sexta-feira, 29 de abril de 2011

A ECONOMIA, OS BANCOS E A CRIAÇÃO DE DINHEIRO

Dominique Strauss-Kahn, o actual presidente do FMI disse que o maior obstáculo à recuperação económica é o nível de desemprego. Vejamos então como o sector bancário afecta a criação de emprego. Um emprego requer um patrão, alguém empreendedor e com competência para se estabelecer num determinado sector. Para pôr a empresa a funcionar e pagar os salários, etc, a empresa precisa de capital. Ou o patrão tem o capital necessário e o problema está resolvido, ou terá que pedir credito - que é o que acontece na maioria dos casos.
Actualmente o crédito vem dos bancos. São eles que têm o poder de criar dinheiro novo. Sempre que alguém pede um empréstimo a um banco (credito) o banco usa a sua alavancagem para criar esse dinheiro na conta da pessoa (particular ou colectiva). O nível de alavancagem é imposto por regulação. Por exemplo, na zona euro a "reserve requirement" mínima é de 2% o que significa uma alavancagem máxima de 50, ou seja, se um banco tem "X" euros em depósitos dos clientes no "cofre" pode fazer empréstimos até 50 vezes esse montante.

Durante a crise financeira , o sector bancário nos Estados Unidos atribuiu enormes quantidades de crédito nas chamadas "subprime mortgages", por serem altamente lucrativas embora ao mesmo tempo altamente arriscadas. Os bancos não tinham incentivo para medir o nível de risco associado a esta atribuição de crédito, porque não queriam chegar à conclusão que muita gente não ia conseguir pagar e teriam assim de ter um lucro menor. Quando as pessoas finalmente deixaram de poder pagar a hipoteca, foram aos milhares, e os bancos incorreram em perdas monstruosas.

Isto causou várias falências e outros tantos bailouts. Os bancos começaram a ficar mais cautelosos e foram obrigados a ter mais capital para serem mais seguros e não estarem tanto a descoberto - a isto chama-se a desalavancagem - que está acontecer neste momento. Já todos ouvimos os recentes anúncios dos vários bancos a incitar as pessoas a poupar, com taxas de crescimento (TANB) aliciantes. Começaram a privilegiar a acumulação de capital em detrimento da atribuição de crédito. Isto impede que muito crédito seja atribuído a novas empresas que criariam mais emprego.
Em resumo, há muito crédito fácil e disponível nas alturas de crescimento, quando é usado para actividades supérfluas e incitando as pessoas (e os governos) a gastar aquilo que não têm, e quando é realmente necessário para levantar a economia não há suficiente. Este é o real contributo do sector bancário para a recuperação económica.
"Não me afligem os donos dos bancos, aflige-me a economia que depende dos bancos"
-Paulo Portas em entrevista à TVI
O Sr. Portas defende que precisamos de salvar os bancos para salvar a economia. Como ele há muitos, que não estão a ver o problema maior. Os bancos precipitaram a crise global em 2008, que por sua vez através das agências de rating precipitaram a crise de divida soberana na Grécia e em Portugal e a crise bancária na Irlanda. Portanto o Sr. Portas, está a pedir-nos que salvemos os que nos colocaram nesta situação em primeiro lugar.
Agora eu pergunto: porque é que damos o poder de controlar o ciclo de criação/destruição de dinheiro (o chamado "money power") ao sector bancário? A "fractional reserve banking" e a sua alavancagem geram lucros milionários aos accionistas dos bancos, mas o povo não vê um tostão. Se os bancos põem demasiado dinheiro em circulação, há inflação e o povo perde poder de compra. Se há perdas no sector bancário, o povo paga os bailouts. Os bancos não têm como objectivo a harmonia e o bem-estar da sociedade, são movidos pelo lucro. Quem tem por dever a promoção destes objectivos é o Estado:

Artigo 9.º alínea d) da Constituição Portuguesa: São tarefas fundamentais do Estado a promoção do bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
O poder de criar e controlar a quantidade de dinheiro pertence ao povo, ou seja, ao Estado Soberano que representa o povo, e não pode estar nas mãos de privados porque afecta o povo como um todo. Com este poder, o Estado consegue:
Manter a inflação estável (e passa a ser directamente responsabilizado por isso);
O fim da dívida soberana, porque pode autofinanciar-se;
Dar crédito a novas e existentes empresas com juros mais baixos, gerando emprego;
Equipar o pais com tecnologia de ponta, nos hospitais, escolas, e em infraestruturas;
Financiar a construção de centros de investigação e desenvolvimento tecnológicos;
Etc;
É verdade que o Estado não pode criar crédito indefinidamente, devido ao potencial aumento da inflação. A quantidade de dinheiro que o Estado pode investir no país é contrabalançada com o limite da inflação, e fica responsável por mantê-la sempre no mesmo valor. Os bancos embora possam investir apenas o dinheiro que têm em cofre - "full reserve banking" - não o podem criar mais, deixando assim de ter influência inflacionária, e passando esse privilégio a ser usado em prol da sociedade.
Em alternativa à implementação do full reserve banking, teríamos de canalizar os lucros do sector bancário para o Estado, nacionalizando a banca, para que em futuras crises financeiras o Estado tenha capital próprio (vindo do sector bancário) para amortecer o impacto.

