quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CHINA CONTROLA O NEGÓCIO DE METAIS RAROS NA TERRA

Os metais raros são utilizados na produção de tecnologia e produtos de energia limpa. A china controla 97% da produção mundial.



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ASSIM FUNCIONA PORTUGAL

Um dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transacções intra bancárias......???
Os de hoje, vão estar como gestores da Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.
Correcto???? Se pensa que não, vejamos:
EIS A LISTA :
Fernando Nogueira:
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola



José de Oliveira e Costa: (O TAL QUE ESTEVE NA GAIOLA)


Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)


Rui Machete: (AGORA NINGUÉM O OUVE)


Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; (o banco falido, é só gamanço)
Presidente do Conselho Executivo da FLAD


Armando Vara: (AQUELE A QUEM O SUCATEIRO DAVA CAIXAS DE ROBALOS)

Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP (demissionário a seu pedido, antes que levasse um chuto no rabo)

Paulo Teixeira Pinto: (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)


Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (Ex. - Depois de 3 anos de 'trabalho',
Saiu com 10 milhões de indemnização !!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:

Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Agora -Vice-Presidente da PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta - (e ainda umas 'patacas' como comentador RTP)


José Silveira Godinho:

Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES (VIVA O LUXO)




João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)


Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português (O TAL QUE DEU O BERRO).


Elias da Costa:

Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação -
Agora - Vogal do CA do BES (POIS CLARO, AGORA É BANQUEIRO)



Ferreira do Amaral: (O ESPERTALHÃO, QUE PREPAROU O TERRENO)

Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte, com quem se tem de renegociar o contrato (POIS CLARO).


etc etc etc...
O que é isto ?
Cunha ?
Roubo ?
É Portugal no seu esplendor .
...e depois até querem que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.
Já é tempo de parar estes srs !

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FACTOS DE PORTUGAL NO CORRENTE MÊS

Foram dadas as seguintes indeminizações compensatórias (Dinheiro dos contribuintes):
RTP- 146 milhões de euros. Uma empresa que tem só de passivo cerca de 800 milhões, e encargos salariais no valor de 300 milhões de euros.

LUSA - 17,7 milhões de euros.

A TAP tem um passivo de 1,3 mil milhões de euros e encargos salariais no valor de 300 milhões.

Os srs Juizes que ganham pouco neste PAÍS estão contra o seu corte de vencimento decretado pelo governo pelo que vão averiguar se a lei é inconstitucional.

O governo regional dos Açores não vai aceitar os cortes de vencimentos decretados para os seus funcionários públicos.

O sindicato da função pública moveu uma providência cautelar contra o estado devido aos cortes de vencimento previstos.

O governo português anda a pedir por favor na China e em outros países para comprarem a nossa dívida.

Cerca de 112 mil explorações agricolas foram abandonadas no corrente ano.

O sr Presidente da Répública comentou que não podemos assustar os mercados financeiros(tristeza).

Arderam cerca de 130 mil hectares de floresta neste verão.

A Galp continua a subida imparavél dos combustiveis enquanto o barril do petróleo ao longo do ano andou a gravitar no preço de 90 dólares o barril.

Os politícos agora pedem coesão, solidariedade, espirito de sacrificio.De lobos transformam-se em cordeiros mas uma coisa é certa VENDERAM-NOS e vamos pagar por isso com a entrada pela terceira vez do FMI(1977, 1983, e 2011) em PORTUGAL. Como diz o POVO: há primeira todos caem, à segunda já poucos caem e há terceira só cai quem quer. Pois bem, desde 1975 praticamente só dois partidos estiveram no poder PS e PSD, pelo que é fácil de concluir quem são os responsavéis pelo actual estado do PAÍS(os tais cidadãos ilustres que andam na politica à décadas).
Estou a ver ainda a imagem dum cidadão no parlamento romeno a atirar-se de uma das bancadas para cima dos deputados e a gritar bem alto VENDERAM-NOS. Este coitado segundo a noticia transmitida ficou sem dinheiro para pagar a ajuda ao seu filho deficiente devido aos cortes de vencimento efectuados na Roménia em cerca de 25% na função pública.
Os portugueses mais do que nunca devem deixar de ter uma atitude passiva e passarem a ter uma atitude activa, porque os tempos que se avizinham irão ser parecidos ao 25 de Abril passado só que agora não é a liberdade que vai estar em questão, mas sim a economia. O mundo realmente mudou e continua a mudar em sentido negativo na parte que nos toca a nós.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O RASTILHO EUROPEU JÁ ESTÁ ACESO

OS POLITICOS QUEREM AUSTERIDADE! AQUI TÊM A RESPOSTA NA RUA!
OS POVOS NÃO SE SUBJUGAM A ECONOMIA REGRESSIVA

PROTESTOS NA INGLATERRA




PROTESTOS EM ITÁLIA



PROTESTOS NA GRÉCIA



PROTESTOS NA IRLANDA



PROTESTOS EM ESPANHA

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PARA QUEM É SUPRESTICIOSO!

Eclipse lunar coincide com inicio do soliscitio de inverno. Um acontecimento que não acontecia desde 1836.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

TRÊS PASSOS PARA A SOBREVIVÊNCIA DO EURO

Três passos são necessários para resgatar o euro e, eventualmente, a União Europeia como um todo, e evitar rapidamente um colapso numa onda desordenada de incumprimentos e falências bancárias.
Primeiro, o tamanho dos montantes de liquidez fornecendo o apoio financeiro temporário para as nações mais vulneráveis deve ser aumentado para € 2.000.000.000.000 (2.644.000.000.000 dólares), dos quais pelo menos metade deve ser financiado imediatamente. As facilidades de liquidez corrente ascendem a 860.000.000.000 €. Mas por causa do desejo de manter uma classificação de crédito AAA para o maior componente, o fundo europeu de estabilização financeira no valor de 440.000.000.000, o montante efectivamente disponível para emprestar é só entre € 560.000.000.000 e 610.000.000.000 €.
A isso pode-se adicionar o valor de 67.000 milhões € de compras directas feita até agora pelo Banco Central Europeu, da dívida soberana da periferia da zona do euro. Mas mesmo com isto o total disponível é apenas entre os € 727 biliões e € 777.000.000.000.
Isto faria muito bem a Grécia, Irlanda e Portugal até meados de 2013. Então, os actuais financiamentos expirarão e serão substituídos por um mecanismo permanente para a resolução de crises, destinados a permitir a reestruturação mais ordenada da dívida soberana dos antigos e novos portadores, através de extensões de maturidade e cortes de cabelo para os credores. No entanto, provavelmente não será suficiente para financiar integralmente os requisitos potenciais de uma economia conturbada espanhola. Este também está muito aquém do que seria necessário para financiar os países como Itália, Bélgica e França.
Os membros do euro, e até mesmo da UE como um todo, pode, na prática, não chegar imediatamente a 1.000.000.000.000 €. O Fundo Monetário Internacional também não é permitido tomar parte em qualquer exercício de pré-financiamento. Isto deixa apenas duas fontes de recursos possíveis. A primeira é não pertencente à UE com um fundo de riqueza soberana. O segundo é o BCE. E dada a primeira opção ser susceptível de ser politicamente desinteressante, só deixa o BCE.
Em princípio, o BCE poderia fornecer 1.000.000.000.000 € (ou mesmo todo o € 2.000.000.000.000) directamente para os países que deles necessitam, alargando o âmbito das suas compras de dívida soberana nos mercados secundários. Esta necessidade não implica qualquer aumento na base monetária. O BCE pode, em vez disso expandir seus passivos não-monetários, incluindo depósitos a prazo, ou pela emissão de notas do BCE ou títulos.
Esta abordagem directa, no entanto, é improvável para o BCE. Em vez disso, poderia fornecer apoio indirecto, quer por empréstimo ao EFSF ou através da compra de títulos emitidos pelo EFSF directamente, ou nos mercados secundários. O EFSF é uma entidade privada (sociedade de responsabilidade limitada constituída no Luxemburgo). Mas poderia ser transformado num banco, tornando-se uma contraparte elegível para as operações do BCE, como Banco Europeu de Investimento (BEI) já é. Qualquer dívida vendida pela EFSF para o BCE, ou quaisquer empréstimos concedidos pelo BCE para o EFSF, poderiam ser garantidos pelos Estados membros do euro eles seriam ou títulos ou empréstimos.
No entanto, a simples criação de mais liquidez não será suficiente para salvar a Europa. A crise da dívida soberana dos irlandeses e espanhóis é também uma crise de insustentabilidade fiscal e de insolvência bancária. Grandes reformas estruturais e fiscais são necessárias em todos os países fiscalmente tensos com excepção da Irlanda, onde as reformas fiscais são suficientes.
No momento em que a zona do euro não tem um regime de insolvência especial que permita que os bancos colectivamente continuem suas funções sistemicamente importantes, como a reestruturação dos balanços. O modelo de resolução do regime norte-americano para os bancos deverá ser aprovado rapidamente, de preferência a nível da UE, para fazer face à zona do euro e bancos transfronteiriços da UE.
Finalmente, um novo mecanismo é necessário para a resolução ordenada de incumprimento da dívida soberana. Repartição de encargos aos credores é insustentável, bem como aos contribuintes e os beneficiários dos programas de governo. Estas incluem abordagens legais, por exemplo, um novo FMI ao estilo de mecanismo de reestruturação da dívida soberana. Abordagens contratuais envolvendo cláusulas de acção colectiva, e outras abordagens baseadas no mercado, também poderiam ser usadas, inclusive com grande desconto "voluntário"de novos instrumentos de troca de dívida soberana.
Sem acções desta política do euro a UE possivelmente, pode não sobreviver muito para além de 2011. O cimento político a segurar ambos os países pode corroer e haver uma parte, desordenada e injustificada de incumprimentos.

