quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MEDINA CARREIRA NO SEU MELHOR AO DN

"(...) O primeiro-ministro não tem estratégia nenhuma na cabeça senão andar a fazer espectáculo e ir conciliando as circunstâncias para ver se vai durando. Aliás, este primeiro-ministro foi realmente uma desgraça para o País: nem tocou nos aspectos financeiros, nem tocou nos aspectos económicos (...)"
"(...) A chamada consolidação de que o ministro Teixeira dos Santos e o primeiro-ministro falam - "já fizemos uma, podemos fazer duas ou três" - não tem assento nenhum na realidade (...)"
"(...) Havendo menos rendimento, porque os salários baixam e os impostos aumentam, a população vai consumir menos. É a evolução natural (...)"
"(...) Quando chegarmos a 2013, saem as Scut e começam a entrar as parcerias público-privadas no Orçamento. Mil milhões, mil e seiscentos milhões, mil e quinhentos milhões todos os anos! Depois de termos isto arrumado, aparece a desarrumação. Nessa altura, é quase com certeza necessário outras medidas (...)"
"(...) O real problema é a economia. Não temos justiça que funcione, a nossa educação é uma miséria, a burocracia é um inferno, a corrupção (...)"
"(...) O Simplex foi importante, mas o meu amigo faz uma sociedade em 50 minutos e depois espera seis meses para lhe darem uma autorização para pôr um toldo ou para abrir a porta. Não há uma visão global. Este Governo é um Governo de fogachos. O Simplex é muito bom. E o resto?! (...)"
"(...) O mapa autárquico de mil oitocentos e tal não presta. Temos 30% de municípios com menos de dez mil habitantes... O que pagam de impostos não dá para o presidente da câmara, o chauffeur e a secretária! (...)"
"(...) 4500 freguesias é um disparate! E, no mapa autárquico, sabe porque não se mexe? Porque há presidentes de câmara que têm de ir tratar da vida para outro sítio. Não se faz nada que mexa em interesses! Empresas municipais - suprimir aí a eito.
"(...) Não preconizo que se mexa no Estado Social, em pessoas com 300 euros de reforma, que já são uma desgraça. Mas é acabar com as despesas inúteis todas... Há coisas que deve ser o ministro das Finanças a autorizar. Os carros devem ser modelo médio para ministros, e têm de durar cinco ou seis anos. Quando fui ministro, tinha um carro recuperado da sucata da alfândega de Lisboa (...)"
"(...) O Ministério das Finanças não merece crédito! E o Ministério das Finanças era das coisas rigorosas que havia no País. Aquilo já é considerado uma barraca de farturas (...)"
"(...) Tenho muitas dúvidas sobre os governos dos dois partidos que podem governar Portugal... Estes governos foram tomados de assalto por gente sem vida profissional, que vai para ali só para andar atrás nos carros ou para arranjar negócios. Não quer dizer que não haja pessoas capazes, mas três capazes no meio de dez incapazes assusta-me (...)"
"(...) As pessoas dos partidos políticos vão para o topo para tratar da sua vida. Quando fui para o Estado, não fui para tratar da minha vida, porque perdi dinheiro durante vários anos! Ganhava cem contos por mês no meu escritório. E quando fui ministro ganhava trinta, três anos depois (...)"
"(...) Alegre diz que o Presidente não devia ter dito não sei o quê, porque estas campanhas são só de conversa, nunca se trata de nada de essencial! Se perguntar a Alegre como é que ele mantém o Estado social, não faz ideia nenhuma, como é óbvio. São campanhas só para cumprir prazo e formalidade legal; isto não presta para nada.
"(...) Não me calo, fale quem falar! Estou ao serviço do País, e, portanto, não me calo de jeito nenhum, façam o que fizerem! O próprio primeiro-ministro queria também que eu e o Mário Crespo fôssemos "resolvidos" (...)"
Só vi José Sócrates uma vez na vida. Foi em casa de António Guterres há 20 anos. Não tenho nada contra ele, tenho-o como homem de Estado que é muito mais dado à forma do que à substância, muito mais dado à aparência do que à realidade. Ele julga que os problemas se resolvem por vontade. É um homem que deveria ser um bom treinador de futebol, um homem que diz "é preciso coragem, determinação e tal". O que é preciso é competência, ponderação, ser capaz de ouvir e de assumir - isso é que é um homem de Estado. Ele não é um homem de Estado! Ele está em trânsito numa função para a qual não tem nenhuma virtude desejável no nosso país.
Continua a desligar a televisão sempre que ele fala?
Sim, sim, não quero ouvi-lo! De bola, já eu estou farto".
ALGUMAS PASSAGENS DE UMA ENTREVISTA DADA A JOÃO MARCELINO DIRECTOR DO DIÁRIO DE NOTICÍAS

