quarta-feira, 27 de julho de 2011

WARREN BUFFETT - O CONGRESSO DOS EUA ESTÁ A JOGAR UM JOGO ESTÚPIDO DE ROLETA RUSSA

Warren Buffett diz que o Congresso está a jogar um "estúpido" jogo de "roleta russa", por ameaçar não aumentar o limite de dívida do país, uma vez que debate a redução do deficit. "Devemos ser mais crescidos do que isso”. Avisa de "perturbação enorme" Se não houver acordo para aumentar o limite da dívida dos EUA.
O que aconteceria se o Tesouro chega-se ao ponto onde teria de correr atrás do dinheiro? "Ninguém sabe. Quero dizer as disparidades são muito boas quando as pessoas assumem endireitariam as coisas dentro de poucos dias e nada de dramático ria acontecer. Por outro lado, você está a brincar com o fogo quando não é preciso brincar com fogo. Nós não precisamos de dizer o resto do mundo a qualquer hora que as pessoas no Congresso começaram a pensar ter um acesso de mau humor de que nós não vamos pagar nossas contas. "
As contas do país serão pagas de uma maneira ou de outra, e o Congresso deve abordar a situação com "maturidade". Em sua opinião o país não deve tomar tais decisões cruciais "no ponto de uma arma."
Sugere que algumas das maiores corporações dos Estados Unidos poderiam ajudar a impedir um incumprimento dos EUA, se numa diferença de apenas alguns dias, pudessem pagar voluntariamente antes de Setembro os impostos trimestrais. Berkshire, a sua empresa estaria disposta a fazê-lo como acto de patriotismo, e seria capaz de "fazer algumas chamadas" aos seus companheiros CEOs .
Quanto a uma alteração no código tributário "não tem sido elaborada por lógica", Buffett repete o seu aviso de longa posição: "Gostaria de ir atrás dos muito ricos." Mas para isso seria necessário um conjunto de "liderança e indignação" para fazer mudanças significativas, quando aqueles que beneficiam de um aspecto particular do código lutam fortemente para manterem a vantagem. Sobre a economia dos EUA, Buffet reconhece melhoria no negócio da Berkshire, excepto para aqueles associados com a indústria da construção civil, um setor que precisa desempenhar um papel "crucial" na recuperação económica. Acredito que as pessoas subestimam o quanto a construção de casas em atraso está a manter elevada a taxa de desemprego. Como já disse muitas vezes no passado, "não faz sentido apostar contra a América" para o longo prazo. Buffett não acha ainda que os problemas da dívida na Grécia e no resto da Europa foram resolvidos. Vejo problemas "reais". "A Europa tem muito trabalho a fazer."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

FUNDO BLACK ROCK - INCUMPRIMENTO DA DÍVIDA SOBERANA SERIA “CATASTÓFRICO”

A crise da dívida na zona do euro e os problemas contínuos nos EUA finalmente acordaram os investidores para a realidade do risco soberano nos mercados desenvolvidos, segundo um relatório novo do Instituto de Investimento BlackRock, que propõe novas metodologias para quantificar a probabilidade do incumprimento
O incumprimento soberano nas economias desenvolvidas poderia ser "catastrófico" para os investidores, observou o relatório, como muitos tradicionalmente são detentores de grandes quantidades de dívida pública com um risco muito baixo, o investimento de retorno é relativamente baixo. "Sinto que ao longo dos últimos dois anos não é apenas a quantidade fiável que mudou, é também a percepção de que o risco soberano e o risco no mercado particularmente desenvolvido existe, porque a dívida soberana no mundo mais desenvolvido foi basicamente tratada como totalmente livre de risco", disse Benjamin Brodsky, diretor-gerente na alocação de rendimento fixo do BlackRock.
"Em retrospectiva, podemos dizer que eles nunca estiveram sempre livre de risco, só que nós temos vivido um momento sossegado ao longo dos últimos 20 anos." Enquanto os incumprimentos soberanos tinham acontecido nomeadamente na América Latina, foi assumido que os mercados desenvolvidos eram imunes, de acordo com Brodsky. "As pessoas achavam que o risco soberano era algo que estava reservado para mercados em desenvolvimento, e isso foi algo que você podia ver nas alocações de portfólio, se você olhar para a indústria de fundos de hedge e fundos de pensões, você pode ver que eles têm exposições maciças aos mercados desenvolvidos e títulos do governo dos mercados desenvolvidos ".
O valor ponderado dos índices de mercado com excesso de peso impediu grandes emissões a descoberto de preço nos mercados de dívida, enquanto medidas simples de qualidade de crédito, incluindo os rácios da dívida em relação ao PIB, não levaram em conta toda os acontecimentos de factores políticos e económicos que determinam o risco real de incumprimento, segundo o relatório.
As estruturas de vencimento da dívida pode ser tão importante como a quantidade absoluta pendente, disse BlackRock. O Reino Unido, com a sua estrutura de mais dívida de longo prazo, será mais capaz de passar por um período de austeridade que, por exemplo, a Grécia.
BlackRock desenvolveu um índice de risco soberano, que reúne a dinâmica fiscal dos países, a sua posição financeira externa, a saúde do seu sector financeiro, bem como a sua " boa vontade de pagar”, uma combinação de "características qualitativas e institucionais que sugerem ambos a capacidade e disposição para pagar as dívidas reais. " O índice de não mede directamente factores com base no mercado, mas os testes mostraram uma alta correlação aos correntes spreads de (CDS) crédito default swap, disse o relatório.
Dos 44 países do índice, a Grécia é a maior probabilidade de incumprimento, seguida por Portugal, Venezuela e Egipto. A Noruega é de alguma forma, a menos provável, com a Suécia e a Suíça, em segundo e terceiro lugares.
Nos EUA a probabilidade de default está relacionada com a China, a Itália parece um pouco mais provável para o incumprimento do que a Irlanda, e sensivelmente mais provável para o incumprimento do que a Espanha, como alguns analistas têm sugerido será atraída para dentro das questões da periferia da zona euro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ALGUMAS MEDIDAS DA TROIKA QUE TEMOS DE CUMPRIR



