveis e matérias-primas e puxa para trás colocando reservas nas obrigações dos países desenvolvidos.

13. Depois de corrigir bruscamente no final de 2011 o ouro gira à volta de $ 1800 dólares durante o ano. Políticas monetárias acomodativas em todo o mundo desenvolvido causam uma migração para ativos tangíveis renovados por investidores individuais e fundos soberanos. Igualmente benefício da prata, subindo para US $ 40 dólares.

14. A disciplina fiscal ao nível do Estado e local permite que a queda no rendimento dos títulos municipais continue.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O ESTADO QUE NÃO CUMPRE A LEI E A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA NOMEADAMENTE – DECRETO LEI n.º496/80 de 20 Outubro e ARTº 59 DA CRP

Dec. Lei n.º496/80 de 20 Outubro

Os nossos governantes e a Troika desconhecem isto!!!? Não tiveram tempo para consultar este decreto-lei, uma vez que data de 1980..... Como pode o Governo Central retirar os Subsídios de Férias e de Natal, se o Decreto-lei nº. 496/80, o qual não foi revogado, no seu artº.17, diz que os mesmos são inalienáveis e impenhoráveis. Para que conste os Subsídios de Natal e de Férias são inalienáveis e impenhoráveis.É o que diz o decreto-lei, e que eu saiba até ao momento, a lei ainda não foi alterada. Para visualização completa do decreto clique AQUI

Art.º 59 da Constituição da República Portuguesa (direito dos trabalhadores)

Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:
a)À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de desemprego.
2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:
a) O estabelecimento e a atualização do salário mínimo nacional, tendo em conta, entre outros fatores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento;