João P. Granchinho

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O “AMIGO” SÓCRATES NA IMPRENSA ESTRANGEIRA - UM ANTIPÁTICO CONTRA TODOS

primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad porla autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos Europeus y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin
asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos diciendo que que el país puede superar sus problemas con sus propias fuerzas. Después de ser derrotado en el Parlamento ha presentado su dimisión y ha lanzado a su partido, el socialista, de frente y a toda velocidad contra la oposición liberal-conservadora, esperado que en el último momento un volantazo de buena suerte le permita dar la vuelta a las encuestas y
regresar victorioso.

En la última cumbre europea de Bruselas, el pasado viernes 25, sorprendió a muchos cuando se dedicó a saludar estrechando la mano a todos los periodistas antes de sentarse a explicar su versión de lo que había sucedido en el Consejo. Dada su proverbial fama de antipático, el gesto podía interpretarse como una espécie de despedida, teniendo en cuenta que para la próxima cumbre es posible que las elecciones le hayan devuelto a la oposición. «Puede tener usted la seguridad de que no me estoy despidiendo» aclararía después, «aunque estoy seguro de que en su periódico es lo que están deseando». Sócrates no solo conoce perfectamente todo lo que se dice sobre él en los diarios de Lisboa (y por lo que se ve también de algunos de Madrid) sino que está convencido de que gran parte de sus problemas vienen del hecho de que no siempre cuentan las cosas del modo que más le gustaría. En la misma comparecencia atacó sin mucho disimulo las preguntas incómodas, a pesar de que coincidían con la opinión que estaban expresando
los demás jefes de Gobierno en salas contiguas: «lo que causa la especulación son preguntas como las que me están haciendo. Portugal no necesita ninguna ayuda y si lo que se quiere es parar los

Un antipático contra todos os movimientos especulativos, es infantil creer que eso sucederá si pedimos ayuda».
Portugal deberá hacer frente al vencimiento de una serie de paquetes de deuda por valor de 9.000 millones de euros en los próximos tres meses, en plena campaña electoral, forzada precisamente porque Sócrates no logró que el Parlamento aprobase el plan de recortes de gastos que había pactado con las instituciones comunitarias. Desde que el líder socialista es primer ministro, la deuda del país ha ido aumentando de forma vertiginosa. Solo en 2010 tuvo que pedir 51.000 millones de euros, un treinta por ciento más que el año anterior, y un 50 por ciento más que el precedente. Los intereses que tiene que pagar por los nuevos préstamos son cada vez más altos y las últimas subastas han estado rozando —por arriba—l 8 por ciento de interés. Sin embargo, Sócrates asegura que tiene dinero para pagar estas obligaciones, cuya amortización rebajaría sustancialmente la presión financiera sobre el país.

Para creer a Sócrates hay que hacer abstracción de las partes más importantes de su biografía. No solo que empezase su carrera política como fundador de las juventudes del Partido Social Demócrata (conservador), sino porque, ya militante socialista, su escasa carrera privada en el sector de la construcción en los años 80 fue una de las más desastrosas de la época. T uvo que retirarse porque el ayuntamiento de la ciudad de
Guarda, para el que trabajaba, lo destituyó por unanimidad antes de que le lloviesen las
demandas por la escasa calidad de sus proyectos. Su escandalosa manera de hacerse con una licenciatura como ingeniero teniendo en cuenta que cuatro de las cinco asignaturas las impartía un profesor al que luego otorgó un cargo importante en el Gobierno y la quinta el propio rector de una universidad privada de Lisboa que acabó siendo cerrada precisamente por el cúmulo de irregularidades que aparecieron al investigar el escándalo, o que algunos de los pocos exámenes que constan en su expediente los enviaase por fax desde el despacho de primer ministro o que el título lleve fecha de expedición en un domingo, no le impidió aparecer en televisión defendiendo su honorabilidad y acusando a sus adversarios de inventarse un plan para perjudicarlo.

Sin embargo, de lo que ahora se trata es de dinero. De mucho dinero y de la posible quiebra de todo un país.
El presidente del Eurogrupo, el luxemburgués, Jean Claude Juncker, ya le tiene hechas las cuentas a Sócrates y asegura que necesita un plan de rescate de más de 70.000 millones de euros para garantizar el pago de una deuda que, por cierto, está sobre todo en manos de bancos españoles. Es imposible que no hayan hablado de esto en la reunión que Sócrates mantuvo el jueves con la canciller Ángela Merkel, que es finalmente la que tiene las llaves de la caja del mecanismo de ayuda financiera, pero Sócrates no quiso desvelar el contenido de la conversación: «me va a permitir que dejemos el contenido de esa entrevista en el ámbito privado entre la canciller Merkel y yo mismo». Al menos esta vez a Merkel no le ha pasado como al líder de la oposición de Portugal, el conservador Pedro Passos Coelho, que después de unas experiencias espinosas con el aún primer ministro ha acabado por advertir que no se volverá a reunir con Sócrates «si no es en presencia de testigos».