OS JUROS DA DIVÍDA IRLANDESA E PORTUGUESA SOBEM

Os títulos de dívida a 10 anos do governo irlandês asseguram uma duração de vida do euro em alta, devido a preocupações com o sector bancário da Irlanda e com o crescimento económico, o sentimento do mercado voltou-se contra a dívida periférica da zona do euro. O juro da dívida a 10 anos atingiu a referência de 7,2 %, um aumento de cerca de 30 pontos base contra o estabelecido ontem. O juro dos títulos da divida portuguesa para o mesmo prazo situam-se hoje nos 6%.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

COMENTÁRIO DO SR ALMEIDA SANTOS

"Os sacrifícios que estão a ser exigidos ao povo não são sacrifícios incomportáveis. Oxalá que o país nunca tenha de enfrentar sacrifícios maiores"."As crises não são só do Governo, são do povo e o povo tem que sofrer as crises como o Governo sofre". (Declarações do Sr. Almeida Santos)

Será necessário fazer algum comentário a estas infelizes declarações?
O POVO sofre mas algum dia há-de colocar alguns Srs como este no seu devido lugar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A POLITICA MONETÁTRIA DA EUROPA ESTÁ A SUFOCAR QUALQUER RECUPERAÇÃO

O Banco Central Europeu deve se preocupar menos com o "risco fantasma" da inflação e focalizar-se na ameaça crescente de uma deflação, que poderá resultar numa guerra de câmbio, disse o economista Nouriel Roubini.
As preocupações do BCE sobre a ameaça da inflação na zona euro estão a asfixiar a recuperação das dívidas agredidas da periferia da zona do euro (PIGS) Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha
Em vez disso, o banco deve considerar ainda a flexibilização quantitativa, e contrapartidas com os seus homólogos britânicos e americanos.
"O teimoso BCE prefere matar qualquer oportunidade de recuperação dos PIIGS”. "A deflação, não a inflação, é o risco que assola os PIIGS".
As tensões da moeda devem ter alcançado um ponto de ebulição. Países demasiado despesistas precisam reduzir a procura interna a reduzir o endividamento, enquanto sobre a economia mais países recusam-se a reduzir a sua dependência das exportações líquidas.
"Este jogo de soma zero, em moedas e exportações líquidas significa que um ganho de um país é a perda de algum outro país, e tem-se verificado uma guerra de desvalorizações competitivas". Se a China, os mercados emergentes e outros países com superávit protegerem a apreciação das suas moedas, pelo caminho da intervenção prevenindo um aumento da inflação doméstica, os países deficitários só podem assim conseguir a depreciação através de uma deflação persistente que conduzirá a uma dupla recessão.
Esse problema é exacerbado pelos PIIGS, que precisam urgentemente de uma real e depreciação nominal do euro. "Em vez disso, a política monetária do BCE e a política fiscal apertada da Alemanha reforça o euro e incentiva a deflação mais recessiva nos PIIGS que já estão a cair".
Acrescentou que esse dilema deflação foi ainda pior para a estagnação do Japão, que enfrenta ainda mais de deflação e, portanto, precisa de um iene mais fraco. Tem ainda um superávit em conta corrente, que vai conduzir a um iene mais forte.
"Este aumento na área do euro em breve causará dor maciça aos PIIGS com recessões e aprofundará o risco de a soberania subir para um ponto de ruptura." A Europa precisa de intervir no mercado cambial.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ÍNDIA AVISA POR CAUSA DA TENSÃO DOS G 20

Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia, apelou para "um encontro de mentes" na reunião do Grupo dos G 20 no próximo mês aos líderes económicos para darem um novo impulso à reforma coordenada financeira e ao reequilíbrio da economia global. "Estou preocupado com a situação mundial". As preocupações do primeiro-ministro indiano sobre a coesão desgastada dos G20 fizeram eco no governador do Banco da Inglaterra Mervyn King, que advertiu que as tensões sobre as taxas de câmbio, poderão degenerar num proteccionismo comercial.
"Isso poderia, como ocorreu em 1930, levar a um colapso desastroso na actividade do mundo", disse num discurso.
As autoridades indianas têm alertado que o G20 está dividido entre os países devedores, como os EUA e o Reino Unido, e os países credores, com as suas grandes reservas cambiais liderados pela China. Subvalorização das moedas e flexibilização da política monetária irão complicar os problemas e levarão a uma perigosa divergência de opinião entre os líderes globais.
Os funcionários disseram que o grupo, que se reuniu há dois anos para ajudar a estabilizar o sistema financeiro global, tinham perdido a sua coesão quando se aproximavam do fim, na capital sul-coreana em Seul. Um "choque de interesses e um choque de percepções" poderia resultar num impasse que impede o progresso em direcção à recuperação.
"Não há acordo sobre o diagnóstico", disse um alto funcionário. "Perdemos um consenso sobre como lidar com a situação. Essa é a minha preocupação sobre a conferência de Seul. O G20 está em sérias dificuldades. " As tensões internacionais sobre as taxas de câmbio têm aumentado antes da reunião, com alguns países a efectuarem a depreciação das suas moedas para reanimarem a sua competitividade económica. Na questão fulcral reside uma disputa de longa duração entre os EUA e a China sobre o valor da moeda chinesa o yuan, onde os EUA argumentam dar uma vantagem desleal às exportações chinesas.
Os funcionários dos Mumbai Reserva do Banco da Índia estão preocupados com a crescente desconexão entre a economia hesitante do Ocidente e o rápido crescimento do mundo desenvolvido. Eles consideram uma vaga de capital resultante das políticas fracas ultra monetárias nas economias avançadas como tendo um efeito potencialmente desestabilizador para as economias emergentes. No seu discurso, o Sr. King, avisou que as tensões sobre as taxas de câmbio estavam a prejudicar o necessário reequilíbrio da economia global. O espírito de cooperação evidente no final de 2008, " então tão forte, entrou em declínio longe". "As tensões cambiais actualmente ilustram a resistência relativa às mudanças de preços que são necessárias para um reequilíbrio de sucesso. A necessidade de agir no interesse colectivo ainda tem que ser reconhecido e, se não for, será apenas uma questão de tempo antes de um ou mais países recorrer ao proteccionismo comercial como o único instrumento nacional para apoiar um reequilíbrio necessário ".

Artigo retirado financial times

sábado, 23 de outubro de 2010

IMAGINEM POR MÁRIO CRESPO

Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.•
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que PAÍS podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que PAÍS seremos se não o fizermos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