Para visualização completa do artigo clique AQUI

domingo, 19 de fevereiro de 2012

OS ESFORÇOS DA DÍVIDA DE PORTUGAL PODEM SER UM AVISO PARA A GRÉCIA

Como a dívida atormenta a Grécia lutando para satisfazer a condições restritivas da Europa para receber a sua próxima ronda do dinheiro de resgate, a lição de Portugal terá licença para ser suportada.
Ao contrário da Grécia, Portugal é um país devedor que tem feito tudo o que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional lhe pediram, em troca dos 78 mil milhões de euros (cerca de 103.000 milhões dólares) resgate que Lisboa recebeu no passado mês de Maio.
E ainda, pela mais ampla medida da capacidade de um país para pagar as suas dívidas, Portugal vai mais fundo no buraco.
O rácio da dívida de Portugal para a sua economia global, ou o produto interno bruto, foi de 107%, quando recebeu o socorro. Mas o rácio tem crescido desde então, e no próximo ano deve chegar a 118%.
Isto não é necessariamente porque a dívida geral de Portugal está a crescer, mas porque a sua economia está a encolher. E os economistas dizem que o mesmo círculo vicioso poderá estar a tomar forma no resto da Europa.
Dois outros países estritamente vigiados na lista da dívida, a Espanha e a Itália, igualmente têm aumento o rácio da dívida/PIB – mesmo que ainda, tal como Portugal, tenham adotado medidas de corte de orçamento e de aumentarem os impostos que os funcionários europeus e do FMI continuam a prescrever.
Sem crescimento, redução da dívida torna-se quase impossível. É semelhante a tentar liquidar um grande balanço no cartão de crédito depois de tomar um corte de pagamento. Você pode reduzir despesas, mas com salários mais baixos, é difícil reservar dinheiro para saldar a dívida.
Vitor Gaspar o ministro das finanças português reduziu o déficit orçamentado do governo em mais de um terço até agora, através de medidas duras que incluem cortes nas despesas, salários, pensões atiradas para trás e aumentos de impostos.
Mas muitos economistas dizem que estes movimentos são também uma razão da economia de Portugal diminuir 1,5 por cento em 2011 e esperar-se uma contração de 3% este ano.
"A dívida de Portugal é apenas não sustentável", disse David Bencek, um analista do Instituto Kiel para a Economia Mundial, uma organização de pesquisa na Alemanha. "A economia real não tem estrutura para crescer no futuro e, portanto, não será capaz de pagar sua dívida a longo prazo."
O povo Português que até agora tem ido geralmente junto com as políticas do governo sem as violentas manifestações que abalaram a Grécia, está a começar a perder a paciência.
No sábado, mais de 100.000 pessoas reuniram-se pacificamente numa manifestação em Lisboa contra as medidas de austeridade e o desemprego do país de mais de 13%. "O chefe do maior sindicato de Portugal prometeu trabalho para manter manifestações adicionais de protesto em todo o país.
O FMI, por sua vez, prevê que Portugal acabará por crescer o suficiente para cortar sua dívida para um nível administrável. Mas mesmo o FMI adverte na sua recente análise económica que se o crescimento fosse dececionante a dívida de Portugal "não seria sustentável."
O ministro das Finanças, o Sr. Gaspar, um economista que é um ex-diretor de pesquisa do Banco Central Europeu e um discípulo da filosofia do banco de austeridade focada, insiste que a dívida do seu país é administrável. E ele não tem planos para facilitá-la. Este ano, ele pretende reduzir os pagamentos de pensões do governo para um milhão e 200 mil euros (cerca de em US $ 1,6 bilião dólares) e cortar os pagamentos do bónus que os trabalhadores do setor público neste país há muito tempo ganharam.
Ao discutir o seu recorde, o Sr. Gaspar prefere focar os seus esforços no efeito que tiveram sobre o défice do orçamento de Portugal - a diferença entre o que gasta e o que é preciso - que caiu para 5,6% no ano passado, de 9,1% em 2010. Para este ano, o Sr. Gaspar prevê um declínio de 4,5 por cento.
"Nós entregamos, o nosso programa de ajustamento que se destaca na área do euro", disse ele durante uma entrevista.
Uma vez as reformas orçamentadas de Portugal tomarem posse, o Sr. Gaspar prevê que a economia do país vai crescer mais de 2 por cento a partir de 2014, e a dívida vai cair em conformidade.
O Sr. Gaspar ganhou aplausos dos lideres da Europa e do FMI, que estão ansiosos para defenderem um exemplo de renovação económica, em contraste com o desastre a ocorrer na Grécia. Na verdade, Portugal é considerado como um modelo de reforma que a União Europa e FMI são amplamente esperado para chegar com mais dinheiro para Portugal no próximo ano, se necessário - como foi sugerido em uma troca de ouvido entre o Sr. Gaspar e o ministro das Finanças alemão em uma reunião na semana passada em Bruxelas.
Mas, como Portugal, sobe lentamente o rácio da dívida/PIB como a proporção indica, ser doente da dívida do modelo Europeu não necessariamente o tornará mais fácil sair da dívida. Outros podem achar que é ainda mais difícil.
A Espanha, cuja relação dívida/PIB era de 36% antes da crise da dívida começar, é projetada para ser mais que o dobro cerca de 84% em 2013. A Itália, cuja relação já estava em 105% em 2009, deve chegar a 126% no próximo ano.
O número da Grécia é ainda pior, quase 160%. Mesmo que a Grécia receba todo o dinheiro do resgate prometido, uma soma de certeza superior a 200 biliões de euros o rácio da sua dívida/PIB ainda deverá ser onerosa de 120%, no ano de 2020. Se Portugal e outros devedores europeus encontram incrementos de dificuldade para pagarem aos seus credores por causa do crescimento lento ou não, alguns especialistas preveem que, também, podem eventualmente ter de negociar a dívida por baixo. Isto foi assim como as coisas tocaram para fora da América Latina na década de 1980, uma vez que ficou claro que o impulso do FMI de austeridade implacável estava a impedir o crescimento necessário dos países para pagarem as suas dívidas.
Charles Wyplosz, um economista internacional, argumenta que até a atividade económica reduzir-se a dívida queimada sobrecarregando países como a Grécia, Portugal e Itália, é inútil punir os cidadãos com crescimento de políticas minadas.
"É tudo pseudociência", disse ele. "É por isto que eu acho que Portugal terá de ocorrer em incumprimento da sua dívida, e pode-se argumentar que a da Itália terá que se reestruturar também."
Victor Gaspar disse que "Essa possibilidade está completamente excluída", acrescentando que George Washington acreditava que um dos bens mais preciosos de um país era a sua capacidade de contrair empréstimos no mercado obrigacionista.
Os economistas aceitam que durante a fase inicial de um importante programa do ajustamento das despesas, a relação do rácio dívida/PIB um pico é sofrido no crescimento económico. A aposta, porém, é que ao longo do tempo a economia vai pegar o suficiente para que o país começar a gerar um primário superavit - isto é, um orçamento no azul, uma vez que os pagamentos da dívida estão excluídos.
Mas há muitos que acreditam que, assim como a imagem da dívida da Grécia é fundamentalmente insustentável, por isso a de Portugal também é.
De acordo com o cálculo do economista Sr. Bencek, Portugal teria de produzir um superavit primário de cerca de 10% do PIB nos próximos anos para reduzir o seu rácio da dívida para um nível permanentemente utilizável. Isto, segundo ele, exigiria um grau de cortes nas despesas muito além do que o Sr. Gaspar e sua equipa já foi capaz de alcançar.
"Portugal pouparia 3 mil milhões de euros por ano se reestruturasse a sua dívida", disse Pedro Lains, historiador económico e um blogueiro da Universidade de Lisboa.
O Sr Lains não falou apenas como um teórico. Ele sente a austeridade em primeira mão. Porque o seu salário na universidade estatal foi reduzido em 30% no último ano, precisando a sua família de mergulhar nas suas economias.
Ele disse que a contração dos salários em todo o país levou a um número crescente de portugueses a abandonarem o país.
O Sr. Lains pergunta porque deve ele e os seus compatriotas sofrerem enquanto os obrigacionistas obtém o seu dinheiro de volta? "Não é culpa do povo português". "A culpa é da estrutura do euro."

Artigo retirado parcialmente do The New York Times que pode consultar na integra aqui