Electricidade e gás vão subir devido ao aumento da taxa do IVA

As facturas da electricidade e do gás deverão aumentar no último trimestre deste ano, devido a um aumento do IVA proposto no memorando de entendimento entre o Governo e a troika.
No ponto "Instrumentos e impostos de política energética" do memorando, a que a Lusa teve acesso, as duas partes comprometem-se a "aumentar a taxa do IVA na electricidade e no gás [natural] (actualmente nos 6 por cento), bem como os impostos especiais [sobre o consumo] de electricidade".
Actualmente não existe nenhum imposto especial sobre o consumo de electricidade (tal como existe no álcool, no tabaco e nos produtos petrolíferos), mas o documento refere que em 2012 vai mesmo ser introduzido um imposto especial "para cumprir a directiva europeia 2003/96".

Novas regras de indemnização por despedimento terão de ser aplicadas aos actuais contratos

As novas regras de indemnização por despedimento que estabelece limites aos valores da compensação vão ser aplicadas aos actuais contratos ao contrário do que foi acordado entre o Governo e os parceiros sociais em sede de concertação social.
"Aplicação aos contratos em vigor das novas regras de indemnização por extinção do posto de trabalho", lê-se num documento do executivo a explicar as medidas que afirma ter sido "necessário aceitar".
O memorando de entendimento entre o Governo e a ´troika` institui a aplicação aos contratos em vigor das novas regras de indemnização por extinção de postos de trabalho, contrariando assim o que estava definido em sede de concertação social em acordo tripartido assinado a 22 de Março.

Aumento da concorrência nas telecomunicações e reforço do regulador

O aumento da concorrência na área das telecomunicações, o reforço do poder do regulador e o lançamento de um concurso para a designação de prestadores de serviço universal são medidas previstas no memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika'.
Um dos objectivos é o aumento da concorrência no sector, através da implementação da nova directiva sobre o enquadramento regulatório das comunicações electrónicas ('Directiva Melhor Regulação') no segundo trimestre deste ano, o que permitirá reforçar a independência da autoridade da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).
O aumento da concorrência no mercado deverá ocorrer nomeadamente nas comunicações fixas com a redução das barreiras à entrada de novos operadores, a partir de 2012, e a redução das restrições à mobilidade dos consumidores no terceiro trimestre deste ano.

Porta aberta a aumento dos bilhetes de comboio

A "total independência" da CP face ao Estado está inscrita no memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika', que abre a porta a um aumento do preço dos bilhetes dos comboios.
O documento, a que a Lusa teve acesso, prevê um conjunto de medidas para os transportes, nomeadamente a apresentação de um plano estratégico para o setor durante o terceiro trimestre deste ano.
No sector ferroviário, o memorando de entendimento salienta a necessidade de "assegurar a total independência da operadora ferroviária CP do Estado", sem especificar se esta operação pode ser feita através de uma privatização.

Tarifas reguladas na eletricidade e no gás extintas até 2013

Todas as tarifas reguladas para a electricidade e o gás natural serão gradualmente extintas até Janeiro de 2013, o mais tardar, e o Estado deverá "limitar" os custos associados à aposta nas renováveis, indica o memorando de acordo entre o Governo e a 'troika'.
"As tarifas reguladas da electricidade serão gradualmente extintas até 01 de Janeiro de 2013, o mais tardar", indica o texto do memorando, acrescentando que deverá ser "apresentado um plano temporal [roadmap] para esta extinção [...] até Julho deste ano".
O acordo específica que no decorrer deste processo terá de ser aprofundado o "calendário e os critérios para a liberalização dos segmentos ainda regulados, como por exemplo as pré-condições no que diz respeito à concorrência no respectivo mercado".

