quarta-feira, 23 de março de 2011

EUROPA A DUAS VELOCIDADES SERÁ GRAVADA EM PEDRA

Um pacto de competitividade acordado pelos líderes da zona do euro para desenhar uma linha abaixo da região da crise da dívida irá ser "gravada na pedra" como uma Europa a duas velocidades e poderá ameaçar a união política da coesão europeia, disse o bilionário investidor George Soros.
"A União Europeia vai sofrer algo pior do que uma década perdida". "Isto vai durar numa divergência crónica em que os países com superávit avançam e os países deficitários serão arrastados pelo peso da dívida acumulada."
Os líderes da zona do euro acordaram no início deste mês, uma ampla série de medidas, propostas pela Alemanha e França, em Fevereiro, apelando aos países da UE para escreverem os limites da dívida pública e défices orçamentais dentro do direito nacional, revisão da indexação de salários e haver mais mercados de trabalho flexíveis.
"Os requisitos de competitividade vai ser aplicado numa situação de desigualdade, colocando os países com deficit em posição insustentável", escreveu George Soros.
"Mesmo a Espanha, que entraram na crise do euro com uma taxa mais baixa da dívida que a Alemanha, pode ser arrastada para baixo."
Soros acrescentou que na zona do Euro o fundo de resgate (EFSF), será necessário para resgatar o sistema bancário, bem como os Estados membros na reestruturação da dívida soberana sem levar a uma crise bancária.
O prémio de risco sobre os custos dos empréstimos dos países que cumpra as regras também devem ser removidos, através da criação de laços comuns na zona euro.
"A solução para a crise da UE poderá ser colocada em prática no final de Março e será gravada na pedra como uma Europa a duas velocidades. Isso irá gerar ressentimentos que colocará em risco a coesão política da UE".

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