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

UM DOS MOTIVOS DA CRISE QUE ATRAVESSAMOS

Sabem quem é Papademos Lucas (actual líder grego após a renúncia de Papandreou)
Sabem quem é Mariano Monti (agora à frente do governo italiano)?
Sabem quem é Mario Draghi (actual presidente do Banco Central Europeu)?
Sabem o que é Goldman Sachs?
Goldman Sachs : é um dos maiores bancos de investimento mundial e co-responsável directo, com outras entidades (como a agência de notação financeira Moody?s), pela actual crise e um dos seus maiores beneficiários. Como exemplo, em 2007,a G.S. ganhou 4 bilhões de dólares em transacções que resultaram directamente do actual desastre da economia do EUA. O EUA ainda não recuperaram das percas infligidas pelo sector especulativo e financeiro dos EUA.
Papademos : actual primeiro-ministro grego na sequência da demissão de Papandreou. Atenção não foi eleito pelo povo.
- Ex-governador do Federal Reserve Bank de Boston, entre 1993 e 1994.
- Vice-Presidente do Banco Central Europeu 2002-2010.
- Membro da Comissão Trilateral desde 1998, lobby neo-liberal fundado por Rockefeller, (dedicam-se a comprar políticos em troca de subornos).
- Ex-Governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002. Falseou as contas do défice público do país com o apoio activo da Goldman Sachs, o que levou, em grande parte à actual crise no país.
Mariano Monti: actual primeiro-ministro da Itália após a renúncia de Berlusconi. Atenção não foi eleito pelo povo.
- O ex-director europeu da Comissão Trilateral mencionada acima.
- Ex-membro da equipe directiva do grupo Bilderberg.
- Conselheiro do Goldman Sachs durante o período em que esta ajudou a esconder o défice orçamental grego.
Mario Draghi : actual presidente do Banco Central Europeu para substituir Jean-Claude Trichet.
- O ex-director executivo do Banco Mundial entre 1985 e 1990.
- Vice-Presidente para a Europa do Goldman Sachs de 2002 a 2006, período durante o qual ocorreu o falseamento acima mencionado.
Vejam tantas pessoas que trabalhavam para o Goldman Sachs ....
Bem, que coincidência, todos do lado do Goldman Sachs. Aqueles que criaram a crise são agora apresentados como a única opção viável para sair dela, no que a imprensa americana está começando a chamar de "O governo da Goldman Sachs na Europa."
Como é que eles fizeram?
Eu explico:
Encorajaram Investidores a investir em produtos secundários que sabiam ser " lixo ", ao mesmo tempo dedicaram-se a apostar em bolsa o seu fracasso. Isto é apenas a ponta do iceberg, e está bem documentado, podem investigar. Agora enquanto lêem este e-mail estão esperando na base da especulação sobre a dívida soberana italiana e seguidamente será a espanhola.
Tende-se a querer-nos fazer pensar que a crise foi uma espécie de deslizamento, mas a realidade sugere que por trás dela há uma vontade perfeitamente orquestrada de tomar o poder directo no nosso continente, num movimento sem precedentes na Europa do século XXI.
A estratégia dos grandes bancos de investimento e agências de rating é uma variante de outras realizadas anteriormente noutros continentes, tem vindo a desenvolver-se desde o início da crise e é, do meu ponto de vista, como se segue:
1. Afundar o país mediante especulação na bolsa de valores / mercado.
Pomo-los loucos com medo do que dirão os mercados, que nós controlamos dia a dia.
2. Forçá-los a pedir dinheiro emprestado para, manter o Status-Quo ou simplesmente salvá-los da Bancarrota. Estes empréstimos são rigorosamente calculados para que os países não os possam pagar, como é o caso da Grécia que não poderia cobrir a sua dívida, mesmo que o governo vendesse todo o país, e não é metáfora, é matemática, aritmética.
3. Exigimos cortes sociais e privatizações, à custa dos cidadãos, sob a ameaça de que se os governos não as levam a cabo, os investidores irão retirar-se por medo de não serem capazes de recuperar o dinheiro investido na dívida desses países e noutros investimentos.
4. Cria-se um alto nível de descontentamento social, adequado para que o povo, já ouvido, aceite qualquer coisa para sair da situação.
5. Colocamos os nossos homens, onde mais nos convenha.
Se acham que é ficção científica, informem-se: estas estratégias estão bem documentadas e têm sido usadas com diferentes variações ao longo do século XX e XXI noutros países, nomeadamente na América Latina pelos Estados Unidos, quando se dedicavam, e continuam a dedicar-se na medida do possível, a asfixiar economicamente mediante a dívida externa por exemplo a países da América Central, criando instabilidade e descontentamento social usando isso para colocar no poder os líderes "simpáticos" aos seus interesses. Portanto nada disto tem a ver com o EURO. O EURO é uma moeda Forte, porque os investidores vêm ai carne para desossar, se não houvesse o Euro o ataque acontecia na mesma, só que se calhar os primeiros a cair não seriam os PIGS, mas a própria Alemanha, a Inglaterra etc. Não são o Governo dos EUA, que deferem estes golpes, mas sim pela indústria financeira internacional, principalmente sediada em Wall Street (New York) e na City (Londres), é que, o que está acontecendo sob o olhar impotente e / ou cúmplice dos nossos governos é o maior assalto de sempre na história da humanidade à escala global, são autênticos golpes de estado e violações flagrantes da soberania dos Estados e seus povos.
Estão a comer-nos vivos... As pessoas precisam saber. Estamos a sofrer uma anexação pela via financeira, esta é a realidade.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

