domingo, 29 de abril de 2012

SEGUNDO O RELATÓRIO DA TROIKA A CREDIBILIDADE DE PORTUGAL ESTÁ NO BOM CAMINHO

O programa está no caminho certo, mas os desafios permanecem. As políticas foram geralmente sendo implementadas conforme o planeado, e o ajustamento económico está em andamento. Em particular, a grande correção fiscal em 2011 e forte orçamento de 2012 ter reforçado a credibilidade da estratégia de consolidação fiscal de Portugal. As reformas do setor financeiro e os esforços de desalavancagem estão a avançar, enquanto são tomadas medidas para assegurar que as necessidades de crédito das empresas a parecerem com perspectivas de crescimento são atendidas. As reformas para aumentar a competitividade, crescimento e empregos também progrediram, embora muitas reformas ainda aguardem a plena aplicação. O amplo consenso político e social que está subjacente ao programa é um elemento essencial.
Olhando para o futuro, a economia Portuguesa continuará a enfrentar ventos contrários. Em 2012, o crescimento das importações com parceiros deverá enfraquecer ainda mais, enquanto a procura doméstica se ajusta, e o desemprego as falências estão a aumentar. Como resultado, o PIB em 2012 deverá diminuir em 3 por cento ¼, na sequência de uma queda de 1 por cento em 2011. Em 2013, uma recuperação lenta, deve tomar posse, apoiada principalmente pelo investimento privado e das exportações. O ajuste externo está a decorrer.
O FMI calcula que a carga da dívida em Portugal vá estabilizar em torno da arbitrária ainda muito importante percentagem de cerca 120% do PIB.. O que parece claro, porém, é que Portugal não pode permitir quaisquer surpresas desagradáveis a partir da resolução da confusão da dívida grega. Esse tipo de situação poderia ter um impacto sério negativo sobre a credibilidade duramente conquistada do governo.

Este artigo foi retirado do The Economist que pode consultar AQUI

sexta-feira, 27 de abril de 2012

SINAIS DOS TEMPOS…REFLEXÃO

Ao longo da história da Humanidade, tudo se vai mudando, tudo se vai alterando e tudo se vai transformando. Já nada é como era d’antes, comparado com o que se vive presentemente, em relação às últimas quatro ou cinco décadas. Os valores sociais entre as pessoas registam um grande défice. Apesar de existirem laços de solidariedade, a verdade é que muitas vezes, se passa ao lado de tantos seres humanos com grandes dificuldades de vária ordem, passando pela gravíssima situação de solidão. Sem esquecer e tendo em consideração, efetivamente existem Organismos e Movimentos (muitos de natureza privada) com o objetivo de apoiarem os mais necessitados, tantas e tantas vezes ditados ao abandono, de tudo e de todos. Porém, não se pode e nem se deve deixar de acusar de responsabilizar as Entidades Oficiais (Estado) da falta de sensibilidade no apoio e na solução dos graves problemas que assolam milhares e milhares de seres humanos, há muito a viverem no limiar da pobreza e da miséria. Obviamente que não se ignora que o País atravessa e vive uma situação critica de destabilização, a todos os níveis, provocada por erros de governação dos últimos anos, o que obrigou Portugal a ter de recorrer a resgates financeiros, para não cair na situação de bancarrota. Teve de aceitar todas as exigências e compromissos assumidos, perante um bloco que se chama TROIKA (UE,FMI,BCE nossos patrões), que amarraram pela via do “racionamento” a vida quotidiana da maioria do Povo Português. Sem qualquer alternativa, o Governo para cumprir o que assumiu, impôs abruptamente e de forma cega, as regras de austeridade, sem dúvida exageradas, pelo que se vai sabendo e sofrendo. O Governo empossado traçou as suas diretrizes e prometeu aos portugueses um novo rumo para libertar o País da situação caótica em que estava mergulhado. Na realidade e apesar de nos pretenderem fazer ver o contrário, o estado da Nacão, agudizou-se, e grande parte do Povo foi arrastado para a maior crise jamais imaginada. Os portugueses estão saturados e desiludidos em face das promessas, ilusórias. O Governo por muito que queira disfarçar, já não se consegue esconder a verdade dos factos. O Governo já reconheceu que austeridade que impôs é dolorosa. Contudo, não hesita em a agravar cada vez mais, enveredando pelo sistema de tentar ocultar a situação rela do País. As razões já são mais do que muitas. O Senhor Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho, em que a ”maioria” dos Portugueses acreditou, disse que o não pagamento dos subsídios de Natal e de Férias seria retirado somente durante os anos de 2012 e 2013. Vem agora afirmar que a reintegração desses direitos, “roubados” abusiva e violentamente só eventualmente a partir de 2015 poderão acontecer, mas de forma gradua. Curiosamente, tais noticias tinham sido objeto do contrário, pelo Ministro das Finanças Vitor Gaspar, ou seja os cortes só seriam durante 2012 e 2013. Afinal quem fala a verdade? Para serenar os ânimos, vem o Ministro das Finanças justificar o dito pelo não dito. Redimiu-se desculpando-se que foi um lapso. No mínimo classifique-se tal desnorte de ridículo. Não obstante o Senhor primeiro-ministro anuncia ao País, de forma súbita que estão proibidas as reformas antecipadas até ao ano de 2014, tentando dar alguma justificação, que é para a protecção dos mais velhos. Esqueceu-se dos mais novos!!! Para complicar as boas notícias anuncia que Portugal não regressará aos mercados em 2013. O Ministro dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas afirma que o País está no bom caminho e que está a cumprir o programa para a sua recuperação. Efetivamente que os Portugueses acreditavam nesse fenómeno. Tal esperança transformou-se em pura desilusão.