BPN - BURACO SEM FUNDO



Dívida de 4800 milhões de euros.

Existência de 3000 milhões de euros de depósitos da CGD(o banco de todos nós).

Precisa da injecção de capital de 500 milhões de euros para poder continuar a funcionar.

ESTA BRINCADEIRA VAI SAIR MUITO CARA AOS BOLSOS DOS PORTUGUESES!

Entrevista a Pedro Ribeiro do Jornal de Negócios na RTP

domingo, 19 de dezembro de 2010

DAVID E GOLIAS

O Sr presidente da república Cavaco Silva é parte integrante de um sistema politíco que é responsavél pelo actual estado do nosso PAÍS, pelas actuais funções que desempenha assim como as que já desempenhou como Primeiro Ministro.
O Sr Fernando Nobre põe a nu os erros que se cometeram no passado e presente que nos estão a atingir actualmente.
Por ser uma lufada de ar fresco nas actuais candidaturas presidencias sem apoio partidário e ser conciso no seu discurso conta com o meu voto.

O MÁRIO CRESPO NÃO SE DEIXA ENGANAR

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

SÓCRATES COMPRA NA LOJA DE MODA MAIS CARA DO MUNDO

BIJAN Pakzad. Um iraniano. Estudou têxteis na Suíça. Regressou ao seu país. Vestiu os mais poderosos homens daquela região, incluindo o Xá da Pérsia. Mas tinha maiores ambições. Universais. E mudou-se para os Estados Unidos há cerca de trinta e cinco anos. Para onde? Para onde havia dinheiro a rodos. Califórnia. Na zona mais chique, claro. Beverly Hills. E onde, aí? Em Rodeo Drive. Uma rua considerada a mais cara do mundo pela Time. Abriu as portas da sua loja… Não. Dizer assim está errado. Porque o estabelecimentoBIJAN, na Rodeo Drive, em Beverly Hills, desde o primeiro dia que não tem as suas portas abertas. Só se pode ser atendido na BIJAN mediante marcação prévia. Porque, ali, o cliente é atendido em exclusividade. Claro que paga gordo por esse privilégio. Por isso e pela qualidade verdadeiramente excepcional do que ali é vendido. “Encontrei ali caxemiras cozidas à mão, artigos em pele de canguru, cabedais cuja macieza pode apenas ser suplantada pela da pele de um bebé”, disse uma entrevistadora de Pakzad, Susan Michals. E é o próprio dono que explica à entrevistadora:
“Os meus clientes são tão poderosos que merecem ser cuidados em exclusividade mediante marcação. Eles adoram isso. Adoram tanto a atenção que eu lhes dou como eu adoro a atenção ao pormenor”.
A entrevistadora conclui pela justeza do procedimento quando obtém a informação de que um cliente da BIJAN pode facilmente gastar na loja, numa tarde, qualquer coisa como 200.000 euros (quarenta mil contos). O que não se estranha, se se levar em conta que um frasco do perfume para homens, exclusivo da BIJAN, de 200 c.c., pode custar mais de 2.000 euros (quatrocentos contos), um par de peúgas 35 euros (sete contos) e um fato de corte impecável pode custar mais de 35.000 euros (mais de sete mil contos). Tudo a fazer da BIJAN, na opinião dos especialistas, a loja de moda mais cara do mundo!
A BIJAN vende essencialmente fatos, camisas, laços, sapatos, jóias, relógios, pastas e perfumes. Mas, cuidado! Não pense que pode chegar à BIJAN e pedir uma camisa colarinho 40. É o próprio dono que explica:
“O meu cliente adequado é alguém que ganhe pelo menos 75.000 euros por mês. Se alguém precisa de alguma coisa, a minha loja não é o sítio onde deve ir. Se alguém chegar aqui e quiser uma camisa, esse alguém não pertence a este mundo. Agora, se alguém chegar e disser que está a deitar fora 24 camisas e quer substitui-las, então esse é o meu cliente”.
E o negócio funciona. Pakzad Bijan gaba-se de ter feito, apenas com o seu nome, uma fortuna de quatro mil milhões de dólares. Algo que chegaria para cobrir o défice de Portugal em relação ao orçamentado.

Portugal é o que nós sabemos. Vivemos actualmente uma aflição dolorosa e uma asfixia financeira cuja cura não sabemos se existe. Sem dinheiro e com o crédito abalado, o Estado Português é obrigado a violentar os seus cidadãos. Espinhos dolorosos cravados sobretudo na carne dos mais necessitados mas a atingir, também e progressivamente, a carne dos remediados. Impostos a roçar o confisco. Ajudas sociais a diminuírem rapidamente. Benefícios fiscais a serem cortados a torto e a direito. Redução dos salários dos funcionários públicos. Empresas a fecharem. Em cada dia, novos recrutas a engrossar a legião do desemprego. As pessoas a contarem todos os magros tostões, tentando fazer aquilo que os desaustinados governantes que temos tido nunca se preocuparam em fazer, equilibrar o orçamento. Cortes em cascata, portanto. Numa espiral atordoadora que leva até a ter receio de abrir o jornal ou ver o telejornal, não vá vir por aí mais um novo apertão. Tudo sob a égide de um governante de percurso pessoal no mínimo sombrio, cheio de dúvidas a cada canto, na generalidade nunca devidamente esclarecidas. José Sócrates, de seu nome. Fixe esse nome, meu Caro Leitor. Já vai ver porquê.

As duas notas anteriores parecem nada ter a ver uma com a outra, não é assim, meu Caro Leitor? Mas têm. Muito. Dolorosamente muito. Tudo porque a BIJAN – como vimos, um estabelecimento que vende essencialmente vaidade – tem o hábito de imprimir no vidro da montra os nomes mais sonantes dos seus clientes. Lá estão, por exemplo, Larry King, o famoso locutor da CNN; os actores de cinema Al Pacino e Robert de Niro; o realizador de cinema Steven Spielberg; o presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan; e o da RússiaVladimir Putin; o cantor Elton John; e, espanto dos espantos, o Primeiro-Ministro de Portugal José Sócrates.
Ao tomar conhecimento disto, senti uma vertigem. A minha primeira reacção foi a de reconhecer ao Primeiro-Ministro o direito de escolher quem muito bem quiser para seu fornecedor. Se os presidentes dos poderosíssimos e riquíssimos Estados Unidos e Rússia podiam abastecer-se na BIJAN, porque raio não havia o Primeiro-Ministro do humilíssimo Portugal ter o direito de fazer o mesmo? Cheguei mesmo a colocar a mim próprio uma dúvida de tomo. Quem sabe ele tivesse ido para os lados de Hollywood – não estou a insinuar que foi para fazer testes de actor de cinema – e, passando à porta da BIJAN numa altura em que não estava lá ninguém, entrou para comprar um par de peúgas. Mas logo me vieram à mente as palavras do dono: “se alguém quer comprar uma camisa, este não é o seu lugar”. Muito penos para um par de peúgas. Não podia ser. E, rapidamente, estes meus pensamentos generosos foram substituídos por outros nem tanto. Caramba! Haverá algum abono para compra de roupas, concedido pelo OGE aos representantes dos órgãos do Poder? E, se não há, vamos lá a ver as declarações do IRS, a ver se estão lá rendimentos compatíveis com o facto de se ser cliente da loja mais cara do mundo? E, numa ocasião em que se pedem aos Portugueses sacrifícios pesados e sem conta, vislumbra-se sequer um laivo de moralidade num comportamento tal?
Retenhamos os factos. O Primeiro-Ministro de Portugal José Sócrates (assim, com todas as letras escarrapachadas na montra) é cliente da BIJAN, a loja mais cara do mundo. Terá (tem, pelo menos declarados ao fisco) rendimentos compatíveis com essa posição? Admitamos que tem. E ressalta uma questão de igual modo embaraçosa. Porque é que ele não poupou aos seus concidadãos, que ele governa, a vergonha de uma situação destas, a remeter-nos para os piores tempos da idade média, quando os suseranos comiam os javalis cuja caça proibiam aos aldeãos e estes haviam de contentar-se com as couves do quintal? Aquele nome não poderia estar ali sem a autorização pessoal dele. Portanto, deu-a, tácita ou explícita. E só encontro uma boa razão para tal. A sua imensa vaidade. Uma qualidade mais que temos de apor ao seu brilhante currículo.
A imoralidade, de uma situação como a descrita, é de tal modo grande que a minha limitada inteligência não consegue intuir quais as virtudes da estabilidade política que justificam manter este espécimen no lugar que ocupa. Se temos de esgaravatar os últimos grãos de trigo na terra queimada do quintal, se temos de catar por aí o supermercado que mais barato vende o arroz, então façamo-lo com dignidade e moralidade.

Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 14/10/2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PROBLEMA DE SOLVÊNCIA NA EUROPA E INFELIZMENTE QUAL O CAMINHO A SEGUIR

PORTUGAL NECESSITARÁ DE AJUDA FINANCEIRA EXTERIOR NO PRAZO DE UM MÊS

Os vigilantes das obrigações terão como alvo Portugal e forçarão o país a contrair um resgate dentro de um mês, mas a Espanha não terá que pedir aos seus homólogos europeus para ajudarem, disse Piers Curran, director de operações da Amplify Trading. "Acho que Portugal vai precisar de uma ajuda, mais cedo ou mais tarde". É inevitável. Eles não foram capazes de começar realmente uma suficiente politica de reforma o suficiente e acho que vão sofrer com isso ". Com a Espanha altamente exposta a Portugal, a ajuda deve vir o mais rapidamente possível, acrescentando: que vai acontecer no próximo mês. A Moody's disse nesta passada quarta-feira que está a considerar uma possível baixa da classificação de crédito a Espanha, devido às preocupações sobre a sua dívida crescente persistirem. Mas, segundo Curran, a Espanha está numa situação muito diferente de Portugal. "Acho que com a Espanha, a situação é definitivamente diferente. Eles precisam de recapitalizar o sistema bancário e atribuíram fundos para isso pelo que o dinheiro é suficiente ". Portugal, por outro lado está sob pressão crescente. Os custos dos empréstimos de Portugal a três meses quase duplicaram a partir da venda anterior no seu último leilão de dívida na passada quarta feira, reflectindo as preocupações persistentes sobre o país. ”Eu acho que os vigilantes das obrigações virão à carga. Quando Portugal vier para os mercados de dívida de uma forma significativa, o juro vai ser muito alto e acho que a ajuda será necessária”. Comentou ainda que nos bastidores, Portugal está a ser pressionado para ir mais além e pedir uma ajuda. "É importante para Portugal acelerar o processo agora. Vimo-lo com a Irlanda, o quanto caótico pode ser com os atrasos, apenas aumenta mais o problema ".
A chanceler alemã, Angela Merkel, apareceu na na passada quarta feira para amenizar a sua posição sobre a ajuda para os endividados pares europeus, dizendo num discurso que os lideres da União Europeia irão aprovar um plano de criar um fundo de emergência permanente para a zona euro. "Nós sabemos que o euro é o nosso destino colectivo e a Europa é o nosso futuro colectivo", disse Merkel. "Ninguém na Europa será abandonado. A Europa será bem sucedida junta."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

GASÓLEO PARA IATES A 0,80 CÊNTIMOS

Agora, todos ficam a saber: quem tem iates e embarcações de recreio
beneficia de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os
pescadores, por aplicação do Artº 29º do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008.
Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates...
É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,169 €, e os banqueiros e
empresários do 'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80€, e é justo,
porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!

CAPÍTULO II
Isenção do ISP para utilização na navegação
comercial
28.º As isenções do ISP previstas nas alíneas c) e h)
do n.º 1 do artigo 71.º do CIEC abrangem as utilizações
em embarcações que, para efeitos da presente portaria, se
designam por navegação comercial.
29.º Enquadram -se na disposição prevista no número
anterior as embarcações efectivamente utilizadas nas seguintes
actividades:
a) Navegação marítima costeira;
b) Navegação interior;
c) Pesca;
d) Navegação marítimo -turística;
e) Operações de dragagem em portos e vias navegáveis,
com excepção dos equipamentos utilizados na extracção
de areias para fins comerciais.
30.º Os abastecimentos de gasóleo colorido e marcado
para as embarcações referidas no número anterior são
registados mediante a utilização obrigatória do cartão de
microcircuito emitido para o efeito, sendo todos os abastecimentos
controlados pela Brigada Fiscal da Guarda
Nacional Republicana, através da utilização de um cartão
de microcircuito, emitido sob a responsabilidade daquela
corporação.

Portaria n.º 117-A/2008
de 8 de Fevereiro
As isenções e a aplicação de taxas reduzidas do imposto
sobre os produtos petrolíferos e energéticos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BCE DIZ AOS LIDERES QUE DEVEM RESOLVER A CRISE DO EURO

Os banqueiros centrais europeus disseram os governos da zona do euro para não contarem com o BCE para resolver a crise da dívida do bloco da moeda única por si só enquanto os líderes da Alemanha e da França se reuniram para elaborarem uma estratégia antes de uma cimeira crucial da UE.
A pressão sobre os membros do euro com dívida elevada como Portugal e Espanha abrandou ligeiramente ao longo da semana passada depois de o BCE ter adquirido títulos do governo no mercado em finais do fim de ano, empurrando para baixo os custos de empréstimos dos países da periferia do sul da Europa.
Mas, para evitar maior contágio, seguindo o seu acordo para resgatar a Irlanda no mês passado, os líderes europeus podem precisar de enviar um sinal forte para os investidores mais cépticos quando se reunirem em Bruxelas entre 16-17 de Dezembro para uma cimeira.
Gertrude Tumpel-Gugerell membro da Comissão Executiva do BCE escreveu numa coluna da revista austríaca Format que o vínculo da compra do banco foi bem sucedido porque "deu tempo para os países se prepararem e decidirem sobre as medidas orçamentais".
Enquanto isso, o Governador do Banco de Itália e membro do Conselho do BCE Mario Draghi disse ao Financial Times que "Estamos muito conscientes de que poderíamos facilmente cruzar a linha e perder tudo o que temos, perder a independência, e, basicamente, violar o tratado (da UE) ", Draghi é um dos principais candidatos a substituir Jean-Claude Trichet para presidente do BCE.
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reuniram-se manifestando este apoio à posição de Merkel contra a emissão conjunta de obrigações da zona euro zona - uma ideia do Presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker e do ministro italiano das Finanças Giulio Tremonti - ou aumentarem o tamanho do fundo do bloco de estabilidade para enfrentarem a crise.
Os líderes da coligação alemã rejeitaram a ideia de vínculo ao euro como inaceitável. "Houve um amplo consenso de que os Eurobonds que o Sr. Jean-Claude Juncker propôs estão fora de questão para nós", disse no Parlamento Hans-Peter Dietrich, um dos líderes da União Social Cristã bávara (CSU). A ministra da Economia espanhola, Elena Salgado, disse em Madrid que esperava que o custo do endividamento do país subisse no próximo leilão de títulos programado para a próxima semana, mas salientou que isso era um fenómeno temporário e não alarmante. "É verdade que podemos ter de pagar um pouco mais pela emissão de obrigações que nós tivemos no passado. Por essa razão, temos dito que vamos reduzir o volume até o mercado estabilizar".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ENGANO DOS HIPERMERCADOS

Desde que surgiu o primeiro hipermercado em 10Dez1985 abriram mais de 74 unidades, tendo o comércio tradicional perdido cerca de 70% da sua importância com o encerramento de 24 mil lojas. O peso actual do comércio tradicional situa-se em 12% quando em 1985 era de 86%.Desceu de 42 mil lojas em 1985 para 18 mil em 2009. Segundo a Associação portuguesa das empresas de distribuição (APED) os seus associados empregam cerca de 87.873 pessoas pertencendo as restantes 653.127 ao pequeno comércio.
Pela análise conclui-se que não existe possível concorrência com os hipermercados porque compram em grandes quantidades e são geridos por grandes fundos de capital. O revês da questão é que estes grandes aglomerados comerciais secam tudo à sua volta, esmagam preços aos produtores e negoceiam margens a seu belo dispor. Igualmente diminuem o emprego e não o aumentam como às vezes nos querem transmitir, para além de pagarem mal aos funcionários. Actualmente movimentam cerca de 2 mil milhões de euros anualmente, o que faz com que a riqueza disponível esteja mais concentrada.
Se existe um conselho que se possa dar neste NATAL é que se comprem produtos portugueses que começam por 560 na etiqueta se possível no comércio tradicional, de modo a diminuirmos as nossas importações e ajudarmos a desenvolver mais a nossa economia. A titulo de exemplo se cada português gastar 150 euros em produtos nacionais a economia cresce acima de todas as estimativas económicas e cria emprego.