DA ALEMANHA COM AMOR

Aproxima-se mais um dia dos namorados. Dia em que se fazem juras de amor, alguns declaram-se pela primeira vez e outros repetem juras feitas depois de muitos anos passados.
Em Portugal, porém, a “relação” mais séria a que se tem assistido é com a “troika” e com a espécie de “sogra”, Alemanha. No entanto nesta “relação” pseudo-“amorosa”, tal como em qualquer outra, há episódios bons e maus. Estes, alternam entre cenas que parecem saídas de um jovem casal de namorados, como quando se vêm os ministros das finanças português e alemão, a trocar “segredinhos” (quiçá de “amor” financeiro) e cenas mais dignas de um casal, já com anos de casamento, quando um parece já estar farto e se limita a “aturar” o outro, como quando Angela Merkel fez acusações gratuitas à Madeira.
Para completar o “triângulo amoroso”, resta falar nas afirmações do actual presidente do parlamento europeu, Martin Schulz, que criticou o facto de Pedro Passos Coelho procurar investimento fora do espaço europeu, nomeadamente em Angola (e também na China).
Ora isto mais parece a reacção de uma namorada que apanha o seu “mais que tudo” nos braços de outra e não entende o que ela própria fez, que pudesse levar a tal situação.
Se na Europa se vive uma crise generalizada da dívida e a verba para investimentos é doseada a conta-gotas, onde quereria este senhor que nós fossemos buscar investidores para as privatizações? Alejo Vidal-Quadras, um dos vice-presidentes da instituição europeia, membro do grupo do Partido Popular Europeu, defendeu que o presidente Martin Schulz foi até há pouco tempo presidente do grupo socialista do Parlamento Europeu, logo, ainda não se terá adaptado às novas funções e «levará uns meses a compreender que não é chefe de um grupo político, mas presidente de todos os parlamentares». Ou isso, ou ficou chateadíssimo por o negócio da EDP não ter ido parar à Alemanha…
Mas a Alemanha é realmente uma “amante ingrata” e com aparente “dupla-personalidade”. É que nos habituámos a ver Angela Merkel apelar à austeridade e cortes salariais, como sendo o “caminho das pedras” para a “salvação”, dos países afectados pela crise e eis que, quando a coisa toca à Alemanha, a ministra alemã do Trabalho vem a público dizer que os salários no país deviam ser aumentados por uma questão de partilha do sucesso empresarial! Sim, “sucesso empresarial” que se torna mais fácil “estrangulando” com austeridade a concorrência europeia e criticando países europeus que tentam arranjar investimento de outros pontos do globo, existindo no entanto empresas alemãs, (ex.: Volkswagen e BMW) com produção na China!
Para completar toda esta “teia de relações”, eis que vem uma “antiga paixão” nacional, o ex-ministro Teixeira dos Santos, defender que Portugal não tem alternativa a não ser avançar com as privatizações, não por estarem no memorando com a troika, mas por não haver mais alternativas, sendo necessário que o Estado passe de proprietário a regulador! Bem, ele lá saberá bem o que já vem de trás.
Para finalizar, mudemos de assunto e aproveitando o dia de S. Valentim, desejo a todos os casais mais (ou menos) enamorados que aproveitem este dia como um dia de exemplo do que deverá ser replicado por todos os outros dias que passem ao lado da vossa “cara-metade”.

Artigo de Nuno Duarte M. Figuinha publicado no Jornal Povo da Beira

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SEGUNDO A FITCH O BANCO CENTRAL EUROPEU DEVE EVITAR O "CATACLISMO" DO COLAPSO DO EURO

O Banco Central Europeu deve aumentar as suas compras de dívida na conturbada zona euro para apoiar a Itália e evitar um colapso "catastrófico" do euro, disse David Riley, chefe das avaliações de dívida soberana para a Fitch.
Falando a investidores fazendo parte numa apresentação europeia, disse que o colapso do euro seria desastroso para a economia global, enquanto isto não é o cenário base da Fitch , o que poderia acontecer se a Itália não encontrar um caminho para os seus problemas de dívida. "O fim do euro seria um cataclismo. O euro é uma moeda de reserva".
"O que teria que se fazer em termos de estabilidade financeira e política?" "É difícil acreditar que o euro vai sobreviver se a Itália não passar através disso," acrescentando que, muita gente vê a Itália política e economicamente importante para ser permitida falhar ", também se poderia argumentar que é muito grande para resgatar. "
Ele também pediu ao Banco Central Europeu para abandonar a sua relutância atual para a ampliação das suas compras da dívida conturbada zona do euro, como a Italiana e quebrar a sua resistência ao fundo do bloco do salvamento, a FESF(fundo europeu de estabilidade financeira) pedindo diretamente a partir dele.
"Pode o euro ser salvo sem um maior compromisso ativo por parte do BCE? Francamente não pensamos", acrescentando que o banco tem muito espaço para expandir o seu balanço com o desencadeamento de uma onda de inflação em toda a zona euro.
"Por que não temos o BCE a sair e dizer 'Nós vamos limitar as taxas de juros', 'Nós não vamos permitir que as taxas de juros sejam superiores a 7 %" ou qualquer nível que eles vejam que é o limite? Porque não transformar o FESF num banco para que ele possa pedir emprestado ao BCE para que não tenha de ir ao mercado? "
A Fitch alertou que as prespectivas económicas para a zona euro tornaram-se sombrias nos últimos meses, mas disse que não espera tirar à França a sua classificação triplo A pelo menos durante este ano ano.
Por outro lado, a Standard & Poor’s tem apontado a França para um corte possível de dois níveis de notação possível a partir da sua classificação de topo. Ainda assim, Riley advertiu que a segunda maior economia da zona euro tem uma posição precária devido à crise de vento em popa.
"A França é o país mais fraco com notação triplo A na zona do euro", acrescentando que tinha o encargo adicional de ser o principal país juntamente com a Alemanha subjacente ao fundo de resgate da zona do euro. A Grécia, por sua vez, mantem-se uma grande ameaça para a zona euro.
" Indiscutivelmente a Grécia deixando o Euro poderia ser o começo do fim para o mesmo".
"A Grécia ainda é o Joker no pacote. Ela ainda tem o potencial para mergulhar a zona euro em crise." "Nós não pensamos que a Grécia vá abandonar o euro. A análise do custo-benefício não soma nada".

