sexta-feira, 6 de maio de 2011

NOURIEL ROUBINI ACERCA DE NÓS E OUTROS

A única boa noticia boa para além do feito futebolistico foi a vinda do Economista Nouriel Roubini a Portugal onde fez alguns comentários sobre a nossa situação actual que foram:






Nouriel Roubini mais conhecido por dr doom no mercado por ter previsto a crise do imobiliário nos Estados Unidos no seu recente livro intitulado Economia de Crise que recomendo que leiam fez uma leitura sobre a Europa cujo algum conteúdo passo a transcrever:




A EUROPA NO LIMITE


A europa enfrenta desafios sérios a curto e longo prazo nomeadamente fraco crescimento de produtividade e populações envelhecidas. Nenhum destes problemas poderá ser resolvido facilmente.



Além do mais, um grupo de países da zona euro conhecidos como PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia , Espanha) estão em sérias dificuldades. Nos últimos anos, as suas dívidas subiram em flecha e a sua competitividade diminuiu. A adpção do euro permitiu-lhes contrair mais créditos e consumir mais do que teria acontecido noutras circunstâncias. Pior, a grande valorização do euro em 2008/2009 aumentou a perda de competitividade, deixando-os ainda mais vulneravéis ao incumprimento e ameaçando sobrecarregar os membros mais ricos e saudavéis da União Europeia.


A Alemanha e outros países passaram uma década a reduzir os seus desiquilíbrios fiscais e a melhorar a sua competitividade através de reestruturação empresarial. No entanto, aconteceu o contrário na Irlanda, na Espanha, na Grécia e em Portugal, onde os desiquilíbrios fiscais se mantiveram elevados e os custos de mão-de-obra subiram acima do crescimento de produtividade. Em consequência disso temos agora duas Europas e não uma.


O facto de a política fiscal estar nas mãos dos países individualmente limita o nivél em que uma nação pode ajudar outra. Se essas divergências económicas persistirem e se agravarem, a união europeia poderá quebrar-se. Nenhuma união da moeda sobreviveu jamais sem uma união fiscal e política. A zona euro não tem mecanismos de partilha de despesas.


Qualquer Estado-membro que saia da união europeia e entre em incumprimento de dívidas detidas por outros Estados-membro poderá ser expulso da UE. Esse destino, inconcebivél há alguns anos , tornou-se uma possibilidade muito real para as autoridades em Atenas, Dublin, Madrid e Lisboa. Anos de divergência económica e uma erosão de competitividade económica nestes países tornou esse desfecho muito mais provavél que nunca.







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