Transporte de doentes e meios complementares de diagnóstico levam cortes já este ano

Os custos com o transporte de doentes têm de ser reduzidos em um terço até Setembro deste ano, segundo o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika', que prevê ainda cortes nos meios complementares de diagnóstico.
"Reduzir os custos do transporte de doentes em um terço" é uma das medidas constantes do memorando de entendimento, a que a agência Lusa teve acesso, entre o Governo e as entidades que preparam a ajuda externa a Portugal - Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia e Banco Central Europeu.
O documento prevê ainda a redução, em pelo menos 10% este ano e 10% em 2012, do total das despesas do Serviço Nacional de Saúde com meios complementares de diagnóstico, que em grande parte são fornecidos, por contratualização estatal, por privados.

Escolas: Financiamento por objectivos

As escolas públicas deverão receber financiamento com base na evolução de desempenho e na prestação de contas, segundo o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika' a que a Lusa teve acesso.
No documento é apontada a necessidade de o Governo elaborar um plano de ação com vista a aumentar a qualidade do ensino secundário, nomeadamente através da "generalização de contratos de confiança entre o Governo e escolas públicas, que estabeleçam uma maior autonomia e um quadro de financiamento baseado em critérios de evolução do desempenho e prestação de contas".
O mesmo acordo prevê também um financiamento orientado para os resultados de escolas profissionais e particulares com contratos de associação, tendo como referência o custo por turma e incentivos associados a critérios de desempenho.

Hospitais obrigados a cumprir plano de pagamento de dívidas e a reduzir gastos em 200 milhões até 2012

Os hospitais públicos serão obrigados a cumprir um plano de pagamento de dívidas e terão de reduzir os custos operacionais em 200 milhões de euros até 2012, segundo o acordo alcançado entre o Governo e a 'troika'.
No memorando de entendimento a que a agência Lusa teve acesso, fica estabelecido que os hospitais têm de definir até Setembro deste ano um "calendário vinculativo e ambicioso" para liquidar "todos os pagamentos em atraso".
O acordo obriga ainda à introdução de "procedimentos de controlo" uniformes para todas as entidades de forma a impedir o reaparecimento de juros de mora.

Taxas moderadoras aumentam nas urgências mas baixam nos centros de saúde

As taxas moderadoras devem aumentar de forma a que o que os utentes paguem menos nos centros de saúde e mais nas urgências e consultas de especialidade, segundo o acordo entre o Governo e a 'troika'.
O memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika' constituída pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia e Banco Central Europeu prevê um aumento das taxas moderadoras na área da saúde a partir de Setembro, segundo o documento a que a Lusa teve acesso.
Assim, prevê-se que as taxas aumentem em determinados serviços, para garantir que as taxas moderadoras dos cuidados primários são inferiores às das consultas de especialidade e às das urgências.

Indemnizações reduzidas e fundo de despedimento

O acordo tripartido prevê a redução das compensações aos trabalhadores despedidos e a criação de um fundo de despedimento. As compensações por despedimento a pagar aos trabalhadores que assinem contratos a partir de agora terão um valor máximo global correspondente a 12 meses de retribuição, não podendo o limite máximo mensal ser superior a 20 rendimentos mínimos garantidos.

Uma em cada cinco repartições será encerrada

O acordo entre o Governo e a 'troika' prevê o fecho de uma em cada cinco repartições locais de finanças e que a administração fiscal será constituída por 30 por cento de auditores até ao final de 2012.
"A força laboral de auditores [fiscais] será aumentada para 30 por cento do total de trabalhadores da administração fiscal até 2012, na sua maioria através da recolocação de pessoal do sector público e na administração fiscal", indica o memorando de acordo entre o Governo e a equipa tripartida da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
O texto também indica que "será fortalecida a informação de terceiros para apoiar as auditorias" aos contribuintes.

12 Mil milhões de Euros para os bancos

Os bancos portugueses poderão vir a receber 12 mil milhões de euros de ajuda externa, incluídos no pacote de 78 mil mil milhões de euros que vai ser entregue a Portugal, segundo o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika'.
A atribuição dos 12 mil milhões de euros será efetuada de forma a garantir que a gestão dos bancos continue a ser controlada pelos acionistas privados durante uma primeira fase e a permitir-lhes a recompra da posição do Estado.
"O Banco de Portugal vai agora exigir aos bancos, sujeitos a supervisão em Portugal, que atinjam um rácio 'core tier I' [nível de solvabilidade mínimo para exercer a sua atividade] de 9 por cento no final de 2011 e de 10 por cento no máximo até ao final de 2012 e mantê-lo a partir daí", sublinha o memorando.

