sábado, 22 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PORTUGUESES QUEREM MAIS DO ESTADO DO QUE OS IMPOSTOS QUE PAGAM


O ministro das finanças Sr Vítor Gaspar diz que não há milagres. Ou mais impostos ou menos Estado. Não há volta a dar, nem gorduras a cortar. E, na sua perspectiva, os portugueses ainda não perceberam bem a questão. O que os portugueses começam a perceber é que o senhor começou a gozar com quem começa a perder a paciência. Há 17 meses no governo ainda não sabe quem deu a palmada nos cofres do estado? Já deveria saber que foram os democratas “políticos” que roubaram e deixaram roubar o País!!!! se ainda não entendeu pode ir embora. Não está a ser sério com os portugueses!

domingo, 16 de dezembro de 2012

MAURO SAMPAIO - PORTUGAL FALIU POR CORRUPÇÃO DO ESTADO


No programa prós e contras da RTP o empresário luso-brasileiro Mauro Sampaio teceu duras críticas à classe política portuguesa acusando-a de corrupção a todos os níveis. “Em Portugal, não há um processo contra esta classe que chegue ao fim ou alguém que seja preso”. Para o empresário Mauro Sampaio é fundamental confiança e esta só nasce de uma gestão responsável e honesta. “Temos um presidente da República que é economista e sabia muito bem que o BPN servia para lavar dinheiro”. A concluir, afirma: “sou empresário desde os 22 anos e nunca precisei de Miguel Relvas para buscar cunhas para meter dinheiro na minha empresa”.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

REFORMAS MILIONÁRIAS CUSTAM MAIS DE 21 MILHÕES DE EUROS POR MÊS AO ESTADO


O fosso entre as reformas milionárias e as outras é enorme: os pensionistas que recebem mais de quatro mil euros por mês custam 21 milhões de euros por mês aos cofres do Estado, quatro vezes mais do que os 23.331 beneficiários de pensão mínima a quem são pagos no total 5 milhões de euros mensais. Existem pensionistas a receber reformas milionárias. Se por mês representam 21,39 milhões de euros, segundo as contas do «Diário de Noticias», por ano são 300 milhões, contando com as 12 remunerações, subsídios de férias e de natal. A quantidade de reformas milionárias tem vindo a ganhar terreno a uma velocidade imparável: no arranque da década passada, as pensões com essas características eram 1.002; sempre a subir, chegaram aos 4075 em 2008 e ultrapassam as 4500 no ano seguinte. Contas feitas o número mais do que quadruplicou em apenas dez anos. Os gastos do estado com as subvenções vitalícias destinadas aos políticos também não têm parado de aumentar. Numa década, estas despesas dispararam 33% para 80 milhões de euros, contando já com o valor mais alto de sempre que se espera atingir este ano, de 9,1 milhões. Para se ter uma ideia, enquanto um funcionário público precisa de trabalhar, em média 30 anos para alcançar a reforma, um político que desempenhou funções entre oito a doze anos até 2005 ganhou logo direito a uma pensão para toda a vida, que passa para o dobro aos 60 anos.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PARA QUE SERVEM AS LEIS


Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - Gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados, porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém... respondam a esta pergunta: - agi correctamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito?
Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.
Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
"O PREÇO A PAGAR PELA TUA NÃO PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA É SERES GOVERNADO POR QUEM É INFERIOR".- PLATÃO (C. 428 - 347 A.C.)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

DOM ANTÓNIO VITALINO (BISPO DE BEJA) – O PAÍS PRECISA DE CONVERSÃO EM VEZ DE REFUNDAÇÃO E CONTESTA INTERESSES INSTALADOS NA VIDA POLÍTICA


O bispo de Beja considera que a polémica em torno da expressão “refundação”, utilizada pelo primeiro-ministro português, deve levar a uma reflexão sobre a necessidade de uma organização mais “transparente, participada e responsável” no país.“Queremos mais Estado ou mais iniciativa particular, mais impostos para alimentar um Estado absorvente e omnipresente ou menos carga fiscal com cidadãos mais intervenientes e cor-responsáveis pelo bem comum?
Segundo o bispo de Beja, “o povo só voltará a confiar nos políticos e na justiça quando os seus procedimentos se tornarem mais transparentes”.D. António Vitalino critica ainda a falta de separação entre os poderes legislativo, judicial e executivo, advertindo para a irrupção de um “poder financeiro, muitas vezes anónimo, sem atenção pela dignidade das pessoas e corrosivo dos valores morais”.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A INGRATIDÃO DA ALEMANHA PERANTE A GRÉCIA


Em 1953, há menos de 60 anos - apenas uma geração - a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.
O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a
 Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.
As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.
 Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida  (!).
Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava. Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.
Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.
Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota. "Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.
O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que
 a Alemanha foi o pior país devedor do século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante. "No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch.
O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória.