O fosso entre as reformas
milionárias e as outras é enorme: os pensionistas que recebem mais de quatro
mil euros por mês custam 21 milhões de euros por mês aos cofres do Estado,
quatro vezes mais do que os 23.331 beneficiários de pensão mínima a quem são
pagos no total 5 milhões de euros mensais. Existem pensionistas a receber
reformas milionárias. Se por mês representam 21,39 milhões de euros, segundo as
contas do «Diário de Noticias», por ano são 300 milhões, contando com as 12
remunerações, subsídios de férias e de natal. A quantidade de reformas milionárias
tem vindo a ganhar terreno a uma velocidade imparável: no arranque da década
passada, as pensões com essas características eram 1.002; sempre a subir,
chegaram aos 4075 em 2008 e ultrapassam as 4500 no ano seguinte. Contas feitas
o número mais do que quadruplicou em apenas dez anos. Os gastos do estado com
as subvenções vitalícias destinadas aos políticos também não têm parado de
aumentar. Numa década, estas despesas dispararam 33% para 80 milhões de euros,
contando já com o valor mais alto de sempre que se espera atingir este ano, de
9,1 milhões. Para se ter uma ideia, enquanto um funcionário público precisa de
trabalhar, em média 30 anos para alcançar a reforma, um político que
desempenhou funções entre oito a doze anos até 2005 ganhou logo direito a uma
pensão para toda a vida, que passa para o dobro aos 60 anos.
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