Este artigo foi retirado do ABC.es

sábado, 23 de abril de 2011

REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA GREGA DIFICILMENTE EVITAVÉL, OPINIÃO DE ANALISTAS ALEMÃES

Fontes do governo alemão esperam que a Grécia não irá passar o verão sem uma reestruturação da sua dívida, disseram várias fontes do governo da chanceler Angela Merkel.
As fontes acrescentaram que não significa que o governo da Alemanha, esteja a pressionar para uma reestruturação, mas pensam que é um mal evitável.
O custo do seguro contra o incumprimento da dívida da Grécia aumentou nesta segunda-feira após a notícia de um jornal de que a Grécia pediu para reestruturar a sua dívida, embora depois o ministério das finanças do país tenha negado a notícia.
Os credit default swaps (CDS) da dívida do governo grego aumentaram 84 pontos base para 1,220. Isto significa custos de 1.220.000 € para proteger 10 milhões de euros de exposição a títulos gregos.
Fontes do Ministério das Finanças da Grécia negaram que a Grécia o FMI e a União Europeia no início do mês que vem pretendam reestruturar a sua dívida. Entretanto outros CDS da zona periférica do euro também subiram.
Recorrer à reestruturação da dívida soberana de países como a Grécia, Irlanda e Portugal seria "catastrófico", disse o ministro das Finanças francês Christine Lagarde.
"Seria catastrófico porque tornaria extremamente difícil esses países voltarem aos mercados financeiros”.
"O objectivo hoje é dar-lhes apoio, para que depois possam funcionar de novo e se financiem nos mercados".
Pressionada novamente sobre se uma reestruturação seria necessária, na Grécia Lagarde respondeu: "Não, absolutamente não! Não há nenhuma questão de falar de uma reestruturação da dívida grega."
O Ministério das Finanças da Alemanha, negou a elaboração de planos de contingência para uma reestruturação grega após o jornal Financial Times noticiar que o ministério estava a estudar as diversas opções de Atenas, se deixar de cumprir as suas metas fiscais.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

JAQUES AMAURY - UMA VISÃO DO EXTERIOR DA CRISE PORTUGUESA

Este conhecido sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre “A crise Portuguesa”, onde elenca alguns caminhos, tendentes a soluciona – la.
“Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais.
Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem – se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união.
Foi o país onde mais a CE investiu “per capita” e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo.
Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre.
A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando – se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram – se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país.
Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais.
Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré – fabricada não encontra novos instrumentos.
Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países.
Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o “chefe” recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres.
A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem lenta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória.
Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, “non gratas” pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia.
Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CORRUPTOS IMPUNES POR PRESCRIÇÃO DE PROCESSOS

A prescrição de processos leva a que a corrupção não seja punida, alerta o relatório de uma organização não governamental, que dá o exemplo de Fátima Felgueiras e de Isaltino Morais.
O diagnóstico é traçado no último relatório da Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC), que faz a ligação no nosso País com a organização não governamental Transparency Internacional. A prescrição de processos judiciais é factor de impunidade dos corruptos.
A associação conclui que “a prescrição de processos-crime de corrupção não só demonstra a máxima ineficiência do sistema judicial e judiciário em prosseguir com a punição dos agentes deste crime, como transmite a ideia da sua fácil manipulação por certos arguidos dotados de maior influência política ou económica”.
Como exemplo o relatório nota que os “processos-crime de Fátima Felgueiras e Isaltino Morais encontram-se pendentes e alguns crimes dos quais foram acusados prescreveram”. Por isso a TIAC pede “criação de novos fundamentos de suspensão e interrupção dos prazos de prescrição, como a suspensão dos prazos em casos de pedidos de cooperação bilateral, cartas rogatórias ou o recurso para o tribunal Constitucional.












segunda-feira, 18 de abril de 2011

FMI - OS BANCOS ENFRENTAM UM MURO DE DÍVIDA NO VALOR $3,6 TRILIÕES DE DÓLARES

Os bancos no mundo enfrentam um "muro vencido de dívidas" de 3.600.000.000.000 dólares" nos próximos dois anos e devem competir com os governos endividados para assegurarem o financiamento, alertou o FMI. Muitos bancos europeus precisam de mais capital para restaurarem a confiança do mercado e assegurarem que podem pedir emprestado, e alguns jogadores fracos terão de ser fechados, disse o Fundo Monetário Internacional no seu relatório de Estabilidade Global Financeira. Os requisitos do rollover da dívida são mais graves para os bancos irlandeses e alemães, com até metade da sua dívida a vencer nos próximos dois anos, disse o fundo. "Essas necessidades de financiamento dos bancos coincidem com maiores necessidades de refinanciamento da dívida soberana, aumentando a competição por escassos recursos ". Em termos globais, o FMI disse que a estabilidade financeira global tem melhorado ao longo dos últimos seis meses.
Os desafios mais prementes nos próximos meses serão o financiamento dos bancos e as obrigações soberanas, especialmente em populações vulneráveis dos países da área do euro. O FMI e a União Europeia socorreram a Grécia e a Irlanda, e estão em conversações com Portugal acerca dum programa de empréstimos sobre o custo do mesmo. Muitos investidores têm questionado se a Espanha pode evitar um destino semelhante, mas o FMI disse que as autoridades espanholas estavam a tomar as medidas certas para enfrentarem os problemas da dívida do país.

