A reforma no sector bancário passa por recuperar a filosofia Glass-Steagall de separar «a banca de utilidade pública» da «banca de investimento» com os bancos do sector do retalho aqueles que servem o público autorizados a correr apenas riscos moderados, deixando os empréstimos de alto risco para os bancos de investimento. O princípio claro subjacente a esta ideia é a de que os bancos que usufruem de garantias de depósito e facilidade de acesso ao crédito junto do banco central, não devem dedicar-se a atividades de risco, jogando com o dinheiro dos depositantes ou dos contribuintes; os bancos de investimento, a que seria dada liberdade para jogarem com o dinheiro dos seus investidores, deveriam ser impedidos de aceitar depósitos da área do retalho e excluídos de quaisquer medidas de auxílio estatais. Esta foi uma das razões da atual crise financeira que foi despoletada em 2008 nos EUA com a crise do subprime e que alastrou para todo o mundo. A experiência do passado serve para prevenirmos erros futuros pelo que tal lei devia ser de novo acionada.
sábado, 10 de março de 2012
UM DOS MOTIVOS DA ACTUAL CRISE FINANCEIRA A ANULAÇÃO DA LEI DE GLASS-STEAGALL
A reforma no sector bancário passa por recuperar a filosofia Glass-Steagall de separar «a banca de utilidade pública» da «banca de investimento» com os bancos do sector do retalho aqueles que servem o público autorizados a correr apenas riscos moderados, deixando os empréstimos de alto risco para os bancos de investimento. O princípio claro subjacente a esta ideia é a de que os bancos que usufruem de garantias de depósito e facilidade de acesso ao crédito junto do banco central, não devem dedicar-se a atividades de risco, jogando com o dinheiro dos depositantes ou dos contribuintes; os bancos de investimento, a que seria dada liberdade para jogarem com o dinheiro dos seus investidores, deveriam ser impedidos de aceitar depósitos da área do retalho e excluídos de quaisquer medidas de auxílio estatais. Esta foi uma das razões da atual crise financeira que foi despoletada em 2008 nos EUA com a crise do subprime e que alastrou para todo o mundo. A experiência do passado serve para prevenirmos erros futuros pelo que tal lei devia ser de novo acionada.
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"O princípio claro subjacente a esta ideia é a de que os bancos que usufruem de garantias de depósito e facilidade de acesso ao crédito junto do banco central, não devem dedicar-se a atividades de risco, jogando com o dinheiro dos depositantes ou dos contribuintes;"
ResponderEliminarO problema é que esta é uma actividade altamente lucrativa para os bancos. Lutaram muito (entenda-se por lobbies) e vão fazer de tudo para não largar esse privilégio. Vão arranjar argumentos altamente rebuscados (como por exemplo ser 1 motor impulsionador da economia) e assim manter-nos a todos contribuintes como almofada em caso banca-rota (através de bailouts ou austeridade). Os bancos estão mal, o Estado intervém com o dinheiro dos contribuintes, de seguida o Estado é atacado nos mercados. Enquanto houver música o jogo continua.