Salários e pensões congelados até 2013

Segundo o memorando de entendimento a que a Lusa teve acesso, do lado da despesa, as principais medidas de contenção referem-se ao congelamento dos salários e das pensões até 2013, com excepção das pensões mais reduzidas, para além da introdução de um imposto nas pensões acima de 1.500 euros.

Reduzir número de pessoal na administração central

A 'troika' pretende reduzir o, recorrendo para isso à regra de 2 por 1 reforçada já iniciada pelo Governo (uma entrada por duas saídas), aplicando ainda uma racionalização da administração pública a nível regional e local, de modo a permitir reduzir o número de trabalhadores em 2% por ano.

IVA e IMI aumentam, IMT desce

Os proprietários de habitações vão pagar mais IMI a partir de Julho, agravamento compensado por uma baixa do IMT na compra da casa, segundo o acordo entre Governo e a 'troika' que impõe também um aumento do IVA. "Os efeitos da subida do IVA, segundo o memorando assinado, IRS e IRC em 2011 vão prolongar-se em 2013", lê-se no memorando assinado entre a 'troika' e o governo. O agravamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), antiga contribuição autárquica, vai ser concretizado através da reavaliação do valor patrimonial tributário, que vai começar no segundo semestre deste ano, e do aumento das taxas a partir de 2012, lê-se no documento.

Independentes passam a receber subsídio de desemprego

Os trabalhadores independentes vão passar a receber subsídio de desemprego. "Para aumentar as redes de protecção social (...) vamos apresentar uma proposta para aumentar a elegibilidade ao subsídio de desemprego a categorias claramente definidas de trabalhadores independentes", segundo o texto do memorando do acordo. O documento prevê ainda a redução, de 15 meses para 12 meses, do período contributivo para os trabalhadores terem acesso ao subsídio de desemprego, mas reduz o subsídio para um máximo de 18 meses e reduz o máximo mensal do subsídio para os 1.048,05 euros.

Taxas moderadoras sobem nas urgências, baixam nos centros de saúde

As taxas moderadoras devem aumentar de forma a que o que os utentes paguem menos nos centros de saúde e mais nas urgências e consultas de especialidade.
Menos autarquias e freguesiasPortugal terá de reduzir a partir de julho de 2012 o número de autarquias e juntas de freguesias, atualmente 308 e 4.259 respetivamente, reduções que terão de estar concretizadas nas próximas eleições autárquicas que decorrerão em 2013.

BPN à venda sem preço mínimo

O Estado português vai acelerar os prazos para vender o BPN, sem um preço mínimo, esperando encontrar um comprador até ao final de julho, indica o memorando de entendimento entre o Governo e a 'troika'. "Estamos a acelerar esforços para fechar o caso do BPN. Na sequência da privatização mal sucedida em 2010, e tendo em conta a recente deterioração das condições económicas, estamos agora a lançar um processo para vender o banco com prazos acelerados e sem um preço mínimo", indica o documento. "Para isto, vamos submeter à Comissão Europeia um novo plano para aprovação no que toca às regras da concorrência. O nosso objetivo é encontrar um comprador até ao final de julho de 2011, o mais tardar", acrescenta ainda.

Suspensas novas PPP (parcerias público privadas) e TGV Lisboa-Porto

O próximo Governo terá de suspender a concretização de novas PPP, o novo aeroporto de Lisboa não contará com fundos públicos e a linha de alta velocidade ferroviária Lisboa-Porto será suspensa enquanto durar o programa de ajuda a Portugal.
Militares sem nova despesaO Governo e a 'troika' irão apresentar até ao final do ano uma revisão da Lei da Programação Militar com a intenção de impor tetos de despesa. Segundo o memorando de entendimento, uma das medidas de austeridade pelo lado da despesa é que exista um compromisso para que não se crie nova despesa nas forças militares portuguesas.

domingo, 17 de julho de 2011

AUSTERIDADE A PALAVRA MÁGICA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS

Numa época em que a vida corre a um ritmo vertiginoso e em que os valores deixaram de ser referência moral para, sujeitos a crescentes reformulações e interpretações, se adaptarem às circunstâncias e conveniências de cada momento, pouco espaço e tempo haverá para dedicar ao que se convencionou chamar a “Memória da Nação”.
Este verdadeiro “lapso de memória, deixou há muito de ter natureza conjuntural, para se tornar num sério fenómeno estrutural, que afecta o Homem Português na sua própria identidade e na ideia que faz do seu país.
Face à globalização que caracteriza os nossos dias, não somos os únicos a debatermo-nos com o problema, mas somos, certamente, na Europa, dos que mais têm a perder com a situação.
Com efeito, no mundo actual, a importância de um país pauta-se pelo seu potencial económico ou geopolítico ou ainda pela habilidade política em fazer valer, na oportunidade, o peso da sua experiência e protagonismos históricos. Países de pequenas dimensões, com poucos recursos à partida, souberam, ao longo da História, firmar com sucesso a sua posição no concerto das nações. Qualquer holandês, conhece o passado do seu país tão bem como a estratégia nacional que o conduzirá ao Futuro.
No nosso caso, há claramente uma crise de identidade. Os portugueses não se identificam com Portugal, entendido este como entidade histórica, cultural e política, integrada pelos portugueses de todas as épocas, mas sobrepondo-se a eles, ultrapassando o momento histórico, mas retendo o essencial e perene, em permanente evolução institucional.
Portugal para os portugueses de hoje, não passa do enquadramento geográfico onde decorre a vida de todos os dias ou do conjunto dos órgãos e organismos que representam o Estado.
Os portugueses mais do que nunca face ao que País enfrenta e do que irá enfrentar deviam-se unir em defesa da sua pátria porque neste momento ela não existe porque perdemos a soberania nacional devido à dívida que contraímos e que temos de pagar à Troika (UE, BCE, FMI). Neste momento o que mais ouvimos e continuaremos a ouvir irá ser AUSTERIDADE toda ela criada pelos bancos e políticos nacionais. Os tempos que se avizinham irão ser de custo do dinheiro cada vez mais caro, crédito inexistente, corte de despesa, privatização do que ainda dá lucro em Portugal e que foi construído pelos portugueses ao longo de décadas e venda de património público. Em Portugal num curto espaço de tempo tudo se começará a pagar em prol da designada “AUSTERIDADE”. Ocorreram eleições há pouco tempo e pergunto eu, quais foram as medidas para além de serem as óbvias no combate da tão proclamada dívida? Carregar os portugueses com impostos qualquer pessoa sabe fazer. O que é preciso é uma estratégia de desenvolvimento do País o que até há data não ouvi falar a nenhum dos intervenientes políticos. O Sr. Presidente da República que antes das eleições ocorrerem praticamente não se ouvia falar agora é quase todos os dias. Afinal quem é o primeiro-ministro? Alguém ouve falar dele ou dos seus ministros? Aos poucos e poucos os políticos da nossa praça e não só vão dando pistas do que nos espera. Dizem eles saída do euro? Isso nunca. Nova moeda? Também não. Como disse o Sr Anibal Cavaco Silva o que é preciso é desvalorizar a moeda porque é a mais forte do mundo. Pergunto eu como é que vai conseguir isso porque o nossos “queridos amigos alemães” estão bem de vida.
Nós, portugueses temos de entender uma coisa: os acontecimentos ocorrem sempre diferente do que os políticos dizem, mas no espaço temporal alguns vão transmitindo pistas do que realmente se poderá vir a passar no futuro.
Vamos entrar na época mais negra da nossa História, devido ao nosso atraso que já vem de há muito tempo e aos problemas económicos existentes no mundo do qual apenas um País neste momento é vencedor, nomeadamente a CHINA. O mundo cometeu um grave erro quando a OMC (Organização Mundial de Comércio) abriu as portas a este País. Empobrecem-se países por atacado no qual estamos incluídos para enriquecermos poucos (Alemanha, China, EUA, França e pouco mais.
PRECISAMOS EM PORTUGAL DE LIDERES QUE CONDUZAM O PAÍS PARA A PROSPERIDADE ALICERCADA NUMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO ECONÓMICO E NÃO DE POLÍTICOS QUE SÓ SE INTERESSAM POR OBTER RECEITA EM FAVOR DE QUEM MAIS TEM!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

