sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

MENSAGEM NATALÍCIA

O Natal tem sido e será sempre uma quadra de grandes revelações na História da Humanidade e que estarão certamente no acontecimento do nascimento de JESUS CRISTO há mais de dois mil anos. A celebração do NATAL é sempre uma quadra Festiva e segundo a tradição sa Famílias e os Amigos se reúnem nas suas casas para festejarem com satisfação as suas alegrias; quantos tão distantes se encontram espalhados pelos mais diversos cantos do Mundo. Muitas vezes se diz que o Natal deveria e poderia ser vivido todos os dias em comunidade, alicerçando os caminhos da paz e da Concórdia, a alegria de viver em harmonia entre todos os cidadãos, independentemente de credos ou raças, donde se corrigissem ou se eliminassem tantos conflitos, particularmente os dramas provocados pelas guerras sangrentas, tantas vezes oriundos da ânsia de tentar ultrapassar tudo e todos. Passamos tantas vezes ao lado do nosso semelhante, sem o olharmos com im simples gesto de saudação. Mas a verdade é que o Mundo está assim, repleto de erros e de indiferenças, carregadas de ódios desmedidos. A Quadra Natalícia que presentemente se vive, está porventura parca de valores de cidadania, passando pela falta de solidariedade, agravada pela não aplicação da Justiça Social, que é da responsabilidade daqueles em quem o Povo confiou. Vive-se numa situação de austeridade sem limites com tendência a aumentar ainda mais. Houve sempre ricos, remediados e pobres. Contudo a situação ameaçadora e mais grave, é que cada vez há mais pobres. Quem se irá lembrar nesta Quadra Natalícia, daqueles que se encontram sem abrigo, afastados de familiares, porque não os têm, ou tendo-os os ignoraram e desprezaram? Quantos haverá provavelmente que já não sabem e não acreditam nos valores que o NATAL significa? Felizmente e ainda bem, que muitas pessoas se preocupam e tentam minimizar as carências das quais fazem parte a fome, a miséria e o desespero, tendo atingido já o limiar de tais circunstâncias. Certamente que não será o necessário para colmatar estes infortúnios. É o que será possível fazer.
Afigura-se-nos que havia condições para que os sacrifícios exigidos tivessem um outro comportamento; ou seja, não obrigando tão severamente o pagamento da “factura” àqueles que pouco ou já nada têm.
Termino para desejar a TODOS OS MEUS AMIGOS SEGUIDORES DO BLOGUE UM SANTO E FELIZ NATAL e que o ANO DE 2012, POSSA PROPORCIONAR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA, PARTICULARMENTE AOS QUE MAIS NECESSITAREM. Boas festas

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CAPITALISMO: A NATUREZA DO BICHO…

A agudização da crise do sistema capitalista torna cada vez mais evidentes as enormes contradições das grandes potências. A União Europeia é exemplo dessas contradições com grandes países e grupos económicos e financeiros a procurarem encontrar “saídas” que melhor sirvam objectivos, interesses e a continuação dos seus instrumentos de domínio económico e político.
Em edição recente, o director do Le Monde Diplomatique Ignácio Ramonet, disse que “por ano, a economia real (empresas de bens e serviços) cria em todo mundo uma riqueza (PIB) de 45 biliões de euros (45 milhões de milhões). Ao mesmo tempo, ainda à escala planetária e financeira, os “mercados” movem capitais na ordem de 3450 biliões de euros. Notem bem, são 75 vezes a economia real. Por isso Ramonet interroga, como pode o sistema capitalista sobreviver, indefinidamente com esta inacreditável “bolha” financeira 75 vezes superior ao PIB mundial.
Com números desta grandeza, convém recordar a natureza do bicho. O capitalismo tem uma regra de ouro – o lucro. Por outro lado, a acção produtiva que há muito gira na roda financeira que tudo move, incluindo capitais, não o garante indefinidamente…Como os capitais têm de ser “remunerados” (função da “regra de ouro”), a tentação de fazer deles a fonte central dos lucros é enorme, sobretudo quando os negócios com a “economia real” começam a claudicar por outra “falha” mortal – a falta ou a “saturação dos mercados”. Assim os capitais são transformados num “produto” transaccionavél, em busca de elevados rendimentos perdidos na produção material. Em resumo, está aqui a grelha da actual crisa: o mergulho suicida do sistema capitalista na especulação financeira para cobrir a falta de rendibilidade na economia real, praticando durante décadas um crescendo especulativo tão vertiginoso, que se chegou a este absurdo mortal de fazer circular nos mercados capitais que já vão em 75 vezes o PIB mundial.
Claro, a enorme “bolha” especulativa tinha de rebentar. Aconteceu com a “crise do subprime”. Aí, os governos (com EUA à cabeça) canalizaram rios de dinheiro dos seus povos para tapar este “buraco” desmedido e manterem o sistema intocavél.
O resultado é a especulação e o “jogo dos mercados” continuarem com novos aliciantes: o desastre da bolha especulativa foi-nos apresentado como a razão da “crise”, com os governos/mandatários dos interesses do grande capital – a tratarem de converte-la num óptimo pretexto para espoliar os povos de direitos adquiridos e os “mercados” atirarem-se vorazmente ao negócio das “dívidas públicas”, onde pontificam os próprios bancos europeus que “generosamente emprestam” e sacam juros delirantes aos parceiros da EU em dificuldades com o défice. Assim tudo está em causa. Moeda única, EU e o próprios sistema capitalista, devido à insustentável burla especulativa com capitais que correspondem a 75 PIB mundiais.
Também, é cada vez mais intolerável e inadmissível o ataque contra os trabalhadores e o povo, por um Governo reaccionário que se escuda nesta periclitante conjuntura para tentar “limpar” do País, tudo o que tenha, ainda a ver com o Portugal de Abril e conquistado ao longo de décadas pelos portugueses, nomeadamente a riqueza do seu País escudada em empresas com negócios monopolistas e ainda rentáveis.
Desrespeitando e violando leis, acordos e a Constituição da República.