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SUGESTÕES DE CORTE DE DESPESAS PELO ZÉ POVINHO

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar. Nenhum governante fala em: 1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E se não são verificados como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em habitações inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) e que nunca estão no local de trabalho. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes às oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado.
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se governarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagarem mais impostos.
31. Denunciar as falsas boas vontades de campanhas, seminários e 'formações' destinadas a caçar subsídios, a subsídio dependência, em que cada acção é um modelo novo na frota automóvel.
32. Não papar festivais e golpadas, como 7 maravilhas disto e daquilo, que engordam muitos à custa dos votos e telefonemas imbecis para promover aquilo que não tem excelência e nem qualidade para ser destacado. Todas estas manobras promovem 'salazares e alheiras' e afundam o que realmente tem valor em Portugal...
33. Impedir o 1.º Ministro de cometer graves atropelos à Constituição, à Lei Geral e Lei do Trabalho, tais como as medidas catastróficas e mesmo criminosas, mascaradas num falso plano de austeridade que vai conduzir Portugal ao abismo.
34. Revogar os prazos de pagamento da dívida ao FMI, BCE e CE, no sentido de os alargar ao maior prazo possível sem agravamento dos já altíssimos juros.
35. Tomar medidas urgentes contra as multinacionais, holdings e bancos, que são os verdadeiros donos do FMI, BCE e CE., e estão a aguardar agindo nos bastidores, como abutres que espreitam moribundos, que as empresas entrem em falência para serem absorvidas a preços ridículos, alastrando uma praga de desemprego e miséria que é cada vez mais grave

PROTESTOS EM ATENAS - O CUSTO DA DIVÍDA


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

TENENTE GENERAL SILVESTRE DOS SANTOS EM REAÇÃO AO DISCURSO DE S. EXª O MINISTRO DA DEFESA NACIONAL (AGUIAR BRANCO) EM 2012FEV01

“ Apenas para conhecimento.

Exmo. Sr. General Chefe do Gabinete de S. Ex.ª o Ministro da Defesa Nacional, Caro camarada: Apresento a V. Ex.ª os meus cumprimentos.
Tomo a liberdade de me dirigir a V. Ex.ª para lhe solicitar que transmita a S. Ex.ª o Sr. Ministro a minha indignação relativamente à forma pouco respeitosa e mesmo insultuosa como se referiu às Forças Armadas, aos militares e às suas Associações representativas, no passado dia 1 de Fevereiro. De todos os governantes, o Ministro da tutela era o último que deveria proferir palavras dessa estirpe.
Sou Tenente-General Piloto-Aviador na situação de Reforma, cumpri 41 anos de serviço efectivo e possuo três medalhas de Serviços Distintos (uma delas com palma), duas medalhas de Mérito Militar (1.ª e 2.ª classe) e a medalha de ouro de Comportamento Exemplar. Servi o meu País o melhor que pude e soube, com lealdade e com vocação, sentimentos que S. Ex.ª não hesita em por levianamente em causa. Presentemente, faço parte com muito orgulho, do Conselho Deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas.
Diz o Sr. Ministro que "a solução está em todos nós. Em cada um de nós". Não é verdade! A solução está única e exclusivamente na substituição da classe política incompetente que nos tem governado (?) nos últimos 25 anos, e que nos tem levado, de vitória em vitória, até à derrota final! Os comuns cidadãos deste País, nomeadamente os militares, não têm qualquer responsabilidade neste descalabro. Como disse o Sr. Coronel Vasco Lourenço no seu livro, "os militares de Abril fizeram uma coisa muito bonita, mas os políticos encarregaram-se de a estragar..."
Diz também S. Ex.ª que as Forças Armadas estão a ser repensadas e reorganizadas. Ora, se existe algo que num País não pode ser repensado nem modificado quando dá jeito ou à mercê de conjunturas desfavoráveis, são as Forças Armadas, porque serão elas, as mesmas que a classe política vem sistematicamente vilipendiando e ultrajando, a única e última Instituição que defenderá o Estado da desintegração.
Fala o Sr. Ministro de algum descontentamento protagonizado por parte de alguns movimentos associativos. Se S. Ex.ª está convencido que o descontentamento de que fala se limita a "alguns movimentos associativos", está a cometer um erro de análise muito sério e perigoso, e demonstra o desconhecimento completo do sentir dos homens e mulheres de que é o responsável político. Este descontentamento, que é geral, não tenha dúvida, tem vindo a ser gerado pela incompetência, sobranceria, despudor e, até, ilegalidade com que sucessivos governos têm vindo a tratar as Forças Armadas. É a reacção mais que natural de décadas de desconsiderações e de desprezo por quem (é importante relembrar isto) vos deu de mão beijada a possibilidade de governar este País democraticamente!
As Forças Armadas não querem fazer política! Não queiram os políticos, principalmente os mais responsáveis, "ensinar" aos militares o que é vocação, lealdade, verticalidade e sentido do dever. Mesmo que queiram, não podem fazê-lo, porque não possuem, nem a estatura nem o exemplo necessários para tal.
Quem tem vindo a tentar sistematicamente destruir a vocação e os pilares das Forças Armadas, como o Regulamento de Disciplina Militar, destroçado e adulterado pelo governo anterior? Quem elaborou as leis do Associativismo Militar, para depois não hesitar em ir contra o que lá se estabelece? Quem tem vindo a fazer o "impossível" para transformar os militares em meros funcionários do Estado? Apesar disso, tem alguma missão, qualquer que ela seja, ficado por cumprir? Fala S. Ex.ª de falta de vocação baseado em que factos? Não aceita S. Ex.ª o "delito de opinião"?
Não são seguramente os militares que estão no sítio errado!
Por tudo o que atrás deixei escrito, sinto-me profundamente ofendido pelas palavras do Sr. Ministro.