"As acções que foram tomadas em Espanha recentemente conseguiram dissociar, na visão dos mercados, o destino da Espanha em relação aos de Portugal e Irlanda, afirmou José Viñals, director do Monetário do FMI e do Departamento de Mercado de Capitais. Os bancos europeus possuem grandes quantias de dívida soberana da zona do euro, tornando-os vulneráveis às perdas que os países são obrigados para se reestruturarem. Vinals disse que os programas de empréstimo na Grécia e Irlanda foram construídos sobre o pressuposto de que não haveria tal reestruturação, e os programas precisam de tempo para funcionarem. Ainda assim, as preocupações sobre a exposição do incumprimento têm aumentado as preocupações dos investidores sobre os balanços dos bancos, tornando-se ainda mais importantes as empresas reforçarem o seu capital. Os bancos dos EUA acumularam reservas de capital em 2009, quando os reguladores completaram um conjunto de testes de stress que revelaram alguns buracos enormes. Mas os bancos europeus ainda precisam de levantar uma "quantidade significativa de capital" para recuperarem o acesso aos mercados de financiamento. "... É imprescindível que os bancos fracos levantem capital para evitar um ciclo pernicioso de desalavancagem, o crescimento do crédito fraco, e os preços dos activos caírem", avisou. Os testes de stress programados do Banco Central Europeu proporcionaram uma "excelente oportunidade" para melhorar a transparência do balanço do banco e reduzir a incerteza do mercado sobre a qualidade dos activos nos livros dos bancos ", disse o FMI. Os bancos europeus não serão capazes de obter todo o capital necessário a partir dos mercados e o dinheiro público pode ter que preencher algumas lacunas, acrescentou. Os bancos também poderiam cortar dividendos e reter uma parcela maior dos ganhos. "No geral, um conjunto abrangente de políticas, incluindo o aumento de capital, reestruturação, resolução necessária dos bancos fracos, e uma maior transparência sobre riscos bancários é precisa para resolver as vulnerabilidades do sistema bancário". "Sem estas reformas, os riscos descendentes vão ressurgir". O FMI disse que a exposição dos bancos à dívida incómoda soberana é "incerta", o que pode aumentar as tensões de financiamento. A dívida pública foi geralmente elevada num caminho preocupante ascendente em muitas economias avançadas. O FMI repetiu sua advertência de que os Estados Unidos e o Japão enfrentam uma dinâmica de dívida particularmente perigosa. As economias avançadas foram "viver perigosamente", com um endividamento elevado, e enfrentam a difícil tarefa de tentar parar deficits sem sufocarem a recuperação económica. Para 2011, o Japão e os Estados Unidos enfrentam o maior rollover de dívida pública de qualquer economia avançada respectivamente 56 por cento e 29 por cento do produto interno bruto. "Enquanto os Estados Unidos e o Japão continuam a beneficiar da baixa (necessidade) corrente de taxas, os dois são muito sensíveis a um aumento potencial nos custos de financiamento".

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FMI - PORTUGAL NECESSITA GANHAR EUROMILHÕES 730 VEZES NO ANO

Portugal vai precisar 73.900.000.000 € nos próximos dois anos. Esta é a figura elaborada pelo Fundo Monetário Internacional, o que mostra que Portugal precisa de ganhar o jackpot do Euro milhões todos os dias nomeadamente cerca de 100 milhões de euros por dia até o final de 2012, a fim de superar a crise da dívida. O ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos admitiu que o país estava numa situação financeira muito difícil, dizendo que Portugal só tem dinheiro para honrar seus compromissos de dívida somente até o final de Maio. No mesmo dia em que os funcionários da União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) passam a pente fino as contas nacionais, as necessidades de financiamento de Portugal foram postas a nu. De acordo com o relatório do FMI 'relatório', só este ano 21,6 por cento do PIB está comprometido com o pagamento da dívida. Em 2011, cerca de € 27.800.000.000 terão de ser pagos aos detentores da dívida, enquanto outros 9.700.000.000 € serão utilizados para financiar o deficit, segundo o relatório. As estimativas para 2012 são semelhantes: 21 por cento do PIB terá de ser gasto com o pagamento da dívida e do défice, previsto em 5,5 por cento no próximo ano. As estimativas baseiam-se na consolidação das medidas já adoptadas e não levam em conta o plano de austeridade do governo, que foi rejeitado pela oposição, nem o resultado das negociações para uma ajuda para Portugal.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

AS LIGAÇÕES PERIGOSAS DE PEDRO PASSOS COELHO


As empresas de resíduos do grupo Fomentinvest, onde Pedro Passos Coelho desempenha responsabilidades de gestão directa, têm como sócios figuras envolvidas em escândalos financeiros: os construtores Irmãos Cavaco, acusados de burla qualificada no caso BPN e Horácio Luís de Carvalho, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais no processo do aterro da Cova da Beira. Horácio Luís de Carvalho possui 20% da Tejo Ambeinte, que detém duas empresas de resíduos presididas por Pedro Passos Coelho. Está a ser julgado por ter depositado 59 mil euros numa conta offshore de António Morais, o célebre professor de José Sócrates na Universidade Independente. Segundo a acusação, António Morais terá favorecido Horácio de Carvalho através da sua consultora que prestava assessoria no concurso para o aterro da Cova da Beira na segunda metade dos anos 90. O candidato à liderança do PSD não quis prestar declarações sobre a empresa onde trabalha. Mas Ângelo Correia, presidente do grupo Fomentinvest, explicou à SÁBADO que Horácio de Carvalho se faz representar no conselho de administração pelo seu sócio Jorge Raposo de Magalhães. “Não temos qualquer relação com ele, nem está nos órgãos sociais” Os construtores de Santa Maria da Feira, António e Manuel Cavaco, são parceiros da Fomentinvest na SDEL (uma empresa de mini-hídricas) e foram sócios na Ecoambinete (segunda maior empresa do Pais na recolha de lixo) até Dezembro de 2009. Antigos accionistas da SLN – grupo que controlava o BPN – foram acusados pelo Ministério Público por participarem num esquema para iludir o Banco de Portugal através da compra fictícia da SLN Imobiliária, através de uma empresa offshore, com dinheiro do próprio BPN. “Nunca houve ligação ao BPN no financiamento dessa empresa [Ecoambiente]”, disse Ângelo Correia à SÁBADO. A SÁBADO revela os negócios e as relações com o Estado das empresas do grupo Fomentinvest, onde Pedro Passos é o administrador com o pelouro financeiro. A Ecoambiente, por exemplo, tem muitas autarquias como clientes. Em Sintra, onde Ângelo Correia é presidente da Assembleia Municipal, o grupo Fomentinvest tem vários projectos em andamento e a Ecoambiente possui um contrato com uma empresas municipal no valor de 2,5 milhões de euros por ano. Mas o estatuto dos eleitos locais proíbe os autarcas de fazerem contratos na câmara que representam. Ângelo Correia defende-se: “O contrato com a Ecoambiente é anterior à minha ida para presidente da Assembleia Municipal e quando fui eleito demiti-me de presidente do conselho de administração”. Ainda assim, é presidente da holding que controla esta sociedade. Pedro Passos, por sua vez, garante à SÁBADO que caso seja eleito presidente do PSD, suspende as suas funções como administrador de várias empresas na Fomentinvest mas não vê razões para rescindir o seu contrato. ...já agora, a talhe de foice: o Ângelo Correia não é (ou foi) sócio dos Cavacos (das pedreiras)? Pois, quando era Ministro da Administração Interna (das polícias...) os camiões que transportavam a pedra para construção do porto de Aveiro, proveniente das pedreiras dos Irmãos Cavaco destruiram a Estrada Nacional 327, entre Ovar a S. Jacinto, porque transportavam mais carga do que a permitida, e a brigada de trânsito não aparecia para fiscalizar... Quem pagou a reparação dessa Estrada Nacional? O Zé, está claro... Quem lucrou? Querem ir a um adivinho?