Artigo parcial de César Amaro do Jornal Povo da Beira

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O SR PEDRO PASSOS COELHO NO SEU MELHOR! MAIS PALAVRAS PARA QUÊ!


A COMUNICAÇÃO

A comunicação ou a sua falta, tem causado muitas dores de cabeça aos portugueses. Tudo o que se tem dito enegrece o horizonte imediato de uma maneira aterradora. Como se costuma dizer, tudo puxa para baixo, quando já nem se consegue levantar a cabeça.
O Governo tem razão. A situação económica herdada era, e é desoladora. Depois de uns gastos principescos e bastas modas de novo-riquismo, vemo-nos confrontados com situações de penúria, que além de alterarem, radicalmente o modo de vida, põem em causa a sobrevivência decente de grande parte da população. Durante os últimos anos esquecemos a solidariedade que devíamos ter uns com os outros. Foi-nos incutido a máxima de que todos tinham direito a tudo, e ultrapassámo-nos nos gastos e nas golpadas. À concorrência saudável que nos leva a melhorar diariamente, contrapusemos a mesquinhice de superarmos o vizinho. O Governo apesar de ter razão, não está a defender bem o seu ponto de vista. Primeiro porque quando fala em situações herdadas, não atua em conformidade, diga-se, apelando à Justiça. Em segundo lugar, a volatilidade dos mercados, a dependência da Comunidade Europeia, mais a nossa maneira de ser e estar em sociedade, leva a que qualquer previsão de datas para recuperação económica seja uma perfeita idiotice. Previsão que alimenta discursos mais ou menos contundentes, que nada criam e apenas servem para desgastar. O Governo pode não ter razão, quando nos faz lembrar o anterior senhor e as suas campanhas de criação de emprego. O desemprego só se pode combater criando empresas onde cada vez se trabalhe melhor, com custos racionalizados e com retribuição decente. A função pública a absorver mão-de-obra só para melhorar taxas de desemprego não passa de uma miragem. As dificuldades de combater o desemprego jovem são muito importantes, mas que dizer aquelas pessoas que são muito novas para se reformarem e consideradas muito velhas, quando pedem emprego?
Se a atuação do Governo está a ser correta, então que os canais de comunicação sejam uníssonos. Pior do que fazer ou não fazer, é não saber explicar o que se faz e porque se faz.

