quarta-feira, 23 de maio de 2012

EMPRESAS ÓPTICAS ACONSELHAM ÓCULOS A CRIANÇAS SEM PROBLEMAS DE VISÃO

Especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia avisa que existem crianças que usam óculos sem necessidade, vítimas de “técnicas agressivas de marketing” levadas a cabo por alguns oculistas. Augusto Magalhães alerta ainda para rastreios em escolas feitos por empresas sem credibilidade. O resultado é a presença nos oftalmologistas de crianças sem problemas ópticos. De acordo com um especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Augusto Magalhães, há crianças a quem é recomendado o uso de óculos sem que estas padeçam de qualquer problema oftalmológico. A denúncia é feita em entrevista à agência Lusa, na qual Augusto Magalhães alerta ainda para os rastreios realizados em estabelecimentos de ensino sem que os directores dessas escolas verifiquem a credibilidade das empresas que o fazem. Como consequência, surgem cada vez mais crianças nos consultórios de oftalmologia, sem problemas de visão, mas a quem é recomendado o uso de óculos, por parte de oculistas e empresas de produtos oftalmológicos. Augusto Magalhães especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e oftalmologista pediátrico, “alguns oculistas” de “técnicas de marketing agressivas”, são responsáveis pela prescrição de óculos sem necessidade, em crianças com boa visão. Os pais levam-nas a consultas em virtude de resultados de rastreios realizados nas escolas. Nesta entrevista à Lusa, Augusto Magalhães revela dificuldade em “entender como é que os diretores das escolas autorizam rastreios sem verificar a credibilidade da entidade que os faz”. De acordo com este especialista é possível que qualquer empresa que pretenda vender produtos ópiticos entra nas escolas” autorizada a fazer um rastreio”, podendo aconselhar o uso de óculos por motivos economicistas e com naturais prejuízos para a saúde. Por outro lado existe a questão económica, já que estas técnicas de vendas de óculos a crianças provocam despesa nas famílias, que compram óculos absolutamente dispensáveis. Acresce que as ópticas não dispõem de equipamentos que permitam escolher a graduação certa para cada caso de patologia oftalmológica

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