Ismael Varanda

terça-feira, 12 de abril de 2011

ISLANDESES RECUSAM ACORDO DE PAGAMENTO DE DÉBITO PARA PAGAREM A INGLESES E HOLANDESES ( SE A MODA PEGA...)

Os eleitores da Islândia rejeitaram a proposta do governo para pagarem à Grã-Bretanha e Holanda o valor dos depósitos dos seus cidadãos no valor $ 5 biliões dólares num banco online falido. O resultado do referendo mostrou e enviou o diferendo para um tribunal internacional e mergulhou economicamente o frágil país em nova incerteza. Os resultados finais mostraram o lado "não" tinha pouco menos de 60 por cento dos votos e o do lado "sim" cerca de 40 por cento. O resultado reflecte a ira dos islandeses em terem de pagar pelos excessos dos seus banqueiros, e complica a recuperação do país do colapso económico.• É a segunda vez que os eleitores derrotam uma tentativa de resolver a disputa decorrente do colapso do sector bancário da Islândia ocorrido em 2008, e o governo disse que seria a última. "Estamos no fim do caminho de uma solução negociada", disse o ministro das Finanças, Steingrimur Sigfusson. Comentou que se a Islândia optar agora pelo "Plano B", a disputa irá para o Tribunal Europeu da Associação de Comércio Livre Associação, que poderá impor condições mais duras para a Islândia do que aquelas rejeitadas na votação. A Grã-Bretanha e a Holanda disseram que iriam lutar para conseguirem de volta o dinheiro que gastaram para compensarem os seus cidadãos que tinham contas no banco falido, Icesave. O Ministro das Finanças holandês Jan Kees de Jager disse que o resultado do referendo "não é bom para a Islândia e também não é bom para a Holanda.”• "O tempo para as negociações já passou". "A Islândia ainda tem a obrigação de nos pagar de volta. Este agora é um caso para os tribunais." O Ministro britânico do Tesouro Danny Alexander disse que "temos a obrigação de obter o dinheiro de volta, e vamos continuar a perseguir até que nós o tenhamos." O primeiro-ministro da Islândia, Johanna Sigurdardottir afirmou que os resultados foram decepcionantes, mas ia tentar evitar o caos político e económico que se seguiu. Sigfusson disse que o resultado não teria nenhum efeito sobre os reembolsos já existentes da dívida da Islândia e não iria atrapalhar a sua candidatura para adesão à União Europeia.Islândia a pequena nação do Atlântico Norte, com uma população de apenas 320.000 pessoas passou de prodígio económico para caso perdido financeiro, quando a crise de crédito a atingiu. Os seus grandes bancos que se haviam expandido assim como o resto da pequena economia da Islândia, durante uma década de "crescimento" alimentada pelo crédito, caiu em queda livre a coroa a sua moeda numa semana em Outubro de 2008, e os protestos derrubaram o governo. As poupanças dos cidadãos islandeses estavam protegidas por uma garantia doméstica de depósitos ilimitada, mas tal regra foi aplicada aos muitos estrangeiros atraídos pelos bancos islandeses com as suas contas de elevado interesse. Cerca de 340 mil britânicos e holandeses tinham depositado mais de US $ 5 biliões na Icesave. Após a Icesave desabar, as autoridades britânicas e holandesas emprestaram dinheiro para compensarem os seus cidadãos, e então viraram -se para o reembolso da Islândia. A disputa amarga tem crescido, com a Grã-Bretanha e os Países Baixos ameaçando bloquear a adesão da Islândia à União Europeia, a menos que o assunto seja resolvido. A falta da aprovação do negócio também tem parado parcelas de um empréstimo de 4,6 biliões dólares dado pelo Fundo Monetário Internacional. Sigfusson disse que o governo vai dialogar com aqueles que emprestaram dinheiro à Islândia, o FMI, os países nórdicos e a Polónia, na sequência da derrota no referendo. A esmagadora maioria dos Islandeses rejeitou um acordo anterior, num referendo realizado no ano passado, mas o governo esperava um novo acordo em melhores condições para obter a aprovação. A dívida do Icesave foi inicialmente fixada em 5,3 biliões dólares, um peso incapacitante para o pequeno país, mas os defensores do acordo rejeitado disse que custaria à Islândia pouco menos de 50.000 milhões coroas ($ 444 milhões), com os activos recuperados do banco Icesave pelo pai o Landsbanki, cobrindo a maioria da dívida. "Os dois referendos sobre a questão do Icesave permitiram à nação recuperar a sua auto-confiança democrática, manifestar a autoridade soberana nos próprios seus assuntos e, assim, determinar o resultado em questões difíceis", disse Grimsson.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

FLORESTA! A MENTÍRA ESCONDIDA!