João Tavares Conceição do Jornal Povo da Beira (artigo parcial)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

BANCO DE ESPANHA DIZ QUE BANCOS PODEM PRECISAR DE MAIS DINHEIRO

Os Bancos da Espanha podem precisar de mais capital, se a economia deteriorar-se, disse o presidente do banco central, reflectindo preocupações crescentes de que alguns poderão não sobreviver a uma recessão que pode ser agravada pela condução de austeridade do governo.
Os bancos espanhóis estavam magoados pela crise imobiliária de 2008 e têm estado sob escrutínio desde o ano passado devido ao aprofundamento da crise da dívida na zona do euro.
Mas um aumento de incumprimentos de empréstimos noutros setores colocou-os de volta sob os holofotes novamente.
Os analistas disseram que a Espanha pode ser forçada a tomar uma ajuda como a Grécia ou Portugal vizinho, embora o governo e o banco central digam que não.
Os juros dos títulos do país subiram mais alto esta semana atingindo quase o nível de 6% com o sentimento dos investidores para o país a azedar após um leilão de dívida fraco.
O Governador do Banco Central Espanha, Miguel Angel Fernandez Ordonez disse que uma reforma recente pode resolver os problemas bancários, mas, no entanto, levantou a ideia de que pode precisar de mais capital.
"Se a economia espanhola finalmente recuperar, o que foi feito será suficiente, mas se a economia piorar mais do que o esperado, será necessário continuar a aumentar e melhorar o capital, a fim de ter entidades sólidas", disse Ordonez numa conferência em Madrid .
A economia tem previsão de uma contração de 1,7% mas é provável que venha a deteriorar-se ainda mais com o governo a cortar 27 mil milhões euros do orçamento central, e mais biliões de despesas nas suas 17 regiões autónomas do país.
"As soluções para a crise, que veio de endividamento excessivo ou perda de competitividade, são muito lentas dentro de uma união monetária e é por isso que não nos podemos dar ao luxo de ser complacentes".
O setor bancário espanhol, sobrecarregado com dívida assumida durante um boom imobiliário que durou uma década, entrou em colapso em 2007-2008, e está a passar por uma terceira onda de consolidação, que visa reduzir o número de jogadores a menos de uma dúzia de cerca de 40.

Reformas


A última reforma bancária, introduzida há dois meses, instou os bancos a colocarem de lado 50 mil milhões de euros de provisões para acabar com as perdas imobiliárias e incentivar fusões e redução de custos sem mergulharem nos fundos estatais.
O governo diz que não vai precisar de injetar mais auxílios estatais nos bancos, mas muitos analistas estão céticos que simplesmente forçando os rivais mais fracos para os braços dos jogadores mais solventes será suficiente para preencher as lacunas de financiamento.
Os custos dos empréstimos espanhóis saltaram na última semana e os mercados têm questionado se o orçamento austero vai funcionar.
Os investidores estão a acompanhar de perto as regiões autónomas, que gastaram demais no ano passado, para ver se eles fazem os cortes que o governo central está os pressionando a fazer.
O Barclays disse num relatório aos clientes:
"Acreditamos que a confiança do mercado só será restabelecida se o desempenho (trimestral) fiscal dos governos da região (e do governo central) mostrar que eles estão a implementar o seu orçamento de acordo com o plano."

MAX KEISER - FMI ESTÁ A TOMAR CONTA DAS SOBERANIAS DOS PAÍSES


quarta-feira, 18 de abril de 2012

EMPRESA DE AUDITORIA VAI AUDITORIAR PRÓPRIOS CLIENTES DAS PPP


TRABALHADORES DOS TRANSPORTES COM MUITAS REGALIAS POR ISSO SEGUNDO REZAM AS NOTÍCIAS VAI EXISTIR UMA RESCISÃO POR MÚTUO ACORDO NA ORDEM DOS MIL