CARLOS VALE

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

GEORGE SOROS COMPRA 2 BILIÕES DE DÓLARES EM OBRIGAÇÕES EUROPEIAS



UMA QUESTÃO DE...ATITUDE

O mundo globalizado como está, não podia deixar de trazer um presente envenenado para a sociedade ocidental e em concreto para Portugal. Diz-se que tudo se deve à instabilidade dos mercados.
Vai daí o governo via troika coloca-nos num programe específico de apertar o cinto. Pobre em fundos o estado acaba por nos pagar menos o que por seu lado nos vai impedir de gastar mais, pelo facto de, também nos, ficarmos com menos dinheiro disponível.
Queixa-se o líder da oposição ao anunciar a paixão pela austeridade encetada pelo executivo e que os portugueses já não tem mais furos para apertar o cinto, o que não deixa de ser uma “graça” sua pois enquanto houver cinto é sempre possível acrescentar-lhe mais um furo.
O problema é então saber em que condições vamos sair deste aperto. Precisam-se por agora soluções e não perturbações agravantes das dificuldades já em exibição em muitos lares portugueses.
Depois de termos exportado para Paris – apetece-me dizer de França – onde cursa filosofia a criança que existia em nós, convém que fixemos os pés na realidade pois a dívida acumulada é mesmo para pagar. Pode derrapar no prazo, coisa aliás bem portuguesa, mas que é para pagar disso não tenhamos dúvidas.
A solução parece estar no trabalho o qual deve ser visto como uma força de realização pessoal algo que os portugueses têm de ser entendido como estrutural.
Em terra como “no mar é preciso ter sangue frio e voz firme”. Faço aqui uso das palavras de Coentrão, Mestre da Virgem do Sameiro o qual, dado perdido com os seus homens, ao terceiro dia foi encontrado ao que se diz por milagre. Milagre esse que residiu na atitude do mestre para com os seus colaboradores ao serem confrontados com as vicissitudes de um acidente no decorrer da faina da pesca.
Mas voltemos ao trabalho, não ao braçal, mas àquela força que por vezes brota da natureza humana, que exige uma postura, uma atitude diferenciadora ancorada na moral e ética mais pura, pretensamente indestrutível e incorruptível.
Envolvidos neste espírito, governados e governantes, será certo que vamos lá!
Contudo os tempos não serão fáceis envoltos que estamos num turbilhão de informação que nos custa a digerir.
È o crescimento que tarda e a recessão económica a acentuar-se, são as dificuldades de financiamento e os elevados juros a pagar pelas emissões de dívida pública, é a receita do Estado que não cresce e há o perigo de se afundar ainda mais ainda. Preocupante é também o tipo de dieta a implementar com vista ao necessário emagrecimento da administração pública, onde mobilizações e despedimentos serão palavras de ordem o que por certo despertará efervescência sindical que já se começa a fazer ouvir no seu local de eleição que é a rua. Tomemos então uma atitude positiva com certeza.