NOURIEL ROUBINI – PERFEITA TEMPESTADE VIRÁ PARA A ECONOMIA GLOBAL EM 2013

O enfraquecimento das condições económicas vão juntar-se em 2013 e criar uma "tempestade perfeita" de fraqueza global, disse o economista.
Conhecido pela sua visão geralmente pessimista que ajudou a prever a crise financeira antes de acontecer em 2008,disse que os EUA, países europeus e outros tornaram-se adeptos o suficiente em monopolizar os problemas que uma verdadeira crise não os vai atingir até 2013. Mas quando isso acontecer, os efeitos irão ser mais dolorosos.
"A minha previsão para a tempestade perfeita não é este ano ou no próximo ano, mas 2013, porque todo o mundo está a chutar a lata pela estrada abaixo". "Nós agora temos um problema nos EUA após a eleições, se não resolvermos os nossos problemas fiscais. A China está sobreaquecida... eventualmente, vai ter uma aterragem dura".
Num prazo mais curto, acredito num crescimento lento mas constante nos EUA, com o produto interno bruto provável que seja um pouco acima de 2%, com o desemprego e o imobiliário a continuarem a segurar a economia.
De lá, a recuperação será difícil, pois o governo corta despesas e aumenta os impostos para aliviar a pressão do embaulamento da dívida e questões de deficit. Ao mesmo tempo, as nações da periferia da zona do euro como a Grécia, Portugal e Espanha vão continuar a lutar com os seus problemas da dívida própria, e a China vai agir para evitar que a inflação fique fora de controle. Depois a tempestade chega.
"Eu observo todas as economias do mundo a tentarem empurrar os seus problemas para o futuro". "Começamos com a dívida privada, a dívida pública, débito supra-nacional e estamos a chutar a lata pela estrada fora e, eventualmente, isso vai vir ao de cima em 2013." Os esforços da China para puxarem a inflação de regresso à faixa de 5% ou 6% também vai restringir o crescimento e atingir os seus parceiros comerciais, disse Roubini, presidente da Roubini Global Economics. "Isso implica commodities mais baixas, exportações em menor número da Europa para a China, um crescimento mais fraco da economia global e uma situação em que todas as economias avançadas têm fraco crescimento económico". Absteve-mo de qualquer previsão específica sobre o PIB ou ao nível do mercado de acções, mas o dano será generalizado.
"Se não temos a criação de empregos o suficiente não há receita do trabalho na mesma medida. Portanto, não há consumo suficiente e as empresas vão facturar menos. Logo, a recuperação vai permanecer fraca". "Os mercados agora estão a esperar uma forte recuperação no segundo período do ano. Acho que a recuperação vai decepcionar pelo lado negativo."

segunda-feira, 11 de julho de 2011

OS PIIGS IRÃO À FALÊNCIA NO ESPAÇO DE 18 MESES

Foi somente na semana passada que o parlamento da Grécia concordou em aumentar mais austeridade, abrindo caminho para um outro resgate financeiro. Mas agora, é quase como se nunca tivesse acontecido o voto de austeridade na Grécia.
Os CDS (Crédit Default Swaps) explodiram em Itália e Espanha com os investidores cada vez mais preocupados que essas duas nações serão os próximos sítios quentes na Europa, com os líderes a fazerem pouco mais do que perseguir os problemas financeiros da UE de um país para o outro. Será que a UE atirará para canto o problema?
De acordo com investidor estratégico Dennis Gartman a resposta é ‘não’. Embora admita que os problemas serão provavelmente contidos no curto prazo, no longo prazo ele não vê a situação resolver-se muito bem, em tudo.• Na verdade, espera que "todos os PIIGS vão à falência." E não daqui a 10 ou 20 anos a partir de agora. Irá provavelmente acontecer "nalgum momento durante o próximo ano e meio. " Mas todos estão a ir. "
Na sua opinião não está sozinho. O negociador Jon Najarian espera o mesmo, embora para um horizonte de tempo ligeiramente mais longo. "Eu acho que isso acontecerá nos próximos 3-5 anos". "A dívida que eles têm é insustentável". "E a coisa errada a fazer é aumentar os impostos, e é o que estão a fazer”•
Ambos não vêem como o aumento de impostos pode eventualmente beneficiar estas nações quando estão a enfrentar um desemprego tão elevado quase 20%. “ O euro irá descer, o problema está a chegar!”











