Sendo eu filho de pais oriundos da Beira Baixa é com tristeza que constato tal situação nomeadamente com o abandono da propriedade rural e com o desconhecimento de muitos das suas propriedades porque não foram ali criados. A situação só muda de figura quando passado alguns anos (10 anos para o eucalipto e 15 anos para o pinheiro bravo) se o fogo não destruiu as suas propriedades tentam tirar rendimento das mesmas.
A floresta pertencente ao sector primário assim como outras actividades nomeadamente a agricultura e pescas estão no completo abandono pensando os governantes deste País que o futuro passa só por serviços motivo pela qual estamos onde estamos. Os incêndios que dizimaram o nosso Portugal servindo interessses de eólicas, aparelho de protecção civil, celuloses e madeireiros todos os anos cobrem de negro o nosso território não se colocando um fim nisto. Só para terem uma idéia o preço de madeira queimada é sensivelmente igual ao de madeira sã rondando neste momento o preço entregue na Portucel para a madeira de pinho 35 euros a tonelada e 40 euros a madeira de eucalipto. A pastilha que é madeira triturada é sensivelmente ao mesmo preço.
Portugal devia através da criação de centrais de biomassa pelas zonas mais desfavorecidas gerar emprego e fixar uma população já de si envelhecida, fazendo-se a manutenção da floresta através da sua limpeza e corte ordenado (cerca de 80% do nosso território é área agricola e florestal). Infelizmente o que foi feito foi a criação de parques eólicos cuja manutenção e produção nos sai carissima e que estamos todos a pagar através da factura da EDP á volta de 90 euros, para além de que a energia produzida não pode ser armazenada.
Dá realmente dó percorrer o País e ver sem exepção a imensidão de território despido de vegetação.
Sem comentários:
Enviar um comentário