A falta de cadastro da propriedade rústica em geral e da floresta em particular, é um dos entraves ao desenvolvimento sustentavél deste sector. Existe a falta de identificação dos donos da propriedade florestal calculados em cerca de 4oo mil. A norte do tejo o problema de cadastro é mais evidente. A floresta é o terceiro sector exportador do País.
Sendo eu filho de pais oriundos da Beira Baixa é com tristeza que constato tal situação nomeadamente com o abandono da propriedade rural e com o desconhecimento de muitos das suas propriedades porque não foram ali criados. A situação só muda de figura quando passado alguns anos (10 anos para o eucalipto e 15 anos para o pinheiro bravo) se o fogo não destruiu as suas propriedades tentam tirar rendimento das mesmas.

A floresta pertencente ao sector primário assim como outras actividades nomeadamente a agricultura e pescas estão no completo abandono pensando os governantes deste País que o futuro passa só por serviços motivo pela qual estamos onde estamos. Os incêndios que dizimaram o nosso Portugal servindo interessses de eólicas, aparelho de protecção civil, celuloses e madeireiros todos os anos cobrem de negro o nosso território não se colocando um fim nisto. Só para terem uma idéia o preço de madeira queimada é sensivelmente igual ao de madeira sã rondando neste momento o preço entregue na Portucel para a madeira de pinho 35 euros a tonelada e 40 euros a madeira de eucalipto. A pastilha que é madeira triturada é sensivelmente ao mesmo preço.

Portugal devia através da criação de centrais de biomassa pelas zonas mais desfavorecidas gerar emprego e fixar uma população já de si envelhecida, fazendo-se a manutenção da floresta através da sua limpeza e corte ordenado (cerca de 80% do nosso território é área agricola e florestal). Infelizmente o que foi feito foi a criação de parques eólicos cuja manutenção e produção nos sai carissima e que estamos todos a pagar através da factura da EDP á volta de 90 euros, para além de que a energia produzida não pode ser armazenada.

Dá realmente dó percorrer o País e ver sem exepção a imensidão de território despido de vegetação.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

A BRINCADEIRA ACABOU. O JOGO A SÉRIO VAI COMEÇAR AGORA

Finalmente o governo pediu ajuda financeira, porque o rollover da dívida tornou-se quase impossivél com a banca portuguesa a dizer que não comprava mais, o BCE a fechar a torneira, as agências de rating (Fitch, Standard & Poor´s e Moody´s) a conotarem-nos como lixo com a subida natural do juro das obrigações do estado português a dispararem para a estratosfera no prazo de 2 anos a 9%, a 5 anos 10% e a dez anos 9% e os investidores a fazerem-nos um grande manguito. A situação estoirou quando o governo português foi vender á pressa no Fundo de Estabilização da Segurança Social(fundo de pensões dos portugueses) participações no mercado financeiro para comprar dívida pública. Este FESS é outra brincadeira porque participa na roleta dos mercados com o dinheiro que todos nós descontamos para a nossa tão proclamada reforma com a finalidade de obter rentabilidade( se for como a gerência do estado já sabemos onde vai parar). A partir daqui Portugal vai entrar numa morte lenta num prazo de cinco anos para pagar o que deve e a partir dai,começar uma recuperação se existir lenta o que eu duvido face ao panorama do comércio mundial. Como português e como cidadão é uma vergonha que o FMI entre pela terceira vez em Portugal. Mas nem tudo são más noticías, como o PAÍS vai bater no fundo com nunca bateu na sua história e porque as personalidades em causa não brincam em serviço pode ser que os portugueses formem um partido de salvação nacional e tomem as rédeas do poder ou a bem ou a mal, porque não existe neste momento em Portugal líderes partidários capazes de conduzirem o PAÍS para um rumo de desenvolvimento sustentavél.