quinta-feira, 7 de julho de 2011

BOM CIDADADÃO É O QUE É BEM COMPORTADO A EXCEPÇÃO É CONSIDERADA ANTI-SOCIAL

Nos próximos tempos, as elites conservadoras europeias, tanto políticas como culturais, vão ter um choque: os europeus são gente comum e, quando sujeitos às mesmas provações ou às mesmas frustrações por que têm passado outros povos noutras regiões do mundo, em vez de reagir à europeia, reagem como eles. Para essas elites, reagir à europeia é acreditar nas instituições e agir sempre nos limites que elas impõem. Um bom cidadão é um cidadão bem-comportado, e este é o que vive entre as comportas das instituições.
Dado o desigual desenvolvimento do mundo, não é de prever que os europeus venham a ser sujeitos, nos tempos mais próximos, às mesmas provações a que têm sido sujeitos os africanos, os latino-americanos ou os asiáticos. Mas tudo indica que possam vir a ser sujeitos às mesmas frustrações. Formulado de modos muito diversos, o desejo de uma sociedade mais democrática e mais justa é hoje um bem comum da humanidade. O papel das instituições é regular as expectativas dos cidadãos de modo a evitar que o abismo entre esse desejo e a sua realização não seja tão grande que a frustração atinja níveis perturbadores.
Ora é observável um pouco por toda a parte que as instituições existentes estão a desempenhar pior o seu papel, sendo-lhes cada vez mais difícil conter a frustração dos cidadãos. Se as instituições existentes não servem, é necessário reformá-las ou criar outras. Enquanto tal não ocorre, é legítimo e democrático actuar à margem delas, pacificamente, nas ruas e nas praças. Estamos a entrar num período pós-institucional.
Os jovens acampados no Rossio e nas praças de Espanha são os primeiros sinais da emergência de um novo espaço público - a rua e a praça - onde se discute o sequestro das actuais democracias pelos interesses de minorias poderosas e se apontam os caminhos da construção de democracias mais robustas, mais capazes de salvaguardar os interesses das maiorias. A importância da sua luta mede-se pela ira com que investem contra eles as forças conservadoras. Os acampados não têm de ser impecáveis nas suas análises, exaustivos nas suas denúncias ou rigorosos nas suas propostas. Basta-lhes ser clarividentes na urgência em ampliar a agenda política e o horizonte de possibilidades democráticas, e genuínos na aspiração a uma vida digna, social e ecologicamente mais justa.
Para contextualizar a luta das acampadas e dos acampados, são oportunas duas observações. A primeira é que, ao contrário dos jovens (anarquistas e outros) das ruas de Londres, Paris e Moscovo no início do século XX, os acampados não lançam bombas nem atentam contra a vida dos dirigentes políticos. Manifestam-se pacificamente e a favor de mais democracia. É um avanço histórico notável que só a miopia das ideologias e a estreiteza dos interesses não permite ver. Apesar de todas as armadilhas do liberalismo, a democracia entrou no imaginário das grandes maiorias como um ideal libertador, o ideal da democracia verdadeira ou real. É um ideal que, se levado a sério, constitui uma ameaça fatal para aqueles cujo dinheiro ou posição social lhes tem permitido manipular impunemente o jogo democrático.
A segunda observação é que os momentos mais criativos da democracia raramente ocorreram nas salas dos parlamentos. Ocorreram nas ruas, onde os cidadãos revoltados forçaram as mudanças de regime ou a ampliação das agendas políticas. Entre muitas outras procuras, os acampados exigem a resistência às imposições da troika para que a vida dos cidadãos tenha prioridade sobre os lucros dos banqueiros e especuladores; a recusa ou a renegociação da dívida; um modelo de desenvolvimento social e ecologicamente justo; o fim da discriminação sexual e racial e da xenofobia contra os imigrantes; a não privatização de bens comuns da humanidade, como a água, ou de bens públicos, como os correios; a reforma do sistema político para o tornar mais participativo, mais transparente e imune à corrupção.

Boaventura Sousa Santos

quarta-feira, 6 de julho de 2011

MOODY’S CORTA RATING DE PORTUGAL PARA LIXO

Portugal recebeu uma bofetada na passada terça-feira com a Moody’s a baixar o rating da dívida soberana no nível de lixo, dizendo que tal como a Grécia, provavelmente vai exigir um novo resgate financeiro. A Moody’s foi a primeira agência de classificação a reduzir a dívida de Portugal para a sucata, gerando receios que novo abaixamento de rating é possível.
O Ministro das Finanças foi rápido a reagir, dizendo que a atribuição da nova classificação não leva em consideração os movimentos recentes tomado s para acelerar o corte no deficit orçamentado, visto como a chave para o sucesso do salvamento. Na semana passada, o novo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou que o governo vai impor no momento um imposto especial em 2011 para aumentar a receita fiscal o que permite cumprir as metas do deficit este ano. Num comunicado, o Ministério das Finanças disse que as medidas que estão a tomar "inegavelmente proporcionam condições favoráveis para todos os objectivos acordados com os parceiros europeus e internacionais possam ser cumpridas."
A baixa na classificação, no entanto, não foi directamente provocada pelas mudanças em Portugal, a Moody’s colocou em causa a capacidade do país para reduzir o défice para 3% do produto interno bruto em 2013 de 9,1% no ano passado. Em vez disso, a Moody’s disse que é improvável Portugal ser capaz de explorar os mercados privados para financiamento em 2013, se o segundo resgate financeiro da Grécia, actualmente em negociação, os investidores privados exigirem a renegociação da dívida grega que possuem.
"Este desenvolvimento é significativo não apenas porque aumenta os riscos económicos que enfrentam os investidores actuais, mas também porque pode desencorajar novos empréstimos ao sector privado daqui para frente e reduzir a probabilidade de Portugal ir em breve ser capaz de recuperar o acesso ao mercado em termos sustentáveis", disse a Moody’s . O plano de resgate Português de 78 biliões euros (cerca de 113 biliões dólares americanos) vai permitir que fique longe dos mercados para financiamento até ao segundo semestre de 2013.
Se não pode tocar os investidores, o país vai precisar de uma segunda ronda de ajuda, assim como a Grécia, segundo a agência de rating. A classificação de títulos do governo a longo prazo de Portugal foi reduzida para Ba2, que é dois níveis em lixo, e atribuída uma previsão futura negativa, ou seja mais classificações para baixo são possíveis . Os pares Fitch e Standard & Poor Ratings haviam recentemente cortado os ratings do país. Eles classificaram actualmente o nível de Portugal em BBB-, que é o mais baixo nível de grau de investimento e dois níveis acima do novo rating da Moody’s.
O corte chega quando Portugal se prepara para vender até € 1 bilião em títulos do tesouro hoje.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DUAS NOTÍCIAS RELEVANTES

