quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PORTUGAL CONTINUA DEBAIXO DE PRESSÃO APÓS AJUDA FINANCEIRA À IRLANDA


O resgate da União Europeia da República da Irlanda pode dar alívio a curto prazo aos mercados, mas apesar das esperanças da zona do euro, não pode impedir os mercados de empurrarem também Portugal para obter assistência da UE, a menos que uma solução mais geral seja encontrada em breve.
No domingo passado, a Irlanda recebeu da UE e do Fundo Monetário Internacional um pacote de ajuda financeira para cobrir as suas necessidades fiscais e potenciais necessidades de capital futuro do seu sistema bancário.
Os Ministros das Finanças da UE apoiaram o pedido de auxílio, que uma fonte da UE calcula de 80-90 mil milhões de euros, para parar as preocupações do mercado sobre a dívida da Irlanda e que se espalhe para outros países com grandes lacunas no orçamento, como Espanha e Portugal, ameaçando uma crise sistémica.
"Será que vai impedir o contágio? No curto prazo sim, mas não no médio prazo. Ele só acalma os mercados e dá a outros países algum tempo para respirarem. Portugal particularmente não está fora de perigo ainda", disse Carsten Brzeski, economista na ING.
As origens dos problemas da dívida da Irlanda e Portugal são diferentes - Irlanda teve problemas porque teve que ajudar o seu sector bancário, atingido pelo colapso do mercado imobiliário, enquanto Portugal está a sofrer de baixo crescimento e de falta de competitividade. Mas o resultado final foi semelhante - uma dívida que o mercado vê como difícil de carregar. O problema subjacente à desconfiança do mercado da dívida de alguns países da zona euro só pode ser resolvido com uma solução rápida e detalhada de todos os países da zona euro, em vez de uma abordagem fragmentada, disseram os economistas.

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