domingo, 12 de dezembro de 2010

MOODY'S PODE BAIXAR NOTAÇÃO FINANCEIRA AOS BANCOS PORTUGUESES

Os bancos Portugueses receberam outro golpe sexta-feira quando a Moody's Investors Service ameaçou numa semana tornar-se a segunda agência de classificação financeira a baixar o nível devido à dependência contínua de financiamento do Banco Central Europeu.
As acções dos bancos espanhóis também estiveram sob pressão, com os investidores a continuaram a ver semelhança entre as duas economias com situações fiscalmente frágeis do Sul da Europa.
Os dois países ibéricos estão no centro de uma tempestade que já fez como vítimas a Grécia e a Irlanda. Tanto a Espanha como Portugal estão a enfrentar uma espiral da dívida pública e as perspectivas de pouco ou nenhum crescimento nos próximos anos devido às severas medidas de austeridade do governo para conter o aumento de incumprimentos no orçamento.
Num sinal de tensão crescente, o custo do seguro da dívida soberana Portuguesa contra o descalabro subiu novamente sexta-feira. Os diferenciais dos juros das obrigações do governo Espanhol e Português em comparação com seus colegas alemães também aumentou, apesar da notícia de que o Brasil está a estudar a possibilidade de oferecer ajuda ao seu antigo senhor colonial, comprando dívida Portuguesa ou negociando linhas de crédito.
O Ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos disse quinta-feira, após reunião com seu colega brasileiro, que Portugal quer diversificar o mercado para a compra de dívida e disse que o governo do Brasil está a considerar esta hipótese.
O ministro das Finanças do Brasil Guido Mantega disse sexta-feira que tinha referido a possibilidade do seu país, comprar títulos de dívida Portuguesa para o banco central do Brasil, responsável por investir as reservas do país. Mantega disse acreditar que outras medidas, como linhas de crédito especiais seriam mais eficazes. As acções dos bancos em Portugal e em Espanha caíram após o aviso. A Moody's disse que está a rever fazer um rebaixamento dos ratings de 10 bancos Portugueses, incluindo os maiores, o Banco Comercial Português, SA, Banco Espírito Santo SA, Banco BPI SA, Caixa Geral de Depósitos SA de propriedade estatal e Totta, a unidade local do gigantesco espanhol Banco Santander SA.
Para os bancos ibéricos, as condições de mercado desafiadoras provocaram obstáculos no financiamento. Com poucos investidores dispostos a emprestarem-lhes dinheiro, os bancos este ano voltaram-se para o BCE como financiador. Embora o financiamento seja barato, como é o temporário e de curto prazo, ele também carrega um estigma significativo por causa do estatuto do BCE como sendo um emprestador de última instância. O BCE ao aumentar o empréstimo para um país leva a indicar stress de financiamento no sistema bancário local e leva-nos até ao recente resgate da Irlanda € 67500000000 (89,34 bilhões dólares), depois de terem sido efectivamente congelados dos mercados de dívida fora.
Recentemente, os bancos em Portugal e Espanha têm mudado a sua dependência do BCE para outra fonte de recursos de curto prazo de forma agressiva, aumentando a sua utilização de acordos de recompra, em vez de pedir dinheiro de um investidor que recebe títulos como garantia, dizem os banqueiros em ambos os países.
A Moody's disse na quinta-feira que a sua revisão dos bancos Portugueses incidirá sobre a capacidade dos bancos para acesso ao financiamento, o custo actual do suporte de liquidez dos bancos centrais e as estratégias para reduzirem a sua dependência de apoio.
A Standard & Poor's emitiu um alerta semelhante na semana passada, dos bancos Portugueses após colocar o rating de crédito sob revisão de Portugal. A Fitch Ratings já rebaixou os bancos Portugueses, citando o financiamento contínuo e restrições de liquidez.
Os analistas dizem que uma opção para os bancos é reduzirem os empréstimos e aumentarem os depósitos, tornando-os menos dependentes de financiamento externo. No entanto, os aumentos de depósitos de aumento será um desafio, já que os governos ibéricos impuseram medidas duras sobre os trabalhadores do país ,incluindo cortes salariais para os funcionários públicos e o aumento de impostos para reduzirem os seus défices orçamentais.
Os bancos Portugueses já devem ter cumprido todas as suas necessidades de refinanciamento para 2010, mas os três maiores bancos negociados BCP, BES e BPI terão de refinanciar mais de € 9.000 milhões no ano que vem e mais de € 10 biliões em 2012.
Em Espanha o saldo é muito maior, com os bancos a enfrentarem vencimentos de cerca de € 88 biliões no próximo ano, com o volume a vencer na primeira metade do ano, segundo dados compilados pelo Barclays Capital.

Comentário: No apogeu da crise financeira em final de 2007 inicio de 2008 o actual governo confrontado se esta nos iria atingir chegaram ao ridiculo de dizerem: mercados o que é isso?
crise chegar a Portugal? Não.Hoje não falam de outra coisa. Cambada de palhaços!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AS COMMODITIES MAIS QUENTES

No ano corrente de 2010 as seguintes commodities negociadas aumentaram de preço comparativamente com o ano passado na seguinte percentagem por ordem decrescente:
1 - Algodão - 52%
2 - Platina - 47%
3 - Prata - 45%
4 -Café - 38%
5 -Milho - 37%
6 - Aveia - 36%
7 - Niquel - 29%
8 - Trigo - 29%
9 - Ouro - 26%
10 - Vacas vivas -14%
Todos estes aumentos, conjugados com outros factores como as alterações climáticas, questões energéticas, guerra de moedas, inflação crescente com emissão de mais moeda, dívida dos estados soberanos faz com que no mundo actual as medidas politícas com vista ao futuro tem que ser levadas tomando em conta estes factores.
A politíca mais do que nunca precisa de pessoas extremamente competentes para os seus cargos porque hoje em dia qualquer passo que se dê em falso é um compromisso grave com o futuro.
Se algo de útil se pode tirar da política actual portuguesa foi só na questão energética com as renovavéis, apesar do povo português estar a pagar uma factura de 90 euros por meio dos impostos cobrados. O timing é que não foi o correcto porque demorará na melhor das hipóteses dez anos até este meio de energia passar a ser lucrativo para o PAÍS.
Analisando a tabela de commodities e o que se passa na actualidade verifica-se que o futuro passará sempre pelo incentivo à agricultura e não o contrário que tem sido feito em Portugal.
FONTE

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O FUTURO DO EURO

Os mercados obrigacionistas têm desprezado os 85 biliões (113.000.000.000 dólares) de fiança oferecida à Irlanda em 28 de Novembro. Os juros da dívida têm aumentado não só para a Irlanda mas para Portugal, Espanha, Itália e até mesmo a Bélgica. O euro caiu de novo. A um resgate segue-se outro, os votos solenes dos líderes da UE que um desmembramento da moeda única é impensável e impossível parece ter perdido o seu poder de convencer. Isto está a levar muitos a interrogarem-se se o euro pode sobreviver. O caso contra isto é que os cidadãos europeus não podem viver mais sob o seu jugo. Na periferia da Europa alguns anseiam de serem poupados dos anos de austeridade necessários para os salários e os preços se tornarem competitivos. No dominado núcleo alemão eles estão fartos de pagarem pelas irresponsabilidades de outros países e receiam isso, como credores e irão sofrer se o BCE inflacionar longe os retardatários das dívidas.
A história financeira está cheia de acontecimentos que se desviaram do impensável para o inevitável a uma velocidade de tirar o fôlego: a Grã-bretanha deixou o padrão do ouro em 1931 e a Argentina abandonou o seu dólar em Janeiro de 2002. Mas a queda do Euro irá trazer consigo improcedentes técnicos, custos políticos e económicos.
A ruptura podia acontecer de duas maneiras. Um ou mais membros fracos (Grécia, Irlanda, Portugal, e talvez Espanha) podiam sair presumivelmente para desvalorizarem a sua moeda nova. Ou uma conjunta coligação Alemã, possivelmente com os Países Baixos e Áustria, poderia deixar o lixo do euro e restaurar a marca D que iria então aumentar.
Em ambos os casos os custos seriam enormes. Para começar as dificuldades técnicas da reintrodução da moeda nacional, a reprogramação dos computadores e máquinas de venda automática, cunhagem de moedas e impressão de notas serem enormes (foram necessários três anos de preparação para o euro). Qualquer sugestão de que um País fraco estava prestes a deixar o euro, levaria a uma corrida aos depósitos bancários, enfraquecendo ainda mais os bancos em dificuldades. Isto resultaria em cortes de financiamento e talvez limites para levantamentos bancários o que iria estrangular o comércio. Abandonando o euro seria cortado o financiamento estrangeiro talvez por anos e além disso esfomear as suas economias de fundos.
O cálculo seria apenas ligeiramente melhor se a Alemanha escapa-se do euro. Novamente haveria corridas bancárias na Europa com os depositantes a fugirem dos Países mais fracos, levando á reintrodução de controlo de capitais. Mesmo que os bancos alemães ganhassem mais depósitos, os seus grandes activos no mercado da zona euro desceriam: a Alemanha lembre-se é o maior credor do sistema. Por último os exportadores alemães tendo sido os grandes beneficiários de uma única moeda mais estável iriam gritar ao serem desembarcados outra vez numa aguçada subida da marca D.
Se as economias pulassem separadamente do olhar duvidoso do euro, os riscos políticos detonariam uma reacção em cadeia que poderia ameaçar a estrutura do mercado único e da própria União Europeia. A UE e o euro foram as âncoras da Alemanha no pós guerra. Se ela abandona-se a moeda com um alto custo, e deixa-se o resto da zona euro afastar-se por si mesmo, o seu compromisso com a União Europeia estaria em dúvida.
Se um País fraco saísse, arriscando não só os bancos europeus mas também a moeda isso iria exportar a sua dor para os seus vizinhos. Depois de os controles de capital estarem no seu lugar os mercados financeiros da Europa estariam em frangalhos o que seria difícil para preservar o comércio transfronteiriço Europeu. O colapso de um único mercado colocaria em risco a própria UE. No entanto, os países agora podem pesar muito a adesão ao euro, deixando-o não faz sentido. Mas o facto de que deveria sobreviver, não significa que ele irá.
A recuperação de uma moeda única
Os líderes europeus têm sido lentos e tímidos em resposta às pressões do mercado. A Grécia e a Irlanda foram forçadas a isso, relutantemente em fianças externas. Só tardiamente é que eles reconheceram que alguns países não estão apenas na necessidade de empréstimos como podem ser incapazes de pagarem na totalidade as suas dívidas. Isto quer dizer que alguma dor tem que ser infligida aos obrigacionistas. Esta será mais fácil de conseguir agora que os governos da zona euro concordaram em questões da dívida soberana que a partir de 2013 deverá conter cláusulas de acção colectiva que param o bloqueio ofertas de investidores. Tal conversa é inevitavelmente impopular nos mercados. No entanto as perdas devem ser possíveis se os investidores se distinguirem entre os emissores de dívida soberana.
Se o euro é para sobreviver, os países credores tem necessidade de dar uma ajuda aos países deficitários. Eles podem fazer isso directamente, ou o BCE poderia fornecer liquidez aos bancos ou comprar títulos do governo antes que caiam muito. Ele indicou que pode começar a fazer esta última de novo. A Alemanha odeia a ideia de mais ajuda aos países devedores, dai a sua lentidão para aceitar fianças externas e a sua determinação em punir os obrigacionistas. Sua relutância para subsidiar os fracos e perdulários é compreensível mas a alternativa é pior.
O rompimento do euro não é impensável, apenas muito caro. Porque eles se recusam a encarar a possibilidade de que isso poderá acontecer, os líderes europeus não estão a tomar as medidas necessárias para evitar tal situação.