OS DEVEDORES DA EUROLÂNDIA ESTÃO A COMPROVAR DIREITO A TEORIA DE INSANIDADE DE EINSTEIN

Insanidade: fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes". Assim, alega-se, falou Albert Einstein. Por toda a Europa os funcionários estão a tentar provar que ele estava certo.
A Grécia levou os países periféricos a acumularem dívidas que tinham pouca esperança de algum dia retribuir. Os países não-periféricos, sobretudo a Grã-Bretanha e França, juntaram-se à festa, este último apesar do seu compromisso com os seus parceiros da zona euro a manter o seu défice orçamental dentro de 3% do PIB, no caso, o endividamento chegou a 8%.
Vem os mercados, vem a realidade: o tempo da recuperação. Com armários nacionais a serem descobertos, as autoridades da zona euro entraram em cena com um plano maquiavélico para lidarem com o endividamento excessivo: pedir mais dinheiro emprestado para pagar os empréstimos selvagens dos países membros. O governo irlandês vai conduzir o seu défice para 32% do PIB com empréstimos para socorrer os bancos atingidos pela incapacidade dos promotores imobiliários em pagarem os empréstimos excessivos. Se mais empréstimos para pagar o empréstimo excessivo, não se enquadram na definição de insanidade do grande físico, é difícil dizer o que faz.
Sobre a austeridade. Nenhum observador responsável nega que os estados de bem-estar de muitos países da zona euro devem ser suportados. Mas a austeridade não é gratuita: ela pode custar empregos, lucros e, portanto, receitas, impostos. O que obrigaria a uma compensação dos bancos centrais com uma política monetária fraca. O que o Banco Central Europeu está inclinado a fazer.
Yves Mersch, membro do Conselho de Governadores do BCE, acredita que a recuperação da zona do euro é agora auto-sustentável e concorda com Jürgen Stark, membro do conselho executivo do Banco, que oferecem suporte na liquidez de longo prazo poder ser ordenada para os bancos dentro da área. A história sugere que a austeridade sem política monetária fraca pode ser auto-destrutiva. Não importa: Os eurocratas pagarão qualquer preço para evitar a humilhação de reestruturação desencadeando preocupações com a inflação na Alemanha. Assim, uma combinação de austeridade e de crédito escasso está na loja, com o aplauso das agências de rating, os avaliadores de risco infalível que atribuíram seguros de hipotecas subprime com as classificações de crédito triplo-A. Mais uma prova da genialidade de Einstein.
No fim das contas, esta crise não é sobre se o flautista será pago, mas quem vai fazer o pagamento. Um conjunto de credores candidatos incluídos e os cidadãos da zona do euro com rendimentos fixos. Eles podem ser forçados a pagar por terem muitos euros dos lotes de impressão do banco central produzindo inflação e reembolsar os credores com uma moeda desvalorizada. E se o BCE enfraquece, há sempre o "nein" alto de Berlim, representando a Alemanha sempre temerosa das consequências políticas da inflação.
A realidade é que a zona do euro é agora constituída por um núcleo e uma periferia, ou o melhor e o resto. A mesma não pode cumprir as suas obrigações de dívida sem uma combinação que inclui a reestruturação, uma forte dose de inflação, mais do que um toque de austeridade, e um euro, desvalorizado em separado, a que os economistas (antes de todos os problemas da Irlanda, tornou-se óbvio) chamaram Eurosud.
Esta moeda poderia ser permitida a desvalorizar o suficiente para restabelecer a competitividade dos países periféricos, enquanto trabalham nas reformas estruturais, como os economistas, Stiglitz e George Martin Feldstein, que discordam sobre muitas outras coisas, sugeriram. Não é fácil, mas é o mais provável para suceder à fanforronada de Bruxelas.

Este artigo foi retirado do Wall street journal

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

OS ORDENADOS DOS BOYS DO PS

ADMINISTRADOR DA ANACOM (Entidade reguladora das comunicações) - FILIPE TEIXEIRA-198.772 Euros anuais.. Ex Secretário de Estado Ajunto de José Sócrates passou de um ordenado de 64.400 euros anuais para 198.772, mais viatura de serviço sem motorista.

ADMINISTRADORA DAS ESTRADAS DE PORTUGAL- ANA TOMAZ- 151.200 Euros, mais viatura de serviço, combustível e telemóvel. Há três anos era quadro médio das Estradas de Portugal.

PRESIDENTE DA NAV (Navegação aérea de Portugal) – AUGUSTO JOSÉ PEREIRA MARTINS-109.531 Euros anuais, incluindo telefone, despesas de representação e combustível. Tem também direito a carro com motorista. O facto mais bonito é que não conhecia o sector da gestão do tráfego aéreo. É reformado pelo centro Nacional de Pensões.

ADMINISTRADOR DA NAV- 99.710 Euros anuais onde já estão incluídos combustível (3.129 euros), telefone (881 euros) e despesas de representação (1200 euros). Tem carro com motorista.

PRESIDENTE DO TURISMO DE PORTUGAL – LUIS PATRÃO – 83.710 EUROS anuais. A sua carreira foi praticamente só política.

COMITÉ DE ESTRATÉGIA DOS CTT – LUIS NAZARÉ – 49.000 euros anuais. No último ano teve como actividade 23 reuniões, menos de duas por mês e recebeu 3.500 euros vezes 14 meses.

ADMINISTRADOR DA ERSE (Entidade reguladora dos serviços energéticos) - ASCENSO SIMÕES- 188.839 euros anuais.