Existem trabalhadores dos transportes públicos que não pagam medicamentos e recebem baixa por inteiro. Segundo uma notícia do DN (Diário de Noticias) que teve acesso a um documento interno do Governo em que é feito o levantamento das regalias de trabalhadores de empresas, com por exemplo, a Carris ou o Metropolitano de Lisboa, CP ou Refer.
Há casos de trabalhadores que estão de baixa e recebem como se estivessem a trabalhar, há casos que não pagam medicamentos e ainda há casos que gozam 30 dias de férias. Escreve o DN que “a Carris, o Metropolitano de Lisboa e a Sociedade dos Transportes Colectivos do Porto (SCTP) atribuem complementos de reforma para permitir que os ex funcionários ganhem o mesmo que na sua última remuneração”.
As regalias ainda estão em vigor nos acordos de empresa no sector dos transportes. E, segundo aquela publicação, foi o governo da tutela – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações – que fez um levantamento destas situações.
Há também casos de viagens à borla para funcionários da CP incluindo reformados e familiares. Na Refer, por exemplo, há informações de que o valor das viagens gratuitas ascende aos quatro milhões de euros por ano.
Comentário: O Ministro da Economia Sr Álvaro Pereira disse hoje aos meios de comunicação social que vão ser dispensados cerca de 1000 trabalhadores mas quanto a mim temo que venha pra aí uma razia de 3000 mil. Como sempre o modelo mais eficaz de qualquer governante é dispensar trabalhadores para reduzir migalhas uma vez que a dívida no sector dos transportes situa-se á volta dos 17 mil milhões de euros. O problema é que existem sectores que nunca podem dar lucro por isso é que são de serviço público. O caminho mais indicado não passa por despedir pessoas porque é disso que se trata mas sim reduzir despesas a nível das administrações e uma reestruturação de serviços. Despedir toda a gente sabe, fazer o que é preciso criando alternativas é que não.