domingo, 5 de dezembro de 2010

OS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS DO NOSSO PAÍS EM EMPRESAS MAIORITARIAMENTE MONOPOLISTAS

Por cada reunião do conselho de administração das cotadas do PSI-20, os administradores não executivos - ou seja, sem funções de gestão - receberam 7427 euros. Segundo contas feitas pelo DN, tendo em conta os responsáveis que ocupam mais cargos deste tipo, esta foi a média de salário obtido em 2009. Daniel Proença de Carvalho, António Nogueira Leite, José Pedro Aguiar-Branco, António Lobo Xavier e João Vieira Castro são os "campeões" deste tipo de funções nas cotadas, sendo que o salário varia conforme as empresas em que trabalham.
Proença de Carvalho é o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago. O advogado é presidente do conselho de administração da Zon, é membro da comissão de remunerações do BES, vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD e presidente da mesa na Galp Energia.
E estes são apenas os cargos em empresas cotadas, já que Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas.
Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros. Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.
O segundo mais bem pago por reunião é João Vieira Castro. O advogado recebeu, em 2009, 45 mil euros por apenas quatro reuniões, já que é presidente da mesa da assembleia geral do BPI, da Jerónimo Martins, da Sonaecom e da Sonae Indústria. Segue-se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos.
O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5300 euros por reunião.
O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco é outro dos "campeões" dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado), da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009,
Aguiar-Branco recebeu 8080 euros, ou seja, 4040 por reunião.
Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado (não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.
Apesar de desempenhar apenas dois cargos como administrador não executivo, o vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa, Vítor Gonçalves, recebeu mais de 200 mil euros no ano passado. Membro do conselho geral de supervisão da EDP e presidente da comissão para as
matérias financeiras da mesma empresa, o responsável é ainda administrador não executivo da Zon, tendo um rácio de quase 5700 euros por reunião.
Comentário: não haverá por acaso qualquer ligação entre isto, o "déficit", e a situação de total descalabro do país? Se estes senhores são tão bons para ganharem tanto dinheiro só para assistirem a reuniões e manifestarem as suas opiniões, como pode o país destes senhores
encontrar-se no estado em que se encontra? Qual é o real valor, a credibilidade e reconhecimento internacional destes senhores tão bem pagos e que andam há tantos anos "por aí" na vida política e empresarial portuguesa? (estas "dúvidas" estendem-se aos administradores executivos que sempre farão um pouco mais que assistir a reuniões e mandar "palpites"... e por isso sempre ganharão um pouco mais).
É por causa destas discrepâncias que querem liberalizar cada vez mais o contrato de trabalho e diminuirem salários para nos tornarmos competitivos.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ZONA EURO EM 2011 CRESCE DEVAGAR NO MEIO DE CORTE DE GASTOS

A economia da zona do euro vai desacelerar ligeiramente no ano seguinte, com os governos a cortarem gastos para reconquistarem a confiança do mercado financeiro, mas a procura privada dará um novo impulso de crescimento em 2012, segundo a Comissão Europeia. Nas suas previsões económicas semestrais para o bloco dos 27 países, o executivo da União Europeia disse que o crescimento na área da moeda única vai diminuir para 1,5% em 2011 de 1,7% previsto neste ano, mas a recuperação ocorrerá em 2012 com 1,8%.
"Com a procura interna privada como um fortalecimento geral, a recuperação dita está a ser cada vez mais auto-sustentável ao longo do horizonte da previsão,"disse Olli Rehn comissário dos Assuntos Económicos e Monetários.
O principal motor do crescimento na zona do euro será a maior economia da Alemanha, onde o crescimento deverá desacelerar substancialmente no próximo ano a partir do crescimento de 3,7 por cento observados em 2010, mas continuará com 2,2% respeitáveis. A fraca economia global irá reduzir a procura para as exportações da zona do euro, mas também muitos dos governos da zona euro irão cortar gastos e aumentar impostos para retornarem as finanças públicas numa trajectória sustentável. Os deficits orçamentados agregados da zona euro vão encolher no próximo ano e em 2012, mas a dívida continuará a subir, como a da Bélgica e da Irlanda a tornar-se maior que sua produção anual, disse a Comissão.
A preocupação com a capacidade de Portugal para o serviço da sua enorme dívida, que foi impulsionada pelo apoio do governo para o sector bancário em crise, obrigou a Dublin a procurar a ajuda financeira da UE e alertou o interesse de Portugal e até mesmo da Espanha poder ser a próxima. O deficit orçamentado dos países que utilizam o euro vai cair 4,6% do Produto Interno Bruto no próximo ano de 6,3% previsto para este ano e 3,9% por cento em 2012. A dívida pública deverá aumentar para 86,5 por cento do PIB no próximo ano de 84,1 por cento em 2010 e aumentar para 87,8 por cento em 2012.
"A continuação determinada da consolidação orçamental e as políticas de distribuição prévia para favorecerem o crescimento, são essenciais para estabelecerem uma base sólida para o crescimento sustentável e emprego", disse Rehn. "A turbulência nos mercados de dívida soberana sublinha a necessidade de uma sólida política acção. "
Metas de Portugal, Espanha
O foco do mercado virou-se agora para Portugal agora, que tem uma dívida grande, um muito lento crescimento e uma economia não competitiva. Oprimidos por cortes pesados nos gastos do orçamento e impostos mais elevados, Portugal vai cair em recessão, a constatação de 1% em 2011, e voltar apenas para o fraco crescimento de 0,8% em 2012, mediante as previsões da Comissão. Lisboa tem planos para reduzir o seu défice orçamental para 4,9% em 2011 de 7,3% este ano, mas a sua dívida aumenta para 88,8% do PIB em 2011 de 82,8% previsto este ano. "No caso de a meta fiscal ser perdida por causa do crescimento um pouco menor, materializando, assim, o governo assume que é essencial ainda para cumprir a meta fiscal se necessário, tomar medidas adicionais". "E além disso, é claro que é essencial que Portugal irá igualmente desenvolver e implementar reformas estruturais ambiciosas para alcançar seu potencial de crescimento", acrescentou Rehn.
A Irlanda,
que no domingo chegou a acordo sobre um pacote de resgate 85.000.000.000 € da UE e do Fundo Monetário Internacional, vai ver a sua economia crescer 0,9 por cento no próximo ano após uma contracção de 0,2% este ano, mas o crescimento deverá acelerar para 1,9 por cento em 2012, disse a Comissão. Dublin terá o maior buraco orçamento da UE de 32,3% este ano, por causa dos custos enormes de apoiar o seu sector bancário em crise, mas vai reduzir esse deficit para 10,3% no próximo ano e cortá-lo ainda mais para 9,1% em 2012. "A economia irlandesa é flexível e, embora existam sérios desafios relativos às finanças públicas e, especialmente, ao sector bancário... ela tem a capacidade de se recuperar rapidamente da recessão. O crescimento das exportações já é um facto", disse Rehn.
A Espanha, também no centro das atenções do mercado devido ao seu baixo crescimento e ao potencial de reparação caro do seu sistema bancário, irá contrair 0,2% em 2010, mas voltar a crescer 0,7% em 2011 e 1,7 por cento em 2012, disse a Comissão.
O seu défice está a cair para 6,4% em 2011 de 9,3% em 2010 e 5,5% em 2012, com as medidas de austeridade de Madrid. A Espanha quer reduzir o seu défice orçamental para 6% no próximo ano, uma meta que Rehn chama desafiadora. "A estratégia espanhola fiscal... está no caminho certo. Se no ano seguinte do crescimento é menor do que o esperado, é necessário tomar medidas adicionais para garantir que a meta fiscal é cumprida" comentou.
Embora os deficits irem diminuir, a dívida continuará a subir. A maior dívida de todos os países da UE será na Grécia, onde a dívida vai atingir 105,2% do PIB no próximo ano, de 140,2% em 2010, para aumentar ainda mais para 156% em 2012. A Bélgica vai ver aumentar a sua dívida de 98,6% do PIB este ano para 100,5% em 2011 e 102,1% em 2012. A dívida da Irlanda também é provável que cresça para 107% do PIB no próximo ano de 97,4 por cento esperados em 2010, para saltar para 114,3% em 2012.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MELCHIOR PALYI O PROFETA DA DESGRAÇA ACTUAL 70 ANOS ANTES

