sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O QUE POUPAVA PORTUGAL!

1 comentário:

  1. O comentário é auto-explicativo: cozinha comunitária, lavandaria comunitária, "comum" é a palavra chave.
    Desde sempre os países nórdicos, em especial a Suécia e Noruega foram locais onde os seus habitantes sempre foram muito dependentes uns dos outros, o estabelecimento de infra-estruturas comunitárias e consequentemente relações inter-dependentes entre os indivíduos sempre foi uma constante. Na Escandinávia alguma pessoa que roube o que quer que seja, dinheiro, favores etc., passa imediatamente a ser um pária entre os seus.

    Analisando o caso português. O povo português desde sempre foi um povo reprimido. Sobretudo durante os períodos da Inquisição, em que o tecido da sociedade foi praticamente destruído ("A Inquisição não nos matou, mas deixou-nos aleijados", José Hermano Saraiva)e da Oligarquia Teocrática Salazarista. O povo português sempre esteve acostumado a ter pouco, poucas posses, poucos bens, pouca comida, nenhuma riqueza.
    Deparando-se com um mar de oportunidades oferecido pela 3ª República, e com a afectação de bens ao alcance de todos, é de esperar que alguns oportunistas tentem retirar um pouco mais para si. No seio da própria sociedade (ainda que de uma forma muito distorcida), tais indivíduos poderiam até ser vistos como "heróis", aqueles a que vulgarmente chamamos os "chicos-espertos".
    Evidente que numa sociedade em que a informação corre à "velocidade da luz" tais actos de desvio de tráfico de influencia vão tendo cada vez menos margem de manobra para existir. A questão é: o que fazer para acelerar a sua extinção completamente? Ainda vai demorar mais uma geração ou duas.

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