domingo, 15 de abril de 2012

O MOTIVO DO VOTO CONTRA A LEI Nº 46/XII PELO DEPUTADO JOSÉ RIBEIRO E CASTRO DO CDS

Votei contra a proposta de lei n.º 46/XII, por não aceitar a eliminação do feriado nacional do 1º de Dezembro que nela se contém. Diluído no meio de dezenas de outras alterações ao Código do Trabalho, o banimento deste feriado constituiria uma violência contra o espírito de Portugal e atingiria, sem justificação e de modo desproporcionado, valores fundamentais da vida colectiva.
O 1º de Dezembro custou muito – quer o feriado em si, quer sobretudo a data e o valor patriótico que simboliza e celebra. Se este feriado fosse extinto, teríamos de imediato de mobilizar-nos para o restaurar por lei, propósito com que estou comprometido, como português, como cidadão, como deputado.
Não se trata de uma questão de somenos; é uma questão fundamental. É um traço emblemático desta proposta de reforma legislativa, que não relativizo e, em consciência, devo não relativizar.
Este meu voto contra na generalidade é um investimento. É um voto de confiança em que, mercê do diálogo político e social ao longo da discussão na especialidade, este erro seja corrigido, podendo eu vir a convergir, como seria normal e eu próprio desejaria, para a aprovação global de uma reforma legislativa em que o Governo deposita esperanças para dinamização da economia e do mercado de trabalho e, por conseguinte, no estímulo ao crescimento e ao emprego.
A data do 1º de Dezembro não é uma data qualquer. Trata-se da evocação da última vez em que Portugal, tendo perdido a independência, a reconquistou. É marco fundamental da História nacional, sem o qual nada decidiríamos por nós: não existiríamos, livres e soberanos, na comunidade das Nações. É a memória patriótica de uma guerra, que se prolongou de 1640 a 1668 e a que devemos a liberdade como país e a nossa sobrevivência nacional. Sem o 1º de Dezembro, quase tudo da nossa História e de toda a lusofonia seria radicalmente diferente. Sem o 1º de Dezembro, nem sequer esta reforma legislativa estaríamos a discutir ou a decidir com liberdade e discernimento; mas alguém estaria, do estrangeiro, a impô-la.
O feriado nacional do 1º de Dezembro não é um feriado qualquer. A sua instituição respondeu a forte apelo patriótico da sociedade civil, a partir da, então, Comissão Central 1º de Dezembro, que promoveu contínuas acções na sequência do Manifesto de 1861, encabeçado por Alexandre Herculano, e fez edificar, no centro de Lisboa, o Monumento aos Restauradores, por subscrição popular. É o mais antigo dos feriados civis, instituído por Decreto do Governo Provisório, em 13 de Outubro de 1910, e oficialmente celebrado desde 1 de Dezembro de 1910, de modo ininterrupto, atravessando todos os regimes até hoje. É, no calendário oficial, aquele único feriado em que celebramos o valor fundamental da nossa independência nacional.
Eliminar o feriado do 1º de Dezembro seria tão absurdo como os norte-americanos banirem o seu 4 de Julho. Eliminar o feriado do 1º de Dezembro deixar-nos-ia sós, na CPLP, como o único país, envergonhado de ser, coxo de si mesmo, que riscaria do calendário próprio o feriado em que comemora a sua independência nacional – tão desastrado quanto o Brasil apagar o 7 de Setembro, Angola o 11 de Novembro ou Timor o 20 de Maio. Eliminar o feriado nacional do 1º de Dezembro tornar-nos-ia no único país da União Europeia – e, ao que creio, do mundo inteiro – que, compreendendo na sua formação histórica a luta pela independência nacional, extinguiria o feriado em que a celebra e assinala como valor colectivo fundador.
As coisas mais importantes nos países são os símbolos: é à volta deles que nos unimos, é à volta deles que nos sentimos. É assim com o hino e com a bandeira – não são uma musiquinha ou um trapo, dispensáveis. É assim também com a data da independência ou, como escreveu o decreto original de Outubro de 1910, o feriado da «autonomia da Pátria portuguesa» – não é uma data disponível, não é um dia qualquer.
No processo de discussão pública da proposta de lei, tive oportunidade de, junto da competente comissão parlamentar, formular algumas observações e apresentar sugestões e possíveis alternativas. Embora seja necessário conhecer melhor os propósitos, designadamente macroeconómicos, que, no particular da regulação dos feriados, são efectivamente os prosseguidos pelo Governo, na linha do Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego de 18 de Janeiro de 2012, é manifesto que, sejam as que apresentei ou outras, existem alternativas para os alcançar e que não envolvem a liquidação do feriado da independência nacional. Basta dialogar e concertar.
É conhecido que, no tocante aos feriados de matriz religiosa, existe – e bem – diálogo com a Igreja Católica e a Santa Sé, de que poderão resultar ainda possíveis acertos. É importante que, quanto aos feriados civis, o mesmo diálogo político e social possa vir ainda a ocorrer, pelo menos com igual abertura e qualidade, prevenindo a lesão irremediável de valores colectivos fundamentais. Começar por atacar o 1º de Dezembro entre os feriados civis, seria o mesmo que atingir os feriados da Páscoa ou do Natal entre os feriados da matriz e tradição católicas. Tudo absurdos inaceitáveis.
Não há boas alturas para eliminar o 1º de Dezembro, o primeiro dos feriados, o feriado dos feriados, o feriado fundador. Mas, numa altura em que Portugal sofre um contexto de soberania frágil, diminuída e limitada, sujeitos que estamos a fortes compromissos e ditames externos, bem como a uma inspecção e fiscalização por estrangeiros, este seria, de entre todos, o momento mais inoportuno e desastroso para o fazer. Bem ao contrário, este é o momento para guardamos e exaltarmos o brio nacional, a nossa liberdade e independência e todos os respectivos símbolos e marcos referenciais.
A indiferença política em que pretende banhar-se a eliminação do feriado nacional do 1º de Dezembro, o mais alto dos feriados patrióticos portugueses, é bem o sinal de que, efectivamente, estaremos a viver, em Portugal, a maior, a mais profunda e a mais grave das crises nacionais de que há memória. Não o aceito. Não me conformo.

sábado, 14 de abril de 2012

ARNAB DAS - O QUE NÓS VAMOS CONSEGUIR NA EUROPA É UM PERIODO DE AUMENTO GRADUAL DE DESALAVANCAGEM O QUE VAI IMPLICAR UMA RECESSÃO








Desalavancagem (o contrário de Alavancagem – Procedimento que permite a um operador (banco, hedge fund, plataforma de câmbio) tomar posições que excedam os seus capitais próprios. O procedimento mais corrente consiste no recurso ao endividamento interbancário.)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A PRIVATIZAÇÃO DO SECTOR PÚBLICO