CHAIRMAN DA CIMPOR – ANTÓNIO CASTRO GUERRA- 285.384 euros anuais. Valor ganho pelo seu antecessor.

PRESIDENTE DA FLAD (Fundação Luso Americana para o desenvolvimento) – MARIA DE LURDES RODRIGUES a antiga ministra da educação. A FLAD não revela a remuneração dos membros da direcção.

CONSELHO FISCAL DA CAIXA SEGUROS PERTENCENTE À CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS – MÁRIO LINO – 26.821 euros anuais onde vai a algumas reuniões por ano.

ADMINISTRADOR DA GALP – ESTA DÓI – FERNANDO GOMES – 529.000 euros anuais onde estão incluídos 30 mil euros de prémios, 88 mil euros em PPR e 62 mil euros em subsídios de renda de casa e deslocação. Enfim coisa pouca.

PRESIDENTE DA ANA E DA ANAM – GUILHERMINO RODRIGUES – 184.877 euros anuais mais cartão de crédito de 253 euros e subsídio de deslocação no valor de 633 euros provenientes da ANAM (aeroportos da madeira). Nunca trabalhou no sector da aviação.

ADMINISTRADORA DA ANA – ALDA BORGES COELHO – 109.486 euros anuais. Veio de directora da Federação Portuguesa de Râguebi. Têm experiência em supermercados feira nova e Jerónimo Martins.

ADMINISTRADOR DA REN (rede eléctrica nacional) - FERNANDO ROCHA ANDRADE – 48.000 euros anuais. Função a tempo parcial.

PROFESSOR NA COLUMBIA UNIVERSITY – MANUEL PINHO ex ministro da economia. Não revela. A EDP só paga a esta Universidade cerca de 3 milhões de euros para o ex ministro leccionar um curso de mestrado sobre energias renováveis.Não revela.

VICE-PRESIDENTE DO IEFP (Instituto de emprego e formação profissional) - ALEXANDRE ROSA – 79.140 euros anuais mais carro de serviço com motorista. Não tinha experiência no sector do emprego.

ESTES DADOS FORAM RETIRADOS DA REVISTA VISÃO Nº 336 na semana de 7-13 Outubro.




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A CHINA É MÁ PESSOA NA GUERRA DA MOEDA

A China é culpada pelas tensões do yuan como moeda barata que estão a contribuir para os desequilíbrios globais comerciais ", diz o vencedor do prémio Nobel Paul Krugman.
"A China está a comportar-se mal... Os EUA estão relaxados com a política monetária, que tem como lado da consequência um dólar mais fraco, enquanto a China tem prosseguido a política de aperto para compensar assimo impacto inflacionário de um yuan artificialmente fraco... A China é realmente má nisto, " comentou o professor de Princeton. Apesar da promessa de Pequim de permitir uma valorização gradual do yuan, não vejo realmente nenhum sinal de intenção honesta por parte dos chineses de alterar o mesmo.Os chineses permitem que a moeda suba um pouco antes das grandes reuniões ou acontecimentos legislativos e, em seguida depreciam a moeda novamente, e depois sobem-na e repetem a mesma operação. É difícil atribuir um valor justo ao yuan, mas enquanto a China continuar a comprar divisas a uma taxa reduzida, a sua moeda continuará subvalorizada.
Quanto à necessidade de flexibilização quantitativa Krugman afirma ainda, que a inundação de liquidez na economia ajudou a economia mundial a passar sobre o pior, e mais será necessário para realmente produzir uma recuperação completa.