Décadas antes nunca ninguém tinha ouvido falar de um derivado de hipoteca, um economista chamado Melchior Palyi previu as principais causas da crise financeira 2008-2009, com precisão o que faz com que o leitor moderno fique de cabelos em pé.
Os seus avisos ajudaram a explicar porque os investidores insistem em confiar nos porteiros do mercado que sabem ser falíveis, como os formuladores de políticas, reguladores e as empresas de classificação de crédito.
As sementes dos problemas de hoje foram plantadas há muito tempo, e a sua história esquecida encerra lições importantes. Em 1936, como parte das reformas no âmbito da nova lei bancária, o governo dos EUA determinou que os bancos com regulação federal não podiam mais manter títulos que não fossem classificados como grau de investimento por pelo menos duas empresas de ratings.
Para determinar como implementar a nova política, o governo lançou um massivo projecto com os especialistas do Federal Deposit Insurance Corp, o National Bureau of Economic Research e da Works Progress Administration para estudarem como as classificações de crédito deviam ser usadas.
Sr. Palyi, então professor na Universidade de Chicago, era um céptico desde o início. Olhando para trás em 1920, descobriu que o grau de investimento de títulos faliu com frequência alarmante, muitas vezes no mesmo ano em que foram classificados. Em média, ele mostrou, que num banco a que se seguiram as novas regras iria acabar com um terço da sua carteira de obrigações e entrar em incumprimento.
O assunto era tão confiável que seria "ainda mais responsável", disse Palyi, "pararem a publicação de avaliações completamente." Ficou especialmente incomodado que a nova regulamentação bancária ligada à responsabilidade pela segurança de crédito de banqueiros e até mesmo reguladores de banco pelas empresas de ratings.
"De lá", avisou, "terá de ser deslocado novamente para outra pessoa", presumivelmente os contribuintes. A liquidez argumentou o Sr. Palyi, foi sendo substituída por aquilo que ele desdenhosamente chamados de "shiftability,” um novo tipo de risco que poderia algum dia "ser ampliado em dimensões catastróficas".
Em resposta às suas críticas, os investigadores do governo ao estudarem como aplicar as avaliações de títulos mudaram de método para o cálculo do rendimento de títulos com grau de investimento.
Desde 1930, mais de 150 leis e regulamentos surgiram e exigem aos bancos, corretoras, seguradoras, planos de pensão e fundos do mercado monetário para deterem títulos considerados de grau de investimento pelas agências de rating. Um estudo divulgado em 2007, na véspera da crise financeira, constatou que 76% dos gestores de fundos não vai investir em títulos a seguir depois das notações de crédito determinadas, apesar de menos de um terço deles pensar que era "uma estratégia de investimento boa."
Na esteira da crise, a Fitch, Moodys e Standard & Poor's, hoje grandes empresas de rating, todas disseram que tomaram medidas para melhorarem a transparência e a fiabilidade das suas notações e que ninguém deve usar as notações de crédito como a principal base para uma decisão de investimento.
Quem foi Palyi Melchior? Nascido na Hungria em 1892, tornou-se economista-chefe do Deutshe Bank, fluente em pelo menos quatro línguas e dotado de um senso de humor, o Sr. Palyi foi o principal conselheiro económico do banco central alemão durante a reestruturação financeira da Alemanha após a hiperinflação dos anos 1920. Em 1933, quando Hitler chegou ao poder, o Sr. Palyi fugiu para os EUA e morreu em 1970.
O Sr. Palyi alertou em 1938 que um impulso em direcção à casa própria universal iria "fazer a população fixar-se ao solo" e "sobrecarregá-la com os custos da habitação." Isto previu ele, seria limitar a mobilidade dos trabalhadores americanos, ajudando a explicar o porquê do desemprego ser teimosamente tão alto hoje.
Ele também fez pouco do que hoje é chamado de "flexibilização quantitativa", caracterizando-a como "uma espécie de Pai Natal para o sistema económico" que pode levar a "inflação galopante" e também a uma concentração de muito poder em poucas mãos. Os investidores ao acumularem hoje acções com base na festa da Reserva Federal de comprar títulos mais recentes não devem ficar muito convencidos.
O Sr. Palyi gostava de dizer que, mais cedo ou mais tarde, muito crédito sempre transforma -se num gigante de débito com os devedores a explodirem sob a carga de juros crescentes. Isso é um aviso em que qualquer país faria bem em prestar atenção.
Artigo retirado do wall street journal



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PORTUGAL DEVE CONSIDERAR RESGATE

O economista Nouriel Roubini diz que Portugal deve considerar pedir uma ajuda antes da sua situação financeira agravar-se. O professor de economia na Universidade de Nova York que previu a crise financeira, disse que é" altamente provável " Portugal vir a necessitar de assistência internacional. Existem fundos amplos para escorarem Portugal, um dos mais pequenos países da zona do euro, que contribui com menos de 2 por cento do produto interno bruto do grosso bloco de 16 nações.
Portugal está-se a aproximar "de um ponto crítico" devido à sua carga de elevado endividamento e crescimento fraco. Comentou também que a vizinha Espanha, a quarta maior economia da Europa, é "grande demais para ser resgatada."

domingo, 28 de novembro de 2010

POSSIVEL CHOQUE DE "COMMODITIES" RISCO DE INFLAÇÃO

O aumento da inflação nos mercados emergentes, conjugada com um aumento acentuado dos preços das commodities, podem prejudicar as economias desenvolvidas, porque as empresas lutam para manter baixo o incremento de custos.
"Eu acho que é a questão mais importante que nós enfrentamos hoje no mercado", disse Philipa Malmgren, presidente da Principalis Asset Management. "Temos a inflação rasgando através dos mercados emergentes. Isso vai pressionar o incremento de custos para cima de toda a produção estabelecida ocidental". A Reserva Federal comprometeu-se a injectar mais $600 biliões de dólares na economia, através da compra de títulos datados de longa duração do governo, numa tentativa de estimular o crescimento. Mas a liquidez gerada pela flexibilização quantitativa do Fed não significa necessariamente liquidez adicional para a economia interna dos EUA, disse Hans Redeker, chefe global de estratégia de câmbio do BNP Paribas.
"O que acontece se você cria dólares, é que esses dólares não ficam nos Estados Unidos. Então você tem um movimento de uma onda de liquidez em dólares, para por exemplo, o mercado imobiliário de Hong Kong ". "Nós estamos nos EUA a criar uma liquidez em dólares nos locais errados do mundo."
Esta liquidez pode ter um impacto negativo nas economias dos mercados emergentes devido às suas pressões inflacionárias, disse Redeker. Estas pressões serão transferidas para os países desenvolvidos, onde algumas empresas podem passar os custos através de preços mais elevados aos consumidores, e isso não é necessariamente bom para a economia global, porque os consumidores têm de pagar mais, disse Malmgren.
O impacto da inflação emergente pode ser configurado para intensificar-se devido a um potencial "choque das commodities", segundo Laurent Bilke, director de estratégia global da Nomura.
Os preços das commodities, como a agricultura e materiais industriais tendem a subir, colocando pressão sobre os lucros corporativos, assim como o dos indivíduos. "É de certa forma um choque de produtividade das empresas e um choque que irá atingir o rendimento real das famílias". Os bancos centrais do mundo desenvolvido serão colocados numa posição difícil, pois eles irão ser confrontados com crescimento lento e aumento da inflação, acrescentou.
O dinheiro Ocidental poderá estar a adicionar problemas aos investidores que estão ansiosos para lucrarem com a história do crescimento emergente, disse Philip Poole, chefe global de macro e estratégia de investimento no HSBC Global Asset Management. "Há um risco de fabrico da inflação noutros lugares e, em seguida, importar de volta".
Há três fontes principais de pressões inflacionárias em muitos países emergentes, de acordo com Poole. O primeiro é a inflação dos preços dos alimentos, depois o efeito da "intervenção cambial não esterilizada", que é quando os bancos centrais tentam reduzir a oferta de uma determinada moeda, numa tentativa de criarem impacto na taxa de câmbio e o terceiro é o crescimento dos salários. O aumento da inflação provavelmente vai causar nos mercados emergentes um aumento das taxas de juro nos bancos centrais como luta para arrefecerem as suas economias em expansão, acrescentou Poole.
"O problema, claro, é que a subida das taxas, enquanto o Fed e outros bancos centrais do mundo desenvolvido estão em espera só aumenta o diferencial de juros e o continuar dessas moedas emergentes".
“Este potencial suga a liquidez adicional do mundo desenvolvido, onde (flexibilização quantitativa) e uma saliência deflacionária continuam a empurrar os investidores para activos e moedas emergentes”. Quanto mais dinheiro bombeia a Reserva Federal para a economia, os investidores mais vão usá-lo para apostarem no crescimento dos emergentes, o que agrava o problema, acrescentou. A tendência de investimento do Ocidente para o Oriente não mostra nenhum sinal de desaceleração. "Alguma liquidez do Ocidente está a encher esses mercados". O Sensex (bolsa indiana) mais do que duplicou de valor desde o último ano observado em Março de 2009.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PORTUGAL CONTINUA DEBAIXO DE PRESSÃO APÓS AJUDA FINANCEIRA À IRLANDA