TRABALHADORES DA RTP (Rádio e televisão de Portugal) QUEREM LIMITE SALARIAL DE 6.980 EUROS

A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP defende um limite máximo para os salários do canal público de 6.980 euros, num comunicado de imprensa em que critica as remunerações atribuídas a ‘estrelas’ do canal.
O comunicado da CT da RTP segue-se a um pedido de esclarecimento do CDS ao ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre os trabalhadores do grupo que têm um vencimento igual ou superior ao do Presidente da República.
Para a CT da RTP, deve existir “a imposição legal atualizável de um teto salarial máximo na RTP de 6.980 euros”.
Este valor, afirma, “corresponde ao montante máximo de tabela salarial em vigor estipulada pela concertação coletiva negociada pela RTP e os sindicatos, acrescido dos montantes máximos de subsídios que um trabalhador poderá em qualquer caso auferir mensalmente”.
Segundo a estrutura que representa os funcionários da RTP, deve-se acabar, no grupo, com “o ajuste direto salarial que nos últimos anos tem florescido” na empresa, em especial nos trabalhadores ligados ao entretenimento.
“ A RTP não vende uma mercadoria, presta um serviço público. Mas, mesmo que erradamente o suposto ‘valor do mercado’ estivesse na origem destas decisões, ninguém no mercado de entretenimento português ‘vale’ neste momento 27.000 euros mensais”, afirma a CT.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O SR DURÃO BARROSO SE NÃO SABE, NÃO MEXE

O programa de apoio ao emprego jovem anunciado pelo governo português é uma medida inútil. Provavelmente, contraproducente e até injusta. Apesar disso, tem o suporte da Comissão Europeia e Durão Barroso manifestou o seu entusiástico apoio ao projeto.
Os programas publicitados nem sequer existem. E ainda bem. Porque se há coisa que os governantes não sabem mesmo, é criar empregos.Essa tarefa deve ser deixada aos empresários, já que só através do surgimento de novas empresas e do crescimento das já existentes se cria emprego. Ao Estado competiria criar um contexto favorável ao funcionamento da economia e à subsequente criação de riqueza. O que não acontece em Portugal. Assim, um estado que não faz bem o que lhe compete, não deve tentar outras aventuras. E se a criação de emprego não cabe aos governos, muito menos devem os políticos favorecer o emprego dos jovens, ou a qualquer grupo particular.
Ao discriminarem positivamente um determinado segmento da sociedade, estão a discriminar negativamente todos os outros. Porque motivo poderá o governo beneficiar, de forma sectária, o emprego para os jovens? E os desempregados de meia-idade com filhos a cargo? Admitir-se-ia que se favorecesse o emprego dos homens em vez das mulheres? Este tipo de apoios é aliás perverso, pois muitos patrões serão tentados a substituir funcionários competentes por outos que pertençam a grupos beneficiários de incentivos ou subsídios e logo, mais baratos. Os governantes que pensam criar programas de emprego deveriam deixar-se disso ou comem todos ou não come nenhum. Se não sabem, não mexam! Mas se de facto sabem como criar emprego, demitam-se já do governo e dediquem-se à vida empresarial. Os desempregados agradecem.
Quanto ao Sr Durão Barroso, o seu apoio só pode ser entendido à luz da vontade de ficar bem visto perante o eleitorado jovem, que poderá ajudá-lo numa eleição presidencial de 2016. Ou seja, o único emprego que o programa de apoio ao emprego jovem ainda poderá vir a criar é o do Sr Durão Barroso como Presidente da República. Um único emprego, que nem sequer é jovem.