João Carlos Nunes

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

AMNÉSIA COLECTIVA

A campanha eleitoral de Passos Coelho foi uma fraude colossal. Prometeu uma coisa e fez exactamente o contrário. Não faltam inventários do que disse e do que faz è uma constatação reconhecida e desenvolvida por personalidades oriundas dos mais variantes quadrantes ideológicos, muitas vindas do interior dos próprios partidos da governação.
Curiosamente alguns agentes da imprensa nacional e regional que ainda nos primeiros meses deste ano de má memória denunciavam até à minúcia os efeitos devastadores das políticas do governo Sócrates/PS, foram repentinamente apanhados por um misterioso e contagioso vírus de amnésia muito habitual em períodos em que o “tachismo” muda de mãos. É que se os problemas dos portugueses em particular dos que vivem apenas dos rendimentos do trabalho eram graves, é mais evidente que são agora muitíssimo mais preocupantes em todos os aspectos.
Com o flagelo do desemprego a subir dia-a-dia, insegurança a crescer a olhos vistos, Centros de Saúde a encerrar, taxas agravadas a impedir milhares de pessoas de cuidados médicos, mais o roubo do subsidio de Natal, se tudo isto não fosse já uma injustiça e como pagar impostos é coisa de pobres, vá de os atascar ainda mais, com o duplo roubo dos subsídios de férias/natal 2012, novas subidas das taxas moderadoras, IVA, portagens nas Scuts, roubo na factura da EDP…Ora, é uma certeza o agravamento das desigualdades e da miséria. Portugal já é considerado o país mais desigual da Europa. Sendo que, só um misterioso surto de amnésia colectiva poderá estar na origem do apagamento nas suas prodigiosas mentes desta óbvias realidades.
Mais, com estafados argumentos, pretendem impor meia hora de trabalho diário sem qualquer compensação salarial. Duas horas e meia semanais acumuladas num “banco de horas” gerido só pela entidade patronal. Ou seja, um regresso ao trabalho escravo…
Prometeram acabar com nomeações políticas dos altos cargos da administração pública, quando afinal já marchava a grande farra da distribuição partidária das cadeiras, mesmo as dos cargos meramente técnicos. Com a nova versão da “picareta falante” (Relvas) a matraquear demagogia por todos poros, a realidade mostra-nos que nada mudou. Os boys do PS são rendidos por boys do PSD e CDS.
A acção persecutória flagela com violência brutal quem vive do trabalho, mas pretende atingir outros sectores sociais e lugares. O tal plano em curso aflorado anteriormente, funciona como uma “vendetta”. Mesmo que as implicações do adiamento/suspensão de obras fundamentais para o desenvolvimento da região e concelhos, sejam desastrosa. Os prejuízos são gigantescos. A “Bem da Nação”. Simplesmente lamentável.

CARLOS VALE

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O PAGAMENTO DA DÍVIDA

E o início do pagamento das portagens lá se concretizou esta semana. Sempre na lógica do utilizador pagador acabaram-se as auto estradas não portajadas. E se a medida até se pode perceber, já não se compreende o cálculo dos valores a pagar. Como é possível que estas vias estruturantes que não tem alternativas minimamente viáveis, e vão ser motivo de falência de muitas empresas, com o consequente aumento de desemprego, ter um custo por quilómetro superior à A1? Os preços das portagens deveriam ser revistos.
Outro assunto que permitiu vários tipos de comentários., alguns perfeitamente desnecessários, foi a polémica palestra de Sócrates, em Poitiers. Permitiu-se discorrer sobre um problema que é central no País – o pagamento da dívida que na totalidade pública e privada anda por volta dos 500 mil milhões de euros (coisa pouca pelos vistos). Não é assunto novo para ele, dado que já anteriormente (Paris 2010) tinha defendido abertamente o aumento dos défices públicos, chegando mesmo a afirmar que este aumento tinha permitido salvar o mundo de uma catástrofe económica, e considerando que a prioridade era a recuperação económica e a criação de emprego, defendendo o investimento nas grandes obras públicas como o TGV e o novo aeroporto, e não o pagamento da dívida. Esta semana na sua palestra escudou-se no estafado slogan de que existe uma campanha da direita contra a dívida e contra o Estado Social. Se é uma criancice o pagamento do que se deve, também seria boa altura para lhe lembrar que os grandes investimentos a que dedicou parte da sua governação só nos trouxeram mais endividamento, e representaram um enorme empurrão para a frente nos inevitáveis sacrifícios que estão a ser exercidos sobre os contribuintes. Adicione-se ainda mais as próximas privatizações que estão a decorrer com a consequente venda do que ainda dava lucro em Portugal e que foi conquistada com o suor dos portugueses ao longo de décadas. Sabemos que em política se têm de fazer opções e que não há tempo para arrependimentos. Mas no limite merecemos que este ex- responsável se mantenha calado, para não nos recordar o buraco para onde nos atirou e de o ter cavado ainda maior.
Sobre o Conselho Europeu, mais uma vez aconteceu ter acontecido o acordo possível mas não o suficiente porque o que interessa são números em cima da mesa e os que existem não dá para sossegar os mercados financeiros já que não chega para poder socorrer os Estados que estão em dificuldades na Europa.