O resgate da União Europeia da República da Irlanda pode dar alívio a curto prazo aos mercados, mas apesar das esperanças da zona do euro, não pode impedir os mercados de empurrarem também Portugal para obter assistência da UE, a menos que uma solução mais geral seja encontrada em breve.
No domingo passado, a Irlanda recebeu da UE e do Fundo Monetário Internacional um pacote de ajuda financeira para cobrir as suas necessidades fiscais e potenciais necessidades de capital futuro do seu sistema bancário.
Os Ministros das Finanças da UE apoiaram o pedido de auxílio, que uma fonte da UE calcula de 80-90 mil milhões de euros, para parar as preocupações do mercado sobre a dívida da Irlanda e que se espalhe para outros países com grandes lacunas no orçamento, como Espanha e Portugal, ameaçando uma crise sistémica.
"Será que vai impedir o contágio? No curto prazo sim, mas não no médio prazo. Ele só acalma os mercados e dá a outros países algum tempo para respirarem. Portugal particularmente não está fora de perigo ainda", disse Carsten Brzeski, economista na ING.
As origens dos problemas da dívida da Irlanda e Portugal são diferentes - Irlanda teve problemas porque teve que ajudar o seu sector bancário, atingido pelo colapso do mercado imobiliário, enquanto Portugal está a sofrer de baixo crescimento e de falta de competitividade. Mas o resultado final foi semelhante - uma dívida que o mercado vê como difícil de carregar. O problema subjacente à desconfiança do mercado da dívida de alguns países da zona euro só pode ser resolvido com uma solução rápida e detalhada de todos os países da zona euro, em vez de uma abordagem fragmentada, disseram os economistas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HENRIQUE NETO- SÓCRATES É UM VENDEDOR DE AUTOMOVÉIS DOS PIORES

Porque é que tem pó ao Sócrates?
Uma vez, fui a um debate em Peniche, conhecia o Sócrates de vista. Isto antes do Governo Guterres. Não sabia muito de ambiente, mas tinha lido umas coisas, tinha formado a minha opinião. O Sócrates começou a falar e pensei: "Este gajo não percebe nada disto". Mas ele falava com aquela propriedade com que ainda hoje fala, sobre aquilo de que não sabe [riso]. Eu, que nunca tinha ouvido o homem falar, pensei: "Este gajo é um aldrabão, é um vendedor de automóveis". Ainda hoje lhe chamo vendedor de automóveis.
Esse é um dos nomes mais simpáticos que lhe chama, chama-lhe outros piores.
Quando se pôs a hipótese de ele vir a ser secretário-geral do PS, achei uma coisa indescritível. Era a selecção pela falta de qualidade. O PS tem muita gente de qualidade. Sempre achei que o PS entregue a um tipo como o Sócrates só podia dar asneira.
Nos últimos tempos, a sua voz é das mais críticas no PS, e o desdém com que fala dele faz-me perguntar se a questão tem uma raiz emocional?
Faço uma explicação: gosto muito de Portugal - se tiver uma paixão é Portugal - e não gosto de ninguém que dê cabo dele. O Sócrates está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto. Entre o mal que faz e o bem que faz, com o Sócrates, a relação é desastrada. O Soares também fez muito mal ao País, mas também fez muito bem; se calhar até fez mais bem do que mal.
A maneira como se envolve e se empenha cada vez que fala de Sócrates, faz perceber que há ali uma motivação que é epidérmica, que não é uma coisa só racional.
Não. Há caras de que gostamos mais e outras menos, mas não me pesa assim tanto. Além do facto de que estou convencido de que ele não é sério, também noutros campos. Conheci a vida privada do Sócrates, ele casou com uma moça de Leiria, de quem conheço a família. Sou amigo do pai dela, que foi o meu arquitecto para a casa de São Pedro de Moel. Esta pequena decoração que vê aqui [em casa] foi feita pela cunhada do Sócrates. Às vezes compro umas pinturas que a mãe delas faz. Nunca fui próximo da família, mas tenho boas relações. Não mereciam o Sócrates. Portanto, sei quem é o Sócrates num ambiente familiar. Sei que é um indivíduo que teve uma infância complicada, que é inseguro por força disso, que cobre a sua insegurança com a arrogância e com aquelas crispações. Mas um País não pode sofrer de coisas dessas.
Permite-se dizer todas as coisas que diz acerca de Sócrates porque tem esta idade e porque tem o dinheiro que tem?
Não tenho muito dinheiro.
Há essa ideia, sobretudo depois de ter vendido a sua participação na Iberomoldes?
Quase dei. Não queria morrer empresário. Tenho para ir vivendo, não tenho assim tanto dinheiro. Também não posso ser tão inocente... O problema é que também estava convencido de que a indústria portuguesa vai toda para o galheto. Com os erros que estamos todos a cometer, só por milagre é que algum sector vai sobreviver. Se estou convencido disso o melhor
é não fazer parte do problema, especialmente nesta fase da minha vida. Tenho a minha independência económica.
Não depende?
Sempre fui assim. Escrevi uma carta ao Guterres, que foi publicada, em que lhe disse coisas que digo do Sócrates.
Porque é que não quis acabar empresário?
Porque ser empresário hoje é ser herói. Já não tenho idade para ser herói. A economia portuguesa não está assim por acaso.
É o seu projecto de vida. Porque é que não quis continuar a trabalhar nisso que foi a sua vida?
O meu pai mudou de vida várias vezes. Por exemplo, emigrou para trabalhar na Alemanha com quase 70 anos e não foi por estar com fome. Devo ter alguma coisa da irrequietude do meu pai. Por outro lado, trabalhei e descontei para a Segurança Social durante 59 anos, sinto que cumpri a minha obrigação com o País. Fiz coisas interessantes, o grupo Iberomoldes é um grupo empresarial muito estimulante e inovador; mas tudo na vida tem um princípio e deve ter um fim. Éramos dois sócios com 50% cada - o que nem sempre é fácil - e na fase final da sociedade fui confrontado com alguns problemas inesperados que me desagradaram e de que só tomei conhecimento demasiado tarde. Tudo junto, e porventura o facto de já não ser novo, fez-me decidir pela reforma.
É assim em relação a Portugal e ao socratismo? Tem essa veia verrinosa, gosta de apontar o que está mal feito?
Não tinha essa veia verrinosa, mas acho-a útil. Adoro a crítica. O Dr. Vareda ensinava-nos nos livros lá da biblioteca que tínhamos de ser críticos de nós próprios, dos outros, da sociedade, mas com inteligência. E ver os pontos fracos.

Estudei um pouco da história portuguesa, nomeadamente dos Descobrimentos; fizemos erros absurdos. Um dos erros é deixarmo-nos enganar, ou pelos interesses, ou pela burrice. O poder, os interesses e a burrice é explosivo. Descambámos no Sócrates, que tem exactamente estas três qualidades, ou defeitos: autoridade, poder, ignorância. E fala mentira. Somos um País que devia usar a inteligência e o debate para resolver os problemas, e temos dirigentes que utilizam a mentira e evitam o debate.
Apesar da discordância, continua ligado ao PS.?
A última comissão política do PS foi feita no dia em que o Sócrates anunciou estas medidas todas. Convocou a comissão política depois de sair da conferência de imprensa, para o mesmo dia, à última da hora, para ninguém ir preparado - primeira questão. Segunda questão, organizou o grupo dos seus fiéis para fazer intervenções umas a seguir às outras, a apoiar, para que não houvesse vozes discordantes. A ideia dele era que o Partido Socialista apoiasse as medidas. Fez medidas tramadas, toda a gente sabe. O mínimo era que o partido as apoiasse. Mas não falou antes. Depois o Almeida Santos fez aquilo que faz sempre: uma pessoa pode inscrever-se primeiro, mas o Almeida Santos só dá a palavra a quem acha. Os que acha que vão dizer o que não quer que digam, só vêm no fim. E no fim: "Isto está tarde, está na hora de jantar". Isto é uma máfia que ganhou experiência na maçonaria.
O Arq. Fava é maçónico, o Sócrates entrou por essa via, e os outros todos. Até o Procurador-Geral da República. Utiliza-se depois as técnicas da maçonaria - não é a maçonaria - para controlar a sua verdade.
Os sucessivos governos, este em particular, pintam uma imagem cor-de-rosa da economia portuguesa. Isto é enganar as pessoas sistematicamente. Depois aparecem críticos como o Medina Carreira ou eu a chamar a atenção para a realidade do País - chamam-nos miserabilistas! E quando podem exercem pressão nos lugares onde estão esses críticos e se puderem impedir a sua promoção ou acesso aos meios de informação, não hesitam.
Isto era o que se passava antes do 25 de Abril, agora passa-se em liberdade, condicionando as pessoas, e usando o medo que têm de perder o emprego. José Sócrates, na última Comissão Política do PS, defendeu a necessidade das severas medidas assumidas pelo Governo, mas também disse que era muito difícil cortar na despesa do Estado porque a base de apoio do PS está na Administração Pública. Disse-o lá, e pediu para isso a compreensão dos presentes. Não tenho nada contra José Sócrates. Se ele se limitasse a ser um vendedor de automóveis, ser-me ia indiferente. Mas ele é o primeiro-ministro e está a dar cabo do meu País. Não é o único, mas é o mais importante de todos.

