Numa época em que a vida corre a um ritmo vertiginoso e em que os valores deixaram de ser referência moral para, sujeitos a crescentes reformulações e interpretações, se adaptarem às circunstâncias e conveniências de cada momento, pouco espaço e tempo haverá para dedicar ao que se convencionou chamar a “Memória da Nação”.
Este verdadeiro “lapso de memória, deixou há muito de ter natureza conjuntural, para se tornar num sério fenómeno estrutural, que afecta o Homem Português na sua própria identidade e na ideia que faz do seu país.
Face à globalização que caracteriza os nossos dias, não somos os únicos a debatermo-nos com o problema, mas somos, certamente, na Europa, dos que mais têm a perder com a situação.
Com efeito, no mundo actual, a importância de um país pauta-se pelo seu potencial económico ou geopolítico ou ainda pela habilidade política em fazer valer, na oportunidade, o peso da sua experiência e protagonismos históricos. Países de pequenas dimensões, com poucos recursos à partida, souberam, ao longo da História, firmar com sucesso a sua posição no concerto das nações. Qualquer holandês, conhece o passado do seu país tão bem como a estratégia nacional que o conduzirá ao Futuro.
No nosso caso, há claramente uma crise de identidade. Os portugueses não se identificam com Portugal, entendido este como entidade histórica, cultural e política, integrada pelos portugueses de todas as épocas, mas sobrepondo-se a eles, ultrapassando o momento histórico, mas retendo o essencial e perene, em permanente evolução institucional.
Portugal para os portugueses de hoje, não passa do enquadramento geográfico onde decorre a vida de todos os dias ou do conjunto dos órgãos e organismos que representam o Estado.
Os portugueses mais do que nunca face ao que País enfrenta e do que irá enfrentar deviam-se unir em defesa da sua pátria porque neste momento ela não existe porque perdemos a soberania nacional devido à dívida que contraímos e que temos de pagar à Troika (UE, BCE, FMI). Neste momento o que mais ouvimos e continuaremos a ouvir irá ser AUSTERIDADE toda ela criada pelos bancos e políticos nacionais. Os tempos que se avizinham irão ser de custo do dinheiro cada vez mais caro, crédito inexistente, corte de despesa, privatização do que ainda dá lucro em Portugal e que foi construído pelos portugueses ao longo de décadas e venda de património público. Em Portugal num curto espaço de tempo tudo se começará a pagar em prol da designada “AUSTERIDADE”. Ocorreram eleições há pouco tempo e pergunto eu, quais foram as medidas para além de serem as óbvias no combate da tão proclamada dívida? Carregar os portugueses com impostos qualquer pessoa sabe fazer. O que é preciso é uma estratégia de desenvolvimento do País o que até há data não ouvi falar a nenhum dos intervenientes políticos. O Sr. Presidente da República que antes das eleições ocorrerem praticamente não se ouvia falar agora é quase todos os dias. Afinal quem é o primeiro-ministro? Alguém ouve falar dele ou dos seus ministros? Aos poucos e poucos os políticos da nossa praça e não só vão dando pistas do que nos espera. Dizem eles saída do euro? Isso nunca. Nova moeda? Também não. Como disse o Sr Anibal Cavaco Silva o que é preciso é desvalorizar a moeda porque é a mais forte do mundo. Pergunto eu como é que vai conseguir isso porque o nossos “queridos amigos alemães” estão bem de vida.
Nós, portugueses temos de entender uma coisa: os acontecimentos ocorrem sempre diferente do que os políticos dizem, mas no espaço temporal alguns vão transmitindo pistas do que realmente se poderá vir a passar no futuro.
Vamos entrar na época mais negra da nossa História, devido ao nosso atraso que já vem de há muito tempo e aos problemas económicos existentes no mundo do qual apenas um País neste momento é vencedor, nomeadamente a CHINA. O mundo cometeu um grave erro quando a OMC (Organização Mundial de Comércio) abriu as portas a este País. Empobrecem-se países por atacado no qual estamos incluídos para enriquecermos poucos (Alemanha, China, EUA, França e pouco mais.
PRECISAMOS EM PORTUGAL DE LIDERES QUE CONDUZAM O PAÍS PARA A PROSPERIDADE ALICERCADA NUMA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO ECONÓMICO E NÃO DE POLÍTICOS QUE SÓ SE INTERESSAM POR OBTER RECEITA EM FAVOR DE QUEM MAIS TEM!
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