MENTIR NO IRS VAI DAR PRISÃO! ENTÃO PARA OS POLITÍCOS QUE NOS MENTEM CONSTANTEMENTE COMO É?


quarta-feira, 4 de abril de 2012

MAIS MULHERES E MENOS MÃES REVELA O INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA NO ESTUDO ‘SER MULHER EM PORTUGAL’

Celebrou-se o Dia Internacional da Mulher e a realidade da mulher portuguesa foi transportada para números, quantificados nos censos 2011 num estudo do INE.
Verifica-se que existem mais mulheres que homens em Portugal. Segundo o estudo ‘Ser Mulher em Portugal’, a percentagem é ligeiramente favorável ao sexo feminino, que representa 52,2% do total da população portuguesa (são 5,5 milhões de mulheres, mais 2,9% do que há dez anos, de acordo com os Censos).
Mas este aumento não corresponde igual tendência no que diz respeito à maternidade. Há menos mães em Portugal e as que optam por ter filhos fazem-no mais tarde. Em média, as mulheres têm o primeiro filho aos 28,9 anos de idade, 28 meses mais tarde do que a realidade portuguesa em 2000.
Por outro lado, a esperança média de vida das mulheres está a aumentar: 82 anos, em 2010, mais dois anos do que os dados relativos ao período de 2002. Outro dado relevante divulgado pelo INE é o empobrecimento das mulheres portuguesas. Com o aumento do desemprego, o sexo feminino acaba por sofrer mais este drama do que os homens.
O estudo do INE revela ainda que a maternidade está a ser adiada, bem como o casamento, em virtude das dificuldades económicas e de outros fatores históricos e culturais. Em 2010, a média de idades das mulheres no casamento era de 29,2 anos. Igualmente a diminuir está o número de filhos: em 2010, cada mulher tinha em média 1,4 filhos. Em 2000, esse número era ligeiramente superior: 1,6 crianças.

Comentário: A verdadeira bomba relógio. Este assunto devia estar na ordem do dia dos nossos governantes porque em termos nacionais e de soberania futura do território é importante face ao galopante aumento do envelhecimento da população portuguesa porque irá por em causa o futuro do nosso PAÍS. Neste momento impunham-se medidas de apoio para o aumento da taxa de natalidade como o aumento do abono de família, taxa nula de IVA para artigos de bebé, uma atribuição monetária para cada nascimento ocorrido e outras com o incremento de políticas efetivas para que ocorresse tal facto.

terça-feira, 3 de abril de 2012

OCDE - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA A AFASTAREM-SE DA EUROPA (RECESSÃO)