terça-feira, 5 de abril de 2011

CHINA O EXEMPLO DE UMA ECONOMIA DE ESTADO

O primeiro ministro chinês Wen Jiabao disse que o país definiu uma meta de crescimento menor para o período de 2011 a 2015 do que nos cinco anos anteriores, como parte dos esforços para criar uma economia mais sustentável. O governo estabeleceu uma meta de crescimento económico de 7% para um plano chamado de cinco anos, que abrange 2011 a 2015. "Queremos colocar a ênfase do nosso trabalho sobre a qualidade e os benefícios do crescimento económico". “Queremos os frutos do desenvolvimento em benefício do povo." A China lançou iniciativas para aumentar o consumo interno, tornar a energia mais eficiente, e estimular o crescimento e o investimento nas áreas mais pobres das províncias do interior depois da economia ter mais do que duplicado nos últimos cinco anos, a divisão da riqueza aumentou, assim como acelerou a poluição os preços dos alimentos e preço das casas. A China não pode perseguir "cegamente" o crescimento económico que é insustentável, disse Wen. A meta de crescimento mais baixa é um sinal de que "o governo provavelmente vai ser mais agressivo para controlar a inflação", disse Dariusz Kowalczyk, um economista de Hong Kong no Credit Agricole CIB. "A China é também cada vez mais séria na protecção do meio ambiente." Crescimento Económico A economia da China ultrapassou o Japão para se tornar a segunda maior do mundo no ano passado e a nação teve um crescimento anual de 10,3 por cento e de expansão a um ritmo 9,8 por cento no quarto trimestre. A economia da China ultrapassou a Alemanha em 2007 e as do Reino Unido e França, em 2005. Durante esse período, a China também se tornou o maior utilizador de energia do mundo e o maior emissor de gases com efeito de estufa. Uma descarga de água ácida, no Rio Ting na província de Fujian de um Grupo mineiro chamado Zijin Mining Co. em Julho passado matou peixe suficiente para alimentar 72 mil habitantes durante um ano. Os vapores de chumbo de uma fábrica de baterias envenenou mais de 200 crianças na província de Anhui em Xinhua, das quais 23 foram hospitalizadas, em Janeiro. "Não podemos continuar a sacrificar o meio ambiente em troca de um rápido crescimento económico", disse Wen. O Controle da Inflação Wen prometeu também travar os aumentos de preços no consumidor para controlar a liquidez, aumentar a produção agrícola facilitando o transporte de produtos agrícolas e punir a acumulação produção originando manipulação de preços. A inflação na China, um local onde 150 milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, acelerou para 4,9 por cento em Janeiro, e os preços dos alimentos aumentaram mais do que pelo menos à seis anos. O país tem reservas suficientes de moeda estrangeira e de alimentos para conter a inflação, disse Wen. Kowalczyk do Crédit Agricole disse que pode significar que a China vai aumentar as importações de sementes e outros alimentos para compensar os lucros no preço. "O governo vai dar mais atenção para o crescimento sustentável, do meio ambiente e melhor distribuição de rendimentos em vez do puro exercício do crescimento", disse Kevin Lai, economista de Hong Kong da Daiwa Capital Markets. A China vai também continuar a fazer esforços para conter a especulação no mercado imobiliário usando medidas legais económicas contra a compra de terrenos , disse Wen. Os preços das casas em Janeiro subiram em 68 das 70 cidades chinesas, controladas pelo gabinete de estatísticas, desafiando medidas maiores de restrições de pagamento e limites na compra de propriedades emitidas pelo governo para travar os aumentos. Wen disse hoje que as medidas estão se tornando mais eficaz e ele está confiante de controlar os preços dos imóveis. Além disso, o governo também está a discutir mudanças no sistema do país para a dedução do imposto de rendimento que irá ajudar as pessoas de baixos e médios rendimentos, acrescentou.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FALTA SEMPRE O COMO!

Acabei agora de assistir a um debate no Clube dos Pensadores em Gaia com o Sr Pedro Passos Coelho que transmitiu algumas idéias que iria seguir no programa eleitoral do maior partido da oposição em Portugal nas próximas eleições legislativas.
Tais idéias foram as seguintes:

- Não podemos fazer de conta em Portugal.

- Quem tem despesa não pode dizer que temos que aumentá-la mais para pagarmos a mesma.

- Criação de um programa de emergência familiar.

- Racionalização de todo o sector público.

- Delinear um programa de austeridade.

- Reformar a justiça.

- Apostar no crescimento da economia (Injectando capital nas pequenas e médias empresas, captar investimento estrangeiro e incentivar o empreendorismo).

Tais idéias parecem óptimas mas não passam do óbvio ficando por explicar é como vamos sair desta crise que cada vez mais vai acentuar-se, e quais as medidas concretas para o desenvolvimento do PAÍS a médio(cinco anos) e a longo prazo (dez anos), porque a curto prazo por mais que escondam nós já sabemos nomeadamente com dificuldades acrescidas para os Portugueses (mais desemprego, mais aumento de impostos, regressão na qualidade de vida e continuação da baixa taxa de natalidade)

