sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

QUAIS AS RAZÕES PARA O DÉFICE DO ESTADO

Eis uma das razões (entre muitas outras) para o défice das contas do Estado.
Qual é a solução? Regredir? Não! Mas parece ser o inevitável, aliás já em marcha, pois a chamada racionalização já está a entrar no campo da redução. Devíamos cortar no que é verdadeiramente supérfluo, em certos gastos do Estado e racionalizar da administração em geral: pense-se apenas que, para um pequeno território e 10 milhões de habitantes, temos um P. R. (16 milhões de euros gastos com a Presidência), um P. M. e um governo de 53 membros e 17 ministérios (cada um com várias direcções-gerais desdobradas em direcções regionais), uma A. R. com 230 deputados, dois governos regionais com mais de uma dezena de membros, duas Assembleias Regionais com cerca de 30 deputados cada (isto para 2 populações de 245 000 hab. cada), 5 CCR, 18 governos civis, 308 câmaras municipais, 4260 freguesias, Exército (com muitos tanques), Força Aérea (com muitos aviões) e Marinha (com muitos navios e 2 submarinos), duas forças de segurança GNR e PSP (e os seus conflitos de competências e a duplicação de comandos), e provavelmente algo mais que me escapa. É muita administração para tão pequena população e, especialmente, para tão débil produção (Indústria, Agricultura – importamos 85% do que comemos – Pescas, Minas, etc., apenas o Turismo tem algum papel, em parte ilusório, pois o que entra por uma porta sai por outra. Isto é, se não produzimos os alimentos nem outros diversos produtos de consumo, compramo-los para os fornecer aos turistas, saindo assim boa parte das divisas que cá nos deixam).
A solução é racionalizar e identificar os estrangulamentos (educação, formação profissional, justiça, etc.) para que desenvolvamos a produção (especialmente de produtos transaccionáveis) e captemos os investimentos.
Só assim teremos recursos para sustentar este progresso na Saúde, e noutros campos, antes que o retrocesso anule tudo.
É necessário que o próximo governo (este já morreu) tome decisões corajosas no sentido de inverter o actual rumo do PAÍS.
Somos muito conservadores, pior do que isso, pouco informados e inteligentes (colectivamente, como é evidente) para sermos capazes de traçar o melhor rumo para o nosso futuro. Será necessária uma vontade social muito forte para podermos colocar o PAÍS no caminho desejado.
Senão não tínhamos chegado a isto.
O défice do Estado em 2010 aumentou para 14 429 mil milhões de euros em 2010 representando um aumento de 192 milhões de euros.

2 comentários:

  1. Concordo. Devia começar já um debate na assembleia sobre os cortes que o governo pode fazer na despesa a começar pelos ordenados e regalias dos deputados e dos ministros. Não podemos viver como se fossemos um país como a França... é ridículo. Assim também víamos quem são os deputados sérios e responsáveis e quem é que está lá para a mama.
    Na Grã Bretanha vai haver em Março uma reunião que decidirá se haverá cortes no sector bancário no país, nomeadamente sobre a capacidade dos bancos de criar dinheiro do nada. Esta é a campanha: http://www.youtube.com/watch?v=Y-LjL2yyVZo

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