As economias da Europa e América do Norte irão divergir no primeiro semestre deste ano, com os cortes nos orçamentos europeus a arrastarem a procura, enquanto a recuperação económica dos EUA pega de vapor, disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, num relatório.
Na sua última avaliação da observação global, aumentaram a sua previsão para a economia dos EUA, que deverá crescer a uma taxa anualizada de 2,9% neste trimestre e 2,8% no próximo. O Japão também tem previsão de crescer mais do que os economistas da OCDE tinham pensado em Novembro, com uma taxa de crescimento anualizada de 3,4% nos primeiros três meses do ano e 1,4% no período Abril-Junho.
A OCDE não forneceu uma previsão para a zona euro, composta pelos 17 países que compartilham o euro. Mas disse que na região as três maiores economias Alemanha, França e Itália, juntas vão encolher 0,4% no primeiro trimestre e crescer 0,9% no segundo.
"O vento virou um pouco para os EUA, e muito pouco para a área do euro", disse Pier Carlo Padoan, economista-chefe da OCDE. "O bloco só conseguiu ficar um pouco mais longe da beira do precipício."
A consolidação orçamental fiscal a castigar os governos da zona euro com a crise da dívida pública continuará a arrastar a procura na região. A OCDE espera que a economia da Itália, que já está em recessão, vá continuar a contrair nos dois primeiros trimestres deste ano. Ela espera uma contração da economia da França no primeiro trimestre, mas uma expansão no segundo, enquanto espera que a economia alemã vá crescer em ambos os trimestres, embora em apenas 0,1% no primeiro trimestre.
A economia da zona do euro contraiu nos últimos três meses do ano passado, e a Comissão Europeia disse que esperava outra contração neste trimestre. Uma recessão é geralmente definida por dois trimestres consecutivos de contração.
O relatório da OCDE menciona para o núcleo das preocupações entre os responsáveis políticos europeus que a continuação dos duros cortes fiscais, uma desaceleração da economia global e a possível subida dos preços do petróleo pode aprofundar a leve contração económica para a região recentemente prevista pelo Banco Central Europeu.
Uma recente pesquisa aos bancos realizada pelo BCE sugeriu que as condições econômicas para empresas e consumidores podem deteriorar-se este ano, com os bancos a reduzirem os seus empréstimos devido às preocupações em torno da crise da dívida e em face da nova regulamentação.
Nos EUA, uma recuperação nos preços das ações, a confiança do consumidor e o forte crescimento no emprego não agrícola levantaram a atividade projetada.
"Os resultados das empresas no mercado de trabalho e a recuperação dos preços das acções é o subjacente ", disse a OCDE. "Outros indicadores, tais como o motor das vendas de veículos, a produção industrial e o crescimento do crédito também apontam para uma recuperação da atividade."
O crescimento está a enfraquecer nos mercados emergentes, que eram vistos até recentemente como o motor da economia global, e mais danos poderão vir com o aumento dos preços do petróleo. "Houve sinais recentes de uma desaceleração da atividade numa série de economias emergentes, nomeadamente na China", disse a OCDE, sem fornecer as taxas específicas de crescimento.
A OCDE espera que a economia do Reino Unido vá contrair no primeiro trimestre, entrando numa recessão técnica. O U.K não é um membro da zona euro.
“O enfraquecimento da confiança, embora pequeno, sugere que a economia da zona euro não vai recuperar em breve, depois de ter contraído nos últimos três meses do ano passado. A confiança na indústria piorou significativamente", disse a comissão europeia.
A Alemanha, a maior economia da zona do euro, tem mostrado sinais de fraqueza no meio de uma desaceleração da economia global. Mas sua taxa de desemprego ajustada sazonalmente caiu para uma baixa recorde de 6,7% em março, superando as expectativas dos economistas, apesar da crise da dívida europeia e uma fase de fraco crescimento alemão, segundo dados da Agência Federal do Trabalho do país.
Mas o motor do crescimento da Alemanha é salpicado, com dados recentes mostrando uma contração na produção industrial no primeiro trimestre deste ano. No mais recente sinal, as novas encomendas em fevereiro para as fábricas da Alemanha e a sua indústria de máquinas caíram 16% este ano em termos reais, disse o grupo industrial VDMA.
A fixação das finanças públicas não será suficiente para puxar a Europa para fora dos seus problemas, advertiu a OCDE, no seu relatório, sublinhando que os formuladores de políticas da zona do euro tem que olhar para as políticas de crescimento para compensar a austeridade fiscal. "Os líderes europeus devem levar sobre o sério o crescimento", disse o economista chefe da OCDE Pier Padoan.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

BRUXELAS CONSIDERA PORTAGENS NAS EX-SCUT ILEGAIS

A comissão Europeia considerou que as normas de cobrança de portagens nas antigas SCUT violam as leis comunitárias, ameaçando levar o Estado Português ao Tribunal de Justiça da EU por incumprimento e violação de normas imperativas de direito comunitário, anunciou a Câmara Municipal de Aveiro.
Na sequência da queixa apresentada pelo município de Aveiro junto das autoridades europeias com base no argumento de que as portagens naquelas vias viola a liberdade de circulação de pessoas, A Comissão Europeia solicitou esclarecimento ao Estado Português. Em resultado da «insuficiência da resposta dada pelas autoridades nacionais no envio formal de um parecer fundamentado pedindo mais explicações e documentação que justificasse a legislação aprovada, o seu sentido e alcance, e as derrogações que a mesma introduz ao ordenamento jurídico europeu», o estado arrisca-se a enfrentar uma acção no tribunal de Justiça da EU.
Pois, segundo explica a Câmara de Aveiro, o Governo português «já foi advertido que, se não alterasse as normas legais nacionais contrárias ao quadro legislativo comunitário, seria demandado e processado no Tribunal de Justiça da EU por incumprimento e violação de normas imperativas de direito comunitário». Em causa no processo levantado pela autarquia de Aveiro estão as portagens nas vias A17, A25 e A29, antigas Auto estradas sem custos para o utente (Scut).