quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SOROS CULPA ALEMANHA PARA "ESPIRAL DE DEFLAÇÃO" NA EUROPA

O investidor bilionário George Soros culpou a Alemanha por liderar a implementação de medidas de austeridade que irá accionar a zona do euro numa "espiral de deflação."
O estimulo adicional fiscal e não a disciplina fiscal é a saída da crise para a Europa e os Estados Unidos, disse Soros na Universidade de Columbia. A redução do défice de um país credor, como a Alemanha está em contradição directa com as lições da Grande Depressão dos anos 1930. Ele é susceptível de conduzir a Europa num período de prolongada estagnação ou coisa pior. A Alemanha é improvável que mude seus modos, no entanto, porque a sua economia está a ir bem e porque as dificuldades dos outros países podem ser atribuídas à sua rigidez estrutural.
A chanceler alemã Angela Merkel também ganhou vantagem numa recente reunião dos G20, onde juntou forças com o Canadá e o recém-eleito primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, para pressionarem outros países a adoptarem medidas de austeridade.Como resultado, o presidente Barack Obama cedeu à maioria e concordou em cortar o deficit orçamental dos EUA para metade até 2013."Esta pode ser a política certa, mas vem na hora errada".Não acredito que Obama deva continuar os cortes de impostos seguidos pelo seu antecessor, George W. Bush. Em vez disso, o governo deveria direccionar o dinheiro extra proveniente de impostos mais elevados em medidas fiscais para estimular o investimento, não o consumo.

1 comentário:

  1. A questão é que sendo a Alemanha o motor económico da Europa, dita as regras. Mas tenhamos em atenção uma coisa: o sistema economico ocidental está orientado para o modelo anglo-saxonico (direcionado para a industria bens transacionavais), tal modelo é aplicado a economias mais maleáveis como a Alemã, Britanica ou Norte-Americana. O problema pôe-se que na União Europeia e em particular na zona euro existem economias latinas, como Francesa, Portuguesa, Espanhola, que são economias de bens mas sobretudo serviços (isto é não são direcionadas para a exportação, mas para o consumo interno) daí o facto de a econmia alemã estar a recupara da crise muito mais rapidamente que a economia (por exemplo) francesa.

    Se calhar deveriamos re-avaliar o modelo de integração europeia e o euro.

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