domingo, 3 de abril de 2011

CORTE DE RATING DA S&P (STANDARD & POOR´S) A PORTUGAL

Standard & Poor's desceu os ratings de crédito da Grécia e de Portugal. Os gregos e Portugueses podem agradecer aos seus pares da zona do euro. O corte da S & P reflecte o nervosismo sobre o novo mecanismo de Estabilidade Europeu, que irá substituir o fundo de resgate já existente, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira em 2013. Aqui está o porquê: O ESM tem não dois novos recursos no EFSF. Em primeiro lugar, a UE analisará se um país é insolvente antes do empréstimo ao abrigo da ESM, se for, os credores do sector privado do país deverão ter uma margem de prorrogação "adequada" diante de um resgate. Em segundo lugar, os empréstimos do ESM vão ter precedência sobre as obrigações regulares do país. Diz a S & P (sobre a Grécia): Acreditamos que o referido nas pré-condições da ESM, no contexto da dívida pública da Grécia precisa de grandes dívidas, e irá prejudicar os planos da Grécia para retomar a empréstimos comerciais, até meados de 2013, quando a actual UE / programa oficial do FMI de apoio financeiro terminar e aumentar a probabilidade de reestruturação da dívida. A agência de classificação é um pouco mais comedida sobre Portugal, afirmando que Lisboa "pode ser capaz de obter financiamento do ESM sem uma reestruturação da sua dívida existente em 2013," se conseguir "colocar a trajectória da dívida pública num caminho sustentável". (Portugal, naturalmente, ainda não pediu uma ajuda, mas a S & P diz que é "provável" Portugal vir a fazer isso.) A Grécia foi cortada em duas posições para BB-, que é bem em de território lixo. E Portugal foi cortado num ponto para BBB-, o menor grau de investimento. Desde que a ESM foi lançada no ano passado, os políticos têm sugerido que os credores privados podem acabar por ter sucesso. Isso por si só foi uma mudança substancial a partir da filosofia de não incumprimento da época do EFSF, na qual os líderes da UE simplesmente não reconheciam a noção de que um estado soberano da "zona euro" poderia entrar em incumprimento. Mas a linguagem tem vindo a mudar gradualmente por alguns meses. Em Novembro de 2010, por exemplo, os ministros do Euro grupo estabelecidos no âmbito da ESM, observaram a distinção entre devedores solventes e insolventes. Mas para este último, dizem: "No caso inesperado de que um país pareça ser insolvente..." Em Março de 2011 na reunião estabelecida dos líderes de centro-direita, o ministro das Finanças finlandês disse que queriam garantir que os credores privados "não tinham realmente um risco concreto de perder dinheiro." Na semana da última cimeira, os líderes da EU preservaram a distinção entre países solventes e insolventes, mas, notavelmente, o inesperado na "linguagem" foi-se. Na recente visita a Portugal da presidente do Brasil Dilma Roussef questionada pelos repórteres se iria comprar dívida Portuguesa respondeu só se tiver notação financeira de triple A ou por outras palavras AAA. Os brasileiros são amigos mas não são estúpidos. Que chatice assim os políticos portugueses têm mais uma desculpa para os problemas do nosso País. A culpa do que se passa em Portugal é dos mercados e destas agências de rating, malditas sejam. ( Coitados a maioria delas já existia antes de nascerem).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

PORTUGAL É MUITO MAIS QUE ESTE REGIME E NÃO PODERÁ SUCUMBIR COM ELE

Vivemos com despesas muito acima dos nossos rendimentos. Famílias e Estado. Mais de uma década sem desenvolvimento económico e com a despesa pública sempre a aumentar. Empréstimos bancários induziram e suportaram esta loucura. As famílias vão à falência de uma forma discreta, mas dramática…só desde o princípio do ano declararam a sua insolvência em tribunal mais de mil famílias. A comunicação social dá apenas destaque ao problema nacional…o Estado português segue o mesmo rumo de insolvência de muitas famílias de portugueses. Sonhamos demasiado alto e os nossos governantes foram incapazes de terem o bom senso de travar sonhos inconsistentes. A nossa dívida atinge hoje valores superiores a 100% do PIB…nunca na história de Portugal tivemos uma crise financeira tão grave e as anteriores deram origem a revoluções penosas. O Estado Previdência, o Estado que tudo a todos, garantia…esta foi a ilusão que nos condenou…um Estado que absorve 50% da riqueza produzida e que ainda tem necessidade absoluta e permanente de recorrer ao crédito externo. Um Estado despesista, que sufoca a economia e as famílias, que matem uma postura de novo riquismo, continuando a viver sem contenção e com atitudes inconcebíveis de parcerias público privadas, que são autênticos massacres às finanças públicas e bónus de Natal para algumas empresas privadas. Não só não há qualquer coerência nesta situação, como não há qualquer proposta concreta para sair dela. O Chefe de Estado pede desenvolvimento, através das exportações…como se não soubesse que o ambiente político, fiscal e jurídico, português impossibilita totalmente essa possibilidade. Os Partidos políticos dividem-se na sua utopia. Os auto apelidados de esquerda, que insistem no reforço do Estado como entidade dominante da vida das famílias e como promotor da economia…os outros, aqueles que têm ambições de poder, são incapazes de falar a verdade, tementes das consequências eleitorais. Prisioneiros destas limitações, discutimos a austeridade que nos impõem os nossos credores. Não se discute a essência da questão… a divida soberana e a estagnação económica. As medidas que são propostas e impostas…a austeridade, os sacrifícios e a quebra de direitos, também os violentos e sucessivos aumentos de impostos, têm apenas o objectivo da continuação da saga do aumento do nosso endividamento e promovem a nossa estagnação económica. Sacrifícios sem qualquer garantia de melhoria da situação portuguesa, pelo contrário com fortes probabilidades de nos levar para a bancarrota. Irresponsabilidade total. Não temos nenhum estadista á altura do grave momento que enfrentamos, talvez o mais dramático de toda a nossa história. Não temos no actual espectro partidário nenhuma organização política, capaz de assumir uma atitude de responsabilidade e de verdade. Capaz de mobilizar a nação através de um plano consistente e coerente … um projecto de salvação nacional. Os portugueses irão para eleições sem conhecerem a realidade da situação portuguesa…uma autêntica indução política à inconsciência colectiva. Uma fraude. Perante esta situação exigia-se do Chefe de Estado duas atitudes.
1- Uma auditoria externa às contas públicas do Estado, pré eleitoral, para esclarecimento integral da situação e das responsabilidades;

2- Uma exigência aos partidos políticos para um acordo de regime e de emergência, que caso não fosse possível ou viável, justificaria um Governo de iniciativa presidencial. Mas o Chefe de Estado, não tem esta envergadura… um reformado, dependente, fraco e também com muitas responsabilidades no cartório. A mesquinhez tomou conta de Portugal, só pequenos homens conseguem sobreviver neste triste e pantanoso ambiente político, em que se deixou reduzir esta República. PESSOAS COM VALOR, INTEGRIDADE E HONESTIDADE PROCURAM-SE PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.


José Andrade