Parte da entrevista de Anabela Mota Ribeiro no Jornal Económico

terça-feira, 23 de novembro de 2010

GRÉCIA NECESSITA DE DEFLAÇÃO PARA SER SALVA

A Grécia deve passar por um período de deflação para voltar a ser competitiva e garantir um crescimento sustentável, disse John Sfakianakis, economista-chefe do grupo Banque Saudi Fransi. Na Grécia a falta de competitividade é uma questão importante que não está sendo tratada e, juntamente com a dívida emergente, poderia parar o retorno do país a um crescimento considerável.
"Agora em Atenas o café está a ir para 4 €, por isso você não pode ter uma economia competitiva quando todos estão a cobrar um braço e uma perna. Economia deflacionária tem que se instalar para que a Grécia possa se tornar competitiva". A Grécia anunciou recentemente que iria tomar mais medidas de austeridade para assegurar que cumpre metas do corte do deficit em 2011, depois que ela admitiu que vai perder a meta deste ano no âmbito do seu programa de resgate com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
A dívida grega deve subir para 153% do PIB no próximo ano, actualmente está em 143%. "Se você tem esse tipo de dívida e vai subir, a recessão na Grécia vai continuar até 2012, então você tem um grande problema", disse Sfakianakis.
Enquanto isso, o governo tem problemas com as receitas fiscais, porque o lucro tributável das empresas está a diminuir. Além disso, ele ainda está para se familiarizar com a cobrança de impostos eficaz e correcta ", acrescentou. "Na Grécia, provavelmente o passatempo de todos os gregos é evitar os impostos, e o governo não será capaz de o gerir a curto prazo para corrigir esse problema".
Mas Sfakianakis acrescentou que a Grécia está em melhor situação por ter sido o guarda-chuva dentro da UE e da zona euro.
A crise da dívida que ocorreu na União Europeia é, em parte devida a uma crise de liderança na região e uma gestão adequada poderia ter evitado o pior dos problemas. "No cerne deste problema há uma crise de liderança na UE. Os alemães têm que ser "muito cuidadosos" com a sua retórica sobre a crise, disse ele referindo-se a fazer comentários da chanceler Angela Merkel no início desta semana. Merkel disse que alguns dos custos de resgatar os países em risco de incumprimento deve recair para os detentores dos títulos da dívida pública. O movimento nesse sentido provocou um aumento dos juros das obrigações para os países da periferia da zona euro, com os investidores a recuarem perante a possibilidade de levarem um corte. A liderança pobre não é o único problema que afecta países como a Grécia e a Irlanda. As duas economias estão a sofrer de vários problemas económicos. "Na Irlanda (é) uma crise dos bancos e do sector privado, alavancados, excessivamente e na Grécia é a crise do Estado. O estado é muito exagerado, muito ineficaz, e incapaz de gerir os problemas que eles têm", afirmou.

domingo, 21 de novembro de 2010

OS ESCRAVOS DO DINHEIRO

Numa escravatura moderna os escravos constroem a sua própria casa, alimentam-se a eles próprios e á sua família deixando de ser essa uma preocupação dos seus donos. Os donos das suas dívidas.
Como nasce o dinheiro.
O dinheiro é produzido pela Casa da Moeda com ordem do Banco Central Europeu que analisa o mercado para saber se existe procura por moeda levando em consideração diversos factores sendo o mais importante deles a inflação. E depois de "fabricar" moeda o Banco Central vende as mesmas para os bancos privados através de um leilão, onde a única cobrança do Banco Central pelas notas e moedas fabricadas são juros sobre o valor das mesmas.
Também existe a "moeda bancária", que é uma espécie de "moeda virtual" que os bancos através de suas facilidades, como cartão de crédito ou cheque, acabam criando ao longo de suas movimentações financeiras, porem esse tipo de moeda criada pelos bancos é limitada pelo Banco Central através do redesconto.
Fonte: qualquer bom livro de macroeconomia...
Aparentemente não há qualquer problema com este conceito mas... aconselho a ver o vídeo para ficarem elucidados sobre o moderno conceito de escravidão humana sob a batuta do Banco Central Europeu aqui personificado como um banco central irmão a Reserva Federal ou FED. Devo também recordar que os bancos centrais são entidades privadas e independentes de sistemas políticos e judiciais, logo ninguém manda neles ou os pode julgar...
O meu concelho:
Limitar ao máximo a sua interacção com os bancos, quer seja em pedido de empréstimos quer seja em todo o tipo de depósitos. Aprenda a ter poupanças fora dos bancos e o seu ordenado converta em dinheiro e aprenda a viver com dinheiro no bolso. Minimize ao máximo o uso de multibanco e livre-se de cartões débito e de crédito.
Quando pagar pague a pronto nem que a taxa de juro seja de 0%!
Porquê?
Já alguém viu um banco a produzir alguma coisa?
No entanto todos têm consciência que são ricos e continuam a prosperar.
Todo o poder que eles detêm somos nós que lhes oferecemos com o nosso sangue suor e lágrimas.
O poder que eles detêm actualmente permite-lhes retirar a milhares de pessoas o fruto do trabalho de anos sem sequer um dia terem produzido uma nota sequer ou terem feito algo de produtivo para virem a ter direitos sobre a propriedade de terceiros.
Muitas pessoas ainda têm a noção errada que o dinheiro é do banco a mais pura das mentiras e das ingenuidades.
Os bancos vivem de ciclos económicos que basicamente alternam entre expansão e retracção.
Estes Srs. são estudiosos e com vastos conhecimentos em matemática e não andam a brincar ao mais ou menos.
Antes da crise financeira os bancos dispunham de crédito quase ilimitado para todos incitando o consumo, agora incitam á poupança e aos depósitos com taxas miseráveis.
O paradigma mudou para os bancos, agora os seus depósitos, a quem são cobradas taxas bancárias obscenas, estão a tapar os buracos criados pelo inevitável mal parado provocado pelo ultra endividamento e vão servir também para financiar a taxas mais altas os novos empréstimos a países emergentes. Os países emergentes estão numa outra fase do ciclo económico onde existe uma oportunidade real para os bancos de enriquecerem especulando com o trabalho dos outros, o tal outro lado da moeda está agora no Brasil, Angola, China, Índia.
E nós em Portugal e no mundo continuamos a alimentar os bancos...
http://video.google.com/videoplay?docid=-1459932578939373300#

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

EPAL! A POUCA VERGONHA!

A EPAL, empresa pública tutelada pelo Ministério do Ambiente, contratou em Junho deste ano, já em plena derrapagem das contas públicas, a cunhada do primeiro-ministro para assessora do conselho de administração. A admissão de Mara Mesquita Carvalho Fava, irmã de Sofia Fava (ex-mulher de José Sócrates), nos quadros da EPAL ocorreu após quase dois anos como trabalhadora da empresa a recibos verdes. A cunhada de José Sócrates terá um salário mensal bruto de 2103 euros, acrescido de 21,5% do ordenado por isenção de horário de trabalho.
O ingresso de Mara Fava nos quadros da EPAL foi revelado pelo próprio jornal da empresa: na edição de Junho de 2010 do 'Águas Livres', na coluna Movimento de Pessoal, indica-se que foram admitidas Mara Fava e Mariana Barreto Dias de Castro Henriques, mulher de Jorge Moreira da Silva, ex-secretário de Estado do Ambiente, ex-consultor do Presidente da República e vice-presidente do PSD.
A Comissão de Trabalhadores, em resposta ao CM, assume que o assunto "é falado entre os trabalhadores da EPAL e em termos nada abonatórios para os envolvidos directa ou indirectamente na sua admissão, assim como para a justificação do vencimento mais isenção de horário de trabalho".
COMENTÁRIO: Assessora de um assessor!!! 2103 + 452 (21,5%) = 2555 euros por mês. Para quem era precária....de um momento para o outro não é nada mau.
É para isto que servem os Institutos Públicos, Empresas Municipais, Fundações...
Eis a razão porque não as extinguem. É aqui que é roubado o nosso dinheiro para dar aos familiares dos politícos e outros parasitas da partidocracia.
Depois dizem que não há, onde cortar despesas! E que são necessários mais impostos e mais impostos...
Infelizmente a plutocracia está instalada neste PAÍS e os seus efeitos já se estão a começar a sentir.
OUTRO CASO NA EPAL
O funcionário envolvido na rescisão amigável é apontado como militante do PS e casado com uma socialista que trabalhará na federação da área urbana de Lisboa (FAUL), segundo o Correio da Manhã.
A Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL) vai pagar uma indemnização de cerca de 110 mil euros a um funcionário da empresa que exerce as funções de motorista.
Trata-se de uma rescisão amigável entre a empresa e o trabalhador fixada pelo dobro do previsto na lei.
Filipe Rodrigues vai receber três salários por cada ano de serviço, quando o que a lei estabelece é um mínimo de um salário e meio por cada ano de serviço.
Filipe Rodrigues entrou na empresa há 26 anos como servente, passou a lavador de carros e só mais tarde a motorista do presidente da EPAL.
A administração da empresa, contactada pelo Correio da Manhã, garante que a indemnização agora decidida, de cerca de 110 mil euros, é legal.