segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

UMA QUESTÃO DE...ATITUDE

O mundo globalizado como está, não podia deixar de trazer um presente envenenado para a sociedade ocidental e em concreto para Portugal. Diz-se que tudo se deve à instabilidade dos mercados.
Vai daí o governo via troika coloca-nos num programe específico de apertar o cinto. Pobre em fundos o estado acaba por nos pagar menos o que por seu lado nos vai impedir de gastar mais, pelo facto de, também nos, ficarmos com menos dinheiro disponível.
Queixa-se o líder da oposição ao anunciar a paixão pela austeridade encetada pelo executivo e que os portugueses já não tem mais furos para apertar o cinto, o que não deixa de ser uma “graça” sua pois enquanto houver cinto é sempre possível acrescentar-lhe mais um furo.
O problema é então saber em que condições vamos sair deste aperto. Precisam-se por agora soluções e não perturbações agravantes das dificuldades já em exibição em muitos lares portugueses.
Depois de termos exportado para Paris – apetece-me dizer de França – onde cursa filosofia a criança que existia em nós, convém que fixemos os pés na realidade pois a dívida acumulada é mesmo para pagar. Pode derrapar no prazo, coisa aliás bem portuguesa, mas que é para pagar disso não tenhamos dúvidas.
A solução parece estar no trabalho o qual deve ser visto como uma força de realização pessoal algo que os portugueses têm de ser entendido como estrutural.
Em terra como “no mar é preciso ter sangue frio e voz firme”. Faço aqui uso das palavras de Coentrão, Mestre da Virgem do Sameiro o qual, dado perdido com os seus homens, ao terceiro dia foi encontrado ao que se diz por milagre. Milagre esse que residiu na atitude do mestre para com os seus colaboradores ao serem confrontados com as vicissitudes de um acidente no decorrer da faina da pesca.
Mas voltemos ao trabalho, não ao braçal, mas àquela força que por vezes brota da natureza humana, que exige uma postura, uma atitude diferenciadora ancorada na moral e ética mais pura, pretensamente indestrutível e incorruptível.
Envolvidos neste espírito, governados e governantes, será certo que vamos lá!
Contudo os tempos não serão fáceis envoltos que estamos num turbilhão de informação que nos custa a digerir.
È o crescimento que tarda e a recessão económica a acentuar-se, são as dificuldades de financiamento e os elevados juros a pagar pelas emissões de dívida pública, é a receita do Estado que não cresce e há o perigo de se afundar ainda mais ainda. Preocupante é também o tipo de dieta a implementar com vista ao necessário emagrecimento da administração pública, onde mobilizações e despedimentos serão palavras de ordem o que por certo despertará efervescência sindical que já se começa a fazer ouvir no seu local de eleição que é a rua. Tomemos então uma atitude positiva com certeza.

João Carlos Nunes

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