sábado, 29 de setembro de 2012

O ESTADO A QUE CHEGÁMOS ( A IMPLOSÃO DO PAÍS E CONSEQUENTEMENTE A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA)


Tenho plena consciência de uma coisa, percebo pouco de política e governação, não deixo porém de ter uma opinião sobre o assunto, seja ela mais ou menos acertada. Vou tentar expô-la de uma forma sucinta e tão branda quanto possível.
na minha modesta opinião, a política é um meio muito sujo onde se movimentam um conjunto de oportunistas, corruptos e ladrões bem falantes, salvo raríssimas excepções, cujo interesse não é o nobre serviço ao País, mas o amealhar tanto quanto a cobertura política lhes permita. Surge este desabafo na sequência nos últimos comentários e debates sobre o estado da Nação, como se ainda fosse preciso debater mais alguma coisa, sobre a mesma. Não sei o que por lá foi dito, porque não me quis dar ao trabalho de desperdiçar precioso tempo a ouvir a mesma música de sempre. Propus-me no entanto a um desafio, escrever abreviadamente o que me parece ter sido dito, tendo em conta a opinião que tenho de cada uma das bancadas. Os representantes do PSD/CDS, devem ter dito que isto está mau, que se estão a esforçar por nos lixar o menos possível (mas sempre a lixarem-nos), mas que se não apertar-mos ainda mais o cinto que já está sem furos (coisa que estão a tentar evitar graças a um esforço sobre-humano) o futuro será negro, ainda mais do que já está. Mas há esperança como sempre!
Esquecem-se de dizer que não cortaram os tachos a grande parte da muralha que por lá anda, e os que por cá andaram durante os últimos trinta anos. temos cortado em tudo o que é possível, não nos peçam que comecemos a cortar nos institutos inúteis, nos observatórios, nas fundações, nas pensões de reforma dos dirigentes e ex-dirigentes políticos e nos salários dos CEOS e administradores das empresas com negócios monopolistas com alguma réstia de capital público que entretanto estão a tentar acabar de vez.Com o seu maravilhoso esforço desgovernaram o País colocando-o a pedir pela terceira vez na sua história esmola mas num contexto de economia global muitíssimo mais grave para não dizer alarmante, sem se esquecerem primeiro de governarem até à quarta geração (gatunos). Sem esquecer os amigos dos Srs Mário Soares e Cavaco Silva etc…Quem teve a arte para ser corrupto enquanto membro do governo, presidente de tudo o que come dos orçamentos uns atrás dos outros, merece reforma vitalícia, mesmo que tenham apenas 40 anos de idade, e por muito que tenham roubado ( o comum dos mortais do País nem sabe se vai ter reforma).
O estado da Nação é obra dos portugueses que se governaram em vez de governarem o País, e não dos que estão a pagar os seus desgovernos e roubos com suor e lágrimas. Não dizem que provavelmente o pior ainda está para vir e que a fatura será paga pelos mesmos (se não colocarmos um travão nisto).
Os do PS acham que o governo é o culpado de tudo e mais alguma coisa, que estamos na fossa pelas medidas de austeridade impostas pelo PSD/CDS e que assim é a desgraça do País. Não devem ter dito que governaram antes dos que lá estão neste momento que nos endividaram até ao tutano e que por isso deviam estar era caladinhos já que foram eles que pediram ajuda à TROIKA (FMI, BCE, FEEF) e que participaram em todas as negociações, e que apenas se limitaram a fazer o que o Sr Cavaco fez com a Ponte Vasco da Gama. Foram os primeiros a darem as primeiras pazadas para o enterro da nossa sepultura.
O PCP e BE cos os seus discursos mais radicais e inflamados, devem ter acusado tudo e todos, proposto a quebra de compromissos com quem nos emprestou dinheiro para pagarmos os erros que fizemos, ao juro que quiserem porque quem manda no seu dinheiro é quem empresta. Provavelmente terão requerido todos os benefícios e mais alguns a custo zero, a nacionalização da banca e queda do governo. Não alertaram foi para as consequências das suas propostas irresponsáveis. Como dizia o início do discurso de Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril de 1974:”Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos”.
Ao longo da nossa História já chegámos a muitos estados, este é um deles e quiçá o mais grave que alguma vez vamos atravessar.


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