CP EM CRISE DÁ CARROS DE LUXO A GESTORES
A empresa pública de transportes ferroviários tem um prejuízo de 195 milhões de euros, mas cinco gestores da CP têm automóveis cuja renda anual ascende aos 55 mil euros. Segundo o Correio da Manhã, a CP conta com uma frota de Mercedes para uso dos administradores que implica um custo anual de 55.720 em rendas, já que os veículos são fornecidos ao abrigo de contrato de aluguer assinado em2008. A noticia do CM parte de um relatório do Governo da Sociedade da CP, que contudo omite o número de anos em que o contrato vigorará.


GOVERNO REGISTOU POR DUAS VEZES ACOMPRA DOS SUBMARINOS

O Governo registou duas vezes a despesa prevista com os submarinos adquiridos o ano passado. Embora o material militar tenha sido pago em Dezembro de 2010, conforme reconheceu o Ministério das Finanças ao Diário Económico, o Executivo voltou a pedir à Assembleia da República uma autorização para gastar mil milhões de euros este ano para pagar os mesmos dois equipamentos militares. A verba está inscrita no capítulo 60 do Orçamento do Estado (OE), que prevê as despesas excepcionais, e está sob a alçada do Ministério das Finanças. São mil milhões de euros e só foram introduzidos numa errata, entregue a 28 de Outubro no Parlamento, e não na primeira versão do OE/2011, conhecida duas semanas antes.

domingo, 3 de julho de 2011

ITÁLIA APROVA PLANO DE AUSTERIDADE PARA FICAR LONGE DA CRISE

O gabinete de Itália aprovou nesta passada quinta-feira um pacote de austeridade que visa proteger o país da crise da dívida grega e eliminando o orçamento do deficit em 2014.
O pacote, no valor de € 47 000.000.000 (US $ 67 biliões), deve ser agora aprovado pelo parlamento em 60 dias.
Isto estreitou as relações dentro da coligação do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de centro-direita e a sua rebelde aliada da Liga do Norte alertando que o governo está em risco até que o pacote seja aprovado.
"A composição do orçamento está muito bem equilibrada entre a redução dos gastos e receitas mais elevadas", disse o ministro da Economia, Giulio Tremonti, numa entrevista conjunta com Berlusconi. "Com as medidas completamos hoje o nosso caminho rumo a um orçamento equilibrado", descrevendo isso como um "objectivo político, cívico e moral."
A Itália, a terceira maior economia da zona do euro, foi poupada da pior da volatilidade do mercado desde a crise da dívida da Grécia explodir, graças a uma prudente política fiscal, dívida privada baixa e um sistema bancário relativamente sólido.
No entanto, ela continua vulnerável devido à sua enorme dívida pública de cerca de 120 por cento do produto interno bruto e ao seu crescimento económico cronicamente fraco. O mais lento na zona do euro ao longo da última década.
Não há detalhes da versão final do orçamento imediatamente disponível, e Tremonti e Berlusconi recusaram-se a responder a quaisquer dúvidas sobre o pacote na entrevista conjunta.
De acordo com versões preliminares, a maior parte dos € 47.000.000.000 virão de cortes no orçamento dos ministérios e autoridades locais além de uma redução dos incentivos fiscais para empresas e famílias. O deficit orçamentado é apontado para 3,9 por cento do PIB este ano.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

OS FACTOS SÃO INDESMENTIVÉIS NUM PAÍS CADA VEZ MAIS DOENTE A CADA DIA QUE PASSA

Um PAÍS com dívida acumulada privada e pública de cerca de 400 biliões de euros com tendência a crescer mais devido ao facto de não termos crescimento, os juros da dívida a curto, médio e longo prazo estarem na fasquia dos 12%, um défice neste momento de 8,7% e crescimento de PIB (Produto Interno Bruto) à volta de ZERO%. Existe alguma dúvida de onde estamos e para onde caminhamos? O caminho é só um o zé povinho cada vez fai ficar mais pobre com os impostos a cairem e o custo de vida a aumentar, os ricos a comprarem ao desbarato privatizações(empresas e património construidos ao longo do tempo por gerações de portugueses) que vão ser feitas ficam mais ricos e quando acabarem de sugar o nosso sangue, dão de fuga os que tiverem no PAÍS! Os 800 mil milhões de euros que o amigo "Pedro" vai retirar aos portugueses no subsidio de Natal é uma gota no oceano daquilo que temos de pagar!
Vamos precisar de muitas aspirinas para a dor de cabeça nos próximos cinco anos se não tomarmos medidas drásticas.