Com respeitosos cumprimentos de camaradagem

EDUARDO EUGÉNIO SILVESTRE DOS SANTOS
Tenente-General Piloto-Aviador (Ref.) 000229-B
P.S. - Informo V. Ex.ª que tenho a intenção de tornar público este texto.”

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PIDE DA MADEIRA A PSP IMPEDE DEPUTADOS DO PTP DE ENTRAREM NO JARDIM QUINTA VIGIA!


O EURO NÃO FUNCIONA PARA PORTUGAL E GRÉCIA

“O euro não funciona para a Grécia ou Portugal e acabarão por deixarem a zona do euro”."Eles vão deixar o euro, mas ficar dentro da União Europeia, porque é muito difícil sair da UE em termos de política de segurança e estrangeira. Você quer ser parte dela, mas apenas ligado a ela que é o que querem fazer cada vez mais um número de países ", disse Steen Jakobsen, chefe - economista do Saxo Bank. “Alguns países dentro da zona do euro prefeririam ser um dos 10 que estão actualmente fora da zona, mas fazem parte constituinte dos 27 países da UE.
No entanto, Paul Donovan, vice-chefe da Global Economics na UBS, discordou de que não haveria qualquer benefício para qualquer país sair da zona do euro e legalmente seria impossível. "O parecer jurídico é claro se você deixar o euro, você sai da UE. Que beneficio traria sair da EU? Se desvalorizar o dracma qual vantagem traria? Ninguém iria negociar consigo ou dar financiamento ao negócio.Isto seria completamente devastador quando o sistema financeiro implode ". Acrescentou que seria melhor ir à bancarrota dentro da zona do euro do que falido fora dela, com um governo militar."Primeiro de tudo, há uma quantidade significativa de dinheiro local da Grécia agora posicionada nos EUA, Alemanha e sabe-se lá noutros países. Se era desvalorizado este dinheiro iria fluir e entrar comprando empresas, caminhos-de-ferro e empresas de telecomunicações. Se houve-se uma desvalorização poderia haver enormes vantagens para as empresas ".

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O DEPUTADO QUE “ABAFOU” OS GRAVADORES E O TRIUNFO DA ESTUPIDEZ

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, considerou “lamentável” a eleição do deputado socialista Ricardo Rodrigues, que vai ser julgado por atentado à liberdade de imprensa, para o Conselho geral do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), a única escola de magistrados do País. O presidente da Associação Sindical dos Juízes portugueses também se mostrou “estupefacto” com a escolha do deputado que furtou gravadores durante uma entrevista à revista “Sábado”, afirmando que uma escola de formação de magistrados merecia outra atenção”. Quando li que este “senhor” havia sido nomeado para o CEJ fiquei lívido. Pensei tratar-se de uma notícia falsa. E esperei algum tempo para escrever estas linhas, porque se o fizesse à primeira podia traduzir-se numa amálgama de linhas cheias de mal educação. Passado o choque vou tentar abordar o tema com a maior serenidade possível.
1- Que porcaria é esta? Estão a gozar? Continuamos a brincar à justiça portuguesa? Então agora este “senhor” vai ajudar a formar juízes?
2- Este deputado num país sério, teria sido escoltado por polícias à porta da AR no dia em que enfiou a pouca vergonha no bolso, e posto de lá a andar para não mais voltar a entrar. Aqui no burgo continua a ser deputado da nação e nomeado para o conselho geral do CEJ.
3- Será preciso alguém passar-se definitivamente da cabeça e enxovalhar um destes “senhores” publicamente para estes indivíduos começarem finalmente a pensar na forma como agem?
4- Não me importo de ver um deputado arguido ser eleito para o CEJ. Em primeiro lugar porque é raro o deputado ou ex-deputado que não seja arguido num processo nos dias que correm. Em segundo porque alguém tem que ser nomeado para o cargo- é a vida. Agora pergunto não haveria por ai alguém com mais credibilidade na “praça”? Será preciso ir buscar alguém que TODOS vimos enfiar dois gravadores no bolso durante uma entrevista incómoda para o Conselho Geral do CEJ. Do CEJ!!!???Já gora não se arranja um lugar para o Sr. Armando Vara, Sr Dias Loureiro e Sr Duarte Lima. Assim tínhamos conselhos de arguidos para todo o tipo de crimes – de colarinho branco, alheiras e robalos a homicídio em estradas secundárias brasileiras. Fica um conselho aos jornalistas de investigação deste país, ao expresso e quiçá á própria revista Sábado. Mexam o rabinho e investiguem a vida deste senhor de uma ponta a outra. Porque veio “recambiado” dos Açores e porque razão algumas das questões colocadas pela imprensa o incomodam tanto, ao ponto de as guardar no bolso. Porque surge agora esta nomeação? Quais os critérios? Já me bastou ver este senhor presidir a comissões na AR e ter de ajudar a pagar-lhe um ordenado, isto já é abusar. Basta. Enquanto pessoa que assiste a este perfeito nojo, mais um tiro na credibilidade dos já por si pouco credíveis órgãos que supostamente nos deveriam defender deste tipo de “incidentes”, e como português que sustenta este conjunto de brincalhões para andarem a nomear a torto e direito gostaria de ver este assunto esclarecido. È uma vergonha.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Boaventura Sousa Santos diz que os portugueses estão a ser alvo de uma pilhagem ilegal e imoral - - Notícias - RTP

Boaventura Sousa Santos diz que os portugueses estão a ser alvo de uma pilhagem ilegal e imoral - - Notícias - RTP

A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA CUSTA AO POVO 29 MILHÕES DE EUROS

A Presidência da República Portuguesa custa cinco vezes mais do que a Casa Real Espanhola, em valores absolutos e 18 vezes mais por habitante. O Presidente da República Português, anualmente, “custa cerca de 2,9 euros por habitante” enquanto os encargos por habitante do rei de Espanha representam “uns cêntimos por ano” aos cidadãos espanhóis. Em valores absolutos é cinco para um, por habitante é 18 vezes mais. O palácio de Belém sai muito mais caro do que o palácio real espanhol. E vai custar mais em breve. Os 29 milhões de euros que são gastos anualmente pelo Presidente da República colocam Cavaco Silva entre os chefes de Estado que mais gastam na Europa.

Esta informação foi publicada no DN

domingo, 5 de fevereiro de 2012

JEAN CLAUDE JUNCKER - A POSSIBILIDADE DA GRÉCIA ENTRAR EM BANCARROTA NÃO PODE SER EXCLUIDA

A possibilidade de um incumprimento soberano da Grécia não pode ser excluída, disse Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo dos ministros das finanças da zona da moeda única, ao Der Spiegel.
“A Grécia já não pode esperar solidariedade dos membros da zona do euro e de outros se não implementar as reformas que concordou.
"Se fossemos estabelecer que tudo deu errado na Grécia, não haveria nenhum programa novo, e isto significaria que, em Março teriam que declarar falência".
A elevada possibilidade de falência deve incentivar Atenas para "obter músculos", quando se trata da execução das reformas, acrescentou.
O governo da Grécia continua a negociar com os credores para assegurar um resgate 130biliões de euros (171$ biliões dólares) antes de virar para a mais complicada tarefa de pressionar os líderes políticos para apoiarem as reformas impopulares envolvidas no resgate.
Na beira da falência, a Grécia deve encerrar negociações com credores estrangeiros no resgate e rapidamente obter a aprovação do político para assegurar fundos começará a fluir no tempo para que pagar 14,5 bilhões (US $ 19 bilhões) de euros de obrigações vincendas em meados de Março. Mas as negociações com a "troika" dos financiadores internacionais têm tropeçado nos seus pedidos, que incluem corte de custos de trabalho por redução dos subsídios de férias e redução do salário mínimo. Propostas fortemente contestadas pelos líderes dos partidos políticos gregos.
Nos seus comentários ao Der Spiegel, Juncker citou a necessidade de uma prometida privatização e a luta contra a corrupção reinante na administração do Estado como duas áreas a necessitarem de atenção especial.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

IDEÍAS PÚBLICAS

O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, apelou recentemente à participação de todos os cidadãos com “boas ideias para o país”. A isto se poderá chamar de verdadeira “Democracia Participativa”. Como o próprio diz, num vídeo na página da plataforma digital do Governo “O meu movimento”, lançada no início do ano, “Estamos a fazer transformações importantes em Portugal e é importante que, durante este período, possamos alargar e aprofundar o debate democrático e isso não se faz sem a participação de todos os cidadãos”. Explica ainda que "esta ideia simples permite que aqueles que têm boas ideias para o País as possam lançar na plataforma do Governo e depois discuti-las, nomeadamente com o primeiro-ministro", uma vez que o movimento mais votado terá direito, precisamente, a uma audiência com o primeiro-ministro!
Visto que em todos os cafés se ouve falar do governo e parece haver quem tenha ideias para tirar o país do buraco, então, aqui está a hipótese de cada um fazer valer o seu ponto de vista, pois a plataforma digital do Governo permite a qualquer cidadão defender uma causa! E nesta, foram até agora submetidos já 285 movimentos!
De tanto se falar em austeridade, crise, como o que se tem feito é errado, etc…é de imaginar sobre os assuntos a que os movimentos mais votados se dediquem, certo? Errado! Ora, o movimento mais votado é o “Movimento de Sérgio pela Abolição das corridas de Touros”, com mais de 3.500 seguidores!!! Pois. Não sei quem seja o “Sérgio” e eu também até sou a favor da abolição das corridas de touros, mas, não haverá assuntos mais importantes no actual contexto do nosso país?!? Então tanta gente a dizer mal das políticas do governo e quando chega a altura de materializar esse desdém em ideias para ajudar o país, falam de touros?!? Enfim… O segundo mais votado, já será algo que interesse ao desenvolvimento de Portugal? Em segundo lugar vem o movimento “Em Defesa da Educação Visual e Tecnológica”, com 2.196 seguidores… Algo interessante, portanto…ou não! Ainda se fosse um movimento em defesa da educação do português, já que constantemente se assiste a “assassinatos” à nossa língua… Entre os cinco mais populares, estão ainda “A escola é para ensinar. A família educa”, “Pelas tecnologias de informação e de comunicação” e finalmente, para terminar em beleza, o movimento “A favor da tauromaquia. Eu quero ser toureiro”! OLÉ!
Ou seja, começam e acabam o Top 5 com touros! E é este o contributo que os cidadãos dão, quando se lhes pede para melhorar as ideias políticas do nosso país…touros! Afinal parece que o antigo ministro Manuel Pinho até sabia o que fazia quando fez uns “chifrinhos” a um deputado, em plena Assembleia da República!
No “O meu movimento”, um dos menus do novo portal do Governo, podem também ser
pedidos esclarecimentos e fazer simulações de quanto se paga em impostos e ver onde é gasto esse dinheiro. Pedro Passos Coelho, inclusive, diz que sente “muito orgulho em ver o entusiasmo que tem vindo a crescer em torno da nova plataforma digital do Governo" e realça que "é importante que todos se possam juntar e fazer crescer o debate político em Portugal".
Mas parece que o povo quer é “touradas” e aulas de “desenho e trabalhos manuais”!
E que tal criar um “Movimento para a Resolução dos Reais Problemas do País”? Ou
o “Movimento Contra a Criação de Movimentos Sem Sentido / Id(e)iotas”? Fica a ideia…

