O crescimento nos países
desenvolvidos atingiu um ponto de inflexão, um ponto negativo há décadas e que
tem vindo lentamente abrandar durante a última metade do século. Os quadros
diretivos das empresas estão habituados a responder a ameaças de microeconomia:
novos concorrentes, choques na oferta e na procura, mercados mais complexos.
Mas a maior ameaça dos dias de hoje é diferente. Paira ameaçadoramente ao nível
da macroeconomia: a prosperidade propriamente dita atingiu uma forte diminuição
nos seus lucros. O modelo de crescimento económico da era industrial passada
está prestes a desaparecer. Pouco falta para atingirmos o limite em que o
crescimento baixa até ao nível de consumo estritamente necessário para manter o
nível de vida atual, em vez de o melhorar. A economia global que trouxe prosperidade
no século XX não irá nem pode trazer prosperidade no século XXI. O economista
que criou o conceito de PNB (agora substituído por PIB), o vencedor do prémio
Nobel Simon Kuznets, avisou: “O bem-estar de uma Nação não pode… apenas ser
inferido de acordo com a medição do seu rendimento nacional». Os indicadores
mais precisos e significativos de bem- estar- das pessoas, das comunidades e da
sociedade – estagnaram, embora o PIB tenha crescido. Embora as nações aspirem
ao crescimento da Era Industrial não há petróleo, cereais, crédito, emprego nem
necessidades de exportação suficientes no mundo para que todos os países
continuem a atingir prosperidade dessa forma. Manter este procedimento irá
degenerar rapidamente num inútil jogo de exploração do vizinho do lado, pelo
qual o crescimento em alguns países é contrabalançado pela estagnação e declínio
noutros.
Sem comentários:
Enviar um comentário