sábado, 16 de outubro de 2010

CRISE DA DÍVIDA FUTURA ATINGIRÁ O JAPÃO E DEPOIS OS EUA

A crise da Europa dívida soberana não acabou e vai continuar a se espalhar, primeiro para o Japão e depois para os EUA, avisou o reconhecido professor da Universidade de Harvard, Niall Ferguson. "Há mais dessas (crises de dívida soberana) para vir e, finalmente, ele vai vir para o Japão e os Estados Unidos. A grande história será as crises de dívida soberana ". A explosão da dívida pública, conduzirá inevitavelmente a inflação ou incumprimento, acrescentou.
"Isto só depende de você pedir emprestado na sua própria moeda, caso em que provavelmente vai resultar em inflação, ou de outra pessoa, em que neste caso vai ocorrer num incumprimento."
O historiador britânico mais adiante afirma á vontade que a Reserva Federal dos EUA não vai ajudar a economia, na medida em que a liquidez extra é improvável permanecer dentro do país.
"Toda esta liquidez acaba onde não é suposto ser, que é magicamente criar empregos para os trabalhadores americanos. Em tudo ela não faz isso. Acaba bombeando para cima os preços das commodities no outro lado do mundo, com lotes de consequências imprevisíveis ", alertou Ferguson.
Os EUA não devem estar a culpar a China pela sua política do yuan, porque a América parece também a estar ser beneficiada pela moeda fraca de Pequim.
"Como o dólar enfraquece e o (yuan) permanece mais ou menos atrelado ao dólar - é o que eu chamo a "ChinAmerica" em acção - a China e a América estão a realizar uma política que é realmente benéfica para ambos mas deixa outros países numa situação muito apertada. "O caminho da política americana está configurado com a política chinesa, por assim dizer, seguindo-a na traseira, apontando para uma pressão ascendente maior sobre as outras moedas e que alastra para a direita em torno do mundo", marcada Ferguson, lembrando que na Coreia do Sul estão já a experimentar a dor causada por uma moeda mais forte.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SOROS CULPA ALEMANHA PARA "ESPIRAL DE DEFLAÇÃO" NA EUROPA

O investidor bilionário George Soros culpou a Alemanha por liderar a implementação de medidas de austeridade que irá accionar a zona do euro numa "espiral de deflação."
O estimulo adicional fiscal e não a disciplina fiscal é a saída da crise para a Europa e os Estados Unidos, disse Soros na Universidade de Columbia. A redução do défice de um país credor, como a Alemanha está em contradição directa com as lições da Grande Depressão dos anos 1930. Ele é susceptível de conduzir a Europa num período de prolongada estagnação ou coisa pior. A Alemanha é improvável que mude seus modos, no entanto, porque a sua economia está a ir bem e porque as dificuldades dos outros países podem ser atribuídas à sua rigidez estrutural.
A chanceler alemã Angela Merkel também ganhou vantagem numa recente reunião dos G20, onde juntou forças com o Canadá e o recém-eleito primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, para pressionarem outros países a adoptarem medidas de austeridade.Como resultado, o presidente Barack Obama cedeu à maioria e concordou em cortar o deficit orçamental dos EUA para metade até 2013."Esta pode ser a política certa, mas vem na hora errada".Não acredito que Obama deva continuar os cortes de impostos seguidos pelo seu antecessor, George W. Bush. Em vez disso, o governo deveria direccionar o dinheiro extra proveniente de impostos mais elevados em medidas fiscais para estimular o investimento, não o consumo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

PARA QUÊ PALAVRAS

PARA REFLECTIR - MAIAKOVSKI

Poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin... escreveu, ainda no século XX:

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor do nosso jardim
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se
escondem, pisam as flores,
matam nosso cão.
E não dizemos nada

Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

OS QUE PEDEM SERIEDADE E SACRIFICIOS

Diário da República nº 28 – I série datado de 10 de Fevereiro de 2010 – RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.

Poderão aceder através do site http://www.dre.pt/

Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica

1 – Vencimento de Deputados ………………………12 milhões 349 mil Euros
2 – Ajudas de Custo de Deputados……………………2 milhões 724 mil Euros
3 – Transportes de Deputados ………………………3 milhões 869 mil Euros
4 – Deslocações e Estadas …………………………2 milhões 363 mil Euros
5 – Assistência Técnica (??) ………………………2 milhões 948 mil Euros
6 – Outros Trabalhos Especializados (??) ……………3 milhões 593 mil Euros
7 – RESTAURANTE, REFEITÓRIO, CAFETARIA………….961 mil Euros
8 – Subvenções aos Grupos Parlamentares…………….970 mil Euros
9 – Equipamento de Informática ……………………. 2 Milhões 110 mil Euros
10- Outros Investimentos (??) ……………………..2 Milhões 420 mil Euros
11- Edifícios ……………………………………2 milhões 686 mil Euros
12- Transfer’s (??) Diversos (??)………………….13 Milhões 506 mil Euros
13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R. ………………16 milhões 977 mil Euros
14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS …. 73 Milhões 798 mil Euros