Artigo de NUNO DUARTE M. FIGUINHA publicado no Jornal POVO DA BEIRA

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

WARREN BUFFET - DEVEM-SE TAXAR EM 30% OS RICOS COM RENDIMENTOS PARA CIMA DE UM MULHÃO DE DÓLARES

O aumento dos impostos sobre os ricos traria justiça para os contribuintes dos EUA, disse o bilionário investidor Warren Buffett, apoiando a reforma tributária que o presidente Barack Obama propôs num discurso . Obama reiterou uma taxa de imposto efectiva mínima de 30% sobre aqueles que ganham um milhão de dólares ou mais, recordando o seu apelo para a chamada "regra de Buffett", deliberada para evitar os milionários de pagarem uma parcela menor de imposto dos rendimentos do que os contribuintes da classe média.
Buffett publicou num editorial em Agosto do ano passado afirmando que a sua própria quota efectiva de imposto de 17,4% foi menor do que a paga pelos seus funcionários no seu escritório.”As pessoas ricas devem pagar mais impostos”.
"A questão é o que é justo quando você tem que levantar multi-triliões para financiar os Estados Unidos da América".
"Subida de impostos não vai mudar o meu comportamento. Eu já paguei todos os diferentes tipos de impostos e nunca deixei de estar interessado em ganhar dinheiro. Acredito que esta deve ser uma questão de assunto. Debbie Bosaneck a minha secretária trabalha tão duro como eu e ela paga duas vezes a taxa que eu pago ".
"Todas as pessoas no nosso escritório estão a pagar uma taxa de imposto mais elevada do que Warren" disse Debbie.
"Se isto é uma guerra, o meu lado tem a bomba nuclear". Eu quero um governo que seja receptivo às pessoas que receberam uma ninharia na vida mencionou Buffet.”


ALGO QUE PODERIA SER FEITO EM PORTUGAL PARA O SACRIFICIO NÃO ESTAR SEMPRE DO MESMO LADO!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

“CINTO DE ALHO” (PORTUGAL, ITÁLIA, GRÉCIA, ESPANHA) DA ZONA EURO CONDENADO À DEFLAÇÃO

Os países da zona do euro " cinto de alho", (Grécia, Itália, Portugal e Espanha) vão ter de suportar a DEFLAÇÃO para recuperarem o atraso em termos de competitividade com os outros membros , “cinto de manteiga" de acordo com um relatório da firma de pesquisa Smithers & Co.
"Olhando para dizermos 10 anos à frente, o futuro da zona do euro é moderadamente fácil de prever, mas para prever como vai chegar lá não é", Andrew Smithers fundador da Smithers fundador & Co e autor de "Wall Street reavaliado: mercados imperfeitos e bancos centrais incapazes "
"O cinto de alho deve recuperar a sua posição competitiva contra o cinto de manteiga ou pelo desmembramento da zona ou por extensa e prolongada deflação relativa", acrescentou.
Ajustar a taxa verdadeira de troca exigirá importantes diminuições nos preços, rendimentos e produto interno bruto nominal na Grécia, Itália, Portugal e Espanha, na ausência de inflação significativa nos demais estados da zona euro, de acordo com Smithers
.

A dor insuportável

Isto aumentará nestes países o rácio dívida/ PIB, e com à excepção da Espanha este rácio nos países de cinto de alho já ultrapassa os 100%, observou ele.
" Nós duvidamos que a dor vá provar ser suportável, pois aumenta. Se isto não acontecer, uma combinação de incumprimento e redenominação (a alteração da unidade em que o montante da dívida está expresso), é provável para alguns ou mesmo para todos os países do cinto de alho. Isto pode levar ao desaparecimento total da zona" escreveu Smithers.
Matthew Lynn, um economista de Economia Estratégia apontou numa nota no final do passado mês de Outubro que a dívida da Alemanha em relação ao PIB foi maior do que a da França e Espanha e enumerou quatro cenários que podem pôr em perigo a situação do país como um porto seguro.
O primeiro cenário é uma recessão, o que elevaria o rácio da sua dívida em relação ao PIB, o segundo é uma grande contribuição alemã para financiar o resgate da zona do euro resgate, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF), o terceiro seria uma grande recapitalização bancária seguindo o modelo britânico e o quarto seria um ruptura da zona euro, de acordo com Lynn.
"O risco real, claro, é que nenhum desses acontecimentos são isolados. Se acontecer um, há mais probabilidades de dois a acontecer. Se dois acontecerem, há mais possibilidade de três ... e assim por diante".