Em resumo e NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é: € 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) – Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 – 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.
Vamos lá então ver se isto agora já o começa a incomodar um “bocadinho”. Repare:
Cada deputado, em vencimentos e encargos directos e indirectos custa ao País, cerca de 700.000 Euros por ano. Ou seja cerca de 60.000 Euros mês.
E depois pedem sacrifícios ao povo.
Quando é que nos levantamos e pomos estes "senhores" na linha???!!! E podem crer que não é com manifestações, não mesmo!!!!!

Helena Dias

PERFEITAMENTE CLARO ACÇÕES ESTÃO MAIS BARATAS QUE TÍTULOS

Warren Buffett diz que está "inteiramente claro que neste momento as acções estão mais baratas do que títulos" mas observa que o relacionamento vai mudar eventualmente, quando a confiança na economia for inevitavelmente, restaurada.
Buffett disse que "não pode imaginar" escolher títulos sobre as acções a preços correntes, mas admite que é o que muitos investidores têm vindo a fazer por causa de uma "falta de confiança "no futuro da economia." Eles estão a cometer um erro, os que estão comprando os títulos " no registo de baixos juros.
"É bastante claro que as acções são mais baratas do que títulos. Eu não consigo imaginar alguém ter títulos na sua carteira quando eles podem possuir acções, um grupo diversificado de acções. Mas as pessoas fazem-no porque, existe falta de confiança. Mas isso é o que faz para os preços atraentes. Se eles tivessem a sua confiança de volta, eles não estariam a vender a estes preços. E acreditem, ela voltará ao longo do tempo. "
Não é um novo parecer de Buffett. Recuando ao início de 2009 ele escreveu sobre uma extraordinária “bolha” das Obrigações do Tesouro dos EUA.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

A ECONOMIA GLOBAL IRÁ SOFRER MAIS CRISES NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS

A economia mundial vai sofrer um par de crises financeiras ao longo dos próximos 10 anos, porque as reformas financeiras não estão a ir na direcção certa, e não tem sido feito o suficiente, alertou Nouriel Roubini, presidente da Roubini Global Economics.
"Nada mudou fundamentalmente. Na minha opinião quando a reforma da regulamentação foi aprovada pelo Congresso dos EUA, foi demasiado pouca e tardia". Argumentou ainda que a economia mundial não iría escorregar num duplo mergulho, mas os efeitos ainda seriam sentidos. "Nós já estamos numa situação que se vai sentir como uma recessão”.
"Se existir surpresa de dados económicos sobre o lado negativo, nós vamos ter uma correcção dos mercados bolsistas, alargamento dos spreads de crédito, aumento da volatilidade, e aumento da aversão ao risco, o que leva a um choque para a economia real."
Roubini afirmou ainda que a flexibilização quantitativa pela Reserva Federal dos EUA não vai ajudar um mercado já inundado com excesso de liquidez.
"Neste ritmo de dinheiro fácil, em algum momento, bolhas e bolhas de crédito (são) já estão a ocorrer em algumas partes do mundo, como nos mercados emergentes".
"Os bancos dos EUA já estão sentados num 1 trilião dólares em excesso de reservas, e (ainda) não estão emprestando. Os problemas da economia são os problemas da solvência e do crédito, das casas, das empresas, dos bancos e não um problema de liquidez. Eu não acredito que a flexibilização quantitativa vá fazer muita diferença.
Roubini acredita que o governo Obama necessita de agarrar à cabeça o desemprego elevado no país, e sugere que a administração Obama aprove cortes de impostos na folha de pagamento por um par de anos.
Na disputa entre os EUA e a China sobre a taxa de câmbio do yuan, Roubini discordou da visão chinesa do primeiro-ministro Wen Jiabao de que uma valorização de 20 % iria levar à falência muitas empresas exportadoras do seu país.
A China é um, país que tem excesso de crescimento da produtividade e de salários pelo que pode pagar o preço de uma moeda valorizada sem os efeitos negativos sobre o crescimento económico.